Belíssimo e oportuno comentário do meu amigo Léo Ribeiro e o que é bom se copia, posto aqui verdades que compartilho em gênero, número e grau.
Um novo debate se avizinha, cercado de muita polêmica. Graças a Deus, desta vez não sou o protagonista e nem estou envolvido - chega de café-de-chaleira!
O que ocorre é o seguinte: Navegando pelo facebook, uma postagem da cantora Maria Luiza Benitez apresentando (com uma leve pimentinha no tempero) a nova condutora do Programa Galpão Nativo da TV E, Maria do Carmo Soares de Lima (foto acima), em lugar de Shana Müller e que já foi lugar da própria Maria Luiza Benitez, levou a um rol de discussões tapadas de ironias de ambos os lados (os que defendem a indicação e os que a contestam).
A discussão acontece na seara da autenticidade, do conhecimento de causa, da inovação, do tradicionalismo mais ortodoxo e do mais urbano. São preconceitos de todos os lados.
Não sou muito disto, mas desta vez vou ficar em cima do muro por absoluto desconhecimento de causa. Não conheço a nova apresentadora e não vou julgar por uma foto mas acho que a gente não precisa andar pilchada para entender e gostar das tradições. As pessoas vão a praia, a restaurantes, a shoppings (é assim que se escreve?), enfim, há vida fora do tradicionalismo. Eu, que me considero um gaudêncio de quatro costados, não tenho por pele a bombacha. É a roupa que mais gosto mas minha rotina me obriga a andar de todo o pêlo.
Quem conhece a guria (Maria do Carmo), e pelo visto é bem conhecida, dizem que ela é excelente cantora. O que eu sei, e aí eu posso opinar, é que o Galpão Nativo não é mais o mesmo dos velhos tempos do grande, telúrico, incomparável, Glênio Portela Fagundes.
A TV E, por ser empresa estatal, muda conforme muda o governo. Quem predomina por ali, no momento, são indicações do PT (o que é normal) e, por coincidência, pessoas não muito preocupadas com a autenticidade de nossa cultura. Os ventos contemporâneos lhes sopram melhor... Amanhã ou depois troca o governo e outros assumem. E assim vai.
Agora, uma coisa deveria ser respeitada: a história de Glênio Fagundes. Que façam suas pataqüadas, ilustres diretores do Programa, mas que troquem o nome do Galpão Nativo, em consideração a tudo o que já fez por nossas tradições este que é um dos últimos esteios do gauchismo com alma e sentimento, GLÊNIO FAGUNDES. Não tem times de futebol que não usam mais determinado número de camisa em homenagem a um jogador que muito representou? Que se faça o mesmo com este programa.
Nada contra os que estão chegando, pois a juventude precisa ser valorizada, mas tudo a favor deste que saiu. Pensem nisto, senhores da TV E.
Fonte: Blog Léo Ribeiro
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