segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

RESULTADO - 20º TERRA E COR


Quarteto Moldura no palco do 20º Terra e Cor

Na noite de 27 de fevereiro, o município de Pedro Osório sediou a 20ª edição do festival Terra e Cor da Canção Nativa e o resultado foi o seguinte:

Primeiro Lugar: TOCO A VIDA
Letra: Juan Daniel Isernhagen
Melodia: Maicon Oliveira
Interpretação: Adriano Posai e Alex Har

Segundo Lugar: ORAÇÃO EM POEMA
Letra: Leonardo Fagundes
Melodia: Nilton Junior
Interpretação: Volmir Coelho

Mais Popular: JAPECANGA
Letra: Rafael Ferreira
Melodia: Filipe Corso
Interpretação: Quarteto Moldura

Melhor Intérprete: Volmir Coelho - Oração de Poema
Melhor Instrumentista: Felipe Teixeira - Gaita de Botão - Tranco Largo
Melhor Poesia: Visagens do Coração - Giba Trindade
Melhor Melodia: Tranco Largo - Maicon Oliveira
Melhor Arranjo: Japecanga

Fonte: Ronda dos Festivais

Resultado do 2º Esteio da Poesia Gaúcha


Modalidade POESIA:
Primeiro Lugar: NÃO ME PERGUNTES DO GAÚCHO VELHO
Autor: Rodrigo Bauer
Declamador: Pedro Junior da Fontoura
Amadrinhadores: Mario Tressoldi/Diogo Barcelos
Segundo Lugar: DE ESPORAS CALÇADAS
Autor: Caine Garcia
Declamador: Jair Silveira
Amadrinhador: Zulmar Benitez
Terceiro Lugar:  O LIVRO DO CORAÇÃO
Autor: Mateus Costa
Declamadora: Andréa Elói
Amadrinhador: Vinícius Freitas

Modalidade INTÉRPRETE:
Primeiro Lugar:  JAIR SILVEIRA
Poema: De Esporas Calçadas
Autor: Caine Garcia
Segundo Lugar: NEITON PERUFFO
Poema: Marca e Sinal
Autor: Carlos Omar Villela Gomes
Terceiro Lugar: ROSANA ARAUJO
Poema: Mascate da Esperança
Autora: Joseti Gomes

Modalidade AMADRINHADOR:
Primeiro Lugar:  ZULMAR BENITEZ
Poema: De Esporas Calçadas
Segundo Lugar: HENRIQUE SCHOLZ
Poema: Quando se Vende um Pingo de Arreio
Terceiro Lugar: VINICIUS FREITAS
Poema: Pago Vazio

MELHOR TRABALHO EM PALCO:  DE ESPORAS CALÇADAS
Autor: Caine Garcia
Declamador:  Jair Silveira
Amadrinhador: Zulmar Benitez

Fonte: Jairo Reis

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Nilton Ferreira com site novo e app

Quem está com site novo e um app onde podem escutar músicas e interagir, deixando seus pedidos e comentários, é o cantor Nilton Ferreira, ja trabalhando no seu mais recente trabalho que estará chegando pela gravadora ACIT de Caxias do Sul CD ESSÊNCIA.
Com esse novo site ele conta da sua carreira, desde o início, lá na bela Manoel Viana, passando por São Chico de Assis, posteriormente em Santiago até a bela Jarguari, e o mundo, depois de tantos anos de carreira, hoje ele é do mundo. Tem fotos, vídeos, músicas para download, além da agenda com atualização diária.
São páginas assim que podem aproximar o cantor e seu público, bem como aqueles apaixonados por música de qualidade, num jeitão que poucos sabem fazer.
Se quiserem conferir entre ai:  http://www.niltonferreira.com.br/    para entrar no site e para quem tem smatfone deixo aqui seu app para ser baixado: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.cghostbrasil.niltonferreira 

Morre mais um gaúcho: Jorge Missioneiro

Hoje a música regional gaúcha perdeu mais um nome importante: Jorge Missioneiro.
Cantor, compositor e produtor musical. Natural de Bossoroca, residia há bastante tempo no município de Tapes.
Produziu e gravou dezenas de discos e é autor de várias músicas conhecidas do grande público, dentre as quais se destaca o grande sucesso “Nego Bom Não Se Mistura”, interpretado pelo seu parceiro musical, Crioulo dos Pampas.
Era figura constante nos rodeios crioulos, particularmente nos concursos de trova e de poesia.
Jorge Missioneiro está sendo velado ao longo deste sábado, e será sepultado ao final da tarde, no cemitério da cidade de Cruz Alta.
Que ele esteja com Deus e que sua família tenha força e fé para superar esta perda irreparável.

Fonte: facebook Jairo Reis Festivais

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

26ª Tafona da Canção Nativa de Osório/RS




26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA
27 e 28 DE MAIO 2016
INSCRIÇÕES: 09/01/2016 A 30/03/2016

Parte do Regulamento

REALIZAÇÃO – OBJETIVOS
Art. 3º – A 26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA será realizada nos dias 27 e 28 de maio de 2016, no Parque de Rodeios e Eventos Jorge Dariva, na cidade de Osório/RS.

Art. 4º – A 26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA estabelece as linhas musicais: LINHA RIOGRANDENSE e LINHA LITORÂNEA.

Parágrafo primeiro: Na Linha Riograndense, as composições devem enfocar usos, costumes e as lides campeiras do Rio Grande do Sul, representando as origens culturais gaúchas, tanto na letra, como na melodia e nos instrumentos musicais utilizados.

Parágrafo segundo: Na Linha Litorânea, o autor deve abordar, obrigatoriamente, na letra e melodia, aspectos identificados à cultura do Litoral Norte do RS, seja por sua história, seu folclore, sua musicalidade ou aos usos e costumes.

Parágrafo terceiro: Os autores deverão indicar na Ficha de Inscrição a linha na qual pretende ver sua obra concorrendo. Caso não o façam, a Comissão Avaliadora tem total liberdade para enquadrá-la na mais apropriada dentre as duas Linhas previstas neste regulamento.

PARTICIPAÇÃO – INSCRIÇÃO
Art. 6º – O período para inscrições encerra-se impreterivelmente no dia 31 de março de 2016.

Art. 7º – As inscrições devem ser encaminhadas para os seguintes locais:
– SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO E TURISMO: Av. Jorge Dariva, nº 1261 – Osório/RS – CEP: 95.520.000 – com a inscrição no envelope: 26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA.

Art. 8º – Cada compositor, em seu nome poderá inscrever 5 (cinco) composições e mais 5 (cinco) em parceria, porém apenas UMA poderá ser pré-selecionada em seu nome e UMA em parceria.

Parágrafo primeiro: Não serão aceitas as composições com mais de 05(cinco) minutos de duração.

Art. 9º – O concorrente deverá encaminhar uma ficha de inscrição para cada composição inscrita, devidamente preenchida e assinada, acompanhada de 06 (seis) cópias da letra, sem identificação dos autores, em envelope lacrado, contendo por fora apenas o título da composição e a linha em que pretende concorrer. (nas inscrições via correio)

Art.10 – Além da ficha de inscrição e das cópias da letra, os autores deverão encaminhar para a Comissão Organizadora da 26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA, no momento da inscrição da música, um CD com a gravação da obra concorrente, em estúdio de livre escolha, com qualidade técnica necessária e indispensável para a TRIAGEM. (nas inscrições via correio)

INSCRIÇÃO VIRTUAL:
Uma ficha de inscrição, que deve ser inteiramente preenchida e enviada por e-mail para tafonaosorio@gmail.com, acompanhada de um Arquivo Word, PDF ou OPEN OFFICE contendo a letra sem identificação do(s) autor(es) e um Arquivo MP3 para cada composição sem qualquer tipo de identificação do(s) autor(es).

PARÁGRAFO ÚNICO: O autor poderá enviar todas as músicas no mesmo email, com os mp3 e suas respectivas fichas.

Art. 11: Os autores, depois de comunicados, terão que confirmar suas presenças no Festival por telefone, fax ou e-mail no prazo máximo de 24 horas, e enviar um termo com firma reconhecida do(s) autor(es) da música classificada autorizando a gravação em CD sob pena de desclassificação a critério da Comissão Central, no prazo máximo de 7 dias, caso contrário será chamada a música suplente.

Art. 12: Em hipótese alguma, haverá modificação dos créditos autorais (nomes dos autores e acompanhantes) das músicas integrantes do CD, em relação aos créditos preenchidos na ficha de inscrição no festival.

SELEÇÃO – APRESENTAÇÃO
Art.16 – As músicas selecionadas receberão a título de Direitos Autorais e Artísticos, o valor líquido de R$ 4.500,00 (quatro mil e quinhentos reais), já incluso o valor para o deslocamento e gravação do CD em Estúdio.

Art.17 – O valor referente a Direitos Autorais e Artísticos será pago em parcela única, em horários estipulados pela Comissão Organizadora.

Parágrafo segundo: O pagamento será feito à pessoa indicada na ficha de inscrição. O PAGAMENTO SERÁ FEITO COM CHEQUE NOMINAL A PESSOA INDICADA NA FICHA DE INSCRIÇÃO.

Parágrafo terceiro: O Festival não fornecerá alimentação nem hospedagem aos autores, intérpretes e músicos credenciados.

Art. 20 – As 12 (doze) canções selecionadas serão apresentadas nas noites de sexta-feira (27) e sábado (28) de maio de 2016.

Art. 21 –Todas as 12 (doze) músicas selecionadas para a 26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA farão parte do Compact Disc (CD) e do DVD do festival.

Art.26 – Os prêmios instituídos pela 26ª TAFONA DA CANÇÃO NATIVA são os seguintes:)
1º LUGAR – Troféu Carlos Catuípe + R$ 4.000,00 (quatro mil reais)
2º LUGAR – Troféu Carlos Catuípe + R$ 2.000,00 (dois mil reais)
MELHOR INTÉRPRETE – Troféu Carlos Catuípe + R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais).
A apresentação do intérprete no palco valendo-se de “leitura da letra da música”, o desabilita a concorrer ao troféu “Melhor Intérprete”.
MELHOR MÚSICA NA OPINIÃO DO PÚBLICO: Troféu Carlos Catuípe + R$ 1.000,00 (hum mil reais)
MELHOR INSTRUMENTISTA OU GRUPO: Troféu Carlos Catuípe + 1.000,00 (hum mil reais)
Parágrafo único: A melhor música na opinião do público será definida através do público no evento, a Comissão Organizadora definirá a forma de escolha.

INFORMAÇÕES:
(51) 3663.8262 (Prefeitura)
www.rodeiodeosorio.com.br – tafonaosorio@gmail.com

Chimarrão - Origem

Típico chimarrão
chimarrão ou mate é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul, legada pelas culturas indígenas caingangue,guaraniaimará e quíchua. É composto por uma cuia, uma bombaerva-mate moída e água a aproximadamente 80 graus centígrados. O termo mate (oriundo do quíchua mati)[1] como sinônimo de chimarrão é mais utilizado nos países de língua castelhana. O termo "chimarrão" é o mais adotado no Brasil, sendo um termo oriundo da palavra castelhana rioplatense cimarrón.[2] O termo "chimarrão" pode, ainda, designar qualquer bebida (caféchá etc.) preparada sem açúcar; o gado domesticado que retornou ao estado de vida selvagem; e o cão sem dono, bravio, que se alimenta de animais que caça.[3]
Os primeiros povos de que se tem conhecimento de terem feito uso da erva-mate são os índios guaranis, que habitavam a região definida pelas bacias dos rios ParanáParaguai e Uruguai na época da chegada dos colonizadores espanhóis; e os índioscaingangues,[4] que habitavam o Rio Grande do SulSanta CatarinaParanáSão Paulo e Misiones.[5] Da metade do século XVI até1632, a extração de erva-mate era a atividade econômica mais importante da Província Del Guayrá, território que abrangia praticamente o Paraná, e no qual foram fundadas três cidades espanholas e quinze reduções jesuíticas.[6]
O chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado "erva do diabo" pelos padres jesuítas dasreduções do Guairá. A partir do século XVII, no entanto, os mesmos mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.[7]

O Chimarrão

O chimarrão é montado com erva-mate moída, adicionada de água quente (sem ferver, aproximadamente 80°C). Tem sabor amargo, dependendo da qualidade da erva-mate. A erva pronta para o uso consiste em folhas e ramos finos de Ilex paraguariensis (menos de 1,5 milímetros), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor que varia do verde ao amarelo-palha, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos, outros mais encorpados, vendidos a diversos preços. O predomínio de folhas ou talos em sua composição, bem como sua granulometria, variam de região para região.
Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira ou do porongo, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouropratae outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher (no caso do porongo) ou no de uma esfera (no caso da cuieira). Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.
O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de seis a nove milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento, em cuja extremidade inferior há um pequeno filtro do tamanho de uma moeda e, na extremidade superior, um bocal, muitas vezes executado em folhas de ouro para evitar a oxidação de metais menos nobres.

Propriedades medicinais e nutritivas

Estudos detectaram, na bebida, a presença de muitas vitaminas, como as do complexo B, a vitamina C e a vitamina D, e de sais minerais, como cálciomanganês e potássio. Combate os radicais livres. Auxilia na digestão e produz efeitos antirreumático, diurético, estimulante e laxante. Não é indicado para pessoas que sofrem de insônia e nervosismo, pois é estimulante natural. Contém saponina, que é um dos componentes da testosterona, razão pela qual melhora a libido.
Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos, nas folhas da erva-mate, alcaloides (cafeínateofilinateobromina etc.), ácidos fólicos e cafeico (taninos), vitaminas (A, B1, B2, C, e E), sais minerais (alumínioferrofósforocálciomagnésio,manganês e potássio), proteínas (aminoácidos essenciais), glicídeos (frutoseglucosesacarose etc.), lipídios (óleos essenciais e substâncias ceráceas), além de celulose,dextrinasacarina e gomas.
O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insônia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular.
Assim, os pesquisadores concluíram que o mate contém praticamente todas as vitaminas necessárias para sustentar a vida, e que a erva-mate é uma planta indiscutivelmente especial, já que é muito difícil encontrar em qualquer lugar do mundo outra planta que se iguale ao seu valor nutricional.[8]
No entanto, existem pesquisas que investigam a ligação entre a ingestão de chimarrão em alta temperatura e o câncer de esôfago.[9]

Características

Uma cuia e uma bomba
  • Digestiva
  • É um moderado diurético
  • Estimulante das atividades físicas e mentais
  • Auxiliar na regeneração celular
  • Elimina a fadiga
  • Contém vitaminas - A, B1, B2, C e E
  • É rica em sais minerais como cálcio, ferro, fósforo, potássio e manganês
  • É um estimulante natural que não tem contraindicações
  • É vasodilatador: atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco
  • Auxiliar no combate ao colesterol ruim (LDL), graças a sua ação antioxidante
  • Por ser estimulante, possui, também, poderes afrodisíacos, graças à vitamina E presente na erva-mate
  • É rica em flavonoides (antioxidantes vegetais) que protegem as células e previnem o envelhecimento precoce, tendo um efeito mais duradouro pela forma especial como se toma o mate
  • Segundo o médico pesquisador Oly Schwingel, é indicado o uso do chimarrão de duas a três vezes ao dia
  • Previne a osteoporose, fortalecendo a estrutura óssea graças ao cálcio e às vitaminas contidas na erva-mate
  • Contribui na estabilidade dos sintomas da gota (excesso de ácido úrico no organismo)
  • É rico em fibras que contribuem para o bom funcionamento do intestino
  • Auxiliar em dietas de emagrecimento
  • Atua beneficamente sobre os nervos e músculos
  • Regulador das funções cardíacas e respiratórias
  • Segundo o Instituto Pasteur da França e a Sociedade Científica de Paris, a erva-mate possui praticamente todas as vitaminas essenciais à manutenção da vida humana[10]

Etiqueta

O chimarrão tradicionalmente é uma "bebida coletiva", hábito derivado da tradição indígena de compartilhar a bebida em rituais comunitários. Porém é comum alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o seu consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. O chimarrão é símbolo da hospitalidade sulista: quem chega como visita em uma casa dessa região, é logo recebido com uma cuia de chimarrão. Então assume-se um ar mais cerimonial e ritualístico, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.
O mate servido
A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão na cuia.
Há quem diga que isso acaba estabelecendo a hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz dos índios norte-americanos. Enquanto você passa o chimarrão para o próximo bebê-lo, ele vai ficando melhor, mais suave. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.
Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal de educação, para testar a temperatura e o gosto do primeiro chimarrão que é o mais amargo. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água morna (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia, para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que, depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente.
Na Região da Campanha do Rio Grande do Sul, a roda do mate, começa com o preparador (geralmente o dono da casa ou estabelecimento, em locais mais informais, o dono dos apetrechos) tomando o primeiro e o segundo chimarrão, que depois é passado para o primeiro à sua esquerda, e assim sucessivamente. Pode-se entrar na roda de chimarrão a qualquer momento, mas depois de estar nela, o correto é esperar até que chegue sua vez novamente e ninguém deve ser favorecido, passando o chimarrão fora da ordem. Após terminar o chimarrão, devolve-se a cuia com a mão direita para quem está servindo. Também não costuma-se agradecer a cada chimarrão consumido, pois quando alguém pronuncia a palavra "obrigado" na roda de chimarrão, ao final de um mate, devolvendo a cuia, é sinal que está satisfeito e não beberá mais o chimarrão naquela oportunidade.
Não se esqueça de tomar o chimarrão totalmente, fazendo a cuia "roncar". Se considera uma situação desagradável quando o chimarrão é passado adiante sem fazer roncá-lo porque o próximo da roda tem direito a um novo mate com água nova na temperatura certa.

Consumo

Ainda hoje, é hábito fortemente arraigado na Argentina; no Uruguai; em partes da Bolívia e do Chile; nos estados brasileiros do Rio Grande do SulSanta CatarinaParaná e em partes de Mato Grosso do SulMato Grosso e Rondônia.

Influência na cultura popular

Estátua de um homem servindo-se de chimarrão em Posadas, naArgentina
A cultura indígena da preparação e ingestão da erva-mate foi assimilada pelos colonizadores europeus, estando atualmente bastante arraigada na vida cotidiana das pessoas do sul da América do Sul. O hábito de se tomar o chimarrão passa de geração a geração, sendo iniciado já na infância.
A banda do Rio Grande do Sul Engenheiros do Hawaii compôs uma canção chamada "Ilex Paraguariensis", em homenagem ao chimarrão. No mesmo estado brasileiro, a microcervejaria Dado Bier lançou uma cerveja de mate, a "Ilex".[11] Na Alemanha, na cidade deBerlim, também é produzida uma cerveja à base de mate produzida pela empresa Meta Mate.[12] A chamada Mier já foi produzida em diversos países europeus graças à receita aberta,[13] que permite que qualquer pessoa produza sua própria versão em qualquer cervejaria, através da licença Creative Commons.
Em 2003, a história do chimarrão virou enredo da escola de samba Aliança, de Joaçaba, em Santa Catarina, no Brasil. Na ocasião, a escola conquistou o seu terceiro título. O cantor e compositor Vítor Ramil, em seu cd Délibáb, fez a música "Chimarrão", inspirada em um poema de João da Cunha Vargas.

Fonte: Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.