sexta-feira, 15 de setembro de 2017

2° Xirimindá da Poesia Gaúcha

A comissão avaliadora do 2° Xirimindá da Poesia Gaúcha é composta por pessoas de reconhecida capacidade na arte poética e declamatória do Rio Grande do Sul. Vindos das cidades de Palmeira das Missões, Ijuí e Santa Maria, são eles, respectivamente: Rômulo Chaves, Cassia Machado e Fabricio Vargas. 
Um time de primeira para avaliar com sabedoria e experiência os sentimentos daqueles que subirão ao palco do 2° Xirimindá!

PARA QUEM NÃO SABE O QUE É XIRIMINDÁ!
A expressão “Chirimindé” ou "Xirimindá" designa uma canção de trabalho. Assim como ocorre em outras regiões do Brasil e, do próprio Rio Grande do Sul, a organização coletiva em torno de uma determinada atividade produtiva ensejou a criação de cantigas que de certo modo, davam o ritmo do trabalho.
Recolhida por João Carlos D’Ávila Paixão Cortes e Luís Carlos Barbosa Lessa no principio do trabalho de investigação sobre o folclore rio-grandense, no final dos anos 40 e inicio dos 50 do século XX. Como cenário deste trabalho, figuram as matas do Alto Uruguai, local conhecido desde o século XVII pela riqueza de seus ervais e, mais tarde, pelo contingente de ervateiros que de forma artesanal, colhiam e beneficiavam a erva mate nativa, tendo como referência urbano-histórica, Palmeira das Missões.
Após ser identificada e, recolhida por Paixão Cortês e Barbosa Lessa, foi musicada inúmeras vezes, como, por exemplo, pelo Grupo Vocal Farroupilha (1953); Lourdinha Brasil (1956) e, conforme Filho (2002, p. 6) pelo próprio Paixão Côrtes e Barbosa Lessa em 1957, quando gravaram em disco a “cantiga-de-trabalho dos ervateiros”.
Quanto a gravação desta canção, é notório que sua circulação, apesar do caráter estritamente regionalista, voltava-se à esfera nacional. “Chirimindé”, nesse sentindo, foi resgatada e inserida no contexto mais amplo do folclore brasileiro. Conforme a Revista do Rádio (1956, p. 32), “para os apreciadores do gênero folclórico, Lourdinha Brasil gravou na Polydor, "Rei do Congo", canto de saudade negro recolhido por Jayme Griz e "Chirimindé", cantiga de ervateiros gaúchos, recolhida por Barbosa Lessa e Paixão Cortes.”. Era, nesse momento, que o Brasil mostrava-se culturalmente plural, constituído por dezenas de realidades regionais e milhares de realidades locais.
Com relação ao trabalho de pesquisa da canção “Chirimindé”, Mattos (2005, p. 134) aponta que:
Lessa afirma que seu colega Paixão Cortes e ele próprio percorreram sessenta e dois municípios do Rio Grande do sul para realizar a coleta de canções folclóricas e que descobriram vários novos ritmos de dança e gêneros de canção, que ainda não tinham, sido revelados (...). Entre os gêneros e formas descobertas por Barbosa Lessa e Paixão Cortes estariam: o chamamé, a polca limpa-banco e alguns gêneros de cantigas-de-trabalho que (...) nem se sabia que existiam naquela região do Brasil, antes de sua pesquisa.
Dentro deste universo de pesquisas, a canção-de-trabalho “Chirimindé” é identificada por Paixão e Lessa. Um dado curioso é que o ritmo e a cadencia desta canção suscitou criticas em 1954, um ano após o lançamento do LP “Gaúcho”, por parte do renomado musico brasileiro Luiz Cosme, nascido em Porto Alegre, mas radicado no Rio de Janeiro. Para Cosme, “Chirimindé” teria uma musicalidade urbana, com forte pendor para o samba, descaracterizando-a como música folclórica. Cosme (1954) assim se reportou em ensaio jornalístico no jornal Diário de Notícias:
Ora, das quatro músicas na face B, nota-se evidentemente um sabor urbanístico. No canto de ervateiros Chirimindé, e no Amargo, toada gaúcha, observa-se uma propriedade dos arranjos de Herivelto Martins, do Trio de Ouro, o que desvirtua certamente a autenticidade dos motivos regionais gauchescos.
A estas criticas de Luiz Cosme, Barbosa Lesa apresenta explicações e justificativas, ainda em 1954. Deste modo, temos que, conforme Lessa (1954), Cosme:
(...) Destrói a primeira cantiga-de-trabalho gaúcha que se registrou em disco – Chirimindé – simplesmente porque certas passagens lhe fazem lembrar sambas de Herivelto Martins. Ora, que culpa nós temos se os ervateiros do Alto Uruguai são donos de alta sensibilidade artística? Cremos que se Luiz Cosme deixasse as delicias do Rio de Janeiro – onde hoje reside – e viesse se embrenhar, com uma gravadora nas costas, nos sertões do Rio grande, certamente mudaria de opinião.
Evidencia-se a distância existente entre o material recolhido na região do Alto Uruguai em pesquisas de campo e a teorização acadêmica de Cosme. Nas palavras de Lessa, a canção “Chirimindé”, em sua origem já possuía ritmo e arranjos peculiares.
Quando nos voltamos à primeira experiência de gravação da canção ervateira, o próprio LP “Gaúcho”, trás relevantes informações acerca do material ali contido e sua vinculação com o folclore regional gaúcho. Assim temos:

“Gaúcho – é um novo ritmo bem brasileiro, lá dos pampas, que nos chega, agora, pela voz do Conjunto Vocal Farroupilha e que marcará uma nova etapa da valorização da música popular brasileira. (...) As melodias aqui interpretadas não tem sabor de produções urbanísticas, são autênticos motivos colhidos pelos lídimos representantes do “35” – Centro de Tradições gaúchas”.
Conforme indicado, a canção “Chirimindé” constitui um autêntico motivo folclórico recolhido pelo jovem 35 CTG de Porto Alegre que, através de seus líderes intelectuais, notadamente Paixão Cortes e Barbosa Lessa, resgataram um plêiade de costumes, hábitos e manifestações culturais rio-grandenses, cuja poeira do tempo teimava em encobrir – até desaparecerem.
Assim temo a seguinte letra da canção “Chirimindé”, conforme o LP “Gaúcho”, de 1953:

Chirimindé – cant. De ervateiros. 
Luiz Carlos Barboza Lessa e 
J.C. d’Ávila Paixão Cortes.
Ai, mates o que matar
Ai, leves que o que levar
O couro da caça é meu
O couro da caça é meu
O couro da caça é meu
O couro da caça é meu

Levantei cedo, chirimindé
Bem de madrugada, chirimindé
Fui largar cachorro, chirimindé
Nas terras de prata, chirimindé
Cachorro grunhiu, chirimindé
Decerto é anta, chirimindé
Anta não é, chirimindé
Então é bugio, chirimindé
Bugio não é, chiriminde
Tinha os dentes pretos, chirimindé
O dente é preto, chirimindé
Então é cateto... Ai, mates o que matar
Ai, leves que o que levar
O couro da caça é meu
O couro da caça é meu

Menina que vai embora,
Menina que vai embora,
Menina daqui não sai
Menina daqui não sai
Menina que ir embora
Pros campos de Nonoay
Pros campos de Nonoay
Pros campos de Nonoay
Pros campos de Nonoay...

Regulamento
CAPÍTULO I 
DOS OBJETIVOS
Art. 1º - O 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha, tem por finalidade a preservação, a valorização e a divulgação das artes, da tradição, dos usos e costumes e da cultura popular do Rio Grande do Sul.
Art. 2º - O 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha acontece no dia 15/10/17, na sede do CTG Sinuelo da Querência em Palmeira das Missões e é um projeto cultural desenvolvido pela 17ª Região Tradicionalista, que tem por objetivos:
a) Promover o intercâmbio cultural, além de uma retomada de consciência dos valores morais do gaúcho entre os participantes das diversas regiões culturais rio-grandenses.
b) Projetar a cultura popular e tradicional do Rio Grande do Sul em nível regional e estadual, abrindo perspectivas de amplitude além de nossas fronteiras.
c) Proporcionar a integração entre poetas, declamadores, tradicionalistas, críticos de arte, educadores, estudantes e sociedade em geral.
d) Valorizar o artista amador do Rio Grande do Sul, evitando atitudes pessoais ou coletivas que deslustrem os princípios de formação moral do povo gaúcho.
e) Divulgar a arte, a história, a cultura, a tradição e a contemporaneidade do Rio Grande do Sul, através do verso.

CAPÍTULO II
DOS PARTICIPANTES
Art. 3º - Participarão do 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha todo e qualquer cidadão brasileiro, que se propuser a obedecer o presente regulamento.
Art. 4º - Todos os participantes deverão estar devidamente pilchados, conforme diretrizes do MTG.
Art. 5º - Cada participante poderá apresentar somente uma poesia, sendo ela inédita ou não.
Art. 6º - Será exigido dos participantes a apresentação de documentos originais com fotos.
Art. 7º - A não apresentação do documento original com foto, acarretará na desclassificação do mesmo.
Art. 8º - É vedada a participação dos membros da Comissão Organizadora, auxiliares, como concorrentes em qualquer circunstância.
Art. 9º - Para a realização do 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha as idades serão divididas da seguinte forma:
a) Para a modalidade de Declamação as categorias serão assim divididas:
- Categoria Mirim: até 13 anos, 11 meses e 29 dias até a data do evento; 
- Categoria Juvenil: até 17 anos, 11 meses e 29 dias até a data do evento; 
- Categoria Adulta: idade mínima 18 anos.
Art. 10º - As inscrições para todas as categorias serão limitadas, sendo ela distribuídas da seguinte forma:
- Categoria Mirim: 15 participantes; 
- Categoria Juvenil: 15 participantes; 
- Categoria Adulta: 15 participantes.
Art. 11º - Os participantes que optarem por, junto com o poeta, inscreverem o poema como inédito, concorreram a melhor trabalho poético do 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha.

CAPÍTULO III
DAS INSCRIÇÕES
Art. 12º - As inscrições são gratuitas e terão início no dia 01/08, através do e-mail: xirimindadapoesia@hotmail.com.
Art. 13º - Serão aceitas as 15 primeiras inscrições em cada categoria, e se caso alguma categoria não atingir o número máximo, será acrescentado mais participantes naquela que ainda não estiver preenchida, conforme o recebimento cronológico das inscrições, até completar 15 inscritos. OBS: Segue em anexo o modelo de inscrição.
Art. 14º - Junto aos dados da ficha de inscrição, o candidato deverá anexar o texto do poema a ser apresentado no 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha, sendo que o mesmo deverá marcar na ficha se o poema concorrerá na categoria poesia inédita.
Art. 15º - A ordem de apresentação será inversa a ordem de inscrição, sendo divulgada até o dia 30/09, encerrando-se as inscrições.

CAPÍTULO IV
DA COMISSÃO AVALIADORA
Art. 16º - A comissão avaliadora será de inteira responsabilidade da 17ª Região Tradicionalista e da Comissão Organizadora do 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha.
Art. 17º - A comissão será constituída por 3 avaliadores e 1 revisor, de reconhecida capacidade nos assuntos da arte declamatória, cabendo a comissão a escolha de seu presidente.
§1º - Ao revisor caberá acompanhar os trabalhos de avaliação, sem neles interferir, revisar as planilhas para verificação de possíveis erros antes de entregá-las à Comissão Organizadora do evento.

CAPÍTULO V
DAS APRESENTAÇÕES E DOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Seção I
Das disposições gerais
Art. 18º - A comissão avaliadora atribuirá nota aos participantes, empregando os critérios estabelecidos neste regulamento, ficando a cargo dos organizadores do evento a montagem e elaboração das planilhas para todas as categorias.
§ 1º - As planilhas serão fechadas durante a realização do evento.
§ 2º - Ao proceder a avaliação, a comissão analisará, detalhadamente, o uso correto da indumentária gaúcha completa, individual podendo penalizar com até dois pontos a nota final do avaliador, o participante que não estiver adequadamente pilchado de acordo com as Diretrizes estabelecidas pelo MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho) para o traje atual.
Art. 19º - A Comissão Avaliadora embasará seus critérios nos seguintes quesitos:

a) Declamação: 
I - Fundamentos da voz ................................................3 pontos 
a. Impostação (1 ponto) 
b. Dicção (1 ponto) 
c. Inflexão (1 ponto) 
II – Expressão corporal ................................................2 pontos 
a. Facial e gestual (1 ponto) 
b. Postura cênica (1 ponto) 
III – Interpretação da mensagem ................................ 4 pontos 
IV - Fidelidade ao texto................................................ 1 ponto

§ 1º - Para se obter o resultado final serão somadas as notas de todos os avaliadores e dividido por 3 (número de avaliadores) para chegar na média de cada participante.
§ 2º - Em caso de empate serão estabelecidos os seguinte critérios de desempate:
a) Declamação: 
1º) maior nota de Fundamentos da voz; 
2º) maior nota de Transmissão da mensagem poética; 
3º) maior nota de Expressão Corporal; 
4º) maior nota de Fidelidade ao Texto.
§ 3º - Permanecendo o empate na modalidade de Declamação, a Comissão Avaliadora decidirá outros critérios para o desempate. Sendo soberana e indiscutível a decisão da mesma, não sendo aceito reclamações, nem recursos referentes ao resultado.
§4º - O empate será constatado no cálculo da nota final, considerando os milésimos (três casas após a virgula).
Art. 20º - Para o acompanhamento musical do participante, somente poderão ser utilizados os instrumentos: violão, viola (10 ou 12 cordas), viola de arco, violino, rabeca, gaitas, bandoneon, pandeiro e serrote musical, que terá premiação de Melhor Amadrinhador, envolvendo todas as categorias.
§ 1º - A utilização de instrumentos musicais que não estiverem descritos neste Regulamento, conforme o Art. acarretará na desclassificação do participante.

Seção II
Do Concurso de Declamação
Art. 21º - No concurso de declamação, o mesmo será dividido em 3 (três) categorias da seguinte forma: Categoria Mirim, Juvenil e Adulta, sendo elas mistas (concorrerão junto Prendas e Peões).
Art. 22º – Para todas as categorias (Mirim, Juvenil e Adulta) as poesias à serem apresentadas serão de Livre Escolha de cada participante.
§ 1º - O tema deverá ser de inspiração gauchesca, tendo como base a língua portuguesa, podendo conter termos ou pequenos trechos em espanhol ou outros idiomas de povos formadores da cultura gauchesca.
§ 2º - Os participantes entregarão à Comissão Avaliadora 1 (uma) cópia impressa do poema escolhido, sem o que, não serão avaliados.
Art. 23º - O participante terá até 10 minutos para a sua apresentação, perdendo um ponto para cada minuto que ultrapassar.

Seção III
Do Concurso de Poesia
Art. 24º - O Concurso de poesia acontecerá juntamente ao concurso de declamação envolvendo todas as categorias, onde no ato da inscrição o participante deverá optar em inscrever um poema inédito para concorrer.
Art. 25º - Sugere-se que o tema do poema inédito seja inspirado no processo de fabricação da erva-mate, avios do mate, chimarrão, carijo, Xirimindá (Chirimindé), etc.
Art. 26º - O poema poderá ser de autoria do próprio declamador.
§ 1º - Não sendo de autoria do declamador, deverá constar na fixa de inscrição o poeta e seus dados.
Art. 27º - A avaliação do poema será realizada pela mesma comissão do concurso de declamação.
Art. 28º - Será premiado o melhor trabalho poético.

Capítulo VI
DA PREMIAÇÃO
Art. 29º - Serão premiados os primeiros, segundos e terceiros que obtiverem a maior nota na soma final, de cada categoria. Recebendo a seguinte premiação:
a) Declamação Mirim: 1º Lugar – R$ 100,00 + troféu;
2º Lugar – R$ 75,00 + troféu;
3º Lugar – R$ 50,00 + troféu;

b) Declamação Juvenil: 1º Lugar – R$ 150,00 + troféu;
2º Lugar – R$ 100,00 + troféu;
3º Lugar – R$ 50,00 + troféu;

c) Declamação Adulta: 1º Lugar – R$ 150,00 + troféu;
2º Lugar – R$ 100,00 + troféu;
3º Lugar – R$ 50,00 + troféu;

d) Melhor amadrinhador: R$ 50,00 + troféu.
e) Melhor Trabalho Poético: R$ 200 + troféu.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 30º - As deliberações das comissões Avaliadora e Organizadora serão soberanas, não cabendo nenhuma contestação.
Art. 31º - Os casos omissos nesse regulamento serão decididos pelas comissões Organizadora e/ou Avaliadora do festival.

Ficha de Inscrição

Categoria: 
( ) Mirim ( ) Juvenil ( ) Adulta
Poesia:
Autor(es):
Nome do(a) Declamador(a):
Idade:
RG:
Cidade:
Telefone:
E-mail:
Amadrinhador(es):
• Se a poesia for inédita preencha os campos abaixo:
Nome do(a) Autor(a):
RG:
Cidade:
Telefone:
E-mail:

AUTORIZAÇÃO: Autorizo a Comissão do 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha a promover a divulgação do poema com conteúdo exclusivo do evento, reservando-se, contudo, os Direitos Autorais, nos termos legais.
DECLARAÇÃO: Declaro, sob minha responsabilidade, que as informações contidas na Ficha de Inscrição são verdadeiras e que aceito as condições estabelecidas no Regulamento do 2º Xirimindá da Poesia Gaúcha para a participação no concurso.


___________________________
Autor(a) (Se for inédita)

___________________________
Declamador(a)

Prefeitura faz lançamento do 4º Esteio da Poesia Gaúcha


Fotos: Eduardo Baratto Leonardi e Djalma Corrêa Pacheco
Quando a noite de 24 de fevereiro de 2018 chegar, Esteio vai se tornar, mais uma vez, ponto de referência no Estado para os apreciadores de versos que abordem a cultura, os costumes, as tradições e a história do Rio Grande do Sul e de seu povo. Nesta data, a Casa de Cultura Lufredina Araújo Gaya sediará a final do 4º Esteio da Poesia Gaúcha, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer (SMCEL) com apoio da Diretoria de Comunicação Social (DCS). O lançamento do festival de poemas inéditos ocorreu na noite desta quinta-feira (14), durante a Semana Farroupilha Esteio. Os poetas já podem começar a enviar suas obras (veja abaixo como).

“O Esteio da Poesia representa a valorização da cultura gaúcha. É um evento que está cada vez maior, e tenho certeza que neste ano será uma festa ainda mais bonita, dando mais trabalho para os avaliadores que selecionarão as obras finalistas”, apontou o prefeito Leonardo Pascoal. “Estamos nos empenhando para transformar Esteio não apenas na cidade do trabalho e do progresso, como também na cidade da cultura, das tradições”, destacou.

Assim como fez na final do Esteio da Poesia deste ano, Pascoal concluiu seu discurso recitando um poema. Desta vez, o escolhido foi “Gaúcho”, de Ruben Sofildo da Silva: Gaúcho é filho do pago / Que ama e zela esta terra / Fronteira, missões e serra / Campanha e litoral / Recantos do mesmo ideal / Onde se vê o céu azul / Os rios, a mata, a flechilha / Mas tudo é chão farroupilha / Tudo é Rio Grande do Sul.

O secretário municipal de Cultura, Esporte e Lazer, Rafael Figliero, comentou sobre a importância do evento. “O evento coloca Esteio no rol de cidades que valoriza a cultura local. Aproveito para deixar o convite para que os poetas enviem seus trabalhos e para que as pessoas venham assistir à final, em fevereiro”, comentou.

Um dos organizadores do festival (junto ao jornalista e servidor público esteiense Djalma Corrêa Pacheco), Paulo Roberto Domingues Vargas fez agradecimentos à cidade e à Administração Municipal. “Ao lançar esta nova edição do Esteio da Poesia Gaúcha, quero deixar o meu obrigado à comunidade, que participa do evento, e à Prefeitura, pelo apoio para a realização do festival”, disse.

O ato de lançamento foi finalizado com a interpretação de “O Mistério das Palhas”, de Carlos Omar Villela Gomes e Bianca Bergmam (São Vicente do Sul), obra que conquistou o prêmio de melhor poesia e melhor trabalho em palco do 3º Esteio da Poesia Gaúcha. No palco do Pavilhão 20 de Setembro, a obra foi apresentada por Romeu Weber, considerado o melhor intérprete da terceira edição do festival, acompanhado pelo músico e cantor esteiense Vladimir Guará como amadrinhador.

O secretário municipal de Educação, Marcos Dal’Bó, e os vereadores Sandro Severo e Luiz Duarte também participaram do lançamento do Esteio da Poesia.

Festival já recebe inscrições
As inscrições para o 4º Esteio da Poesia já estão abertas. O regulamento e a ficha para cadastro estão disponíveis no site da Prefeitura de Esteio (veja abaixo) e também na página oficial do evento no Facebook (https://www.facebook.com/EsteiodaPoesia). A Comissão Avaliadora, os shows de abertura e encerramento e o apresentador estão sendo definidos pela Comissão Organizadora do festival e devem ser anunciadas em breve.

Os poetas de todo o Brasil terão até o dia 17 de novembro para inscreverem seus versos, que devem versar sobre a dinâmica social, os usos e costumes do povo gaúcho, fatos históricos ou atuais e paisagens do Rio Grande do Sul. Do total de inscritos, a Comissão Avaliadora definirá 10 que serão apresentados ao público na noite de 24 de fevereiro de 2018, na Casa de Cultura Lufredina Araújo Gaya.

Os 10 trabalhos selecionados para a final receberão um prêmio de R$ 1 mil. Os três melhores poemas, declamadores e amadrinhadores, além do melhor trabalho em palco na final, receberão mais prêmios em dinheiro, troféus e diárias da Hospedaria Provençal, de Canela, apoiadora do festival.

Em apenas três edições, o Esteio da Poesia tornou-se o maior festival do gênero, em número de inscritos, no Rio Grande do Sul. A terceira edição contou com 358 poemas, enviados por 119 poetas de 66 municípios diferentes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Roraima. Ao todo, foram mais de 1,1 trabalhos inscritos em três anos.
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Atenciosamente, 
Djalma Corrêa Pacheco
Jornalista - Organizador do Esteio da Poesia Gaúcha
(51) 9151-3893

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

RECULUTANDO A POTRADA VI EDIÇÃO E II EDIÇÃO MIRIM



C A N C E L A D O FESTIVAL RECULUTANDO A POTRADA VI EDIÇÃO E II EDIÇÃO MIRIM

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Os organizadores, que juntamente com o apoio da Acamparh, da FCG/MTG e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, executou as ultimas cinco edições do Festival Reculutando a Potrada, vem a publico informar o cancelamento da VI edição deste ano de 2017e II edição Mirim. Entendemos o momento atual e delicado em que toda a economia do pais esta passando, em especial nossa cidade, e por consequência a situação do Gestor do Acampamento Farroupilha de Porto Alegre, diante do desafio imposto pelo momento, porem após incansáveis tentativas de contato para conversarmos sobre este que é o maior evento, no segmento, no Acampamento de Porto Alegre, terem sido todas frustradas, pois todas as tentativas de contato foram infrutíferas, mandamos mensagens, por whats app, inúmeras ligações, jamais tivemos retorno do gestor, nunca nos foi dado uma posição firme, final, sempre adiando e deixando para dar uma resposta sempre em um próximo momento, o que ca entre nós, não é uma postura favorável para quem deseja resolver uma situação, ou pelo menos a nós confirmava que o Festival Reculutando a Potrada não estava em sua fila de priorização.

Infelizmente esta decisão acaba por frustrar a expectativa de vários jovens valores que já vem aguardando e se preparando para este momento, e por respeito a estas pessoas que já somam mais de 130 interessados ate o final da tarde do ultimo dia 06/09, é que temos o dever de divulgar esta nota de esclarecimento. Nas outras edições havia um entendimento da importância do festival entre todos os representantes das instituições apoiadoras, e o sentimento que os recursos para a execução do Festival deveria sair do próprio evento, que é no final o grande beneficiário do projeto como um todo. Com base nisso é que demos inicio as nossas tratativas, mas o silencio do Gestor, na pessoa do seu presidente Sr. Nairoli Calegaro, nos foi muito intrigante desde o inicio e já sinalizava uma negativa, mas insistimos, pois esperávamos uma posição final, que infelizmente não nos foi dada até este momento.

Assumimos despesas, compromissos, contratamos shows, jurados avaliadores, que tivemos que recuar por este total desrespeito do gestor, para conosco e todos os envolvidos no projeto. Quando a gente percebe, que uma oportunidade como esta, deste festival, esta caindo por terra, por total falta de interesse, em pelo menos conversar, nota-se a perda da oportunidade de manter acesa a esperança de levar na garganta a história de um povo.

Ricardo Fontoura
Promotor do Evento

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Agenda do Grupo Ases do Fandango


O Grupo Ases do Fandango da Minha São Francisco de Assis, é um dos mais antigos e mais importantes grupos de bailes desse Rio Grande do Sul e que nesse ano, com seus 31 anos de muitos fandangos, levando a alegria e a autêntica música gaúcha. 

Nessa Semana Farroupilha que gosta do embalo desse grupo terá a oportunidade de apreciá-los pelos palcos dos CTGs dessa Fronteira Oeste, Santiago, São Borja, Rosário do Sul, São Francisco de Assis, Santa Margarida terão o privilégio de dançarem com eles.
Que esta em dúvida de um bom fandango, ai está, o Grupo Ases do Fandango, depois me digam se eu não tenho razão em tudo que falo desse grupo. E se é da minha terra só pode ser um grande Grupo.

O BUGIO NÃO MORRE!

Esse final de semana podemos  testemunhar que, enquanto São Francisco de Paula existir o bugio não morre.
E não morre por que tem um povo que ama bugio, além de um povo culto, um povo educadíssimo, e não estou falando de políticos, estou falando do povo, esse mesmo que vem te cumprimentar e te abraça mesmo não sabendo quem tu és. 
Não morre por que tem Homens como o Léo Ribeirode Souza, que além da competência poética e artística, é conhecedor do que faz e faz bem feito. A organização do festival, a qualidade musical e o aconchego do CTG Tropeiro Serrano, só somam para a grandeza desse evento e que além de grande, que seja eterno.

Eu nunca havia ido a São Chico de Paula, por ranços meus, mas hoje, quero pedir desculpas ao Povo Franciscano, pelas besteiras que falei um dia dessa gente. Gente que me encantou e que me mostrou que o amor a arte é algo bem maior do que o lapsos de nossos sentimentos e ranços que guardamos por falhas de um ou de outro.

Em seis ocasiões pude ter bugios no Ronco e fui premiados em alguns deles, mas esse ano foi especial por que pude estar lá junto e conferir o que todos me diziam, da grandeza desse festival e das pessoas que lá vivem e, desde já, prometo que nos anos seguintes, em que os evento forem feitos dessa forma, lá eu estarei para continuar aplaudindo-os, pois vocês são a grandeza que sonho ter um dia. Nenhum dos troféus, os prêmios que já ganhei,  nesse festival são parecidos com os abraços que recebi, com os sorrisos que ganhei e com as palavras que ficam, com a certeza de que vale à pena fazer arte, mesmo que seja num País onde os artistas não são valorizados.
Quero agradecer o carinho, o abraço e as palavras de todos, somos apenas um pingo d'água, no oceano, mas sabemos que sem esse pingo o oceano seira um pouco mais vazio.

Grácias por mais um final de semana de Arte e muito aprendizados, enquanto abnegados da arte , que não alimenta orgulho e nem vaidade pessoal, temos a certeza que teremos um Rio Grande muito maior e uma arte muito mais verdadeira, sem tarjas, sem regras, sem preconceitos...apenas verdade.
O BUGIO NÃO MORRE...enquanto o povo estiver em pé, a arte, a música e o bugio não morrem. Nós aplaudimos e aplaudiremos sempre quem põe a arte e a cultura acima de seus interesses pessoais por isso grácias, amigo Léo Ribeiro de Souza, por nos presentear com tamanho evento e bela organização, o Rio Grande agradece!