segunda-feira, 16 de julho de 2012

Bota de Garrão de Potro

 O folclorista alemão Lehamann Nitsche, pesquisador do folclore argentino, realizou um estudo no Museu de História e Arte de Berlim, em 1908, constatando que a boto de potro ou de vaca aparecia em quase todos os povos primitivos da antiguidade. 
 Foi o primeiro calçado fabricado pelos nossos índios e gaúchos, por volta do século XVIII. Era comum a tropeiros, changadores, paulistas e lagunistas que tropeavam mulas para Minas Gerais. 
 As botas eram tiradas de vacas, burros e éguas, raramente do potro que lhes deu seu nome. Normalmente eram feitas com o couro das pernas traseiras do animal; quando tiradas das mãos, geralmente eram usadas cortadas na ponta e no calcanhar, ficando este a descoberto. 
 As botas eram tiradas da seguinte maneira: faziam-se dois cortes transversais nas patas do animal morto, um na coxa, o mais alto possível, e outro pouco acima do casco. Retirava-se o couro, puxando e enrolando, de cima para baixo. 
 A bota de garrão foi muito usada a meio pé, isto é, aberta na ponta, deixnado os dedos de fora, o que facilitava estribar no estribo pampa. mas também foi usada fechada. Nesse caso, deixava-se na ponta uma lingueta maior de couro, que era dobrada para cima e costurada com um tento bem fino, geralmetne de couro de potrilho. Essas botas, quando em uso, não duravam mais do que uns dois meses.

1 comentário:

Unknown disse...

lindo está cultura gaucha me orgulho ter nascido gaucha!!!sega postanto fotos aqui vale apena a geração de hoje ver de onde vem sua origem!!!

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