sexta-feira, 27 de setembro de 2024
15º Canto Nativo - Tudo Pronto
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
PORCA VÉIA E GRUPO CORDIONA:
Biografia
Prêmios e indicações
Prêmio Açorianos
2009 Instrumentista de Música Regional Porca Véia
2011 Intérprete de Música Regional Porca Véia
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Os Quatro Troncos Missioneiros juntos
Jayme Guilherme Caetano Braun[1] (São Luiz Gonzaga, 30 de janeiro de 1924 – Porto Alegre, 8 de julho de 1999) foi um renomado payador e poeta do Rio Grande do Sul, prestigiado também na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. Era conhecido como El Payador e por vezes utilizou os pseudônimos de Piraju, Martín Fierro, Chimango e Andarengo.
É considerado um dos maiores nomes da música gaúcha, ao lado de Pedro Ortaça, Noel Guarany, Cenair Maicá (os chamados Troncos Missioneiros)[2] e Teixeirinha (Na época). Atualmente tem estátua localizada no parque Maurício Sirotsky Sobrinho (Estância da Harmonia), em Porto Alegre, e um monumento juntamente com o Complexo Turístico em sua homenagem em São Luiz Gonzaga.
Biografia
Payador, poeta e radialista e filho de João Aloysio Thiesen Braun, descendente de alemães,[3][4] e de Euclides Ramos Caetano Braun, proveniente de tradicional família pecuarista da região missioneira, Jayme Caetano Braun nasceu a 30 de Janeiro de 1924, na localidade chamada Timbaúva, na época 3º distrito de São Luiz Gonzaga, e a partir de 12 de outubro de 1965 parte do município chamado Bossoroca, na Região das Missões do Rio Grande do Sul
Durante sua carreira fez diversas payadas, poemas e canções, sempre ressaltando o Rio Grande do Sul, a vida campeira, os modos gaúchos e a natureza local.
Jayme sonhava em ser médico mas, tendo apenas o Ensino Médio, se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, pois afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".
Aos 16 anos mudou-se para Passo Fundo, onde viveria até os 19 anos. Na capital do Planalto Médio, Jayme completou seus estudos no Colégio Marista Conceição.
Jayme foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, grupo de poetas tradicionalistas que se reuniu no final dos anos 50, na capital gaúcha.
Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A noticia (de São Luiz Gonzaga). Passa dirigir em 1948 o programa radiofônico Galpão de Estância, em São Luiz Gonzaga e em 1973 passa a participar do programa semanal Brasil Grande do Sul, na Rádio Guaíba. Na capital, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda semana uma página em cores aos poemas de Jayme.
Como funcionário público trabalhou no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e ainda foi diretor da Biblioteca Pública do Estado de 1959 a 1963, aposentando-se em 1969. Na farmácia do IPASE era reconhecido pelo grande conhecimento que tinha dos remédios.
Em 1945 começa a atuar na política, participando em palanques de comício como payador. O poema O Petiço de São Borja, publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participa das campanhas de Ruy Ramos, com o poema O Mouro do Alegrete, como era conhecido o político e parente de Jayme. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jayme Caetano Braun como payador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em Santa Maria no ano de 1954.
Casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim, e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.
Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo PTB, ficando como suplente.[5]
Veio a falecer de parada cardíaca em 8 de julho de 1999, por volta das 6h, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, e enterrado no cemitério João XXIII, na capital do estado. Para o dia seguinte estava programado o lançamento daquele que seria seu penúltimo disco, Êxitos 1.
Obra
O payador lançou diversos livros de poesias, como Galpão de Estância (1954), De fogão em fogão (1958), Potreiro de Guaxos (1965), Bota de Garrão (1966), Brasil Grande do Sul (1966), Paisagens Perdidas (1966) e Pendão Farrapo (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lança Payador e Troveiro, e seis anos depois a antologia poética 50 Anos de Poesia, sua ultima obra escrita.
Publicou ainda um dicionário de regionalismos, Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e Legendas, lançado em 1987.
Jaime também gravou CDs e discos, como Payador, Pampa, Guitarra, antológica obra em parceria com Noel Guarany. Sua ultima obra lançada em vida foi o disco Poemas Gaúchos, com sucessos como Payada da Saudade, Piazedo, Remorsos de Castrador, Cemitério de Campanha e Galo de Rinha.
Gravou, ainda, com Lúcio Yanel, Cenair Maicá e Luiz Marenco.
Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se Bochincho, Tio Anastácio, Amargo, Paraíso Perdido, Payada a Mário Quintana, Payada para o Irmão Negro e Galo de Rinha.
Seu nome batiza ruas, praças e principalmente CTGs no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.
Gravou com Noel Guarany, Pedro Ortaça e Cenair Maicá o disco Troncos Missioneiros, em 1988.
Tributos
- Sol das missões - Tributo a Jayme Caetano Braun, de Paulo de Freitas Mendonça
- Tributo a Jayme Caetano Braun, de Geraldo do Norte
- Galo Missioneiro, de Pedro Ortaça
- Monumento ao Payador em São Luiz Gonzaga, Missões, RS (escultor Vinícius Ribeiro)
Prêmios e indicações
Prêmio Açorianos
Ano | Categoria | Indicação | Resultado |
---|---|---|---|
1997[6] | Destaque Especial | Jaime Caetano Braun | Venceu |
Referências
- ↑ Pela grafia original do nome, Jayme Guilherme Caetano Braun.
- ↑ Burchard, Larissa (13 de agosto de 2020). «Pedro Ortaça mantém viva a música missioneira». Jornal do Comércio. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ de Freitas Mendonça, Paulo (18 de fevereiro de 2014). «Nove décadas de nascimento de Jayme Caetano Braun». Recanto das Letras. Consultado em 24 de novembro de 2022
- ↑ Fischer, Luís Augusto (1 de junho de 2006). «Memória e invenção do passado - a poesia de Jaime Caetano Braun» (PDF). UPF Editora. Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo. 2 (1): 77. Consultado em 24 de novembro de 2022
- ↑ Eleições de 1962 no Rio Grande do Sul[ligação inativa]
- ↑ Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Vencedores do Prêmio Açorianos de Música - 1997». Consultado em 17 de abril de 2018
Ligações externas
- Jayme Caetano Braum, o Mestre do Improviso.
- «Jayme Caetano Braun se foi – Coluna Galpão Crioulo de Antonio Augusto Fagundes»
- «Caderno de Cultura do Jornal Zero Hora»
Biografia
Noel Fabrício da Silva adotou Bossoroca como sua cidade natal, mas nasceu em São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul. Era de descendência italiana por parte da família Fabricio, bem como de índios guaranis.
Na adolescência aprendeu, de maneira autodidata, a língua guarani, bem como a compor, tocar e cantar.
Na década de 1960, percorreu diversos países latino-americanos, onde colheu diversos ensinamentos, que utilizou como subsídio para criação de suas músicas em sua futura carreira.
No final da década, apresentou alguns programas radiofônicos, nas rádios de Cerro Largo e São Luiz Gonzaga, bem como nas rádios Gaúcha e Guaíba de Porto Alegre.
Em 1970, lançou, em conjunto com Cenair Maicá, com o qual vinha se apresentando pelo Rio Grande do Sul e em festivais na Argentina, um compacto simples, com as músicas Filosofia de Gaudério e Romance do Pala Velho.
No ano seguinte gravou o seu primeiro LP, Legendas Missioneiras, pela gravadora RGE, que trazia, entre outras, parcerias com Jayme Caetano Braun, Glênio Fagundes e Aureliano de Figueiredo Pinto. Neste disco, além das músicas constantes do compacto anterior, estão presentes outras pérolas de seu repertório, como Fandango na Fronteira, Gaudério e Eu e o Rio.
Em 1973 saiu Destino Missioneiro, pela gravadora Phonogram/Sinter, no qual repetiu algumas das parcerias do disco anterior, bem como trouxe composições próprias e de Barbosa Lessa, e uma parceria com Aparício Silva Rillo. Neste disco, estavam presentes grandes músicas, como Destino Missioneiro e Destino de Peão. Seu terceiro LP chamou-se Sem Fronteiras, lançado em 1975 pela EMI/Odeon, que está repleto de músicas que acabaram se tornando clássicos do cancioneiro gaúcho, como Romance do Pala Velho, Potro Sem Dono (de Paulo Portela Fagundes), Filosofia de Gaudério, Balseiros do Rio Uruguai (de Barbosa Lessa), Décima do Potro Baio e Chamarrita sem Fronteira (as duas últimas, temas missioneiros recolhidos e adaptados por Noel Guarany), entre outras.
No ano de 1976 Noel Guarany gravou em parceria com Jayme Caetano Braun, de maneira independente, o LP Payador, Pampa, Guitarra. Gravado parte na Argentina e parte em São Paulo, o disco conta com a participação de grandes músicos argentinos.
Em 1977 a RGE relançou o disco Legendas Missioneiras, de 1971, com o título de Canto da Fronteira.
Em 1978 saiu o LP Noel Guarany Canta Aureliano de Figueiredo Pinto, pela RGE, que resgatava a obra e a memória de um dos grandes poetas do regionalismo gaúcho.
No ano seguinte, saiu o disco De Pulperias, ainda pela gravadora RGE. Constam deste disco as músicas En el rancho y la cambicha, Rio de los pajaros e Milonga del peón de campo, de Mario Millan Medina, Anibal Sampayo e Atahualpa Yupanqui, respectivamente.
Em 1980 saiu Alma, Garra e Melodia, em que se destacam as músicas Maneco Queixo de Ferro e Índia cruda. Neste mesmo ano ocorreu o show no Cinema Glória, na cidade de Santa Maria, que mais tarde, em 2003, viria a se tornar o disco Destino Missioneiro - Show Inédito. Nesta época, ainda em tempos da ditadura militar, passou a ser perseguido em alguns shows devido a suas convicções democráticas e libertárias, conforme registra ao vivo nesse álbum.
No ano de 1982 foi lançado o LP Para o Que Olha Sem Ver, pela RGE, título que remete à música Para el que mira sin ver de autoria do cantor e poeta argentino Atahualpa Yupanqui (presente também na composição Los ejes de mi carreta). Além das citadas, estão presentes as músicas Boi Preto, Na Baixada do Manduca e Adeus Morena, músicas de inspiração folclórica. De se destacar, também, quatro composições de João Sampaio. Neste ponto, Noel Guarany, já com os primeiros sintomas da doença que viria a ceifar-lhe a vida, começou a afastar-se dos palcos, e acabou redigindo uma carta aberta à imprensa, na qual reclama do tratamento recebido pela gravadora.
Em 1985 retira-se definitivamente dos palcos, em cumprimento ao prometido na carta de 1983. No ano de 1988, em conjunto com Jorge Guedes e João Máximo, lança o disco A Volta do Missioneiro. Ainda no mesmo ano, com Cenair Maicá, Jayme Caetano Braun e Pedro Ortaça lançou Troncos Missioneiros, como os quatro ficaram conhecidos.[2]
Nos próximos 10 anos, o grande gaúcho, cada vez mais debilitado por uma enfermidade degenerativa no cérebro, permaneceu recolhido em seu sítio na localidade de Vila Santos, no município de Santa Maria.
Morreu na Casa de Saúde de Santa Maria, tendo sido enterrado em Bossoroca, cidade que adotou como sua terra natal e à qual sempre fez referência em suas canções.
Discografia
Compactos
- 1970 - Filosofia de Gaudério (com Cenair Maicá)
Álbuns
- 1971 - Legendas Missioneiras
- 1973 - Destino Missioneiro
- 1975 - Sem Fronteiras
- 1976 - Payador, Pampa, Guitarra (com Jayme Caetano Braun)
- 1977 - Canto da Fronteira
- 1978 - Canta Aureliano de Figueiredo Pinto
- 1979 - De Pulperias
- 1980 - Alma, Garra e Melodia
- 1982 - Para o Que Olha Sem Ver
- 1984 - O Melhor de Noel Guarany
- 1988 - A Volta do Missioneiro (com Jorge Guedes e João Máximo)
- 1988 - Troncos Missioneiros (com Pedro Ortaça, Jayme Caetano Braun e Cenair Maicá)
- 2003 - Destino Missioneiro - Show Inédito
Referências
- ↑ Dicionário Cravo Albin
- ↑ Burchard, Larissa (13 de agosto de 2020). «Pedro Ortaça mantém viva a música missioneira». Jornal do Comércio. Consultado em 14 de agosto de 2020
Pedro Marques Ortaça (São Luiz Gonzaga, 29 de junho de 1942) mais conhecido por Pedro Ortaça é um cantor, compositor e violonista brasileiro de música nativista. Canta as coisas do seu passado e homenageia outros cantores missioneiros como Jayme Caetano Braun, Cenair Maicá e Noel Guarany[1], os quatro artistas chamados Troncos Missioneiros.[2] Em 2006, foi agraciado com o Prêmio Vitor Mateus Teixeira, entregue pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul.[3]
Em 2009, lançou um DVD homônimo, gravado em São Miguel das Missões, São Borja, São Luiz Gonzaga e Santo Ângelo. Também, junto com sua família, apresentou o programa Orgulho Gaúcho, na Rádio Missioneira AM 1010 de São Luiz Gonzaga, transmitido aos domingos do meio-dia às 13h.
É pai dos também cantores Gabriel Ortaça, Alberto Ortaça e Marianita Ortaça, frutos do seu relacionamento com Rose Ortaça, para quem dedicou uma canção intitulada "Companheira".[4]
Discografia
Álbuns de estúdio
- 1977 - Mensagem dos Sete Povos - Cid Discos
- 1979 - Chão Colorado - Querência
- 1982 - Missões, Guitarra e Herança - Copacabana
- 1988 - Troncos Missioneiros - USA Discos (com Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Cenair Maicá)
- 1989 - Timbre de Galo - Acit
- 1991 - Apontando o Rumo - Beverly
- 1992 - De Guerreiro a Payador - Acit
- 1995 - Grito da Terra - Acit
- 1998 - 17 Grandes Sucessos de Pedro Ortaça - Acit
- 2000 - Galo Missioneiro - Acit
- 2007 - Pátria Colorada - Acit
- 2010 - De Igual pra Igual - Acit
- 2015 - Pedro Ortaça & Filhos
Videografia
- 2009 - DVD Pedro Ortaça - Acit
Prêmios e indicações
Ano | Categoria | Indicação | Resultado |
---|---|---|---|
2003[5] | Disco de Música Regional | Pátria Colorada | Indicado |
2010[6] | Intérprete de Música Regional | Pedro Ortaça | Indicado |
2014[7] | Intérprete de Música Regional | Pedro Ortaça | Indicado |
Referências
- ↑ Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira - Pedro Ortaça
- ↑ Burchard, Larissa (13 de agosto de 2020). «Pedro Ortaça mantém viva a música missioneira». Jornal do Comércio. Consultado em 14 de agosto de 2020
- ↑ Pedro Ortaça receberá prêmio da Assembléia Legislativa Gaúcha Rádio Missioneira, acessado em 8 de junho de 2010
- ↑ [http://www.pedroortaca.com.br/#!Programa-Orgulho-Ga%C3%BAcho-com-a-Fam%C3%ADlia-Orta%C3%A7a/cww5/556b370d0cf21fee13c73ebf - Programa Orgulho Gaúcho com a Família Ortaça (24/02/2014)
- ↑ Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2003». Consultado em 2 de maio de 2018
- ↑ Prefeitura Municipal de Porto Alegre. «Indicados ao Prêmio Açorianos de Música - 2010». Consultado em 3 de maio de 2018
- ↑ Prefeitura Municipal de Porto Alegre (1 de dezembro de 2015). «Prêmio Açorianos de Música ocorre nesta terça-feira». Consultado em 7 de maio de 2018
Ligações externas
Cenair Maicá (Tucunduva, 3 de maio de 1947 - Porto Alegre, 2 de janeiro de 1989) foi um cantor e instrumentista brasileiro de música nativista. Conhecido por cantar a natureza e os índios, foi um dos quatro troncos missioneiros ao lado de Jaime Caetano Braun, Pedro Ortaça e Noel Guarany.[2]
Nasceu em Água Fria, em Tucunduva, distrito de Santa Rosa (atual município de Novo Machado), filho de Armando Maicá, o "seu Mandico", e Orcina Lamarque Maicá. Aos três anos de idade mudou-se com sua família para a província de Misiones, na Argentina, para viver em carreiras, acampamentos de extração de madeira às margens do rio Uruguai. Foi com os peões argentinos e paraguaios que trabalhavam com seu pai que Cenair aprendeu os primeiros acordes de violão. Cursou o primário no colégio General Belgrano, em Três Pedras, Oberá.
Passou a maior parte de sua vida em Santo Ângelo, onde começou sua carreira musical com o irmão Adelque já aos 10 anos de idade. Tornou-se conhecido ao vencer o 7º Festival do Folclore Correntino, em 1970, em São Tomé, na Argentina, com a música Fandango na Fronteira. Apresentou-se junto do compositor da canção, Noel Guarany, e a vitória garantiu aos dois a gravação do disco compacto Filosofia de Gaudério (1970). Trabalhou com José Mendes e depois com Noel Guarany. Cenair gravou um compacto duplo e quatro LP, dois deles reeditados em CD.
Aos 17 anos de idade, num acidente, perdeu um rim, o que veio, mais tarde a comprometer sua saúde e influenciar no seu prematuro falecimento, que ocorreu em 02/01/1989, aos 41 anos, devido a uma infecção hospitalar contraída durante a colocação de uma prótese femural. Os problemas de saúde haviam começado em 1984, quando rim que lhe restara começou a falhar e Cenair precisou fazer hemodiálise, o que o deixou ainda mais debilitado. Chegou a fazer um transplante de rim em 1985, doado pelo irmão Darci Maicá. Seus restos mortais encontram-se na cidade de Santo Ângelo, onde existe um memorial em sua homenagem na entrada do Cemitério Municipal.
Discografia
- 1970 - Filosofia de Gaudério (com Noel Guarany)
- 1978 - Rio de Minha Infância
- 1980 - Caminhos
- 1983 - Canto dos Livres
- 1985 - Companheira Liberdade
- 1985 - Meu Canto
- 1988 - Troncos Missioneiros (com Noel Guarany, Jayme Caetano Braun e Pedro Ortaça)
Referências
- ↑ [1]
- ↑ Burchard, Larissa (13 de agosto de 2020). «Pedro Ortaça mantém viva a música missioneira». Jornal do Comércio. Consultado em 14 de agosto de 2020