sexta-feira, 13 de setembro de 2024

CTG TROPEIRO DAS MISSÕES - VILA KRAEMER

 E está começando mais uma semana do Gaúcho na minha terra e o CTG que foi parte da minha infância já começa com grande programação, grandes eventos, almoço, jantar, rodas de chimarrão, música e um acolhimento que só as pessoas da Vila mais Forte do Brasil conseguem dar. 

De 14 a 20 de Setembro estão todos convidados a passarem pela Vila Kraemer - 5º distrito de São Francisco de Assis no CTG Tropeiro das Missões, onde o sorriso, a palavra de carinho, o encontro e reencontro de pessoas que congregam na mesma cuia, no mesmo mate, com os mesmo ideias, de igualdade, de bondade e de acolhimento. 

Será uma semana cheia de eventos, comida boa, bóia campeira e boa música, além da atenção da Patronagem e seus comandados, o carisma dos associados e visitantes que vão compartilhar desses momentos. Não esqueça de levarem pratos e talheres para os almoços e jantares e no mais é só arrastar a bota e se divertir.

Vamos todos!

Fica aqui a programação de mais uma Semana Farroupilha!


quinta-feira, 12 de setembro de 2024

PIQUETE FAZENDA BRANCA - SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Já está tudo pronto, com uma vasta programação do Piquete Fazenda Branca, da minha São Chico de Assis, esse que é um dos mais antigos e tradicionais Centros de Eventos Tradicionalistas da Querência do Bugio e que muito frequentei na minha adolescência, que foi e continua sendo um orgulho para nós assisenses. 
A venda das mesas e ingressos para todos os eventos, já se encontram a disposição com os componentes da Patronagem.


A Programação:

DIA 14/08 - SÁBADO
11 h - Chegada da Chama Crioula na Sede da entidade;
12 h - Almoço - A cargo de Fernando Minussi;
20 h - Jantar - A cargo da Comissão Jovem Rural Assisense;

DIA 15/09 - DOMINGO
12 h - Almoço - A cargo de Sadi Portella e Convidados;
20 h - Jantar - A cargo da Mecânica Sobeck e Serralheira Brandani;

DIA 16/09 - SEGUNDA
12 h - Almoço - A cargo do Hospital Santo Antônio;
20 h - Jantar - A Cargo de BC Remates;

DIA 17/09 - TERÇA - FEIRA
12 h - Almoço - A cargo de Valdir Bianchini e amigos;
20 h - Jantar - A cargo de Sadi Portel e Convidados;

DIA 18/09 - QUARTA-FEIRA
12 h - Almoço - A cargo do Grupo de Cavalarianos Honorival Witt Paz;
20 h - TRACIDIONAL JANTAR/BAILE COM GRUPO TRANCO MONARCA;

DIA 19/09 - QUINTA FEIRA
12 h - Almoço - A cargo de Juarez Côrtes e Convidados;
20 h - Jantar - A cargo de Jânio Fagundes e Convidados;

DIA 20/09 - SEXTA - FEIRA
09 h - DESFILE TRADICIONALISTA;
12 h - Almoço - Tradicional Churrasco a cargo da Patronagem - após
Baile com o Grupo Portal Assisense.

Todos os dias após almoço e jantar haverá baile com o grupo PORTAL ASSISENSE.

Todos convidados!

A Tradição e suas controvérsias!

A Tradição que nos foi passada pelos livros dos "lacradores" do passado, nada mais é que uma fantasiosa cópia de quase tudo o que existiu pelo mundo, mas querendo mostrar outra realidade, que aos olhos dos "cabresteadores" parece a única verdade, mas não é.

Boa parte do que o Gaúcho Rio-grandense vive, hoje, é uma cópia mal feita do Americanismo, que eles mesmo condenam, mas o Homem do Campo, garboso em seu cavalo, pilchado dos pés à cabeça, nada mais é o que americano dos filmes de cowboy. A prenda é idêntica em tudo, desde a china, com seu vestido floreado igual a camponesa americana dos filmes de John Wayne, quanto as madames dos filmes, idem às senhoras patroas das estância sulina.

O lenço, o chapéu, a bota, o cinto, o revolver, a espora, o cavalo, os arreios, o laço, tudo semelhante, dentro da peculiaridade e do que existia em cada região, salvo a bombacha, porque a calça mais estreita, não se adequava à montaria onde se usavam pelegos com lã alta, dificultando a montaria, portanto a calça tinha que ser larga e para não ficar uma boca enorme, quando tirava as botas, colocaram um punho. Nada mais do que isso.

Os bailes, a música, o churrasco, as danças, misturavam um pouco de tudo e contavam uma "estória" de açores, de Portugal, para não dizer que muitas vieram da senzala, dos negros, escravizados e que teriam que continuarem escravizados, jamais os criadores de muitas coisas que os brancos da casa grande faziam e usavam.

Se, hoje, que vivemos à beira da informação e só não a tem que não quer ou quem tem preguiça para buscar, ainda ouvimos uma história fantasiosa e cheia de inverdades, falando de guerras e mortes de corpos que nunca encontraram, imagina escrever uma história para um povo que acreditava em tudo, basta ver nossas lendas, nosso folclore, os causos de galpão, as estórias fictícias que levavam 60, 90 dias dias para chegar da Capital ao Interior. Falar, contar, inventar estórias naquele tempo era quase que uma regra. Contar de pesquisas, de escritas, redesenhar uma cultura, copiada ou buscada em outras partes do mundo era quase que um fato, muito fácil de escondida e muito fácil de ser ludibriada.

Isso me faz mais ou menos Gaúcho?

Não... isso não muda nada na minha vida, mas muda no meu modo de pensar e ver o mundo. Respeito os que acreditam, mas não tentem me convencer de algo que não convence. 10 anos lutando numa Revolução naquele tempo? Só para quem não pensa ou para dar tiras aos "heróis". Conheci alguns locais onde houveram os tais combates, 400, 500 mortos, alguém encontrou os restos mortais dessa gente que morreu? Há algum cemitério? Onde estão enterrados? Quem foram eles? Não... ninguém sabe de nada, a não ser o mausoléu dos Coronéis. 

Falar de rico é fácil. Vamos falar da História do Brasil, hoje, o que tu contaria? quem é o vilão e quem é o herói? 

Talvez um povo que não pensa, segue sempre cabresteando nos fados mal contados dos que queriam "lacrar", pagando caro para livros falarem bem deles. E viva os Bentos Gonçalves, Os Zeca Neto, Os Davis Canabarros, Os Bentos Manuel, Os Gomes Jardins, Os Garibaldis que deixaram grandes fortunas para os seus, mentindo que faziam guerras, enquanto pobres morreram de fome por conta das tropas empurradas na calada das noites. Garibaldi foi embora para o Uruguai com mais de 1000 cabeças de gado por diante e uma moça pobre de Santa Catarina que todos chamam de heroína, que ganhou fama ajudando a matar os irmãos, história bem parecida com algo que aconteceu há pouco tempo nesse Pais, em que alguém fugiu, cheio de joias e que hoje desfilam na alta sociedade, enquanto "acéfalos" estão dando vida à uma véia Papuda. 

Viva nossa história, viva o heroísmo dos fajutos e viva ao luto da história não contada, mas que ainda vive na penumbra dos pensadores.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

SOMOS TODOS GALPONEIROS! QUERES SER UM?

QUERES TE JUNTAR À NÓS E VIRAR UM GALPONEIRO DE CARTEIRINHA?
Basta gostar de poesia e querer estar junto levando a bandeira do Galpão da Poesia para todos os cantos.

E O QUE PRECISAS?
Apenas te associar ao Galpão da Poesia Crioula de Santa Maria e pode participar de todas as reuniões, projetos, eventos, rodeios, festivais, concursos de arte declamatória e poética e tudo que envolve poesia. 
Pode participar e ajudar nas Oficinas de Declamação e escrita poética, além de recitais e demais eventos do Galpão.

MAS TEM EVENTOS?
Tem eventos, muitos deles já agendados, como por exemplo, dia 18 de Setembro, jantar Poético no CTG Bento Gonçalves de Santa Maria, com a presença de Galponeiros e Convidados. Uma noite cheia de encantos, música e poesia. Haverá a diplomação de de novos associados, que além da confraternização poderão conhecer um Pouco do Galpão da Poesia nesses 31 anos de muit aarte.

MAS EU NÃO SOU DE SANTA MARIA?
Não tem Problema, que apesar o Galpão da Poesia ser em Santa Maria, mas ele é aberto a todos, de todas as partes do mundo e com a web distância não será problema, teremos em breve, oficinas de arte declamatória, através das redes sociais para quem mora longe.

COMO FAÇO PARA ME ASSOCIAR?
Basta entrar em contato com algum componente do Galpão pelas suas páginas da web e te tornar um sócio,  com uma anuidade de R$ 65,00 e ainda ganhará diploma, carteirinha, camiseta e tudo que todo o Galponeiro tem direito.




8º CANTO GALPONEIRO DE PASSO FUNDO

 Do dia 17 a 19 de outubro de 2024, vamos mais uma vez aplaudir o Rio Grande do Sul e a nossa tradição na 8ª edição do festival Canto Galponeiro de Passo Fundo, com grandes atrações e grande nomes da música do Rio Grande do Sul, que estarão em palco.

15º CANTO NATIVO - SANTO AUGUSTO

No dia 27 de setembro, o Festival Canto Nativo de Santo Augusto promete uma noite especial!
Após as apresentações das músicas concorrentes, teremos o show incrível de Mauro Moraes, trazendo toda a sua musicalidade e talento para o palco.
Convidamos você e sua família para prestigiar esse grande evento, celebrar a nossa cultura e curtir uma noite de muita música e emoção. Não perca!





MÚSICAS CLASSIFICADAS:








SHOW:



terça-feira, 3 de setembro de 2024

O SOM DO SUL COM CD NOVO CHEGANDO - AGUARDE!

 Dia 07 de setembro, sábado próximo, O GRUPO SOM DO SUL - que com certeza é um dos grandes grupos musicais desse estado, estará lançando mais um CD - com regravações de grandes músicas e composições inéditas, dentre essas, inéditas, O SONHO QUE HÁ EM MIM! uma obra nossa em Parceria com Willian Hengen, que já provoca suspiros mesmo antes de ser lançada. 

A agenda do Grupo Som do Sul mostra que ele estará aqui pela região nessa Semana Farroupilha e quem ainda não teve a oportunidade de dançar e contratar esse grupo, aproveita porque depois desse CD e dos clipes que estarão sendo lançados, sua agenda ficará ainda mais apertada, visto que tem viajado muito para Santa Catarina e Paraná, sobrando pouco espaço para os fandangos aqui do sul do mundo.

Acompanhe o grupo em suas mídias nas redes sociais, como Facebook, Instagram,  YouTube, Spotify - além é claro dos fãs clubes espalhados por todo Sul do Brasil, que mantém agenda em dia e a divulgação dos trabalhos e vídeos por onde eles tem andado.

Para contratá-los é muito fácil contatar, difícil é conseguir data disponível mas tente. Telefone no Card.

TATIANE DA ROSA CRESTANI - LANÇA LIVRO EM SANTA MARIA

Quem estará neste sábado, dia 07 de setembro, na 51ª Feira do Livro de Santa Maria, lançando o seu livro A poesia nos Une - é a Poetisa Tatiane da Rosa Crestani. Natural de Tapejara, lá quase na divisa com Santa Catarina, Mãe do Pedro e da Sofia - ambos já conhecidos pelos palcos da poesia do Rio Grande do Sul, premiadíssimos - Ela que além de grande Poetisa também é premiadíssima pelos palcos da arte declamatória como declamadora, além é claro, do belo trabalho que fazes com os jovens de Tapejara no CTG Manoel Teixeira que ela representa muito bem. 

Tatiane além da simplicidade, do carisma e de uma educação impar, tem muitos predicados, tão bem expostos nos versos espalhados em folhas timbradas desse livro, que traz além de grandes poemas e poemetos - em quadrinhas, sextilhas, oitavas, também em décimas, com rimas prefeitas e versos em branco -  mostrando a diversificação de um belo exemplar que devemos ter em nossas estantes e, acima de tudo, traz a sua apresentação grandes nomes da Poesia deste País, como: Adão Bernardes, Moisés Menezes, Kayke Mello, todos que não necessitam apresentação.  

Conheço a Tatiane de algum tempo, talvez 5 ou 6 anos. Já fiz parte de comissão avaliadora que ela ela esteve declamando, já fiz parte de comissão que ele teve poema com outros declamadores e já fui agraciado, recentemente com a sua bela apresentação em mais um festival de Poesia, O 9º ESTEIO DA POESIA, da cidade de Esteio, onde ela defendeu o verso NA SOMBRA DA ESPORA, de nossa modesta lavra. Portanto, falar da sua qualidade como Poetisa, como declamadores e conhecedora de poesia é como chover no molhado e, esse livro, retrata bem todo esse vasto conhecimento.

ANJOS E POETAS!
Tatiane da Rosa Crestani 
do Livro a Poesia nos Une 
pg 46 e 47

Sei que todas as crianças são anjos e poetas...
e por saberem dessa dádiva
precisam se unir 
para salvar a poesia...

Sem ela, o jardim das palavras
ficará sem as flores das metáforas,
e não haverá cores na primavera
nem poemas no planeta.

Além de salvar a poesia,
é preciso também
salvar os rios, os lagos,
os campos e as florestas.

Sem os rios m lagos e cascatas:
não há agua para brincar,
e, sem água, não há matas
e, sem matas, não há poesia...

Para brotar a poesia
cm suas formas multicores,
é preciso ter as plantas,
pois sem plantas não há flores.

Que triste! Que triste!
se ela não existir,
quem vai colorir a terra
com metáforas de arco-íris?

Acho que ecologia
não é muito diferente
de um tipo de poesia
feita com o meio ambiente.

É preciso união:
poetas, anjos e crianças,
para ver o mundo florir
e salvar a poesia!

Para que não desapareça
como o orvalho da manha,
vamos salvar a Mae natureza
que, da poesia, é irmã!

Devemos salvá-la sim,
esse é o nosso desafio,
pois onde há veros e crianças,
há matas, flores e rios!

Nós crianças, anjos e poetas
vamos cuidar do nosso planeta,
como se fosse um poema,
para salvar a poesia!

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

GALPÃO DA POESIA CRIOULA DE CARA E ALMA NOVA!

 O Galpão da Poesia está de cara nova e com muito empenho e trabalho, agora virando como Associação e dando oportunidade a todos, os amantes da Poesia, da arte declamatória e admiradores, poderem se associar e participar dos eventos realizados por essa entidade cultural e poética.

Como funciona a associação ao Galpão da Poesia da Poesia Crioula?

        Valor da Anuidade: R$ 65,00, podendo ser ajustado, anualmente, em assembleia com valor máximo de 5% do Salário mínimo.

        Associando-se, a pessoa irá receber no primeiro ano uma camiseta do galpão, uma carteirinha, e um material didático do galpão

        Poderá juntar-se a nós nos encontros semanais, bem como representar o GPC nos eventos que participar.

        Poderá ter acesso as aulas particulares com os instrutores do galpão, inclusive de maneira on- line, com desconto para os associados.

        Terá todo o suporte nos dias dos eventos, futuramente será trabalhado a questão de amadrinhadores do galpão, para costear os nossos associados.

        Terá acesso a poemas diferenciados, com ajuda na montagem da apresentação.

        Poderá participar dos materiais audiovisuais produzidos pelo Galpão

        Poderá participar dos eventos do galpão conforme prévia organização.



Para quem ainda não conhece ou não convive com o Galpão da Poesia Crioula é uma entidade cultural sem fins lucrativos que esse ano completa seus 31 anos de boa convivência,  navegando no meio poético Cultural do Rio Grande do Sul. Com Sede em Santa Maria, sempre esteve á frente dos grandes eventos Poéticos desse estado e fora dele, desde: Festivais, Rodeios Literários, oficinas de arte declamatória, Comissões de Arte declamatória, Recitais, encontros, concursos, lançamentos de obras literárias e tudo mais no que se refere à Cultura Poética e cultural desse estado.

Muitos Poetas e declamadores se destacaram e vem se destacando ao longo dos anos nos Palcos de Grandes Festivais, dentro e fora do Estado do Rio Grande do Sul, bem como a organização de grande eventos do gênero como é o exemplo da Tertúlia da Poesia de Santa Maria, que em suas 6 edições, largou para o mundo quase uma centena de Poemas que hoje habitam os palcos e os galpões, dando vida e vivência à muitos declamadores, tantos da antiga, quanto aos que estão começando a permear essa estrada.

Muitos projetos já estão na forma e para breve, entre eles o RECITAL FARROUPILHA que acontecerá dia 19 de Setembro, no aniversário de 31 anos do Galpão da Poesia. Acontecerá na Sede Social do CTG Bento Gonçalves em Santa Maria, num Jantar de Confraternização com a presença de Galponeiros da antiga e seus familiares, declamadores e poetas atuais, além de convidados da arte declamatória. 

Além desse dia, alguns projetos então sendo estudados:
- No final de Novembro o GERAÇÃO EM VERSO, no Sentinela ( já estamos produzindo )
- O EP, que será gravado para as mídias sociais, já foi startado e estamos na fase de estruturação do projeto, vamos gravar em Janeiro
- Ainda no verão teremos a volta da Maratona do Verso Gaúcho nos mesmos moldes que já existiu.
- E estamos trabalhando para a volta da TERTÚLIA DA POESIA para o mês de Novembro de 2025.

Também aconteceu na Feira do Livro de Santa Maria, nesse final de semana, o lançamento dos Livros do Galponeiros: 
Carlinhos Lima - com ALUMBRAMENTO
Moisés Menezes - com San José de Itaquaty
José Luiz dos Santos - com Nova Tropeada

Três grandes obras que recomento: um que fala de Poesia, que tem poesias e material para o alumbramento da Alma; outro que fala da História Jesuítica em todos os seus fatos mais relevantes, com tempo e espaço; e por último e tão importante quanto as duas anteriores, uma Nova Tropeada com Causos e fatos pitorescos que fazem parte da vida cotidiana do gaúcho e que ainda habita os galpões nesses fundos de campos, fatos esses um tanto esquecidos na correria das cidades grandes, mas de suma importância para o imaginário das pessoas, que é o Causo.

Recomendo e aplaudo a vida a lida desses Galponeiros e boa vinda do Galpão da Poesia de Santa Maria - um novo tempo, um novo sonho! 

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

8º ACORDES DO PAMPA EM CANÇÃO DE ROSÁRIO DO SUL

O 8º Acordes do Pampa em Canção acontecerá nos dias 09 e 10 de novembro de 2024, no CTG Passo do Rosário, em Rosário do Sul.
O prazo para inscrições se esgota no dia 15 de outubro de 2024.
Publicamos a seguir parte do regulamento  do festival. Confiram:

PARTES DO REGULAMENTO:
DA INSCRIÇÃO E TRIAGEM:
Art. 5º - A data limite para inscrições ao 8º Acordes do Pampa em Canção será dia 15 de outubro, impreterivelmente, não havendo probabilidade de prorrogação da mesma;
§ 1°: As inscrições deverão ser encaminhadas para o seguinte endereço:
Rádio Marajá AM.
Destinatário: Festival Acorde do Pampa VIII edição,
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 1432 Centro, CEP 97.590-000 - Rosário do Sul.
Art. 6º - Não será cobrada nenhuma taxa de inscrição;
Art. 7º - Cada compositor de forma individual ou em parceria (tanto na fase local, como na fase geral) poderá um número ilimitado de composições, sendo que será selecionada no máximo 02 (duas) composições por autor, individual ou em parceria em ambas as fases;
Art. 8º - As composições deverão ter caráter inédito, entendendo-se como tal os trabalhos que não tenham sido gravados, podendo ter participado de eventos deste gênero, desde que não tenham sido classificadas entre as finalistas;
Art. 9º - Cada compositor deverá enviar o arquivo de áudio da obra inscrita para o endereço supracitado e preenchida a ficha de inscrição devidamente assinada e arquivo de áudio em formato mp3 . Bem como 5 (cinco) cópias da letra constando somente o título e o ritmo;
Parágrafo primeiro: Serão aceitas mais de uma música por arquivo mp3, desde que devidamente identificadas. O não cumprimento destes requisitos poderá ocasionar a desclassificação da(s) composição(ões);

Art. 13° - As inscrições também poderão ser encaminhadas via internet para o endereço eletrônico acordesdopampaemcancao@gmail.com obedecendo os requisitos anteriores e aos seguintes procedimentos:
a) Enviar arquivo MP3 com o áudio da música inscrita;
b) Enviar arquivo Word com a letra da composição digitada;
c) Enviar arquivo Word informando todos os dados solicitados na Ficha de Inscrição.

Art. 15º: Encerrado período para inscrições, a Comissão Avaliadora classificará 14 (Quatorze) composições para concorrerem, sendo 10 na fase Geral e 4 na fase Local;
Art. 16º – O 8° Acordes do Pampa em Canção será realizado nos dias 09 e 10 de Novembro de 2024 no palco do CTG Passo do Rosário, em Rosário do Sul, sendo que deverão ser apresentadas 14 (Quatorze) composições concorrentes no dia 09 e as 12 finalistas no dia 10 de Novembro.
Art. 17º - Após a apresentação das 12 finalistas, a Comissão Avaliadora proclamará as grandes premiadas do evento.

DA AJUDA DE CUSTO E PREMIAÇÃO:
Art. 23º: O festival fornecerá uma Ajuda de Custo aos concorrentes no valor de R$ 1.500, 00(Um mil e quinhentos reais) para cada composição;
Art. 24º - Os destaques do Acordes do Pampa em Canção receberão a seguinte premiação:
PRIMEIRO LUGAR:
SEGUNDO LUGAR:
TERCEIRO LUGAR:
Melhor Instrumentista:
Melhor Intérprete:
Melhor Poesia:
Melhor Tema Campeiro:
Melhor Arranjo:
Melhor Melodia:
Música Mais Popular:
Parágrafo Único: A Música Mais Popular será escolhida pela comissão julgadora observando a manifestação do público presente.


FONE PARA CONTATO
(55) 999.593.924.
Com JOEL DE FREITAS PAULO
Coordenador artístico do evento.

8º ACORDES DO PAMPA EM CANÇÃO
FICHA DE INSCRIÇÃO*A presente ficha de inscrição depois de preenchida e assinada não serão permitidas alterações de qualquer natureza.
Nome da Composição:
Gênero Musical:

Autor(es) da letra:
Endereço:
Email:
Fone:
Cidade/UF: CEP:
RG: CPF:

Autor da Melodia:
Endereço:
Email:
Fone:
Cidade/UF: CEP:
RG: CPF:

Em caso de classificação, a composição será defendida no palco do 8º Acordes do Pampa em Canção por: _______________________________________________________________________

AUTORIZAÇÃO: Autorizamos a Comissão Organizadora do 8º Acordes do Pampa em Canção a promover a gravação do conteúdo exclusivo do festival, reservando-se, contudo, os direitos autorais, conforme prevê a lei.
DECLARAÇÃO: Declaro(amos) que as informações dadas nesta ficha são verdadeiras e que, ao assiná-la estou(amos) aceitando as condições de participação/concorrência proposta no regulamento de 8ºAcordes do Pampa em Canção .

_____________________________,_____ de __________________________de 2024.




____________________________ ________________________________
Autor da Letra Autor da Melodia

terça-feira, 27 de agosto de 2024

ONDE MORA A FELICIDADE!

Poderia ser uma pergunta, mas é uma contestação...dia desses o Alberi Lamberty me mandou parte dessa letra e fiquei com receio de mexer por tão bem composta que estava e porque falava do BECO DOS LAMBERTYS, essa localidade onde ele mora na bela cidade de Santiago, Terra dos Poetas.

O Beco é um local onde moram muitas famílias, da sua família dos Lambertys e outras também, mas numa comunidade onde todos se conhecem, se respeitam e compartilham dos mesmos problemas e das mesmas felicidades, mas apesar de não conhecer o local, tirei do BECO DOS LAMBERTYS e mandei para o mundo, dando um contexto em que todos nos vivemos, nesses becos da vida, nessas estradinhas de campo, nesse espaço de mundo rural, tão existente dentro de cada um de nós, que viemos desses locais.

O Alberi cabou mandando para o Paullo Costa que musicou e mandou para o Mestre Nelcy Vargas, que fez todos os arranjos, produção e gravação e nos estregou essa pérola, que quero repartir com todos nesse clipe caseiro, mas feito com muito carinho para todos.

ONDE MORA A FELICIDADE!
PAULLO COSTA
Letra Alberi Lamberty e Paulo Ricardo Costa
Música Paullo Costa
Produção e Gravação Nelcy Vargas

Há um recanto onde mora a felicidade…
Onde a saudade bate à porta do coração,
Minha razão de um viver junto dos meus,
Aqui onde Deus me carrega pela mão.

O rancho não tem porta e nem tramela…
Não tem cancela para quem lhe precisar,
Aqui o lugar é rodeado de muito verde…
E mata a sede de quem tem sede no olhar.

REFRÃO:
Meu Paraíso, meu sonho, meu espaço…
Em cada abraço há o calor da amizade,
Que na verdade é tudo o que eu preciso,
Meu Paraíso que se chama, felicidade!

Num beco da rua há um lugar encantado,
Chão abençoado rodeado pelos amigos
Qu’estão comigo todo dia, há toda hora,
Enquanto lá fora até lua nos pede abrigo.

Tem espaço para os sonhos, o coração,
E algum violão bordoneando uma saudade,
Sem a maldade desse mundo, bem assim…
No interior de mim, é que vive a felicidade.



segunda-feira, 26 de agosto de 2024

AUGUSTO DO ANJOS - POEMA NEGRO

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos nasceu no Engenho Pau d'Arco, Paraíba, no dia 20 de abril de 1884. Aprendeu com seu pai, bacharel, as primeiras letras. Fez o curso secundário no Liceu Paraibano, já sendo dado como doentio e nervoso por testemunhos da época. De uma família de proprietários de engenhos, assiste, nos primeiros anos do século XX, à decadência da antiga estrutura latifundiária, substituída pelas grandes usinas. Em 1903, matricula-se na Faculdade de Direito do Recife, formando-se em 1907. Ali teve contato com o trabalho "A Poesia Científica", do professor Martins Junior. Formado em direito, não advogou; vivia de ensinar português. Casou-se, em 04 de julho de 1910, com Ester Fialho. Nesse ano, em consequência de desentendimento com o governador, é afastado do cargo de professor do Liceu Paraibano. Muda-se para o Rio de Janeiro e dedica-se ao magistério. Lecionou geografia na Escola Normal, depois Instituto de Educação, e no Ginásio Nacional, depois Colégio Pedro II, sem conseguir ser efetivado como professor. Em 1911, morre prematuramente seu primeiro filho. Em fins de 1913 mudou-se para Leopoldina MG, onde assumiu a direção do grupo escolar e continuou a dar aulas particulares. Seu único livro, "Eu", foi publicado em 1912. Surgido em momento de transição, pouco antes da virada modernista de 1922, é bem representativo do espírito sincrético que prevalecia na época, parnasianismo por alguns aspectos e simbolista por outros. Praticamente ignorado a princípio, quer pelo público, quer pela crítica, esse livro que canta a degenerescência da carne e os limites do humano só alcançou novas edições graças ao empenho de Órris Soares (1884-1964), amigo e biógrafo do autor.
Cético em relação às possibilidades do amor ("Não sou capaz de amar mulher alguma, / Nem há mulher talvez capaz de amar-me"), Augusto dos Anjos fez da obsessão com o próprio "eu" o centro do seu pensamento. Não raro, o amor se converte em ódio, as coisas despertam nojo e tudo é egoísmo e angústia em seu livro patético ("Ai! Um urubu pousou na minha sorte"). A vida e suas facetas, para o poeta que aspira à morte e à anulação de sua pessoa, reduzem-se a combinações de elementos químicos, forças obscuras, fatalidades de leis físicas e biológicas, decomposições de moléculas. Tal materialismo, longe de aplacar sua angústia, sedimentou-lhe o amargo pessimismo ("Tome, doutor, essa tesoura e corte / Minha singularíssima pessoa"). Ao asco de volúpia e à inapetência para o prazer contrapõe-se porém um veemente desejo de conhecer outros mundos, outras plagas, onde a força dos instintos não cerceie os vôos da alma ("Quero, arrancado das prisões carnais, / Viver na luz dos astros imortais").
A métrica rígida, a cadência musical, as aliterações e rimas preciosas dos versos fundiram-se ao esdrúxulo vocabulário extraído da área científica para fazer do "Eu" - desde 1919 constantemente reeditado como "Eu e outras poesias" - um livro que sobrevive, antes de tudo, pelo rigor da forma. Com o tempo, Augusto dos Anjos tornou-se um dos poetas mais lidos do país, sobrevivendo às mutações da cultura e a seus diversos modismos como um fenômeno incomum de aceitação popular. Vitimado pela pneumonia aos trinta anos de idade, morreu em Leopoldina em 12 de novembro de 1914.

CRONOLOGIA DA VIDA E OBRA DE AUGUSTO DOS ANJOS

1884 - Em 20 de abril, nasce Augusto Carvalho Rodrigues dos Anjos, no Engenho Pau d'Arco, no interior da Paraíba, o terceiro filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos, mais conhecida como Sinhá-Mocinha. É alfabetizado pelo pai.
1885 - 27 de fevereiro é batizado na Capela do Engenho Pau d’Arco.
1900 - Presta exames preparatórios para o Liceu Paraibano. Aparecimento de seu primeiro soneto “Saudade”, no “Almanaque do Estado da Paraíba”. Começa a viajar com freqüência a João Pessoa, relacionando-se com a intelectualidade local.
1901 - Publica no Jornal “O Comércio” o soneto “Abandonada”, dando início a uma colaboração que será mantida por um bom período com outros poemas e alguma prosa.
1903 - Muda-se para o Recife, onde ingressa na Faculdade de Direito.
1905 - Morre seu pai. Seis dias após, publica no “O Comércio”, os três célebres poemas dedicados a ele. Continua a publicar poemas pela imprensa e em outubro inicia a “Crônica Paudarquense”, em prosa.
1906 - Matricula-se no 4º ano de Direito. Sai em “O Comércio”, “Queixas Noturnas”, “Poemas Negros” e “Versos Íntimos”.
1907 - Conclui o Curso de Direito. Tinha como colegas Gilberto Amado e Orris Soares.
1908 - Transfere-se para a capital da Paraíba, onde dá aulas particulares. É nomeado professor interino de Literatura do Liceu Paraibano. Colabora no Jornal Nonevar.
1909 - Na “A União”, publicou diversos poemas, durante esse ano. Profere, no Teatro Santa Rosa, discurso nas comemorações do 13 de maio, chocando a platéia por seu léxico incompreensível e bizarro.
1910 - Casa-se com Ester Fialho e desliga-se do Liceu Paraibano por intransigência do governador João Machado. Viaja para o Rio de Janeiro, embarca com a mulher no paquete Acre e ali chega no mês de outubro. Ao chegar, hospeda-se em uma pensão, no Largo do Machado. Muda-se em seguida para a Avenida Central. Sua família vende o Engenho Pau d'Arco.
1911 - Em 2 de fevereiro, sua mulher, grávida de 6 meses, perde a criança. Assume o cargo de professor de Geografia na Escola Normal e no Colégio Pedro II. Nasce morto o primeiro filho com sete meses incompletos.

1912 - Escreve no jornal “O Estado”. Termina a impressão do EU, custeado por ele e por seu irmão Odilon, numa primeira tiragem de 1000 exemplares. O livro é recebido com grande impacto e estranheza por parte da critica, que oscila entre o entusiasmo e a repulsa. No dia 12 de junho nasce sua filha Glória.
1913 - Nasce seu filho Guilherme.
1914 - É nomeado diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, em Leopoldina, Minas Gerais, onde passa a residir. Em 30 de outubro adoece, vindo a falecer a 12 de novembro de pneumonia.
1920 - Aparece, na Paraíba, “Eu e Outras Poesias”, acrescido das poesias coligidas por Orris Soares, que preparou e prefaciou essa edição.
1928 - Ainda por interferência de Orris Soares, a Livraria Castilho, do Rio, lança a 3ª edição. Sem data, posteriormente, a Companhia Editora Nacional, de São Paulo, publicou a 4ª edição.

Poema negro - A Santos Neto.

Para iludir minha desgraça, estudo.
Intimamente sei que não me iludo.
Para onde vou (o mundo inteiro o nota)
Nos meus olhares fúnebres, carrego
A indiferença estúpida de um cego
E o ar indolente de um chinês idiota!
.
A passagem dos séculos me assombra.
Para onde irá correndo minha sombra
Nesse cavalo de eletricidade?!
Caminho, e a mim pergunto, na vertigem:
— Quem sou? Para onde vou? Qual minha origem?
E parece-me um sonho a realidade.
.
Em vão com o grito do meu peito impreco!
Dos brados meus ouvindo apenas o eco,
Eu torço os braços numa angústia douda
E muita vez, à meia-noite, rio
Sinistramente, vendo o verme frio
Que há de comer a minha carne toda!
.
É a Morte — esta carnívora assanhada —
Serpente má de língua envenenada
Que tudo que acha no caminho, come…
— Faminta e atra mulher que, a 1 de janeiro,
Sai para assassinar o mundo inteiro,
E o mundo inteiro não lhe mata a fome!

Nesta sombria análise das cousas,
Corro. Arranco os cadáveres das lousas
E as suas partes podres examino. . .
Mas de repente, ouvindo um grande estrondo,
Na podridão daquele embrulho hediondo
Reconheço assombrado o meu Destino!
.
Surpreendo-me, sozinho, numa cova.
Então meu desvario se renova…
Como que, abrindo todos os jazigos,
A Morte, em trajos pretos e amarelos,
Levanta contra mim grandes cutelos
E as baionetas dos dragões antigos!
.
E quando vi que aquilo vinha vindo
Eu fui caindo como um sol caindo
De declínio em declínio; e de declínio
Em declínio, com a gula de uma fera,
Quis ver o que era, e quando vi o que era,
Vi que era pó, vi que era esterquilínio!
.
Chegou a tua vez, oh! Natureza!
Eu desafio agora essa grandeza,
Perante a qual meus olhos se extasiam…
Eu desafio, desta cova escura,
No histerismo danado da tortura
Todos os monstros que os teus peitos criam.

Tu não és minha mãe, velha nefasta!
Com o teu chicote frio de madrasta
Tu me açoitaste vinte e duas vezes…
Por tua causa apodreci nas cruzes,
Em que pregas os filhos que produzes
Durante os desgraçados nove meses!
.
Semeadora terrível de defuntos,
Contra a agressão dos teus contrastes juntos
A besta, que em mim dorme, acorda em berros
Acorda, e após gritar a última injúria,
Chocalha os dentes com medonha fúria
Como se fosse o atrito de dois ferros!
.
Pois bem! Chegou minha hora de vingança.
Tu mataste o meu tempo de criança
E de segunda-feira até domingo,
Amarrado no horror de tua rede,
Deste-me fogo quando eu tinha sede…
Deixa-te estar, canalha, que eu me vingo!
.
Súbito outra visão negra me espanta!
Estou em Roma. É Sexta-feira Santa.
A treva invade o obscuro orbe terrestre.
No Vaticano, em grupos prosternados,
Com as longas fardas rubras, os soldados
Guardam o corpo do Divino Mestre.
.
Como as estalactites da caverna,
Cai no silêncio da Cidade Eterna
A água da chuva em largos fios grossos…
De Jesus Cristo resta unicamente
Um esqueleto; e a gente, vendo-o, a gente
Sente vontade de abraçar-lhe os ossos!
.
Não há ninguém na estrada da Ripetta.
Dentro da Igreja de São Pedro, quieta,
As luzes funerais arquejam fracas…
O vento entoa cânticos de morte.
Roma estremece! Além, num rumor forte,
Recomeça o barulho das matracas.

A desagregação da minha idéia
Aumenta. Como as chagas da morféa
O medo, o desalento e o desconforto
Paralisam-se os círculos motores.
Na Eternidade, os ventos gemedores
Estão dizendo que Jesus é morto!

Não! Jesus não morreu! Vive na serra
Da Borborema, no ar de minha terra,
Na molécula e no átomo… Resume
A espiritualidade da matéria
E ele é que embala o corpo da miséria
E faz da cloaca uma urna de perfume.

Na agonia de tantos pesadelos
Uma dor bruta puxa-me os cabelos,
Desperto. É tão vazia a minha vida!
No pensamento desconexo e falho
Trago as cartas confusas de um baralho
E um pedaço de cera derretida!
.
Dorme a casa. O céu dorme. A árvore dorme.
Eu, somente eu, com a minha dor enorme
Os olhos ensangüento na vigília!
E observo, enquanto o horror me corta a fala,
O aspecto sepulcral da austera sala
E a impassibilidade da mobília.
.
Meu coração, como um cristal, se quebre
O termômetro negue minha febre,
Torne-se gelo o sangue que me abrasa,
E eu me converta na cegonha triste
Que das ruínas duma casa assiste
Ao desmoronamento de outra casa!
.
Ao terminar este sentido poema
Onde vazei a minha dor suprema
Tenho os olhos em lágrimas imersos…
Rola-me na cabeça o cérebro oco.
Por ventura, meu Deus, estarei louco?!
Daqui por diante não farei mais versos.

– Augusto dos Anjos, em “Toda poesia de Augusto dos Anjos”. Rio de Janeiro: Editora José Olympio, 2016.

Retirado da Revista Prosa e Verso onde tem toda a obra desse grande Poeta!

CIRINO ADAIR FERREIRA É O HOMENAGEADO DO CAMPEONATO DE LAÇO DO PORTEIRA

Cirino Adair Ferreira, natural de Esmeralda/RS, é o homenageado da 63ª Edição do Campeonato Municipal de Laço do CTG Porteira do Rio Grande. Nasceu no dia 11 de julho de 1948. Casado com Alda Oliboni Ferreira (in memoriam), com quem teve dois filhos, Jorge e Audrie e uma neta, Ana Clara.
Cirino Adair adquiriu cedo o gosto pela tradição e o tiro de laço, afinal com oito anos de idade participou pela primeira vez em rodeio, sendo o primeiro guri a laçar aqui na região. Ele teve como principal incentivador seu irmão João Ferreira dos Santos (um dos criadores do tiro de laço) e desde esse rodeio segue laçando até os dias atuais. Nessa linda trajetória conquistou vários prêmios e amigos.
Participou da fundação do CTG Pioneiros do Laço, de Esmeralda, representando o mesmo no Rodeio Internacional de Vacaria no ano de 1974, onde classificou em segundo lugar individual e o terceiro lugar em dupla.
A partir do ano de 1976 ingressou no quadro de laçadores Brinquedo de Amigos, filiado ao CTG Porteira do Rio Grande, onde permanece até hoje, sendo por mais de vinte anos patrão e desde essa data participa do Campeonato do CTG Porteira do Rio Grande interruptamente, onde já conquistou o primeiro, segundo e terceiros lugares desse Campeonato. Como patrão e integrante do quadro Brinquedo de Amigos, promoveu mais de trinta rodeios municipais e intermunicipais.
Representou o CTG Porteira do Rio Grande nas dez primeiras edições do troféu Biriva, sendo premiado como o melhor laçador. Foi campeão representando o CTG Porteira do Rio Grande em Campo Grande, Mato Grosso do Sul (na modalidade quinteto) e em São Paulo (na modalidade individual), entre outros lugares.
Em 1987 recebeu o troféu Mérito Esportivo, prêmio esse organizado pelo Jornal Pioneiro de Caxias do Sul, que premiou os melhores do esporte do Estado do Rio Grande do Sul, sendo premiado no esporte do laço.
Participou diversas vezes da festa Campeira do Estado, representando a 8ª RT, premiado também várias vezes dentro e fora do Estado nas modalidades de veterano, vaqueano, patrão, dupla, dupla pai e filho e seleção.

A Dom Cirino Ferreira!

Abre a Porteira Rio Grande,
Pra mais um tiro de laço...
A quem sustenta no braço,
A História desses Birivas...
Ainda permanece viva...
Na alma desses Serranos,
Empurrados pelos anos,
Na velha Estampa Nativa.

A Dom Cirino Ferreira...
A quem eu tiro o chapéu,
E Peço ao Patrão do Céu,
Que guarde sua existência,
Daquela velha querência,
Esmeralda do tempo antigo,
Nesse Brinquedo de Amigos,
Forjou a sua vivência!

De muito cedo descobriu,
Esse amor pelos rodeios,
Fazendo cama do arreio...
Quebrando a geada fria...
Enquanto a tropa seguia,
Rumando de sul a norte...
Traçou o caminho mais forte,
Nos campos da Vacaria.

Numa cantiga de esporas,
O dose braças se arma...
E o Rio Grande bate palma,
Abrindo outras fronteiras,
Quando cerra a bandeira,
De um maragato abanando,
O próprio Rio Grande laçando,
É Dom Cirino Ferreira.

Pois hoje deixa aos netos...
Mesmo exemplo aos filhos,
No lombo daquele tordilho,
Parceiro dessa empreitada...
Ponteando noutra laçada...
Passando a raia dos anos...
Mostrando o sangue serrano,
Que não s’entrega por nada.

24º FESTIVAL DA MÚSICA CRIOULA: INSCRIÇÕES ABERTAS

O 24º Festival da Música Crioula será realizado nos dias 06 e 07 de dezembro de 2024, no Centro de Eventos da cidade de Santiago/RS. Na mesma oportunidade acontecerá o Crioulinho, certame para intérpretes mirins e juvenis.
As inscrições devem ser encaminhadas exclusivamente através do e-mail fmcs24ed@hotmail.com no período de 30.08.2024 à 30.09.2024.
A Comissão Avaliadora será formada por Beto Caetano, Elisandro Bianchini, Gerson Brandolt, Tadeu Martins e Zulmar Benitez.


Reproduzimos a seguir, alguns aspectos importantes do Regulamento do festival. Confiram:
1. Serão aceitas inscrições de obras musicais que retratem a temática campeira, com liberdade na escolha de ritmos e de instrumentos musicais, respeitando as raízes da nossa cultura e mantendo a linha nativista do Rio Grande do Sul.
2. Poderão participar da 24º Festival da Música Crioula de Santiago e do Crioulinho, poetas, compositores, músicos, e intérpretes de todo o território nacional e dos países do Mercosul, desde que respeitem este Regulamento.
3. No e-mail de inscrição paras as Fases GERAL E LOCAL, deverá constar como anexos:
a) ficha de inscrição devidamente preenchida em todos os campos;
b) arquivo de áudio em mp3, não superior a 05 minutos;
c) cópia da letra, sem identificação de autor ou autores, contendo somente o título e o ritmo;
4. Além dos itens acima, os inscritos na Fase LOCAL deverão anexar:
a) da fotocópia do RG e CPF do intérprete e músicos acompanhantes; e
b) fotocópia de comprovante de residência (mínimo de 06 [seis] meses), do intérprete, dos seus músicos acompanhantes e dos autores, pois TODOS deverão residir ou ser naturais da cidade de Santiago-RS.
5. Os inscritos no Crioulinho deverão anexar:
a) ficha de inscrição devidamente preenchida em todos os campos;
b) arquivo de áudio em mp3, não superior a 05 minutos;
c) cópia da letra, sem identificação de autor ou autores, contendo somente o título e o ritmo;
d) fotocópia do RG e/ou Certidão de Nascimento do intérprete;
6. Cada compositor, em seu nome ou em parceria, terá direito a inscrever, no máximo, 3 (três) composições, porém apenas UMA poderá ser pré-selecionada;
7. As composições deverão ser inéditas até a sua apresentação pública no 24º Festival da Música Crioula de Santiago. Define-se como “inédita”, a composição não fixada em LIVROS, CD’s, DVD’s ou coisa que o valha, podendo, contudo, estar visíveis em canais de “streaming” de festivais do gênero, porém sem ISRC, e, por conseguinte, sem haver sido classificada à finalíssima desses eventos de cunho nativista;
8. A comissão avaliadora selecionará as 16 (dezesseis) canções concorrentes, sendo 12 (doze) Fase GERAL e 04 (quatro) para a Fase LOCAL;
9. Na sexta-feira, dia 06.12.2024, com início às 20h30min, serão apresentadas as 16 (dezesseis) composições selecionadas, sendo 12 (doze) obras da Fase GERAL e 04 (quatro) obras da Fase LOCAL;
10. A finalíssima ocorrerá no sábado, dia 07.12.2024, com início às 20h30min, com a reapresentação de 10 (dez) obras da Fase GERAL e 02 (duas) da Fase LOCAL;
11. As 12 (doze) obras musicais que concorrerão pela Fase GERAL receberão, a título de prêmio, por terem passado na triagem, a importância de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
12. As 10 (dez) obras musicais da Fase GERAL, por terem passado à finalíssima, receberão mais R$ 2.000,00 (dois mil reais), a título de prêmio bônus.
13. As 04 (quatro) obras musicais que concorrerão pela Fase LOCAL, receberão, a título de prêmio, por terem passado na triagem, a importância de R$ 2.000,00 (dois mil reais);
14. As 02 (duas) obras musicais da Fase LOCAL, por terem passado à finalíssima, receberão mais R$ 1.000,00 (um mil reais), a título de prêmio bônus;
15. O 24º Festival da Música Crioula de Santiago fornecerá alimentação aos concorrentes e hospedagem em alojamento ou em casa de família. Os concorrentes que optarem por hospedarem-se em alojamento, deverão trazer roupas de cama (lençol, edredom, cobertor, travesseiro...)
16. Os destaques do 24º Festival da Música Crioula de Santiago, receberão a seguinte premiação:
Primeiro Lugar: R$ 3.000,00
Segundo Lugar: R$ 2.000,00
terceiro Lugar: R$ 1.000,00
Melhor Instrumentista: R$ 250,00
Melhor Intérprete: R$ 250,00
Melhor Grupo Vocal: R$ 250,00
Melhor Poesia: R$ 250,00
Melhor Arranjo: R$ 250,00
Melhor Melodia: R$ 250,00
Música Mais Popular: R$ 250,00
A Música Mais Popular será definida através de aplausos ou outras reações diversas do público na noite final do evento.

CRIOULINHO:
1. Serão pré-selecionadas 08 (oito) interpretações para a categoria MIRIM (até 11 anos de idade completos) e 08 (oito) para a categoria JUVENIL (de 12 anos a 17 anos de idade completos);
2. As idades dos intérpretes, de ambas as categorias, deverão ser comprovadas através de documento de identificação (RG e/ou Certidão de Nascimento), informados na Ficha de Inscrição;
3. Das 08 (oito) obras selecionadas pela Comissão Avaliadora, por Categoria, 02 (duas), também por categoria, deverão ser, obrigatoriamente, de intérprete local, o qual deverá comprovar ser natural ou residente por mais de 06 (seis) meses na cidade;
4. Cada intérprete poderá defender apenas UMA canção;
5. As 03 (três) melhores de cada categoria, serão premiadas com troféu e valor em dinheiro;
6. A Comissão Avaliadora do Crioulinho será composta por: Eduardo Telles Martins, Matheus Pimentel Nunes, Michel Nunes, Othávio Oliveira e Vitor Machado;
7. Os destaques do Crioulinho serão premiados da seguinte forma:
Categoria MIRIM:
Primeiro Lugar: R$ 375,00
Segundo Lugar: R$ 275,00
Terceiro Lugar R$ 175,00
Categoria JUVENIL:
Primeiro Lugar: R$ 375,00
Segundo Lugar: R$ 275,00
Terceiro Lugar R$ 175,00

CONTATOS E INFORMAÇÕES:
(55) 999.060.201
Jaerson Martins.


24ª EDIÇÃO DO “FESTIVAL DA MÚSICA CRIOULA DE SANTIAGO
FICHA DE INSCRIÇÃO
FASE GERAL ( ) FASE LOCAL ( )


NOME DA COMPOSIÇÃO:
RITMO:
AUTOR DA LETRA:
CPF: RG:
END: CIDADE: FONE:
EMAIL:
AUTOR DA MÚSICA:
END: CIDADE: FONE:
EMAIL:


PESSOA AUTORIZADA A RECEBER O(S) CACHÊ(S) E OU O(S) PRÊMIO(S): NOME:
RG: CPF:
E-MAIL:
PIS/PASEP/NIT:


CONCORRENTE LOCAL: ANEXAR CPF, RG E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA, MÍNIMO 6(SEIS) MESES, DOS AUTORES, MUSICOS E INTÉRPRETE.


Estou ciente de todos os itens do Regulamento da 24ª EDIÇÃO do FESTIVAL DA MÚSICA CRIOULA DE SANTIAGO.



______________________________, ______ de ____________________ de 2024.




=====================================================================


CRIOULINHO
FICHA DE INSCRIÇÃO
CATEGORIA: MRIM ( ) JUVENIL ( )


NOME DA COMPOSIÇÃO:
RITMO:
AUTORES:
INTÉRPRETE:
CPF: RG:
END. COMPLETO:
FONE:
EMAIL:


RESPONSÁVEL EM RECEBER A PREMIAÇÃO, CASO OCORRER:
NOME COMPLETO:
CPF:
RG:
EMAIL:
FONE:
END. COMPLETO:
PIS/PASEP:


CONCORRENTES LOCAL: ANEXAR CPF, RG E COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA, MÍNIMO 6 (SEIS) MESES, SOMENTE DO(S) INTÉRPRETE(S).


Estou ciente de todos os itens do Regulamento da 24ª EDIÇÃO do “FESTIVAL DA MÚSICA CRIOULA DE SANTIAGO & CRIOULINHO”.


______________________________, ______ de ____________________ de 2024.

Fonte: Blog Ronda dos Festivais