terça-feira, 23 de julho de 2024

8º FESTIVAL DO “CANDIERO” DE URUGUAIANA


Está em vigor, até 31 de julho de 2024, o período para inscrições ao 8º Festival do “Candiero” - Poesia e Canto, evento promovido pelo Centro de Tradições Gaúchas Sinuelo do Pago, de Uruguaiana/RS.

A seguir, reproduzimos alguns aspectos importantes do Regulamento do festival:
1. O concurso de poemas e canções se realiza na sede do CTG, nos dias 06 e 07 de setembro de 2024 fazendo parte da programação oficial da Semana
Farroupilha/2024.
2. As inscrições devem ser enviadas somente através do e-mail festivalcandiero@hotmail.com, contendo nos anexos:
a) Cópia do poema em PDF;
b) Ficha de Inscrição devidamente preenchida.
3. A divulgação das músicas e das poesia classificadas ocorrerá no dia 08 de agosto.
4. Os trabalhos inscritos no concurso deverão ser inéditos, com tema livre, sendo, no entanto, obrigatoriamente relacionado à cultura e costumes do Rio Grande do Sul:
5. Terá premiação especial, o trabalho que tratar sobre: Centenário de Jayme Caetano Braun";
CATEGORIA POESIA:
6. Cada poesia deverá ser inscrita digitada, sem qualquer identificação, acompanhadas da ficha de inscrição devidamente preenchida;
7. Cada autor poderá inscrever até 5(cinco) trabalhos, classificando no entanto, apenas dois por autor;
8. Serão selecionadas, preferencialmente, 10 (dez) poesias para apresentação no palco deste festival.
9. Cada declamador poderá defender até 02 (duas) poesias;
10. O poeta/autor poderá declamar apenas 01 (um) poema de sua autoria;
11. O amadrinhador é opcional, a critério do declamador;
12. O amadrinhador poderá defender somente 02 (dois) trabalhos.
13. A premiação do 8º Festival do “Candiero” na Categoria Poesia é a seguinte:
Primeiro Lugar: R$ 1.000,00 + Troféu
Segundo Lugar: R$ 500,00 + Troféu
Terceiro Lugar: R$ 250,00 + Troféu
Melhor Declamador: R$ 100,00 + Troféu
Melhor Amadrinhador: R$ 100,00 + Troféu
Melhor Tema Sobre Centenário de Jayme Caetano Braun: R$ 200,00 + Troféu

CATEGORIA MÚSICA:
14. Os trabalhos inscritos no concurso deverão ser inéditos, com tema livre, sendo, no entanto,
obrigatoriamente relacionado à cultura e costumes do Rio Grande do Sul:
15. Terá premiação especial, o trabalho que tratar sobre o Tema: Centenário de Jayme Caetano Braun;
16. As composições deverão ser enviadas para o e-mail festivalcandiero@hotmail.com, contendo nos
anexos:
a) Cópia da letra digitada, em PDF, sem qualquer identificação;
b) Arquivo de áudio em formato MP3, sem qualquer identificação;
c) Ficha de Inscrição devidamente preenchida;
17. Cada autor poderá enviar até 5 (cinco) trabalhos, classificando no entanto, somente 2 (duas)
composições por autor ou parceria.
18. Serão selecionadas, preferencialmente, 10 (dez) composições para a apresentação no palco deste
festival, sendo que cada participante poderá concorrer em até 03 (três) composições;
19. A premiação do 8º Festival do “Candiero” na Categoria Música é a seguinte:
Primeiro Lugar: R$ 1.000,00 + Troféu
Segundo Lugar: R$ 500,00 + Troféu
Terceiro Lugar: R$ 250,00 + Troféu
Melhor Tema Sobre Centenário de Jayme Caetano Braun: R$ 200,00 + Troféu

Informações:
CTG Sinuelo do Pago
(55)3412.6369 - Escritório Ivoné Colpo
(55) 999.887.706 - Ivoné colpo
(55) 999.176.138 - Henrique
(51) 996.983.534 - Maristela


FICHA DE INSCRIÇÃO - POESIA
8º Festival do Candiero - Poesia e Canto
( ) Linha Livre ( ) Linha Temática
Nome da Poesia:_________________________________________________________
Autor:__________________________________________________________________
CPF:___________________________________________________________________
Endereço:_______________________________________________________________
Cidade:_________________________________________________________________
Fone:___________________________________________________________________
Declamador:_____________________________________________________________
Cidade:_________________________________________________________________
Fone:___________________________________________________________________
Autorizado a receber a ajuda de custo:_________________________________________

Endereço:_______________________________________________________________
Cidade:_________________________________________________________________
CPF:___________________________________________________________________
Fone:___________________________________________________________________

Declaramos estar cientes do regulamento do 8º Festival do Candiero Poesia e Canto, e aceitamos portanto, sem restrições, todas as normas e definições por ele estabelecidas, e ao assinarmos esta ficha de inscrição, estamos autorizando a gravação da composição supracitada, no CD/DVD/REDES SOCIAIS/PLATAFORMAS DE DISPONIBILIZAÇÃO DE MÚSICA alusivos a edição do festival, reservando-se os Direitos Autorais, nos termos legais.
Uruguaiana, _____de _______________________ de 2024.




_______________________________

Autor


FICHA DE INSCRIÇÃO - MÚSICA
8º Festival do Candiero - Poesia e Canto
( ) Linha Livre ( ) Linha Temática

Nome da Composição:_____________________________________________________
Ritmo: _________________________________________________________________
Autor da Letra: __________________________________________________________
CPF:___________________________________________________________________

Endereço:_______________________________________________________________
Cidade:_________________________________________________________________
Fone:___________________________________________________________________
Autor da Melodia:________________________________________________________
CPF:___________________________________________________________________

Endereço:_______________________________________________________________
Cidade:_________________________________________________________________
Fone:___________________________________________________________________
Autorizado a receber a ajuda de custo:__________________________

Endereço:_______________________________________________________________
Cidade:_________________________________________________________________
CPF:___________________________________________________________________
Fone:___________________________________________________________________

Declaramos estar cientes do regulamento do 8º Festival do Candiero Poesia e Canto, e aceitamos portanto, sem restrições, todas as normas e definições por ele estabelecidas, e ao assinarmos esta ficha de inscrição, estamos autorizando a gravação da composição supracitada, no CD/DVD/REDES SOCIAIS/PLATAFORMAS DE DISPONIBILIZAÇÃO DE MÚSICA alusivos a edição do festival, reservando-se os Direitos Autorais, nos termos legais.


Uruguaiana, _____de _______________________ de 2024.



_______________________________ __________________________________
Autor da Letra Autor da Melodia

15º CANTO NATIVO


O 15º Canto Nativo de Santo Augusto acontecerá nos dias 27 e 28 de setembro de 2024, no Centro de Eventos do Parque de Exposições do Sindicato Rural, simultaneamente à 25ª Expofeira e ao 8º Cantinho Nativo de Santo Augusto.
O período para inscrições estará aberto de 01/07 à 01/09/2024, impreterivelmente.

Reproduzimos a seguir, alguns aspectos importantes do Regulamento do festival:
1. Serão selecionadas 15 (quinze) músicas para participar do 15º Canto Nativo e fazer parte do Álbum do festival, sendo:
I - 07 (sete) da Categoria Geral
II - 03 (três) da Categoria Local
III - 03 (três) da Categoria Regional
IV - 02 (duas) da Categoria Quebra-Costelas, previamente selecionadas pela comissão designada
2. Categoria Local: Pelo menos um dos autores da letra ou melodia tem que ser natural ou residente
no município de Santo Augusto, exigida comprovação (certidão, conta de Luz, água, telefone ou
boleto bancário);
3. Categoria Regional: Pelo menos um dos autores da letra ou melodia deve ser natural ou residente
num dos seguintes municípios: Coronel Bicaco, São Martinho, Campo Novo, Chiapetta,
Nova Ramada, São Valério do Sul, Derrubadas, Esperança do Sul, Humaitá, Inhacorá, Miraguaí,
Redentora, Sede Nova, Tenente Portela, Tiradentes do Sul, Bom Progresso, Braga, Crissiumal,
Barra do Guarita, Três Passos, Vista Gaúcha, Nova Ramada, Ajuricaba, Ijuí, Catuipe, Três de Maio,
Palmeira das Missões; exigida comprovação (certidão, conta de Luz, água, telefone ou boleto bancário)
4. Todas as canções classificadas irão a palco na noite de sexta feira, 27 de setembro;5. A comissão avaliadora 12 (doze) músicas para retornarem ao palco na finalíssima de sábado, 28 de setembro;
6. Todos os autores de letra e melodia, bem como o interprete, individualmente por composição
classificada, deverão encaminhar até o dia 15/09/2024, Autorização para Gravação da música no álbum
e DVD do festival, assinada e com firma reconhecida;
7. Deverão encaminhar a ficha técnica até o dia 25/09/2024, sob pena de desclassificação;
8. Cada Autor ou parceria poderá inscrever número limitado de 05 (cinco) composições, podendo ser
em uma ou mais categorias, sendo que somente 02 (duas), poderão participar do festival;
9. A composição inscrita deverá ser inédita, ou seja, que não tenha sido gravada comercialmente,
podendo já ter participado de festival, desde que não tenha integrado o CD ou DVD;
10. A inscrição será efetivada mediante apresentação da ficha de inscrição, cópia da letra, sem
identificação dos autores e arquivo de áudio, exclusivamente pelo site www.srsa.com.br/cantonativo.
11. A divulgação das composições classificadas na triagem é prevista para 09/09/2024.
12. Cada música poderá ser defendida por até 08 (oito) integrantes;
13. Cada instrumentista poderá defender no máximo 03 (três) músicas concorrentes.
14. Cada interprete poderá defender no máximo 02 (dois) músicas concorrentes.
15. O festival acontecerá nos dias 27 e 28 de setembro de 2024, a partir das 20h30min;
16. A passagem de som se dará das 13h30 às 18h30 do dia da apresentação, pela ordem estabelecida em sorteio, estabelecendo-se um limite máximo de 15min para cada música.
17. Os autores de cada uma das composições selecionadas, receberão à titulo de ressarcimento de despesas/ajuda de custo, premiação/direito de arena/cachê no valor de:
a) Categorias Quebra Costelas / Local / Regional: R$ 1.000,00 (um mil reais)
b) Categoria Geral: R$ 2.000,00 (dois mil reis).
c) Finalistas: R$ 500,00 (quinhentos reais).
18. A premiação aos destaques do 15º Canto Nativo de Santo Augusto, entre as composições finalistas é a seguinte:
PRIMEIRO LUGAR: Troféu Canto Nativo + R$ 2.000,00
SEGUNDO LUGAR: Troféu Nerci Liberato da Conceição + R$ 1.000,00
TERCEIRO LUGAR: Troféu Mario Regis Sperotto + R$ 500,00
DESTAQUE REGIONAL: Troféu SAESMA + R$ 500,00
MELHOR INTÉRPRETE: Troféu Destaque Nativo + R$ 300,00
MELHOR INSTRUMENTISTA: Troféu Destaque Nativo + R$ 300,00
MELHOR ARRANJO: Troféu Destaque Nativo + R$ 300,00
MELHOR MELODIA: Troféu Destaque Nativo + R$ 300,00
MELHOR LETRA: Troféu Destaque Nativo + R$ 300,00
TALENTO REGIONAL: Troféu Margot Rodrigues
MÚSICA MAIS POPULAR: Troféu João Câncio + R$ 300,00
19. A Música Mais popular será escolhida, dentre as concorrentes que obtiverem maior pontuação,
atribuída por uma comissão formada de pessoas da plateia, nomeadas pela Comissão Organizadora,
observando a motivação do público.
20. A música destaque regional será escolhida entre as concorrentes que participam da classificatória e
não foram premiadas com 1º lugar, 2ºlugar ou 3º lugar.
21. Talento Regional será escolhido entre as músicas concorrentes na classificatória, mediante
avaliação de comissão especial, considerando letra, melodia, interpretação, arranjo, grupo instrumental
ou instrumentista.
22. O interprete que se valer da leitura da letra não concorrerá a melhor interprete.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

9º ESTEIO DA POESIA

 

Faltam 10 dias para o mais uma edição do Esteio da Poesia que vem com uma vasta programação, iniciando a tarde com as Poesias do Esteio do Futuro, ou seja, de crianças que tão bem trazem a arte declamatória na veia e posteriormente 10 Poemas inéditos, que estarão ao placo representando os 4 cantos desse Rio Grande e até mesmo fora dele no ESTEIO DA POESIA e culminará com o Show de Luiz Marenco além é claro da premiação. Tudo isso dia 27  de Julho no Espaço do Cavalo Crioulo, no Parque de Exposição de Esteio.

Todos estão convidados para esse grande momento da Poesia e nós estaremos lá, em palco sendo representados com o poema NA SOMBRA DA ESPORA interpretado por Tatiane da Rosa Crestani e no amadrinhamento de Kayke Mello;


quinta-feira, 11 de julho de 2024

O ÚLTIMO TROPEIRO BIRIVA -


Otávio dos Reis, nascido em 23 de janeiro de 1914 em Porto Amazonas.

Até sua morte, no dia 28 de outubro de 2015, era chamado de "o último tropeiro do Paraná".
Enquanto menino, Otávio transportou mulas pela histórica rota tropeira Viamão - Sorocaba.
Eis um trechinho do depoimento que coletei na visita que fiz a ele em sua casa em Porto Amazonas exatos 3 meses antes de sua morte, no dia 28 de julho de 2015.
"
Apresentação
O senhor vai gravar as minhas palavra? Como? Nessa máquina preta aí? Então pode gravar, pra não esquecer as coisa que eu vou contar...
O meu nome é Otávio dos Reis. Eu nasci aqui em Porto Amazonas, numa fazenda. Eu sou crioulo daqui, nativo desse lugar. A fazenda onde eu nasci, naquele tempo se chamava de Fazendinha, quando era nossa. Hoje lá se chama Cabanha Valente, porque foi vendido pro Valente, e ele montou lá uma cabanha, um criame de carneiro, e aí o nome ficou Cabanha Valente. Lá é que eu nasci, no dia 23 de janeiro de 1914.
O chamado da estrada
Quando eu era piá, eu estudei um pouco. Fiquei aqui pelo Porto, na escola, até 10 ano, mais ou meno. Depois, eu não estudei mais. É que eu não me dei muito com a… com a vida parada, aí fui pra Ponta Grossa, e lá também não consegui estudar. Eu queria era viajar!
Não é que eu não gostasse de estudar… É que a professora era muito ruim, me surrava muito, e isso me deixou com muita raiva. Depois eu fui pra Ponta Grossa, mas já fui desorientado, e fui morar com o meu cunhado. Também não quis estudar lá... Esse meu cunhado era tropeiro, e foi ele quem me pôs na estrada. E gostou, porque eu era muito esperto. E eu gostei mais ainda…
A primeira viagem
A primeira viagem que eu fiz foi pra Castro, buscar uma tropa de mula lá, pra trazer pra Ponta Grossa pra depois levar pro estado de São Paulo. Mas era pouca mula, era só 30 mula. E o meu cunhado… Hahahaha, ele era meio atrapalhado, sabe?
E ele mandou eu puxar, tocar a tropa, e ele puxar o cavalo madrinha, porque eu não conhecia o caminho. Então ele foi na frente.
Na primeira porteira, ele contou a tropa: tinha 28 mula sorta. E era pra ser 30; eu montado numa e ele na outra. E ele:
"Ih rapaz! Você deixou mula na estrada! Tem só 28 mula, e é pra ter 30!"
E eu digo:
"Eu não deixei!"
E ele:
"Deixou!"
E vortou na fazenda! Chegou lá, o rapaz disse:
"Seu Tonico, quantas mula tem lá?"
"Hoje tem 28, mas era 30!"
"Mas e essa, que o senhor tá nela?"
E ele:
"Êêêêêê, mas que barbeiragem!"
Aí que ele lembrou que ele tava numa das mula! 
E eu na outra! 
Essa foi a primeira viagem que eu fiz. 
Ficou na história; nunca mais esqueci. 
Cê vê, eu tinha… 11 ano. 
Tô com pouco mais de 100, e ainda lembro dessa viagem…"

Fonte:  Tropeiro Soledad

segunda-feira, 8 de julho de 2024

JAIME CAETANO BRAUN - 25 ANOS SEM JAIME


No dia 08 de Julho de 1999 o Jornal Diário do Grande ABC - de São Paulo, trazia essa notícia, para a tristeza do Povo Gaúcho.
"O poeta, cantor e compositor Jaime Caetano Braun, 75 anos, morreu nesta quinta-feira, em Porto Alegre. Braun, que sofreu uma parada cardíaca pela manha, era o maior "pajador" do Rio Grande do Sul. O "pajador" é um misto de poeta e cantor popular que cria seus versos enquanto canta, de improviso, como acontece nos desafios. Um de seus versos mais conhecidos, do poema "Pajada", assinala que "nao há Brasil sem Rio Grande e nem tirano que mande na alma de um farroupilha".

Trabalhando a temática do gaúcho e do campo, ele também escreveu livros como "Potreiro de Guachos", "Galpao de Estância" e "Bota de Garrao". Braun nasceu em 30 de janeiro de 1924 no entao distrito de Bossoroca, em Sao Luiz Gonzaga, na regiao das Missoes, próximo à fronteira argentina. Um de seus maiores admiradores, o governador Olívio Dutra, também missioneiro e da mesma cidade, disse que Braun "é da matriz" do argentino José Hernandez, autor do clássico Martin Fierro.

O velório foi realizado no Palácio Piratini e o sepultamento ocorreu às 18 horas, no cemitério Joao XXIII. O governo gaúcho decretou luto oficial."

Morria o grande Payador, Poeta Missioneiro,  Jayme Caetano Braun nasceu na Timbaúva, nascido em 30 de janeiro de 1924 na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.
Hoje considerado um ícone da música tradicionalista gaúcha, seu nome batiza ruas, praças e principalmente CTGs no Rio Grande do Sul e em todo o Brasil. É considerado o patrono do Movimento Pajadoril no Brasil.
Jayme se tornou um autodidata principalmente nos assuntos da cultura sulina e remédios caseiros, e afirmava que "todo missioneiro tem a obrigação de ser um curador".

Foi membro e co-fundador da Academia Nativista Estância da Poesia Crioula, no final dos anos 50, na capital gaúcha. Trabalhou publicando poemas em jornais como O Interior e A noticia (de São Luiz Gonzaga), também em programas radiofônicos e como funcionário público no Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Servidores do Estado e na Biblioteca Pública do Estado, aposentando-se em 1969.
Algo curioso sobre Jayme é que ele usou de sua pajadas como propagandas de campanha política em palanques de comício, “O Petiço” por exemplo fala de Getúlio Vargas, “O Mouro do Alegrete”, fala de Ruy Ramos, que também ligado ao tradicionalismo, lançou Jayme Caetano Braun como pajador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, em 1954.
Casou duas vezes, em 1947 com Nilda Jardim, e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.

Anos mais tarde participaria das campanhas de Leonel Brizola, João Goulart e Egidio Michaelsen e em 1962 concorreria a uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo PTB, ficando como suplente.
Em 8 de Julho de 1999 todos tiveram que lidar com a grande perda deste Pajador, devido a uma parada cardíaca. Seu corpo foi velado no Palácio Piratini, e enterrado no cemitério João XXIII, em Porto Alegre. Para o dia seguinte estava programado o lançamento de seu último disco: Exitos.

Obra: José Francisco dos Santos Silveira (Gaúcho que nasceu em Uruguaiana) influenciou muito a carreira de Jayme, pois incentivou o Pajador na produção de suas obras.
Jayme Caetano Braun teve diversas obras, sendo elas: Livros de poesias, Galpão de Estância (1954), De fogão em fogão (1958), Potreiro de Guaxos (1965), Bota de Garrão (1966), Brasil Grande do Sul (1966), Passagens Perdidas (1966) e Pendão Farrapo (1978), alusivo à Revolução Farroupilha. Em 1990 lança Pajador e Troveiro, e seis anos depois a antologia poética 50 Anos de Poesia, sua ultima obra escrita.
Publicou ainda um dicionário de regionalismos, “Vocabulário Pampeano - Pátria, Fogões e Legendas”, lançado em 1987.
Jayme gravou diversos discos em sua carreira, sendo eles: Payador, Pampa e Guitarra de Noel Guarany (convidado especial) (1974), Payador (1983), A volta do payador (1984), Troncos Missioneiros (juntamente com Noel Guarany, Cenair Maicá e Pedro Ortaça) (1987), Poemas Gaúchos (1993), Payadas (1993), Paisagens Perdidas (1994), Jayme Caetano Braun (1996), Acervo Gaúcho (1998), Êxitos 1 (1999), Êxitos 2 (2000), Payada, Memória & Tempo (2006), Payada, Memória & Tempo Vol. 2 e Payada, Memória & Tempo Vol. 3 (2009) que foram resgates do acervo de Jayme.

Entre seus poemas mais declamados pelos poetas regionalistas do país inteiro, destacam-se Bochincho, Tio Anastácio, Amargo, Paraíso Perdido, Payada a Mário Quintana, Payada para o Irmão Negro e Galo de Rinha.

sexta-feira, 5 de julho de 2024

TEM ENART EM SANTA MARIA


Santa Maria sedia no próximo fim de semana a primeira etapa do Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart), o maior evento de arte amadora da América Latina. O concurso reúne apresentações em 15 modalidades artísticas diferentes, como dança, declamação, intérprete, gaita, violão, chula e até mesmo contação de causos. O CTG Sentinela da Querência será responsável por receber os candidatos dos 17 municípios da 13ª Região Tradicionalista durante sábado (6) e domingo (7).
Ao todo, 29 grupos de dança participam da competição, que ocorre em paralelo ao Circuito de Rodeios Regional. Sete deles buscam classificação para a etapa inter-regional, marcada para agosto deste ano, em Cacequi. O objetivo final é chegar à fase estadual, que ocorre anualmente no mês de novembro, em Santa Cruz do Sul. Somente 40 grupos de todo o Estado participam da etapa na Força A – a principal e mais disputada do concurso.
Neste ano, quatro entidades participam da Força A representando a 13ª Região Tradicionalista e Santa Maria: AT Poncho Branco, CTG Sentinela da Querência, CPF Piá do Sul e DT Querência das Dores. Outros três grupos: do CTF Alma Gaúcha, CTG Ronda Crioula e DTG Noel Guarany concorrem na Força B. Em 2023 o DTG Noel Guarany ficou em 3º lugar na etapa final do Enart.
Conforme a diretora artística da 13ª Região Tradicionalista, Carla Pozzobom, Santa Maria se consolida há décadas, como um dos municípios com maior representação na Força A do Enart:
- O número é o que esperávamos. Santa Maria sempre foi forte na Força A. Além disso, os grupos sempre ficam bem colocados, já tivemos campeões mais de uma vez - ressaltou.
O evento que ocorrerá na sede social do CTG Sentinela da Querência, no Bairro Camobi, é aberto ao público e o ingresso custa R$ 15 a cada dia.

Dança, música, poesia e muito mais

Além dos grupos de dança – nomeados no meio tradicionalista de Invernadas – também há competição nas categorias Individuais. Há 14 modalidades, dentre elas, declamação, chula, trova, Intérprete solista vocal, conjunto instrumental, violão, viola, gaita, pajada, concurso literário, concurso de causos, entre outros. Podem participar homens e mulheres que sejam vinculados a uma entidade tradicionalista e que tenham mais de 15 anos. Não há limite máximo de idade.
Na categoria Danças Tradicionais Gaúchas, os conjuntos apresentam – na primeira fase – três danças de livre escolha, além de uma coreografia inédita. Nas demais etapas, há sorteio das danças. Ou seja, os grupos ensaiam 19 danças para, destas, sortear e executar três.
As coreografias apresentadas são criações inéditas de músicas aprovadas pela própria invernada. Geralmente, é o que mais chama atenção nos concursos, pela criatividade na escolha das temáticas.



SEMANA FARROUPILHA 2024 - CTG PEDRO TELLES TOUREM,

O Rio Grande do sul já começa a se preparar para a Semana Farroupilha, que está logo ali atrás do cerro e, na minha São Chico de Assis o CTG Pedro Telles Tourem já começa a trabalhar os 3 bailes da entidade, além é claro dos almoços e jantares  nessa entidade durante toda a Semana Farroupilha, o que já é tradicional, confere ai os bailes que já estão acertados:
• Dia 13/09 - Sexta-feira - o Grupo OS 4 GAUDÉRIOS
• Dia 14/09 - Sábado - O Grupo PORTAL GAÚCHO
• Dia 17/09 - Terça-feira - OS GAROTOS DE OURO
A partir de hoje, 05 de julho, tu já podes adquirir no 1° lote a sua mesa para os Bailes, basta entrar em contato com Bernardo Roos, pelo fone: (55) 9.9642.3925.
Salientamos que os valores de Ingressos para os Não-Socios, serão divulgados nos próximos dias, fique atento as redes sociais!

É o Rio Grande de bota e bombacha, pilchadito, já pronto para mais uma Semana de muita tradição.

Todos convidados.

REGULAMENTO 8º CANTO GALPONEIRO – INSC. ATÉ 23 DE AGOSTO



DEFINIÇÕES E OBJETIVOS 
Art. 1º- O 8º Canto Galponeiro – Um legado de Adão Cirinei da Cunha - que acontecerá de 17 a 19 de outubro de 2024, na Arena Gran Palazzo, na cidade de Passo Fundo/RS, é um festival extensivo a todo o Brasil, através da participação de poetas, compositores musicistas, músicos e intérpretes identificados com a cultura do Rio Grande do Sul, tendo como referências os aspectos históricos, culturais e folclóricos do nosso Estado, com os seguintes objetivos: 
I – Divulgar através da poesia, da música, da indumentária, da convivência fraterna, os verdadeiros valores da cultura gaúcha, que forjaram o perfil físico e psicológico do nosso povo, mantendo viva a terminologia, a vestimenta e os usos e costumes característicos do Rio Grande do Sul; 
II – Valorizar o homem e as lidas campesinas, fatos e personagens da nossa história, retratando a sua importância para a literatura e para a sustentação dos genuínos valores do folclore do nosso Estado; 
III - Resgatar as peculiaridades musicais e poéticas do Rio Grande do Sul, na afirmação de suas crenças e na busca incessante de suas raízes; 
IV – Proporcionar a revelação de novos talentos e a divulgação de sua arte; 
V- Promover o turismo e projetar Passo Fundo no cenário artístico-cultural do Rio Grande do Sul e além-fronteiras; 
VI- Proporcionar o intercâmbio cultural e a integração entre artistas e a nossa comunidade. 

II - DA ADMINISTRAÇÃO DO FESTIVAL 
Art. 2º - A administração do Festival compete a Fabrício Amarante da Cunha e Francielle da Cunha Scritori, com a colaboração do Grupo Amigos do Galpão do Gran Palazzo e apoio da Prefeitura Municipal de Passo Fundo, através da Secretaria Municipal da Cultura. 

III – LINHA MUSICAL 
Art. 3º - A Linha musical do 8º Canto Galponeiro – Um legado de Adão Cirinei da Cunha - é aquela que identifica se com o ambiente galponeiro e campeiro, podendo ser de construção e elaboração de fácil assimilação e difusão popular, tendo como características principais músicas alegres e bailáveis, que enfoquem os variados temas rio grandenses, desde as origens do continente até a sua projeção no futuro como: sociais, ecológicos, românticos, caracterizadas dentro de linhas de construção poético-musical que, apesar de poderem conter aspectos inovadores, não descaracterizem a temática melódica popular e tradicional do gaúcho e seu universo campeiro. 

IV – DAS INSCRIÇÕES E PARTICIPAÇÃO 
Art. 4º - Poderão participar compositores e intérpretes de todo o Brasil, desde que as composições tratem da temática ligada ao nosso Estado e representem os ritmos musicais característicos da música gaúcha tradicional, obedecendo às normas deste regulamento. 
Art. 5º- Somente serão aceitas composições na Língua Portuguesa, sendo admitida a utilização de expressões em espanhol e tupi-guarani, desde que constem no rodapé da letra a tradução ou significado da palavra ou expressão. 
Art. 6º - Poderão participar do Festival, somente composições inéditas, ou seja, que ainda não tenham sido gravadas oficialmente e publicadas até o dia da realização do evento; 
Art. 7º - As inscrições serão aceitas exclusivamente através do site www.cantogalponeiro.com.br, no período de 5 de julho a 23 de agosto de 2024. Parágrafo Único - Toda e qualquer pessoa menor de idade poderá participar do festival, devendo, no entanto, enviar a ficha de inscrição assinada juntamente com seu pai, mãe ou pessoa responsável pelo concorrente menor de idade. 
Art. 8º - Ao realizar a inscrição, os compositores e intérpretes, ou seus representantes legais, ficam cientes de que estão autorizando, gratuitamente, o Festival a dispor das imagens e áudios decorrentes da apresentação, em caso de premiação ou não, bem como autorizando de modo irrevogável e gratuito, a gravação da composição em CD e/ou DVD do Festival, assim como a divulgação da obra em todas e quaisquer plataformas de streaming; 
Art. 9º - O Canto Galponeiro – Festival de Música Gaúcha - não indenizará ou remunerará qualquer pessoa, além da ajuda de custo por concorrente, como advertência de que as imagens e/ou áudio decorrentes dessa edição se tornarão parte do acervo do Festival, podendo ser usados, conforme a deliberação dos organizadores, em qualquer momento. 
Art. 10º – As músicas eliminadas por infringirem as determinações deste regulamento perderão o direito de receber a ajuda de custo e possível premiação. 

V – DA SELEÇÃO E CONCURSO 
Art. 11º- A Comissão de Julgamento será constituída por: Anahy Guedes, Antonio Daniel Busch, Beto Caetano, Jaime Brum Carlos, Victor Mateus Teixeira Filho, cidadãos idôneos, convidados pela comissão organizadora pela comprovada capacidade técnica e expressão no cenário da música e da cultura gaúcha, a qual ficará a cargo da avaliação das composições que subirão ao palco nos dias 17, 18 e 19 de outubro de 2024, sendo até 14 (quatorze) composições para a Etapa Geral e até 10 (dez) para a Etapa Local. 
Art. 12º- Cada compositor, em seu nome ou parceria, poderá classificar até duas obras na triagem. 
Art. 13º - Cada intérprete poderá defender somente uma composição solo e mais uma como instrumentista. 
Art. 14º - Os instrumentistas poderão se apresentar em até duas composições. 
§ 1º- A ordem de apresentação das composições pré-selecionadas será definida pela Comissão Organizadora, logo após a triagem, não sendo aceitas alterações posteriores; 
§ 2º- Os intérpretes e músicos que subirem ao palco do Festival deverão apresentar-se devidamente pilchados, não sendo permitido o uso de camisetas com propaganda ou alusão a qualquer outro tipo de manifestação que não esteja relacionada à cultura do Rio Grande do Sul. 
§ 3º- O tempo de execução de cada música será de, no máximo, cinco minutos, tanto para a triagem quanto para a apresentação no palco e gravação para o CD e/ou DVD. 
§ 4º- Cada composição deverá ser apresentada no palco pelo menos por (3) três pessoas e no máximo (7) sete. DA ETAPA GERAL 
Art. 15º – A Etapa Geral do 8º Canto Galponeiro - Um legado de Adão Cirinei da Cunha, na sua classificatória, será realizada na sexta-feira, dia 18 de outubro de 2024, às 20h30min, com apresentação das composições classificadas na pré-seleção. Após haverá show com Jorge Guedes e Família. 
Art. 16º - Após a apresentação das concorrentes, a Comissão Avaliadora classificará as 10 (dez) músicas que retornarão ao palco no sábado, dia 19 de outubro de 2024, às 20h, na condição de finalistas do festival. O show de encerramento será com Nenito Sarturi e Miguel Marques. DA ETAPA LOCAL 
Art. 17º - A Etapa Local do 8º Canto Galponeiro será realizada no dia 17 de outubro de 2024, quinta-feira, às 20h30min, sendo que deverão subir ao palco as músicas classificadas na pré-seleção. Após haverá show com Érlon Péricles e Desidério Souza. 
Art. 18º - A Etapa Local é exclusiva para autores e intérpretes nascidos e/ou radicados no município de Passo Fundo, os quais devem comprovar essa condição até três dias após da divulgação das classificadas pelo email: contato@ cantogalponeiro.com.br. Parágrafo único: Em caso de parceria, tanto os autores de letra, quanto os de melodia, têm que ser nascidos e/ou radicados em Passo Fundo. 
Art. 19º - A Comissão Avaliadora destacará 4 (quatro) músicas da Etapa Local para retornarem ao palco no sábado, dia 19 de outubro de 2024, na condição de finalistas do festival e concorrem, em igualdade com as demais, à premiação geral do evento, bem como, farão parte do CD e do DVD do 8º Canto Galponeiro – Um legado de Adão Cirinei da Cunha, juntamente com as demais finalistas. 
§ 1º - Os compositores de Passo Fundo poderão inscrever obras em qualquer uma das Etapas, Local ou Geral, sendo que poderão ser classificadas somente duas obras no Festival como um todo. 

VI – DA PASSAGEM DE SOM 
Art. 20º - Deverá ser feita obrigatoriamente, das 13h30min às 18h, do dia da apresentação das concorrentes e dos shows, conforme ordem e horário específico de cada música, pré-estabelecido e informado pela comissão organizadora logo após a divulgação das selecionadas para a participação do evento. O grupo que não se fizer presente nesse horário perderá o direito de equalizar o som e terá redução de 20% do valor da ajuda de custo ou do cachê, quando contratado para show. 
Parágrafo Único - A ORDEM DE APRESENTAÇÃO DAS MÚSICAS CONCORRENTES será previamente definida pela Comissão Organizadora, sendo vedada qualquer alteração. 

VII - DA AJUDA DE CUSTO, DIREITOS DE ARENA E PREMIAÇÃO 
Art. 21º - Cada concorrente da Etapa Local receberá R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais), a título de ajuda de custo e direitos de arena. Os participantes da Etapa Geral classificados na pré-seleção receberão por música classificada R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) a título de ajuda de custo e direitos de arena; 
§ 1º Haverá um acréscimo de R$ 1500,00 (um mil e quinhentos reais) para as composições da Etapa Local e Geral classificadas para a final, a título de ajuda de custo e direitos de arena; 
§ 2º - O Festival oferecerá alimentação aos concorrentes credenciados e não oferecerá hospedagem. 
Art. 22º - Aos vencedores 8º Canto Galponeiro – Um Legado do Adão Cirinei da Cunha - caberá a seguinte premiação: 
1° lugar: R$ 10.000,00 (dez mil reais) e o Troféu Adão Cirinei da Cunha. 
2° lugar: R$ 7.000,00 (sete mil reais) e o Troféu Fogo de Chão. 
3° lugar: R$ 6.000,00 (seis mil reais) e o Troféu Cambona. 
Música Mais Popular: R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) Troféu Pedro Ribeiro da Luz. 
Melhor intérprete: R$ 1000,00 (mil reais) e o Troféu Teixeirinha. 
Melhor gaiteiro: R$ 1000,00 (mil reais) e o Troféu Tio Oscar Vieira. 
Melhor poesia: R$ 1000,00 (mil reais) e o Troféu João Pantaleão Gonçalves Leite. 
Melhor Instrumentista: R$ 1000,00 (mil reais) e o Troféu Ivinho Stefani. 
Melhor Melodia: R$ 1000,00 (mil reais) e o Troféu Algacir Costa. 
Melhor Tema Sobre Passo Fundo: R$ 1000,00 (mil reais) e o Troféu Fagundes dos Reis. 
§ 1º - Ficará a cargo do público presente, em manifestação espontânea e analisada pela comissão julgadora, a escolha da música mais popular, entre as obras apresentadas na final. 

DISPOSIÇÕES GERAIS - Somente será permitido o ingresso nos bastidores do Festival das pessoas envolvidas na apresentação das músicas concorrentes e caberá a um Diretor de Palco a organização e dinâmica do andamento do evento. 
- Representantes de veículos de comunicação, devidamente credenciados, terão livre acesso às dependências do Festival. 
- Serão credenciados somente os autores, músicos e intérpretes participantes, ficando o Festival desobrigado a credenciar acompanhantes. 
- A Comissão Organizadora reserva-se o direito de, em qualquer momento, excluir do evento o concorrente ou grupo cujos participantes infringirem as normas deste regulamento; 
- Os casos omissos a este regulamento serão resolvidos soberanamente pela Comissão Organizadora.

COMISSÃO ORGANIZADORA 
Fabricio Amarante da Cunha - (54) 99981-1984 
Francielle da Cunha Scritori – (54) 9657-7269 
Antonio Daniel Busch – (54) 99998-6578

INCRIÇÕES DIRETAS NO SITE
https://cantogalponeiro.com.br/



PIQUETE CAUDILHOS VIANENSE - 40 ANOS


Amanhã, dia 06 de Julho, o Piquete Caudilhos Vianense, estará completando 40 Anos de História na bela cidade de Manoel Viana. Esse Piquete que fez parte da minha juventude e por muitas vezes, quando moço estive por lá, com grandes amigos como Miltom Saldanha, Eliseu, Paulinho Saldanha, Miguel Garaialdi e tantos outros, que certamente ajudaram a escrever a história desse Piquete e do tradicionalismo de Manoel Viana e região.
O dia de amanhã, 06 de julho, terá uma extensa programação.
Sábado dia 06 Julho
14:00 horas tertúlia livre com os artistas da terra e brinquedo para as crianças
19:00 horas Jantar baile com Marcio Correia e grupo gauchismo
Esperamos todos para comemorar conosco essa data tão especial!!

Quem ainda não reservou sua mesa ou seu convite, é só procurar nas Redes Sociais ou nos locais:
Pontos de Vendas dos Ingressos
Amanda Manara Manoel Viana com a Rity Boneli
Dtudo Ferragens Manoel Viana com a Vivian Farias
Correaria Progresso com a Chica..
Restaurante Por do sol com a Caren Dias ..
Juju Juju com as Gurias
Jaque João Paulo Manzoni
Clandio Irion
Eucalen Haut
Daniela Dornelles

“CANTE UMA CANÇÃO EM VACARIA – 2º POUSO REGIONAL



ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O FESTIVAL “CANTE UMA CANÇÃO EM VACARIA – 2º POUSO REGIONAL – ETAPA MUNICIPAL”
Com o objetivo de valorizar a música gaúcha na sua essência campeira e de raiz, o CTG Porteira do Rio Grande promove o Festival “Cante uma canção em Vacaria – 2º Pouso Regional – Etapa Municipal”.
O Festival nativista é um concurso de canções inéditas e podem participar compositores, músicos e intérpretes nascidos ou residentes no município de Vacaria. De acordo com o regulamento, cada compositor (autor), em seu nome ou parceria, poderá inscrever até no máximo 5 composições.
Serão classificadas 10 músicas e 02 suplentes, as quais serão apresentadas no dia 14 de setembro, em um evento paralelo à Semana Farroupilha, no CTG Porteira do Rio Grande. A composição campeã estará automaticamente classificada para concorrer no 15º Cante uma canção em Vacaria, que acontece durante o 36º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.

As composições classificadas receberão uma premiação no valor de R$500,00 cada, além da seguinte premiação:
1º lugar: R$ 1.500,00 e troféu.
2º lugar: R$ 800,00 e troféu.
3º lugar: R$ 500,00 e troféu.
Música mais popular: R$ 300,00 e troféu.
Melhor intérprete: R$ 200,00 e troféu.
Melhor instrumentista: R$ 200,00 e troféu.
Melhor letra: R$ 200,00 e troféu.
Melhor melodia: R$ 200,00 e troféu.

As inscrições devem ser feitas pelo e-mail pousoregional@gmail.com até o dia 20 de agosto de 2024.

Regulamento-etapa-municipal PDF

Ficha de inscrição





quinta-feira, 4 de julho de 2024

"ZAMBA DA MI ESPERANZA"... TU CONHECES A HISTÓRIA DELA?

História

Em 1978, o cantor e compositor Jujeño Jorge Cafrune desafiou a censura cantando "Zamba de mi Esperanza" no Festival Cosquín e dias depois morreu após ser atropelado por um trator-reboque (caminhão) que fugiu. Há sérias suspeitas de que possa ter sido um assassinato ordenado pela ditadura militar que tomou o poder, em retaliação por ter cantado a canção.

"Zamba de mi Esperanza" foi composta por Luis Profili na década de 1950. Profili (1906-1975) era um empresário da construção civil mendoza residente em San Martín, que gostava de música folclórica e principalmente de zamba, que cantava acompanhando-se a guitarra ou o bumbo e compôs músicas sem conhecimento de escrita musical. Uma dessas canções foi "Zamba de mi Esperanza", que ficou conhecida entre os participantes dos clubes e encontros de amigos em que Profili cantava aliás.

Nessas circunstâncias, ouviram-no os Irmãos Albarracín, dupla carioca aparentada com Jorge Cafrune, "el Turco", cantor de Jujuy de origem árabe, que gravou em seu álbum Folklore (1962), a canção "Virgen india" pelo Albarracín, que também se tornou seu primeiro sucesso.

Foi assim que foi gravada como música de abertura do quinto álbum solo de Cafrune, Emoción, canto y guitar (1964). Horacio Fontova brincou sobre sua popularidade dizendo que “quem não conhece Zamba da minha esperança é fuzileiro naval”.

A Argentina vivia um boom na música folclórica argentina, que se tornava cada vez mais popular, no quadro de grandes transformações socioeconômicas, caracterizadas por um amplo processo de industrialização centrado em Buenos Aires, que promoveu uma grande onda de migração interna a partir de 1930, do campo para o da cidade e das províncias (interior) para a Capital.

Em janeiro de 1978, Jorge Cafrune cantou "Zamba de mi Esperanza" no Festival Cosquín, obedecendo ao pedido do público que assim desafiou a proibição da canção imposta pela violenta ditadura militar então no poder. Embora a letra da canção não tenha conteúdo político ou social, Yamila Cafrune, filha do cantor, disse que os militares consideraram que deveria ser censurada pela importância que dava ao sentimento de esperança. Cafrune disse então “mesmo que não esteja no repertório autorizado, se meu povo me pedir eu vou cantá-lo”. Poucos dias depois, em 31 de janeiro de 1978, ele foi morto por um motorista que atropelou e fugiu quando o artista viajava para Yapeyú. Há sérias suspeitas de que se tenha tratado de um homicídio ordenado pelo governo militar e perpetrado pelo então tenente Carlos Villanueva, que dois sobreviventes do centro clandestino de detenção La Perla apontaram como quem disse que "era preciso matá-lo para evitar que outros cantores fizessem o mesmo>>

Três anos depois, o cantor e compositor nicaragüense Carlos Mejía Godoy compôs "Nicaragua Nicaragüita", canção emblemática da Revolução Sandinista, que contém um fragmento musical, na segunda estrofe, muito semelhante à melodia de "Zamba de mi Esperanza". A poetisa salvadorenha Nora Méndez investigou a origem da canção de Mejía Godoy e descobriu que ela foi concebida na casa de uma argentina, para concluir que a zamba de Profili, já mundialmente famosa na versão de Cafrune, certamente influenciou aquele fragmento de “Nicarágua Nicaragüita”.

Carta

A letra tem a estrutura clássica do zamba, com duas partes (primeira e segunda), com dois versos cada, e um refrão. Cada estrofe possui quatro versos, os ímpares possuem sete sílabas e os pares nove sílabas; Os dois últimos são repetidos na música.

O conteúdo da letra refere-se à relação que existe entre o compositor, o processo de criação e a sua obra final, a zamba, que para Profili era a canção por excelência. O autor esclarece no primeiro verso que todo o processo criativo é motivado pela esperança. Numa bela primeira estrofe, Profili define a zamba nascente como um “sonho da alma”, que de repente aparece como um amor à primeira vista (“amanhecer como um amor”), mas que também pode desaparecer antes de se materializar (“uma às vezes morre sem floração").

Na segunda estrofe o autor explica o sentimento que o leva a cantar a zamba que nele vai surgindo, colocando-a no lugar da mulher amada ("sua canção derrama amor") e parceira de dança que, como na coreografia de a dança, acariciando-o com o lenço e “envolvendo-lhe o coração”. Nesse sentido, a neta do autor revive a paixão do avô pela zamba e lembra:

Adorava o movimento dos corpos, a graça do lenço, a elegância da sua melodia.

Após o refrão, as duas últimas estrofes refletem a angústia existencial do autor diante do desgosto e da morte. Na terceira estrofe, caracterizada pelo pessimismo e sem que seja possível estabelecer se o poeta continua falando com a zamba ou com a mulher amada, a letra refere-se à implacável passagem do tempo ("o tempo está me matando") e ao seu efeito destrutivo ("seu amor será , vai ser ").

Na quarta estrofe Profili refere-se à desrazão da vida ("Sou pó que vai ao vento"), e encontra na zamba (na criação artística) a razão da sua existência, perguntando - como pediria à mulher amada -, que ele não deveria abandoná-la, porque disso depende a própria vida (“Não vivo mais sem a sua música”).

No refrão o autor muda o destinatário de seus versos, para falar com a estrela, símbolo da noite, mas também do universo ou de Deus. Profili dirige-se à estrela, porque ela o ouviu e testemunhou “o seu sofrimento”, e pede-lhe em oração que lhe permita continuar a cantar e a amar.

Estrela você que olhou,

você que ouviu meu sofrimento,

estrela, deixe-me cantar,

deixe-me querer como eu sei.

Versões

Jorge Cafrune A versão clássica é a de Jorge Cafrune em seu quinto álbum solo, Emoción, canto y guitar (1964), onde se encontra como faixa 1 do lado A. A versão é muito simples, sendo executada apenas com seu violão e seu voz, como o título do álbum sugere. Contém também a introdução criada por ele mesmo, uma elaborada dedilhada de guitarra que dura 22 segundos. Posteriormente, Cafrune fez outras interpretações da canção, respeitando sempre a versão original, entre as quais se destacam quatro.

A primeira é a que realizou para o filme Argentinísima (1972), dirigido por Fernando Ayala e Héctor Olivera, com roteiro de Félix Luna e Marcelo Simón. Cafrune aparece cantando “Zamba de mi Esperanza” com seu violão em frente à capela de Purmamarca, e ao longo da apresentação são mostrados diferentes lugares de sua província natal, como Tilcara e Humahuaca, finalizando com uma imagem do baixo-relevo esquerdo do Monumento aos Heróis da Independência, localizado nesta última localidade.

A segunda foi a que apresentou no recital que deu em Nova Iorque, em 11 de novembro de 1974, nas Nações Unidas, e que foi gravada no seu último álbum, Jorge Cafrune nas Nações Unidas, lançado em 1976.

A terceira foi realizada no programa La Hora de Raffaella Carrá transmitido pela Televisão Espanhola, em 1976, quando a canção já havia sido proibida na Argentina pela ditadura instalada naquele ano. Esta atuação de Cafrune abriu as portas do sucesso na Espanha e instalou "Zamba de mi Esperanza" como uma das grandes canções do cancioneiro latino-americano. O vídeo gravado durante o programa permanece desta versão.

A quarta é a que apresentou poucos dias antes de sua morte, fora do programa, a pedido do público e apesar da proibição do tema pela ditadura governante, no Festival Cosquín, e que é atribuída a ser a causa de seu possível assassinato. Foi apresentada em janeiro de 1978 e antes de cantar Cafrune pronunciou a frase "mesmo que não esteja no repertório autorizado, se meu povo me pedir eu cantarei".1 Nenhum registro foi lançado.

Cafrune também gravou uma versão da música com Marito, menino com quem gravou dois discos de grande circulação. A versão conjunta de "Zamba de mi Esperanza" está incluída no álbum De mi madre, publicado em 1972.

Os Chalchaleros

Além de Cafrune, “Zamba de mi Esperanza” também é identificado com Los Chalchaleros. O conjunto Salta, um dos mais importantes da história da música folclórica argentina, incluiu a canção em seu repertório em 1965, lançando-a naquele ano em single e no álbum Nuestro folklore en Hollywood, com o título "De mi esperança" . O álbum registra o momento de consolidação do estilo do grupo, e sua consagração internacional, ao receber o prêmio de melhor intérprete de música folk da América do Sul, no Festival Ibero-Americano organizado no Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles naquela época. o grupo Era formado por Víctor "Cocho" Zambrano, Ricardo "Dicky" Dávalos, Ernesto Cabezas e Juan Carlos Saravia. Los Chalchaleros dão-lhe o estilo chalchalero.

Entre as muitas versões de "Zamba de mi Esperanza" feitas desde então por Los Chalchaleros, duas se destacam:

• Aquela que apresentaram no álbum duplo Todos Somos Chalchaleros, Disco 1 (2000), onde, utilizando uma técnica de cotejamento na gravação da música, cantam zamba com Jorge Cafrune, já falecido. A versão inclui a clássica dedilhação introdutória de Cafrune e é especialmente emocionante, no âmbito de um álbum em que Los Chalchaleros cantam junto com outros grandes nomes do folclore argentino.

• Aquela que apresentaram no show de despedida, em 2004, e que foi gravada no álbum La noche final, o último de Los Chalchaleros. É uma versão abreviada combinada com outra zamba, "Jamás", em que cantam apenas a primeira parte. O seu valor reside no facto de ter sido cantado com o público, como se tivesse sido cantado a duas vozes, tendo sido perfeitamente reproduzido em disco.

Outras versões

Dentro do campo estritamente folclórico outras versões notáveis ​​da canção foram feitas pelo Grupo Vocal Argentino em sua segunda etapa (gravada em 1976 mas a censura impediu que fosse publicada até 1990 no álbum Sueño del alma), Los Visconti em 1983, e por Yamila Cafrune, filha de Jorge Cafrune, em 2006.

Fora da esfera estritamente folclórica, também interpretaram a música:

• Nati Mistral, que gravou "Zamba de mi Esperanza" em 1972 e lançou-a na Espanha, como lado B de um single. A versão de Nati Mistral acelera um pouco o ritmo clássico da música e é apoiada por dois violões que lhe conferem um ar chabuqueño, enquanto seu canto coloquial e inconfundivelmente espanhol atenua os estritos limites rítmicos da zamba.

• La Portuaria, no clássico Devorador de corazón (1993);

• Andrés Calamaro, cantando-a combinada com a zamba “Alfonsina y el mar”, no álbum El canto (2004).

• Manolo Juárez, interpretando-o como solo de piano em recital apresentado no Teatro Colón, em fevereiro de 2003, e posteriormente lançado no álbum Manolo Juárez en El Colón (2005). Esta é uma versão que inclui variações desenhadas por Juárez, que recebeu excelentes críticas por seu trabalho.

• María Dolores Pradera e Los Sabandeños, incluindo-a no álbum Al cabo del tiempo (2006). Estas são duas das principais representantes da música canária, ela tem 88 anos.

• Horacio Fontova a inclui em seu espetáculo Folkloreando y otros yerbas (2007), também título de um álbum que estava em preparação no início de 2009; Fontova toca violão e é acompanhada na bateria por Puki Maida e no baixo por José Ríos. É uma interpretação clássica e ao mesmo tempo moderna, devido aos instrumentos e ao uso de harmonias complexas. Fontova também cantou a música no Concerto de Homenagem ao 30º Aniversário das Mães da Praça de Maio, realizado na Praça de Maio em 2007. Na ocasião foi acompanhado pela Orquestra Nacional Juan de Dios Filiberto dirigida por Gustavo Spatocco, que forneceu uma interpretação inovadora, com influências do tango.

Notas explicativas

 Dois sobreviventes do centro clandestino de detenção La Perla declararam ter ouvido o então tenente Carlos Villanueva e outros militares expressarem sua intenção de assassinar Jorge Cafrune após o episódio do Festival Cosquín, que geograficamente estava sob a jurisdição dos grupos de inteligência com sede em Córdoba . O primeiro depoimento corresponde a Teresa Celia Meschiati, prestada em 1984 perante a CONADEP e registrada no Arquivo 4279, que afirmou ter testemunhado a reação de vários militares, entre eles o Tenente Carlos Villanueva, à atitude de Cafrune no Festival Cosquín, afirmando que "ele teve que ser morto para avisar os outros" e que na semana seguinte estavam muito nervosos devido a uma "operação especial", para mais tarde comemorar a sua execução com sucesso, tudo em correspondência cronológica com a morte de Cafrune.

A segunda declaração foi feita por Graciela Susana Geuna em 9 de julho de 1998, perante o cônsul espanhol em Genebra, na Súmula 19127 sobre genocídio e terrorismo levado a cabo pelo juiz Baltasar Garzón. Em seu depoimento Geuna menciona a ação de Cafrune em Cosquín e afirma que o Tenente Villanueva disse "que ele teve que ser morto para evitar que outros cantores fizessem o mesmo, viram que as pessoas estavam começando a se forçar nas pequenas coisas, lutando assim para conseguir uma abertura ." . Isso os aterrorizou e por isso reprimiram qualquer pequeno gesto de rebelião, porque poderia ser o prelúdio para outros gestos futuros. Ele então menciona que naquela semana seguinte foi mencionada uma “operação especial”.

ZAMBA DE MI ESPERANZA!

A ti
Zamba de mi esperanza
Amanecida como un querer
Sueño, sueño del alma
Que a veces muere sin florecer
Sueño, sueño del alma
Que a veces muere sin florecer
Zamba, a ti te canto
Porque tu canto derrama amor
Caricia de tu pañuelo
Que va envolviendo mi corazón
Caricia de tu pañuelo
Que va envolviendo mi corazón
Estrella, tú que miras
Tú que escuchaste mi padecer
Estrella, deja que cante
Deja que quiera como yo sé
Estrella, deja que cante
Deja que quiera como yo sé
A ti
El tiempo que va pasando
Como la vida no vuelve más
El tiempo me va matando
Y tu cariño será, será
El tiempo me va matando
Y tu cariño será, será
Hundido en horizontes
Soy polvareda que al viento va
Zamba, ya no me dejes
Yo sin tu canto no vivo más
Zamba, ya no me dejes
Yo sin tu canto no vivo más
Estrella, tú que miraste
Tú que escuchaste mi padecer
Estrella, deja que cante
Deja que quiera como yo se
Estrella, deja que cante
Deja que quiera como yo sé


O CHAMAMÉ!



SABIA O QUE?
O Chamamé.
El Chamamé é um gênero musical dançável do folclore da Argentina, correspondente à música litoral. 
Na Argentina é ouvido nas províncias de Corrientes, Entre Rios, centro-este de Formosa, Santa Fé, Chaco, e em toda a província de Misiones, região chamada Litoral argentino. Também é ouvido no norte de Santiaguenho. Por sua vez, é ouvido na Bolívia, Paraguai, sul do Brasil, parte do Uruguai e sul do Chile.
Caracteriza-se por uma disposição musical polirítmica em que a estrutura de apoio (baixo-base) é executada em pé binário (3/4), enquanto a melodia, ou seja, o canto e os instrumentos de rasgar, se sobrepõem melódica e tonalmente com uma estrutura ternária (6/8).
A dança pode ter um ritmo alegre e animado, ou, pelo contrário, ser triste e alegórica.
Origem do estilo musical e do vocábulo chamamé.
O chamamé é uma dança com raízes indígenas Guarani,[encontro necessário] pois sua base musical é Guarani. A esta base musical Guarani, com o tempo, foram adicionadas influências jesuítas, espanholas e principalmente alemãs (o acordeão, bandoneon e um pouco no seu compasso). Este ritmo tradicional argentino poderia ser definido da seguinte forma: ritmo originalmente indígena, aperfeiçoado com o tempo e as diferentes influências que teve, entre as quais destaca a alemã. O guarani pode ser visto por exemplo no sapucai e o alemão no acordeão, pois qualquer grupo de chamamé tem um acordeão (seja de teclas e pistões ou de pistões dos dois lados), um bandoneão ou ambos os instrumentos.
Embora sejam relativos os antecedentes sobre os quais se pode basear uma análise verdadeira e valdeira relativa às origens, da denominação e suas implicações, podemos remontar nas páginas do tempo, ao século XVII; e geograficamente ao nordeste corrente, mais propriamente determinado pelas margens do Rio Uruguai. Lá tiveram o seu assentamento as raízes étnicas da nossa raça Guarani (conforme é conhecido), fortemente influenciadas pelas correntes jesuíticas, que no início do ano 1600 fundaram as primeiras reduções.
Segundo Emilio Noya (Diário El Litoral de Correntes, 11/10/1973, pág. 7) "As primeiras reduções da companhia de Jesus, estabelecidas na zona guaranítica por volta do ano 1609, alertam surpreendidas que os aborígenes possuíam música própria e, além disso, fabricavam instrumentos rudimentares para acompanhar suas danças rituais e executar motivos onomatopéicos".
Alguns dos instrumentos mencionados por Noya foram perdidos através do tempo, tais como: congoera (flauta grande feita com osso); tuuru (trompete fabricada indistintamente com mastro de cana); mburé (trompete de tacuara); mbaracá (espécie de guitarra cuja caixa era de abóbora e constituía cinco cordas); guatapu (buzina para atrair os peixes); mimby (flauta de tacuara, semelhante à queena); etc. ; cujos antecedentes chegaram até hoje, somente através das obras de alguns musicólogos.
O cordofone (harpa) também se perdeu no tempo e atualmente é usado quase exclusivamente na República do Paraguai.
Don Alejandro Miranda de Saladas (Corrientes), indica: "Bianchetti, professor de Guarani, explicou-me que o chamamé teve origem na parte de Correntes que encaixa com o Brasil". Neste sentido, o professor Juan de Bianchetti, profundo conhecedor e estudioso da língua Guarani, afirma ter verificado pessoalmente que a tribo Kaiguá de Santa Catarina-Brasil (que em tempos habitou parte do território de Correntes e Missões), canta e dança uma dança chamada chamamé, que tem o mesmo ritmo melódico e deslocamentos coreográficos da nossa dança, acompanhados por uma espécie de tambor redondo e alongado, uma flauta de tacuara de cinco buracos e uma guitarra de cinco cordas, chamada também mbaracá, como a nossa.
"O chamamé - diz - é o nome originário da música e da dança guarani, que para honra das nossas tradições, se perpetuou em Corrientes. Aparentemente, é designação contemporânea por causa da forma estrangeira de perseguir tudo o que guarani - praticado desde a conquista.
Até recentemente, até a palavra chamamé se foi esquecendo; mas como a música sobreviveu na alma do povo, os perseguidores transaram em disfarçá-la com o nome estrangeiro de "polka".


Matéria retirada na integra a traduzida de FOLCLORE MUSICA Y NOTICIA da Argentina.

PORQUE O TREMPO É DIVIDO POR 60?


Há cerca de 5.000 anos, os Sumérios, que viviam na antiga Mesopotâmia (atual Iraque), revolucionaram a forma como percebemos e medimos o tempo.
Eles desenvolveram um sofisticado sistema numérico baseado no número 60, conhecido como sistema sexagesimal.
Este sistema único levou a dividir uma hora em 60 minutos e um minuto em 60 segundos, conceitos que ainda estão sendo usados atualmente.
A necessidade dos Sumérios de ter um tempo preciso foi impulsionada pela sua sociedade agrícola.
. Calendários precisos eram essenciais para plantar e colher culturas.
Eles também precisavam de coordenar suas complexas cerimônias religiosas e atividades administrativas.
Para ajudar a medir o tempo, os Sumérios fizeram importantes avanços na astronomia.
Eles observaram os movimentos dos corpos celestes e usaram esse conhecimento para criar um calendário lunar de 12 meses, que se alinhava estreitamente com as estações agrícolas.
A divisão do dia em 24 horas, cada hora em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos foi uma conquista monumental.
Essas divisões não eram arbitrárias, mas foram projetadas para serem práticas e facilmente divisíveis, refletindo a compreensão avançada da matemática dos Sumérios.
Esta abordagem inovadora do tempo teve um impacto profundo em civilizações posteriores, incluindo os babilônios, gregos e romanos, que adotaram e desenvolveram ainda mais o sistema sumério.
O legado do sistema de cronometragem Sumérios é evidente em nossos relógios e calendários modernos, o que demonstra a influência duradoura da sua inteligência em nossa vida diária.

POR QUE O MATE SE CHAMA "MATE"?

Quando os conquistadores chegaram a estas terras, eles perceberam que os nativos praticavam o ritual de se reunirem para beber uma infusão que os guaranis chamavam de "cayguá". Esta expressão deriva dos vocábulos guarani y= seria água, o i poderia tomar sei como diminutivo e a palavra que chama o mate é kay'u ou ka'a e ú, ou erva com água quente o que pode ser traduzido em "água de erva".
A expressão "mate", nasce do vocábulo quechua "mati", que significa abóbora, que é onde se preparava o mate. O mesmo era tomado através de uma caninha chamada "taquari", na qual se colocava uma semente oca que fazia as vezes de filtro.
Por extensão, os conquistadores designaram assim a infusão produzida a partir da erva (ilex paraguayensis). Estes tinham a crença de que era uma " erva do demônio" por desconhecer a sua prática. Eles também alegaram que era uma bebida de preguiçosos, pois os nativos dedicavam várias horas por dia a este ritual.
A erva mate deve o seu gosto amargo aos taninos das suas folhas, é por isso que há quem goste de adoçar um pouco, e a espuma que é gerada pela cevada é causa dos glicósídeos.
Mate é mais do que uma bebida. É uma tradição que vence os costumes isolacionistas do crioulo e combina as classes sociais... e através dos tempos, foi o mate que fez a roda dos amigos, e não a roda que trouxe o mate. E não só isso, também é um símbolo para todos os que se afastam do seu país natal (Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Bolívia e Brasil) e encontram nele uma relembrança e um elo com a sua terra.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

TRISTE FIM DE GUMERCINDO SARAIVA - O LIVRO



O dia está chegando! Na sexta estará disponível para compra o livro com a história real da morte de Gumercindo Saraiva!
: O livro escrito pelo Lagoense Caludio Damin, Professor universitário, doutor em Ciência Política. De Lagoa Vermelha (RS), é uma investigação histórica sobre a morte de Gumercindo Saraiva e as atrocidades cometidas contra seu cadáver. O general maragato, figura marcante da Revolução Federalista de 1893, morreu em 10 de agosto de 1894 no capão do Carovi, região missioneira do Rio Grande do Sul. A pesquisa busca responder como ele morreu, quem o matou e o que ocorreu com seu corpo.
:: O livro resgata os dias anteriores à morte de Gumercindo, o combate no Carovi, seu ferimento, tentativa de tratamento e morte. Aborda também o enterro sigiloso, a exumação de seu cadáver, os vilipêndios e a sua decapitação, confirmada por várias fontes. Partes de seu corpo chegaram até as mãos de Júlio de Castilhos, em Porto Alegre. A obra possui mais de 60 fotografias, desenhos e ilustrações que aproximam o leitor de um dos episódios mais significativos da guerra civil de 1893.


MILONGA PRA DOM JUVÊNCIO!


Milonga pra Dom Juvêncio é desses versos que a gente não gostaria de escrever, mas escreve para chamar atenção aos Homens do campo, que foram explorados pelos Patrões e que os herdeiros, colocam para a beira dos corredores e que vão viver como andarilhos matando a fome dos caminhos. 
Há quanto Juvêncios pelos barravos das favelas ou pelos corredores da vida?

Milonga pra Dom Juvêncio!
114/2024

Conheci a Dom Juvêncio,
Ainda nos tempo de moço,
Tremulando no pescoço…
Um paiñuelo maragato,
Era a estampa, o retrato,
Dum Saraiva, Castelhano,
Dos que herdara o tutano,
Dos filhos de Dom Mulato.

Trouxe a sina de herança,
De repontar tropas alheias,
E tirar gado das cheias…
Que inundavam este chão,
Sem nunca frouxar o garrão,
Metia o peito na enchente…
E levava tudo pela frente…
Pra enche as burras do patrão.

REFRÃO:
Dom Juvêncio é um desses,.
Que a história não conta…
Que a vida troca de ponta,
Quando a idade se avança,
Falta peso nessa balança…
Pra tropa dos desenganos,
O pingo, os cuscos e os panos,
E tudo o que traz de herança.
 
É dom Juvêncio, tropeiro,
Que vem no zaino bragado,
Com lencito esparramado,
Chapéu quebrado na testa…
Duas esporas em serestas,
Numa manhã de domingo…
Escramuçando um pingo…
Como que chega em festa.

Era a imagem que eu tinha,
S’encontrasse o vaqueano,
Mas pra meus desenganos…
O tempo cobra o seu valor,
E para aumentar essa dor,
Encontrei o moço, tordilho,
Hoje é mais um andarilho,
Qual a tropa num corredor.
 
REFRÃO:
Dom Juvêncio como tantos,
Vem do tempo das tropeadas,
Das noites enluaradas…
Dos trabalhos sem esperas,
Que floriam primaveras…
Nos bolso dos estancieiros,
Que deixaram só herdeiros,
Que querem ranchos, taperas.