terça-feira, 30 de setembro de 2014

20 De Setembro em Santana do Livramento




No dia 20 de Setembro data máxima da celebração dos festejos Farroupilhas 8.031 homens e mulheres a cavalo cruzaram a rua dos Andradas, em Livramento e Avenida Sarandi em Rivera , formando assim o maior desfile farroupilha do estado .

O capricho dos CTGs , Galpões , Piquetes , em suas montarias somado a um público entusiasmado que a cada entidade aplaudia de pé ,fizeram o diferencial neste desfile de 20 de Setembro durante um belo sábado de sol .

A contagem oficial da comissão organizadora foi divulgada somente no final da tarde do dia 20, durante a solenidade de encerramento da Semana Farroupilha. E confirmou o título, como o maior entre as cidades gaúchas, superando a vizinha cidade de Alegrete . Livramento teve 8.031 participantes a cavalo e Alegrete 7.908.O desfile começou pontualmente as 9h, e teve seu encerramento as 15h30.
Texto: Matias Moura - Jornal Correio do Pampa

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Vº CANTO DO JAGUAR - CONHEÇA UM POUCO MAIS:

O Festival Canto do Jaguar surgiu a partir da iniciativa de um pequeno grupo de amigos (compositores, músicos, intérpretes e apreciadores da música nativista), no início do ano de 2003. O desejo do grupo era o de idealizar um evento, em um local aprazível no município de Jaguari, que proporcionasse um encontro de integração e amizade. Esse encontro serviria para que compositores, músicos e intérpretes criassem e apresentassem suas composições, numa espécie de laboratório das criações poéticas e musicais nativistas.

Nesta perspectiva estava justificado o caráter “fechado” do festival, já que a participação se daria através de convite feito pela comissão organizadora às pessoas que se enquadrassem na proposta do evento proposta que se mantém até os dias de hoje.

Isto também não descaracterizava o ineditismo das composições já que estas poderiam participar de outros eventos nativistas.
A primeira edição do Canto do Jaguar ocorreu em maio de 2003 quando o Instituto Federal Farroupilha, Campus Avançado de Jaguari, ainda era denominado Núcleo Agrícola do Chapadão (Escola Municipal Agrícola – EMA). Nas três edições posteriores, através de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Jaguari e a URI campus de Santiago, o local denominava-se Centro Tecnológico do Vale do Jaguari, ocasião que os gestores dessa parceria sempre estiveram incentivando e participando do evento, bem como, apoiando na estruturação e organização do mesmo.
O festival foi o pioneiro do gênero a abrir espaço para a participação feminina fazendo com isso que se tornasse um festival familiar.
O custeio das despesas do evento é socializado entre os participantes convidados, pois cada um contribui com uma cota de participação para alimentação.

JUSTIFICATIVA:
A cultura e as tradições são as provas, em qualquer tempo, da história de um povo. E esta cultura e essas tradições permanecem, por haver pessoas e momentos que compartilham de um mesmo sentimento, criando meios para que esta história não seja deixada no esquecimento. Por isso é importante encontros, que a exemplo do Canto do Jaguar, venham permitir que a arte, suas criações, suas alegrias, suas saudades possam fluir e se transformar em canções.
Um convívio de amizade, em contato com a natureza, torna o Canto do Jaguar um grande momento para a criação poética e musical, pois o ambiente salutar nele existente é fundamental para que belas composições venham à luz, fruto da inspiração de seus compositores, músicos e intérpretes. Isto proporciona que além dos objetivos culturais, haja uma proposta ambiental, já que o evento ocorre em um cenário natural muito aprazível que precisa ser preservado, contribuindo para a divulgação do potencial turístico de Jaguari.
No aspecto cultural, muitas composições oriundas do Canto do Jaguar, já obtiveram sucessos em outros eventos além de serem incluídas nos repertórios musicais de inúmeros intérpretes, conforme nosso anexo procura demonstrar.

OBJETIVOS
Geral:
Promover, através do convívio salutar com a natureza, a integração entre os organizadores, apoiadores, compositores, músicos, intérpretes e apreciadores da música nativista com a comunidade local, possibilitando o surgimento de novas composições e novos talentos para os futuros festivais do gênero nativista.

Específicos:
Desenvolver o gosto pela temática nativista, resgatando nossa história, nossa cultura e nossas tradições.
Projetar Jaguari no cenário artístico gaúcho, valorizando o potencial turístico do nosso município.
Premiar os trabalhos que obtiverem destaque no evento.
Reforçar os laços de integração entre os organizadores, apoiadores, convidados e comunidade local, valorizando a amizade, a arte, a cultura como elos dessa união.

ABRANGÊNCIA
O Canto do Jaguar é um festival de convidados. Os convites aos participantes serão encaminhados às pessoas que se enquadram dentro da proposta do mesmo, segundo a decisão da comissão organizadora. Entretanto, esta abrangência tem seu espaço ampliado no momento em que as composições do evento encontrarem projeção no cenário artístico do Rio Grande do Sul, através de outros festivais ou no repertório dos intérpretes gaúchos.

ANEXOS DO PROJETO

COMPOSIÇÕES ORIUNDAS DO CANTO DO JAGUAR COM PARTICIPAÇÃO EM OUTROS EVENTOS
A maioria delas inseridas no CD de divulgação do V Canto do Jaguar.
- NA PAZ E NA DOR – Carlos Omar Vilela Gomes/Nilton Ferreira (Nilton Ferreira) vencedora do 19º Festival da Música Crioula de Santiago,mais popular e melhor interprete no festival VIOLA DE TODOS OS CANTOS o maior festival de música de raiz do Brasil promovido pala EPTV de São Paulo.

- NOSSOS AMIGOS – João Ari Ferreira/ Carlos Omar Vilela Gomes / Nilton Ferreira (Nilton ferreira e Miguel Marques) vencedora do 1º Quero Quero de Santo Cristo e regravada por outros intérpretes.

- AMIGOS MUITO MAIS – Ivo Brum/Arison Martins/Emerson Martins (Arison Martins e Emerson Martins) Cd com O coração na estrada.

- DE RUMOS E SONHOS – João Ari Ferreira/Jorge Dorneles/ Carlos Omar/Leonardo Sarturi (Analise Severo) Mais popular no 18º Grito de Jaguari

- UM SONHO APENAS – João Ari Ferreira/Natalin Delevati/ Gibão Strazzabosco (Miguel Marques) CD Clave de Lua.

- A LUZ QUE VERTE DOS SONHOS – Juca Moraes/Diogo Matos (Analise Severo) 24ª Coxilha de Cruz Alta.
 
Fonte: Nilton Ferreira

AS MÃOS DO MEU AVÔ!

Poema premiado em 2º Lugar na 19ª Quadra da Sesmaria do Verso Gaúcho em Osório 2014

AS MÃOS DO MEU AVÔ!
Paulo Ricardo Costa
As mãos do meu avô eram grandes,
Com dedos em formas de garras...
Enrijecidas na parte adunca dos calos,
Desenhavam os mapas da vida...
Pelas linhas profundas de um M,
Que pareciam sangas já secas,
Transbordadas em outras enchentes;
As mãos do meu avô eram abrigo,
Quando embalavam os meus sonhos,
Cantarolando com a sua voz rouca,
Cantigas que ainda trago na alma,
E olhando no verde dos meus olhos,
Balbuciava as frases mais ternas,
Com palavras tão doces e tão suas,
Que ainda me sinto o mesmo piá...
Choramingando para ter seu colo;
Quando dos meus primeiros passos,
Cambaleando as pernas tortas,
Buscava encontrar as suas mãos...
Para me segurar dos tombos;
E aquele sorriso esbugalhado,
Sulcados por grandes vergas...
Que desenhavam a fronte séria,
De uma barba branca e rala;
E depois... Já piazote taludo...
Quando encilhava um petiço,
E saíamos a recorrer os campos,
Refazer as cercas, juntar o gado;
E aquelas mãos grandes e fartas,
Se agigantavam no cabo do arado,
Abrindo vergas no coice do tempo,
Socando terra nos buracos da vida;
As mesmas mãos que torciam arames,
Sustentavam touros no golpe do laço...
Torciam atilhos na cabeças da tramas,
Sofrenavam potros só com tento e crina...
Ponteavam milongas no braço do pinho,
Acariciavam as cuias nas horas dos mates,
Me afagava os sonhos na hora do sono,
E juntavam-se em reza na oração da fé!
Sei que o tempo é campo deserto...
Por onde passamos para deixar marcas,
E as dores são mãos que apontam o rumo,
Que por vezes, nos chicoteiam...
Quando nos perdemos nas manhas da vida,
Sem querer buscar o caminho certo;
Assim eram as mãos do meu avô!
O equilíbrio para os meus passos falsos,
O abrigo para os tempos de invernia,
A carícia para as horas tristes da dor.
Ágeis pelo pontear das cordas...
Rudes e fortes no apontar dos dedos,
Leves e brandas no afagar do sono,
Amiga e parceira no apertar do adeus.
A vida por si não contempla lamentos,
E nos dá a certeza que o tempo se foi,
E o que fica do tempo, além dos sonhos,
São apenas imagens a elucidar a alma;
E um dia, as mãos que me deram afago...
Que foram carinho nas horas da dor,
Se postaram inertes, tão juntas e tão sós,
Sobre um corpo estirado quieto e frio.
No olhar de quem fica, marejado de dor,
O silêncio é castigo (rebenque que bate),
E o coração apertado na ânsia mais terna,
Sufoca as lembranças em fotos amarelas,
E parte sem adeus, sem mãos abanando,
Talvez o encontrarei num tempo depois,
O que ficou esquecido, cada palmo de campo,
Que o tempo e a vida guardou de nós dois!
Fim!

domingo, 28 de setembro de 2014

PREMIAÇÃO DA 19ª SESMARIA DA POESIA DE OSÓRIO

1º Lugar Poesia: 
DOS MEMORIAIS DE UM TROPEIRO “Na Rota dos Maçambiques”
Autor: Luiz Lopes de Souza
Declamadores: Paulo Ricardo dos Santos e Érico Machado Bastos
Amadrinhadores: Mário Tressoldi e Mário Duleodato

2º Lugar Poesia: 
AS MÃOS DO MEU AVÔ
Autor: Paulo Ricardo Costa
Declamador: Fabrício Vargas
Amadrinhador:Kayke Mello
3º Lugar Poesia: 
QUANDO A ALMA ENTENDE O VERSO
Autores: Joseti Gomes e Alberto Sales
Declamador: Luis Afonso Torres
Amadrinhador: Marcus Morais

1º Lugar Intérprete:
Liliana Cardoso
Poema:Soneto das Saudades

2º Lugar Intérprete: 
Jair SilveiraPoema:
De Potros e Gineteadas

3º Lugar Intérprete: 
 Arielton Carvalho
Poema: A Montanha do Tio Anco

1º Melhor Amadrinhador: 
Mário Tressoldi e Mário Duleodato
Poema: Dos Memoriais de Um Tropeiro "Na Rota dos Maçambiques".

2º Melhor Amadrinhador: 
Geraldo Trindade
Poema: A Montanha do Tio Anco

3º Melhor Amadrinhador: 
Kayke Mello
Poema: As Mãos do Meu Avô

Melhor Tema “MAÇAMBIQUES” 
Autor: Léo Ribeiro
Declamador: Neiton Perufo
Amadrinhador: Adão Quevedo

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ORDEM DE APRESENTAÇÃO DA 19ª QUADRA DA SESMARIA DE OSÓRIO

PASSAGEM DE SOM A PARTIR DAS 14H.
01- MAÇAMBIQUES 
Autor: Léo Ribeiro de Souza 
Declamador: Neiton Perufo 
Amadrinhador: Adão Quevedo 

02 - QUANDO O DIA OLHA P’RA DENTRO 
Autor:Cândido Brasil Declamador: Cândido Brasil
Amadrinhador: Lucas Brasil 

03 - A MONTANHA DO TIO ANCO 
Autor: Carlos Omar Villela Gomes 
Declamador: Arielton Carvalho 
Amadrinhador: Geraldo Trindade 

04 - O HOMEM DENTRO DO ESPELHO 
Autor: Bianca Bergmam 
Declamadora: Bianca Bergmam 
Amadrinhador: Geraldo Trindade 

05 - AS MÃOS DO MEU AVÔ 
Autor: Paulo Ricardo Costa 
Declamador: Fabrício Vargas 
Amadrinhador:Kayke Mello 

06 - DOS MEMORIAIS DE UM TROPEIRO “Na rota dos maçambiques” 
Autor: Luiz Lopes de Souza
Declamadores: Paulo Ricardo dos Santos e Érico Machado Bastos 
Amadrinhadores: Mário Tressoldi e Mário Duleodato 

07 - MINHAS BONECAS 
Autor: José Luiz Flores Moró 
Declamadora: Priscilla Alves Colchete 
Amadrinhadores: Grace Nardes, Sergio Nardes, Ana Serafini, Paulo Coelho e Lenonn Farias 

08 - QUANDO A ALMA ENTENDE O VERSO 
Autores: Joseti Gomes e Alberto Sales Declamador:
 Luis Afonso Torres 
Amadrinhador: Marcus Morais 

09 - PRA OS QUE DÃO VIDA A POESIA 
Autor: Sebastião Teixeira Corrêa
Declamador: Carlos Aurélio Weber 
Amadrinhador: Clênio Bibiano da Rosa 

10 - SONETO DAS SAUDADES 
Autores: Everton Michels e Robson Fogaça 
Declamadora: Liliana Cardoso 
Amadrinhador: Marcus Morais 

11 - DE POTROS E GINETEADAS 
Autores: Cristiano e Adriano Medeiros
Declamador: Jair Silveira 
Amadrinhador: Gustavo Campos

Carta aberta à alma das pessoas do Rio Grande


Buenas meus Amigos... 

Peço licença para entrar na alma de vocês e me apresentar: 
-Luiz Marenco. Cantador dos caminhos, tradição, campo e verdade, ao seu dispor... 
Muitos já me conhecem neste meu destino de Cantador das coisas do Rio Grande, mas agora venho me apresentar de outra forma, e colocar o meu nome a disposição dos amigos. Talvez por conhecer este Rio Grande ponta a ponta (lugares em que minha arte me levou por mais de 25 anos), sempre olhei com olhos de quem cuida tudo o que via de certo de errado por onde passava, nos campos, nas beiras de estradas, nas cidades, nos ranchos simples, nos corações de cada um. E por saber que muitas coisas que via, podia e podem se melhoradas, resolvi com o incentivo e o apoio de muitos amigos me atrever a tentar mudar algumas coisas que avistava e não me faziam bem aos olhos e ao coração. 
Muitos amigos me perguntam o porquê de enveredar para o caminho da Política, sabendo que a política dos dias de hoje está desgastada e desacreditada? 
Respondo... 
-Por confiar no coração e na alma das pessoas, e por acreditar ainda que existam pessoas que possam com seus pensamentos e ações mudar condições e situações na vida de muitos, por querer estar do lado dos meus amigos, e também poder levar ao Poder Estadual estes pensamentos e estas realidades regionais que estamos todos os dias vendo por ai... 
Hoje quero assumir um compromisso muito maior com a razão, mas sem deixar de ter o sentimento. Eu gostaria que a minha voz chegasse à casa de vocês, não apenas trazendo a minha arte, mas minha vontade de mudança e, a certeza de que juntos poderemos traçar alguns rumos novos aos caminhos deste Rio grande. 
A minha arte sempre vai estar comigo onde eu estiver, a quem pensa que deixarei de estar junto com aqueles que apreciam o meu canto e minhas palavras, digo apenas, que um homem que vive o seu canto jamais pode deixar de cantar. 
O meu cantar é o que sou, e verdadeiro! 
Sempre fui um Gaúcho de bota e bombacha, comprometido com as coisas desta terra, com o campo e com as tradições deste Estado. Com os pés firmes no chão do passado, mas com braços alcançando o futuro. 
Apesar de ter afirmações com o antigo, tenho olhos mirando sempre pra frente, pro futuro, com pensamentos e ideias atuais, qual o homem do campo, que aprendeu a conhecer o tempo observando a natureza, mas olha na internet pra ver se vai ou não chover no dia seguinte... 
Meus amigos, hoje me apresento novamente a vocês, com meu canto, minha arte, meu pensamento e minha real vontade de que este Rio Grande possa ter um novo caminho, pisado com muito cuidado, mas com passos firmes, de quem acredita naquilo que canta e que faz... 
E principalmente ainda acredita na alma das pessoas... 
Conto com o apoio de todos vocês, para que um Gaúcho de bota e bombacha possa levar para a Assembléia Legislativa este pensamento de Rio Grande, este comprometimento com a tradição, com o campo e com a verdade. 
Gracias meus amigos... 


Luiz Marenco

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

MTG X Associação de Laço - Quem Ganha essa briga?



Cresce nas redes sociais a ideia em torno da criação de uma entidade paralela ao MTG para difundir e cultuar as tradições do Rio Grande do Sul. 
Na esteira das punições aplicadas contra doze narradores filiados ao movimento, um dos mais importantes cuteleiros do estado, Cassio Selaimen, entende que "é hora do povo se reunir e montar outra entidade, já que esta não representa de forma adequada os interesses dos gaúchos". O comentário foi postado após texto do leiloeiro Fábio Crespo, crítico às punições, que concordou com a proposta. "Um levante se faz necessário. 
Vou iniciar essa campanha e conto contigo", escreveu Crespo, que assim como Cássio, é ligado à Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Crioulo (ABCCC). 
Particularmente, continuo acreditando na união, em vez da divisão. No entanto, quem está semeando o terreno para essa dissidência é o próprio MTG, com a perseguição descabida contra a Federação Gaúcha de Laço, que, mesmo assim, está dando a volta por cima e realizando seus torneios, com o apoio dos sindicatos rurais, e, futuramente, da ABCCC. 
A quem interessa tanta discórdia?



19ª QUADRA DA POESIA SESMARIA DA POESIA GAÚCHA


Nesse final de semana Osório de se enche de Poesia, acontecerá a 19º Quadra da Sesmaria da Poesia Gaúcha e passara por lá grandes nomes da Poesia e da Arte Declamatória do Rio Grande do Sul. A Sesmaria que a muito tempo é considerada o maior festival de Poesia do Rio Grande do Sul e de onde saíram grandes poemas que hoje desfilam pelos palco do mundo.



Nós estaremos lá, representando o Coração do Rio Grande numa tríplice junção de cidades, da minha São Chico de Assis, a São Sepé de Fabricio Vargas e a bela Julio de Castilhos na guitarra de Kayke Mello

A Comissão Avaliadora reuniu-se no dia 15 de agosto na cidade de Osório para a triagem da 19ª Quadra da Sesmaria da Poesia Gaúcha, após uma longa leitura classificaram os poemas abaixo: 
Avaliadores
CLÁUDIO JOSÉ MARTINS
PEDRO JÚNIOR LEMOS DA FONTOURA
OMAIR TRINDADE

(NÃO ESTÃO NA ORDEM DE APRESENTAÇÃO)
TEMA MAÇAMBIQUES: Poema MAÇAMBIQUES
Autor : Léo Ribeiro de Souza - Porto Alegre

DOS MEMORIAIS DE UM TROPEIRO "Na rota dosMaçambiques"
Autor: Luis Lopes de Souza - Passo Fundo

PRA OS QUE DÃO VIDA A POESIA
Autor: Sebastião Teixeira Corrêa - Caxias do Sul

MINHAS BONECAS
Autor: José Luiz Flores Moró - Farroupilha

QUANDO O DIA OLHA P’RA DENTRO
Autor : Cândido Brasil - Cachoeirinha

SONETO DAS SAUDADES
Autores : Everton Michels e Robson Fogaça - Criciuma - SC
Declamadora: Liliana Cardoso
Amadrinhador: Marcus Morais

A MONTANHA DO TIO ANCO
Autor: Carlos Omar Villela Gomes - Silveira Martins

QUANDO A ALMA ENTENDE O VERSO
Autores : Joseti Gomes (Gravataí) e Alberto Sales - (Caxias do Sul)
Declamador: Luis Afonso Torres
Amadrinhador: Marcus Morais

AS MÃOS DO MEU AVÔ!
Autor: Paulo Ricardo Costa - Santa Maria
Declamador: Fabrício Vargas
Amadrinhador: Kayke Mello


DE POTROS E GINETEADAS
Autores: Cristiano Medeiros e Adriano Medeiros - Lages - SC
Declamador: Jair Silveira
Amadrinhador: Gustavo Campos

O HOMEM DENTRO DO ESPELHO
Autor: Bianca Bergmam - Silveira Martins

5º Encontro de Gaiteiros em São Francisco de Assis

A capital Mundial do Bugio, a minha São Francisco de Assis realiza nesse ano, no dia 23 de Novembro, o 5º ENCONTRO DE GAITEIROS e desde já, convida a todos os Gaiteiros e simpatizantes da boa música regionalista para esse grande evento.

Os quatro eventos anteriores foram de grande sucesso, com a presença de Gaiteiros de todo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina , do Uruguai e Argentina, que confraternizaram num belo evento que começa a partir da 7 horas da manhã com a recepção, passando por uma churrasco ao meio dia e finalizando a noite, sempre aos som do acordeon, instrumento que alavanca a musicalidade deste estado tão promissor em se falando de música.

A comissão organizadora que tem o comando do Tradicionalista e Músico Valteron Moreira,  desde já conta com a presença de todos em mais esse grande evento.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Tem gaúcho indicado ao Grammy Latino


(Crédito: Claudio Gadotti/ Divulgação)

A Academia Latina da Gravação acabou de anunciar os indicados para a 15ª Entrega Anual do Latin Grammy – e tem gaúcho por ali. O violonista Yamandu Costa, está concorrendo para Melhor Álbum Instrumental, com Continente.

Eduardo Cabra, do Calle 13, lidera com 10 indicações. Calle 13 recebeu nove indicações;Andrés Castro oito; Tom Coyne sete; Julio Reyes Copello e Carlos Vives cada um recebeu seis; e Descemer Bueno e Enrique Iglesias cinco cada. Caetano Veloso é o único brasileiro a disputar na categoria geral (fora da categoria exclusiva para a música brasileira), indicado por Melhor Canção (A Bossa Nova é Foda). No campo exclusivo de música brasileira há um pouco de tudo: Anitta, Matia Bethânia, Zeca Baleiro, Paula Fernandes e por aí vai…

A 15ª Entrega Anual do Latin Grammy será realizada na quinta-feira, dia 20 de novembro, na MGM Grand Garden Area em Las Vegas.

Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/

Tertúlia da Poesia de Santa Maria - 325 Poemas inscritos

Um Festival de Poesias sempre foi o grande sonho do Galpão da Poesia Crioula de Santa Maria e nesse ano de 2014 estamos vendo esse sonhos realizado. A 1ª Tertúlia da Poesia já vem nos mostrando que vale a pena sonhar. 

Com 325 Poemas inscritos, já demonstra a grandeza e a confiança em nós depositados, mas não é só isso, com:
Uma premiação de encher os olhos, 
Uma Comissão Avaliadora das Melhores, com três dos grandes nomes da Poesia do Rio Grande do Sul, 
Um espaço memorável com a magia do Theatro Treze de Maio,
Uma premiação de causar inveja aos grandes festivais,
Uma boa ajuda de custo, além é claro do carisma e do carinho do Povo Santamariense, tudo nos faz ter a certeza que estaremos fazendo um dos maiores festivais de Poesia do Brasil.

Mas tudo isso só foi possível graças a Confiança depositada em nós pela Secretaria de Cultura de Santa Maria e da administração Municipal que confiou em nosso projeto e acreditou na vontade que temos de fazer um mundo um tanto melhor, através da Poesia.

Agora é com os Jurados e sua Competência não nos deixam dúvidas que aqui estarão os melhores versos, os melhores declamadores, os melhores amadrinhados e os amantes da Verso,da Poesia e da arte declamatória...
Estamos ansiosos sim, mas ao mesmo tempo felizes por confiarem, por acreditarem em nós e nos agraciarem com tantos e tão belos poemas...

Aos Poetas do meu Rio Grande do Sul, razão pela qual a poesia nos encanta, o nosso muito obrigado. O primeiro passo foi dado, agora é esperar e nos primeiros dias de agosto estaremos divulgando os 12 Poemas que ficarão na história da Tertúlia da Poesia de Santa Maria.

A todos, nosso muito obrigado.

Carlinhos Lima, Fabrício Vargas e Paulo Ricardo Costa

Nasce o 1º Esteio da Poesia Gaúcha

Buenas, gauchada

Uma das formas de arte mais importantes de nosso Rio Grande do Sul, a poesia, ganhou um novo espaço. A Prefeitura de Esteio, através das secretarias municipais de Arte e Cultura e de Comunicação Social acaba de lançar o 1º Esteio da Poesia Gaúcha, festival voltado para poemas inéditos que versem sobre nosso Estado.

E para ajudar na divulgação das informações e, com isso, trazer mais poetas e admiradores da poesia para nosso evento, criamos esse perfil no Facebook. Além do site e do Facebook oficial da Prefeitura de Esteio (www.esteio.rs.gov.br e www.facebook.com/prefeitura.municipaldeesteio), todas as informações referentes ao festival serão divulgadas aqui. Será por aqui também que poderemos esclarecer dúvidas mais diretamente com o internauta, bater papo com os poetas ou declamadores e também com o público de nosso festival. Esteio abriu as porteiras para a poesia gaúcha. Vamos todos participar e ajudar no engrandecimento deste evento, que nasce modesto, mas com pretensões de se tornar um dos maiores do Estado. Seja bem-vindo.

Como será o 1º Esteio da Poesia Gaúcha
Até o dia 30 de novembro, poetas de todo o país podem inscrever trabalhos inéditos que versem sobre a cultura gaúcha, história, usos, costumes e outros temas que tratem do homem do Rio Grande do Sul. As inscrições e entrega dos poemas podem ser feitas pelo e-mail esteiodapoesia@gmail.com, diretamente ou com o envio dos trabalhos pelos Correios para a Casa de Cultura Lufredina Araújo Gaya (Rua Padre Felipe, 900 – Centro – CEP: 93.265-011 – Esteio/RS).

Na noite de 27 de fevereiro de 2015, dentro da programação em comemoração anos 60 anos de Esteio, em um evento na Casa de Cultura, serão apresentadas as 10 poesias selecionadas pela comissão avaliadora para o festival, uma promoção das secretarias municipais de Arte e Cultura (SMAC) e de Comunicação Social (SMCS). Serão premiados, com troféus e premiação em dinheiro, os três melhores poemas, os três melhores declamadores e os três melhores amadrinhadores (músico que acompanha o declamador na apresentação). A melhor poesia do festival recebe R$ 500. Já o melhor declamador e amadrinhador ganham R$ 300 cada. Além disso, todas as 10 poesias selecionadas para a final recebem uma ajuda de custo de R$ 300.

Na final, também vão ocorrer shows com artistas locais na abertura e um show de encerramento com cantor ou grupo nativista/regionalista de projeção estadual (os nomes estão sendo definidos).

1° Esteio da Poesia Gaúcha
Período de inscrições: Até o dia 30 de novembro de 2014
Local: Pelo e-mail esteiodapoesia@gmail.com e Casa de Cultura Lufredina Araújo Gaya (Rua Padre Felipe, 900 – Centro – Esteio – CEP: 93.265-011)
Premiações
Poesia

1º lugar – R$ 500 e troféu
2º lugar – R$ 300 e troféu
3º lugar – R$ 200 e troféu

Intérprete (declamador)
1º lugar – R$ 300 e troféu
2º lugar – R$ 200 e troféu
3º lugar – R$ 100 e troféu

Amadrinhador (músico)
1º lugar – R$ 300 e troféu
2º lugar – R$ 200 e troféu
3º lugar – R$ 100 e troféu



fonte: Esteio da Poseia

terça-feira, 23 de setembro de 2014

2ª CAVALGADA HISTÓRICA CEL PILLAR-DEZ 2002 em São Francisco de Assis

 
Realizada pelo 1º Regimento de Policia Montada e a confraria de Resgate Histórico Sangue Farrapo,com trajeto do Capão das Laranjeiras-São Francisco de Assis(lugar do combate onde faleceu o Cel Pillar em confronto com os Federalistas de Inácio Cortez)) a Santa Maria,sede do Regimento do qual foi 1º comandante e atual Patrono.

A 1ª Cavalgada foi realizada no comando do Cel Artidor com encenação do combate inclusive.


QUEM FOI CEL. PILLAR

Coronel Fabrício Baptista de Oliveira Pillar

Nasceu na região da Campanha, em São Vicente do Sul, freguesia de São Gabriel, a 24 de agosto de 1856, filho de Vidal José de Oliveira e Rita Laura de Mesquita.

Com 18 anos, em 03 de fevereiro de 1874, iniciou sua carreira militar, no 4º Regimento de Cavalaria Ligeira, então sediado em Santana do Livramento. Em apenas três anos, percorre toda a hierarquia dos escalões inferiores do Exército, ingressou na Escola Militar da Província, completando o curso superior em 1884.
Com o advento da Revolução Federalista, irrompida no Rio Grande do Sul, foi colocado à disposição do Governo do Estado, então presidido por Júlio Prates de Castilhos, para organizar e comandar o 1º Regimento de Cavalaria da Brigada Militar criado em 1892. Com seu Regimento percorreu o Estado, participando de diversos combates como os de Upamoroti, Inhanduí, Piraí, Carovi.

No combate de Carovi teve destacada atuação, episódio em que foi ferido mortalmente o general Gumercindo Saraiva. A 06 de setembro de 1894 o tenente-coronel Pillar morre em combate no Capão das Laranjeiras, São Francisco de Assis, vitimado por bala inimiga.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CTG Sinuelo do Pago leva a gineteada para o palco

 São três Pátrias e uma bandeira,
São três bandeiras, três tentos,
Tribulando contra o vento...
Bem no Sul, nessa fronteira,
São três almas verdadeiras,
Irmanados nas mesma tora,
Quando um bocudo se apavora,
Se brandeando pros dois lados,
São três “Gauchos” irmandos,
Bancando ao aço da espora.


Um é da banda Oriental,
Metido a facão sem cabo...
“El famoso Rasga Diabo”...
Ginetaço sem igual...
Que se tornou universal,
Tal qual o sol na bandeira,
O outro é Mário Ferreyra,
Tem a Argentina, de talismã...
Agraciando a Renô Vijagran,
Da Santa Pátria, Brasileira.

São homens e mulheres de outras querências, de outras falas, outros sotaques.
São homens e mulheres com outros costumes, outras culturas, tantas belezas.
São homens e mulheres diferentes entre si, mas iguais na garra, força e no amor!
São povos diferentes que aprenderam a respeitar e amar o mesmo manto, o mesmo pago!
Esse Rio Grande não é de um só; é de todos aqueles que entregaram e entregam o seu coração à ele!
Paysanos, hermanos e gaúchos... 
Gineteando tempo e vida, se mantendo firme a cada novo corcovo do destino...
É esse legado que nos deixa os Ginetes nas 3 Pátrias.

Muito mais que festivais, a gineteada é uma filosofia de vida!
"Três Pátrias e a mesma gana
Fundamentos sem fronteiras
Que hasteiam a mesma bandeira
Quando sona la 'canpana'
Porque a união destes povos,
Vai além das divisões,
E deve estar nas pulsações
De amizades e corcovos." - Rogério Villagran

domingo, 21 de setembro de 2014

No mês farroupilha, historiador diz que gaúcho não tem o monopólio da revolta

 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

“Espírito” gauchesco toma conta das cidades e materializa-se no Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Ana Ávila
Quando chega setembro até o mais distraído gaúcho percebe o sentimento tradicionalista se espalhando pelo Rio Grande do Sul. São motoristas pilchados nos ônibus e táxis da capital, gauchinhos que mal largaram a mamadeira empunhando uma cuia de chimarrão nas redes sociais de pais orgulhosos, congestionamento na entrada do Acampamento Farroupilha, em Porto Alegre. No dia 20, desfiles comemoram o início da revolução. Comumente associada à imagem guerreira e viril do gaúcho, a revolta iniciada em 1835 foi apoiada apenas por parte da população, como explica na entrevista a seguir o historiador Luís Augusto Farinatti.
O ímpeto separatista é outro aspecto que, com frequência, vemos atribuído ao gaúcho como diferencial. No entanto, Farinatti lembra que o Estado mais ao sul do Brasil não foi o único a se levantar contra o Império. “Na mesma época da Revolução Farroupilha, teve a Balaiada no Maranhão, a Cabanagem no Pará, a Sabinada na Bahia. Em Pernambuco, nas décadas de 20, 30 e 40 houve uma revolução em cima da outra. Então, nós não temos o monopólio da revolta”, afirma. Para o historiador, o gaúcho não tem nada de diferente do restante dos brasileiros, só gosta de acreditar que tem.
Sul21 – Qual o principal equívoco quando se fala na Revolução Farroupilha?
 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
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Luís Augusto Farinatti - Em geral, se pensa que se trata de uma revolta do Rio Grande do Sul contra o Brasil. Isso efetivamente não aconteceu. Foi uma revolta de parte da sociedade rio-grandense. Outra parte lutou pelo projeto do Império. O projeto da República rio-grandense não é igual ao projeto do Rio Grande do Sul. É de uma parte que, já no início da República, foi tomada por uma memória construída como se fosse um projeto de todos.
Sul21 – Quando iniciaram as comemorações como conhecemos hoje?
Farinatti - Já é comemorada e considerada um marco pelo Governo do Estado no início da Republica no Rio Grande do Sul. Mas comemorações cívicas, com desfiles, não saberia te dizer quando começaram. O republicanismo gaúcho usa a Revolução Farroupilha como uma pedra fundamental, o mito de origem. O Assis Brasil é um republicano rio-grandense que escreve um livro em que vai construir essa ideia.
Sul21 – Vem daí a imagem do gaúcho lutador, aguerrido?
Farinatti - Vem junto. Não é exatamente o mesmo processo, mas é concomitante e se une a esse processo. É uma construção de uma identidade regional que é muito parecida com a construção das identidades nacionais no mundo todos nos séculos XIX e XX. A nação é um artefato cultural, ela é uma invenção, uma construção cultural e ideológica com base em percepções que são bastante presentes na população inteira. Ela é um artefato, ela não é natural. Ela não se edifica sobre o vazio, usa materiais que a pessoa já tem. Essa era uma ideia que vinha sendo construída ao longo do século XIX e foi moldada, forjada, construída. Combina com o mito nacional regional do Rio Grande do Sul.
Sul21 – O senhor já disse que a construção dessa imagem foi feita em oposição a do brasileiro. Por que razão?
Farinatti - A identidade sempre ocorre em oposição a um outro. Tu precisas criar um outro para reforçar os elementos do eu. Esse outro, que é o brasileiro, ele é visto como único. Se inventa como se um paraibano, um paulista e um paraense coubessem em um único estereótipo de brasileiro, que é o espelho convexo de tudo que a gente gosta de pensar que nós somos. Se a gente diz que ele é mestiço, malemolente, pouco trabalhador, desonesto, desorganizado, submisso, acomodado… Nós somos o quê? Brancos, trabalhadores, viris, honestos, organizados. Portanto, somos mais gaúchos quanto menos brasileiros. Esse sentimento não é do tradicionalismo. É difuso em graus diversos. Não foi o MTG que inventou isso. De forma alguma eu gostaria de desvalorizar o tradicionalismo, as versões míticas do passado porque toda a sociedade precisa dos seus mitos. O que os historiadores fazem é oferecer uma versão com base na pesquisa histórica, com os métodos e o rigor da pesquisa histórica, que produz resultados completamente diferentes dessa narrativa construída.
Sul21 – O MTG se apropriou dessa imagem que já existia?
Farinatti - Sim. O MTG não inventou do zero, ele se apropria de imagens que já existem, molda, dá uma forma para elas e aí divulga, ritualiza, cria espaços de socialização que ritualizam isso.
Sul21 – De quando isso vem?
Farinatti - De meados do século XX, pós-Segunda Guerra. Quando Vargas vai fazer o centralismo, é uma reação regionalista a isso. Queimam-se as bandeiras dos estados, proíbem-se os hinos dos estados. O tradicionalismo vai surgir como uma reação a isso.
Sul21 – Políticos, imprensa e outros setores também têm papel na consolidação dessa imagem do gaúcho?
Farinatti - Com certeza. Além desses movimentos, a imprensa tem muita influência. Escolas também, ao promoverem o dia do gaúcho. Tem a ver com uma educação cívica, para ensinar às pessoas e ritualizar o que seria esse mito da nação rio-grandense.
 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
As prendas foram “inventadíssimas”, diz historiador| Foto: Ramiro Furquim/Sul21
Sul21 – Qual papel tem as mídias tradicionais locais na preservação desta imagem de que os gaúchos são realmente diferentes do restante da nação?
Farinatti - A publicidade ajuda muito. Além disso, vários programas jornalísticos trazem essa visão do gaúcho valoroso, diferente. Uma coisa interessante é que se tem essa visão estranha de que o rio-grandense é diferente porque não aguentou o cabresto, não é acomodado como os outros brasileiros, mas não se dão conta que, na mesma época da Revolução Farroupilha teve a Balaiada no Maranhão, a Cabanagem no Pará, a Sabinada na Bahia. Em Pernambuco, nas décadas de 20, 30 e 40 houve uma revolução em cima da outra. Então, nós não temos o monopólio da revolta, não tem a ver com a índole institucionalizada dos gaúchos. É só uma coisa na qual a gente gosta de acreditar. Isso não explica nada sobre o passado. Explica sobre quem nós gostamos de ser.
 | Foto: Ramiro Furquim/Sul21
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Sul21 – Existe de fato uma resistência em incluir elementos novos na “tradição” gaúcha? Por quê?
Farinatti - Eu acho que nada é petrificado, mesmo que se queira. Novos elementos acabam sendo incluídos, como no caso dos lanceiros negros como heróis, uma coisa que não era vista. A imagem da própria mulher no tradicionalismo já foi mudada em alguns setores. É claro que resistência existe sempre, especialmente naqueles setores mais tradicionais, que querem fossilizar uma imagem do passado, que nem verdadeira é, mas eu a vejo em movimento.
Sul21 – Qual o papel da prenda, ela de fato foi “inventada”? Sua imagem não contribui com o machismo atribuído ao gaúcho?
Farinatti – Inventadíssima! Claro, é uma ideia do século XIX patriarcal, do homem como protagonista e a mulher como retaguarda, doçura, da esfera privada, rainha do lar, que faz coisas para auxiliar e cuidar, não para protagonizar. Ainda assim temos, por exemplo, a imagem da Anita (Garibaldi), que é interessante, é uma mulher, mas desempenhando funções de homem. Não é simples, mas a prenda, reproduzida no tradicionalismo, é uma auxiliar do homem.
Sul21 – As músicas, danças e vestes também foram inventadas na construção dessa imagem?
Farinatti - Houve muito estudo desses folcloristas dos anos 50 e 60 para buscar isso. Alguns elementos, eles recuperaram perto do que era. O que não tinha, eles inventaram. A partir de danças açorianas, por exemplo. Se nos Açores dançavam a cana-verde, se imagina que aqui se dançasse também. No dia a dia, passa como se fosse assim. Não são totalmente mentiras. São adaptações criativas. O problema é que para funcionar, têm que passar por verdades absolutas. Essa relativização que eu estou fazendo, não se pode fazer porque aí não funciona como imaginação coletiva de um passado. Tem que apagar essa origem, tem que parecer que nasceu pronta. Essa “carpintaria” toda não pode aparecer.
Sul21 – Acredita que faça diferença para o gaúcho saber que a Revolução Farroupilha não foi unânime e liderada por uma elite?
Farinatti - Faz diferença, sim. De um lado, acho que tem um grupo, uma parte da sociedade, que não quer ver. Há um esquecimento cultural, por mais que tu digas, repitas, ele não quer ver porque isso não funciona para o seu esquema narrativo do mundo. A explicação que ele tem para o mundo faz mais sentido do que essa, então, mesmo que tenha lógica, ele esquece em seguida porque não é o que ele quer ver. Por outro lado, acho que aqueles que aceitam, que refletem, só tem a ganhar. Tem uma possibilidade maior de ver o mundo de uma forma mais complexa e isso sempre é bom.
Sul21 – O que faz essa imagem perdurar? O gaúcho, em geral, gosta de se sentir diferente do restante do país?
Farinatti - São vários fatores. Tem elementos que estão viralizando isso, como os centros de tradição, a imprensa, fatores externos às pessoas, mas também tem uma receptividade porque nós gostamos de nos sentirmos diferentes. Nós somos brasileiros, mas um tipo muito especial. Não no sentido de melhor, mas de diferente.
Sul21 – Qual é, portanto, a saída para a questão cultural? Negar o que foi construído, reinventar esta imagem ou deixar assim por que não há o que fazer?

Farinatti - A história deve oferecer sua versão, a partir do seu rigor de método, explicar isso e oferecer como uma das versões para a sociedade se apropriar dela como achar melhor. Acho que é melhor, mas não posso impor aos outros isso. O que eu posso fazer é oferecer e explicar como cheguei a essas conclusões. Entender o caminho de como as conclusões são geradas é importante.
Fonte:ww.sul21.com.br/

sábado, 20 de setembro de 2014

A REVOLUÇÃO FARROUPILHA (1835-1845)

A Revolução Farroupilha foi a mais longa guerra civil da história brasileira, durando de 1835 até 1845, foram dez anos de batalhas entre Imperialistas e Republicanos, os primeiros defendiam a manutenção do império e os segundos lutavam pela proclamação da república brasileira.

Porque aconteceu...
No final do século XVIII, era apresentado ao mundo os ideais iluministas e liberais.
Na Europa a burguesia francesa acendia ao poder após a Revolução, e na América, os norte-americanos conhecem a independência, após longa batalha.
Os iluministas e os liberais pregavam a liberdade e a igualdade, a livre iniciativa e a propriedade privada. Estas idéias não tardaram em chegar ao Brasil e no início do século XIX, a monarquia brasileira passava a ser vista como atraso ao desenvolvimento, principalmente para a burguesia que se formava. Aconteceram diversas revoltas em todo o país e no sul estoura a Revolução Farroupilha.

Como começou a revolução...
As idéias de autonomia e federalismo, encantam a elite brasileira e ganham força ao natural na província de Rio Grande de São Pedro do Sul.
A distância do poder central, a condição de produtor de alimentos, os elevados impostos pagos ao império e a recente vivência de guerras impulsionaram o estado gaúcho a não aceitar a submissão que lhe era imposta.
A elite rural gaúcha cansada dos desmandos do centro do país e do descaso político se rebela.

A Revolução
No dia 20 de setembro de 1835 os farrapos marcham sobre Porto Alegre, tomando o poder da cidade. No dia seguinte Bento Gonçalves, líder do levante, entra triunfante na capital. Dá posse ao vice-presidente da província, Marciano Ribeiro, e declara: "em nossas mãos, a oliveira substitui a espada", acalmando a população.
Alguns dias depois o estado está em mãos farroupilhas, somente Rio Pardo, São Gabriel e Rio Grande ficam em poder do império.
No dia 15 de julho de 1836, os imperialistas reconquistam Porto Alegre. Bento Gonçalves, líder dos farrapos, tenta a reconquista da capital mas é frustrado após três horas de luta, foi uma derrota decisiva, a capital nunca seria reconquistada pelos revolucionários.

Em 09 de setembro de 1836, ocorre a primeira grande batalha, Antônio de Souza Netto, a figura mais respeitada das forças farroupilhas depois de Bento Gonçalves, vence as tropas imperiais na Batalha do Seival. A vitória sobre os imperiais foi tão entusiasmante, que Netto, instigado pelos liberais exaltados, toma uma decisão: proclama a República Rio-Grandense, separando o estado gaúcho do Brasil. Estava finalmente declarado o caráter revolucionário do movimento farroupilha.

Em 02 de outubro, na batalha de Fanfa, os farroupilha são derrotados. Bento Gonçalves e outros oficiais farroupilhas são presos. Bento é enviado como prisioneiro para o Rio de Janeiro. Lá conhece o italiano Garibaldi que adere ao movimento farroupilha mudando-se para o sul.
As forças imperiais, acreditando que a revolta havia sido sufocada, oferece anistia aos derrotados. Mas Antônio de Souza Netto, agora líder absoluto do movimento, mantém-se rebelado.

Em 05 de novembro de 1836, a câmara municipal de Piratini oficializa a proclamação da República Rio-Grandense. Mesmo preso Bento Gonçalves é declarado presidente do novo país, o vice nomeado é José Gomes Jardim, que assume interinamente.
Em outubro de 1837, Bento Gonçalves foge da prisão e em 16 de dezembro assume a presidência da República.
O ano de 1838, é ruim para os rebelados, os farroupilhas não tem sucesso na reconquista de Porto Alegre e Rio Grande e sofrem importantes baixas.

Em 1839, Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro conquistam as cidades catarinenses de Laguna e Lages, e proclamam a "República Catarinense", ou "República Juliana". Em 15 de novembro os farrapos são surpreendidos e Laguna é reconquistada pelos imperiais. As embarcações rebeldes são destruídas, somente Garibaldi escapa. A cavalaria de Canabarro foge pelo litoral escondendo-se em Torres.

De 1840 em diante dois terços do exército brasileiro está no estado. Em 1843, em sua ofensiva final, o exército brasileiro tem 11.400 combatentes.

Em primeiro de março de 1845, os imperialistas, liderados por Duque de Caxias e os republicanos farroupilhas assinam a paz de "Ponche Verde", declarando fim aos conflitos.

Principais pontos assinados no tratado de paz:
O império pagaria as dívidas do governo republicano;
Os oficiais republicanos são incorporados ao exército brasileiro;
Eram declarados livres todos os escravos que tinham lutado nas tropas republicanas;
Seriam devolvidos todos os prisioneiros de guerra;
Foram elevadas as taxas alfandegárias para importação do charque estrangeiro, o que favoreceu ao charque gaúcho.

Pós Guerra
Antônio de Souza Netto muda-se para o Uruguai;
Davi Canabarro luta ao lado das forças brasileiras na Guerra do Paraguai;
Giuseppe Garibaldi retorna à Itália e
Bento Gonçalves morre dois anos após a guerra.

Curiosidades
A expressão "tchê", uma das mais típicas do linguajar gaúcho, é de origem guarani. Tendo o sentido de "meu".

A Erva Mate, também uma herança indígena, chegou a ser condenada pelos padres Jesuítas, pois "o demônio, por meio de algum feiticeiro, inventou-a", diziam eles. A cuia era muito parecida com a usada hoje, mas o mesmo não se pode dizer da bomba que era feita de bambus.

A palavra "gaúcho" inicialmente designava os ladrões de gado e os malfeitores - "os homens sem lei e sem rei". Eram os "guacho", que significa "órfão" e refere-se aos filhos de índia com o branco espanhol ou português. Somente em meados do século XIX o termo deixou de ser depreciativo.

A população do Rio Grande do Sul em 1814 era de 70.656 pessoas, sendo que destes, 20.611 eram escravos. A população de Porto Alegre era de 6.111 habitantes. A maior população do Estado estava na cidade de Rio Pardo com 10.445 pessoas.

Entre 1824 e 1830, chegam 5.350 imigrantes alemães que se espalham pela região de São Leopoldo.

Entre 1831 e 1840, período entre a abdicação de Dom Pedro I e a maioridade de Dom Pedro II, o Brasil é governado por regentes, dentre os quais se destaca o Padre Feijó. Foi neste período que eclodiram divérsas rebeliões, inclusive a Revolução Farroupilha.

Discurso de proclamação da República Rio-Grandense:
"Camaradas! Nós, que compomos a Primeira Brigada do exército liberal, devemos ser os primeiros a proclamar, como proclamamos, a independência dessa província, a qual fica desligada das demais do Império e forma um Estado livre e independente, com o título de República Rio-Grandense, e cujo manifesto às nações civilizadas se fará oportunamente. Camaradas! Gritemos pela primeira vez: Viva a República Rio-Grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!" (Antônio de Souza Netto)

Texto: Marcos Emílio Ekman Faber

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Os Lanceiros Negros da Revolução Farroupilha



Desde o início da Revolução, as tropas Farrapas contaram com importante participação de negros e mulatos, sendo livres ou libertados pela República, com a condição de lutarem como soldados pela causa republicana. Na sua grande maioria eram negros campeiros, domadores das serras dos Tapes e do Erval, na zona sul do Estado.
Em 18 de setembro de 1836 foi constituído o 1º Corpo de Cavalaria de Lanceiros Negros, com mais de 400 homens, pouco antes da batalha do Seival. Inicialmente foram comandados pelo Tenente Coronel Joaquim Pedro Soares, e mais tarde pelo Major Joaquim Teixeira Nunes, formando a tropa de choque do exército farroupilha. Seu papel foi tão importante que, em 31 de agosto de 1838, foi criado o 2º Corpo de Lanceiros Negros, contando também com mais de 400 combatentes. 
Em novembro de 1838, o Império cria a Lei da Chibata, determinando que todo o escravo que fosse preso e fizesse parte das forças rebeldes deveria receber de 200 a 1000 chibatadas, porém ao mesmo tempo, prometiam a carta de alforria para todo escravo rebelde que se entregasse as forças imperiais.
Também é importante destacar que os farrapos tinham entre seus principais lideres dois mulatos: o mineiro Domingos José de Almeida, ministro do tesouro, e o carioca José Mariano de Mattos, ministro da guerra da marinha. 
Na primeira tentativa de negociar a paz, em 1840, Bento Gonçalves exigia a liberdade dos escravos que estavam a serviço da República rio-grandense, como sendo uma das principais condições, o que não foi aceito pelos imperiais continuando assim a luta.
Já no ano de 1842 o Ministro da guerra José Clemente Pereira, preocupava-se com os problemas resultantes de um grande número de escravos armados. A mesma questão preocupava também os chefes farrapos que já negociavam a paz com Duque de Caxias, que por um lado, via como muito arriscado o retorno dos combatentes negros para as senzalas, pois poderiam fomentar rebeliões; e, por outro lado era perigoso manter livres um grande contingente de negros com experiência militar. 
É nesse contexto que acontece na madrugada do dia 14 de novembro de 1844, próximo ao Arroio dos Porongos, o ataque surpresa das tropas imperiais comandadas pelo Coronel Francisco Pedro de Abreu (Moringue) aos lanceiros negros, onde foram quase que totalmente dissimados. 
Após o massacre dos Porongos, aceleraram-se as tentativas de paz, sendo que a questão do destino a ser dado aos negros farrapos era uma das questões mais importantes, sendo que a idéia inicial do império era de reunir todos os negros na estância dos Cunhas no Ponche Verde, e após enviá-los para a corte,onde ficariam à disposição do governo Imperial. Porém, os escravos em torno de 200 foram libertados e seus proprietários foram indenizados, na época com 400 contos de réis, sendo que alguns passaram a integrar os três Regimentos de Cavalaria de Linha do Exército na Província e logo em seguida participaram da Guerra contra Oribe e Rosas, e outros foram junto com o General Netto para o Uruguai trabalhar em sua estância com a criação de gado.

Jorge Guedes em São Paulo

O Cantor Missioneiro Jorge Guedes, hoje, cantando junto com a Família Guedes, estiveram recentemente em São Paulo onde gravaram o programa de Rolando Boldrim na TV Cultura de São Paulo.Lá o Cantor Missioneiro pode falar do começo da Carreira, quando gravou seu primeiro disco em parceria com o grande Noel Guarany e mostrou para o mundo um Chamamé dele em Parceira do Rodrigo Bauer, SEM TINTA, que por sinal é o nome do mais recente CD da Família Guedes.
Fica aqui o vídeo para que possam conhecer mais um trabalho desse grande cantante missioneiro que nos orgulha muito pelas verdades que canta.

CTG é reinaugurado com baile em Livramento

Reconstruído em cinco dias, local recebeu nesta quarta-feira o alvará que autoriza seu funcionamento
JFoto: Jorge Flores / 
Juíza Carine Labres e patrão Gilbert Gisler comemoram a conquista do alvará do Corpo de Bombeiros

Com vaca atolada para o jantar e um baile regado a músicas nativistas, o CTG Sentinelas do Planalto, em Santana do Livramento, foi reinaugurado na noite desta quarta-feira. O local, atingido por um incêndio antes de realizar um casamento coletivo, no qual haveria uma união gay, na última quinta-feira, foi reconstruído em cinco dias por um mutirão comunitário.

O patrão da casa, Gilbert Gisler, conhecido na cidade da Fronteira Oeste como Xepa, contou que o local recebeu materiais de "primeira linha" doados em sua maioria por moradores, empresas e entidades do município de 82 mil habitantes. O CTG também ganhou doações internacionais vindas da vizinha Rivera, no Uruguai. Na hora de colocar a mão na massa, cada um ajudou com o que sabia fazer.

— Pedreiros e marceneiros vieram aqui trabalhar como voluntários — relatou o patrão.

Em cinco dias, o local estava com a estrutura totalmente reconstruída, e a nova parte elétrica chegou a ser elogiada pelos bombeiros, conforme Xepa. Foi na tarde desta quarta-feira que a corporação informou ao patrão "a notícia mais feliz do mundo", em sua própria classificação: o Sentinelas do Planalto estava apto a reabrir.

Devido à novidade animadora, Xepa acionou a patronagem e organizou a jato um baile de reabertura. Escolheram o cardápio, os dois músicos e a decoração, que inclui cartazes de homenagem ao local feitos por crianças. Às 17h, o patrão passou na sede do Corpo de Bombeiros para buscar o alvará de funcionamento.
— Sou casado há 28 anos e tenho dois filhos. Pegar este alvará em mãos foi uma emoção maravilhosa, como ter um terceiro filho — resumiu o pai do Sentinelas do Planalto.

Antes de chegar ao CTG para preparar a noitada, no final da tarde, o patrão se apropriou do microfone de uma rádio local para divulgar o baile, que teve início às 21h. A festa contou com a participação da juíza Carine Labres, idealizadora do casamento coletivo que seria realizado no local. Devido ao incêndio, a celebração da união de 28 casais heterossexuais e um de lésbicas aconteceu no Salão do Júri, no Fórum de Livramento, no último sábado. 

Responsáveis por incêndio podem ser indiciados por associação criminosa
Nesta semana, seis testemunhas do incêndio foram ouvidas pela Polícia Civil. Conforme a delegada Giovana Müller, o foco da investigação é identificar os quatro suspeitos de terem colocado fogo no CTG. 
— Temos a informação de que os quatro homens teriam chego ao local em um Gol branco e estariam pilchados — afirma Giovana.

A polícia acredita que eles tenham iniciado o fogo ao lançar um coquetel molotov no CTG. Segundo a delegada, os suspeitos podem ser indiciados por incêndio criminoso e associação criminosa, já que mais de três pessoas se uniram para praticar o delito.

Texto: Fernanda da Costa

Fonte: http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/