domingo, 30 de novembro de 2014

RESULTADO DO 2º ALDEIA DA MÚSICA


Flávio Hanssen - Melhor Intérprete

Foi realizada na noite de sexta-feira, 28 de novembro, a etapa final do 2º Aldeia da Música Gaúcha, evento que se soma a programação do Rodeio Internacional do Mercosul, da cidade de Gravataí.

O resultado foi o seguinte: 
Primeiro Lugar: 
Quando a Saudade Faz Querência
Letra: Rômulo Chaves
Melodia: Felipe Barreto
Interpretação: Cristiano Quevedo

Segundo Lugar: 
Décima do Pilcha Véia
Letra: Leonardo Borges/Diego Muller/Filipe Corso
Melodia: Zulmar Benitez
Interpretação: Joca Martins

Terceiro Lugar:
Na Outra Ponta do Laço
Letra: Paulo Ricardo costa
Melodia: José Claro “Zezinho”
Interpretação: Zezinho e Grupo Floreio

Mais Popular: 
 Na Outra Ponta do Laço
Letra: Paulo Ricardo costa
Melodia: José Claro “Zezinho”
Interpretação: Zezinho e Grupo Floreio

Melhor Instrumentista:
 Marcelinho Nunes – Gaita Botoneira – Três Ramal e Alecrim
Melhor Intérprete: 
Flávio Hanssen – Na Volta do Fogo
Melhor Letra: 
Décima do Pilcha Véia
Letra: Leonardo Borges/Diego Muller/Filipe Corso
Melhor Melodia: 
 Quando a Saudade Faz Querência
Melodia: Felipe Barreto

Fonte: Blog Ronda dos Festivais http://rondadosfestivais.blogspot.com.br/

sábado, 29 de novembro de 2014

Grupo Floreio premia em Festival

O Grupo Floreio, que tem a frente um dos maiores acordeonistas da nova safra meu amigo Zézinho leva mais dois prêmios para enfeitar o rancho da família Claro, 3º Lugar e Música mais popular da 2ª Aldeia da Canção Gaúcha de Cachoeirinha, festival esse junto com o Rodeio do Mercosul, um dos maiores encontros de Tradição do Rio Grande do Sul.
Todo prêmio sempre é bem vindo, mas premiar com um letra que retrata a lida campeira na sua essência e na grandeza instrumental do Grupo Floreio, nos dá a certeza que esse Rio Grande se renova a cada dia. 
NA OUTRA PONTA DO LAÇO um letra modesta que retrata da lida cotidiana de outros tempos, do gaúcho pachola e da verdade estampada nas estrelinhas da cada verso.

Essa foi uma letra feita especialmente para o Festival da Vacaria, que também tem seu rodeio, mas não foi agosto da comissão avaliadora daquele festival, que embora respeitamos, não entendemos, como pode que, uma música que não vai a gosto de uma comissão possa premiar e fazer sucesso com o povo de outra localidade. 
Dai tiro duas conclusões ou quem analisa as músicas na triagem de  um festival já tem as suas cartas marcadas ou realmente tem um gosto muito ínfimo, não se dando conta do que pode ser melhor para o público, que é, na verdade o consumidor final ou não de um produto musical. Mas certamente que todas as músicas que estiveram na Vacaria são de melhor qualidade, agora o povo pode comparar.
Essa música, também, ja faz parte do Novo CD do Grupo Floreio.

Na outra ponta do laço!
Paulo Ricardo Costa e José Claro(Zézinho)

Doze braças,  bem sovado,
Da argola até a presilha,
Um armadão de oito metros,
Quatro voltas de rodilha,
Se soltando campo afora,
Num socadão de coxilha,
Buscando a toca dos "oio",
Na lágrima d'uma novilha;

Quem se criou campo afora,
Laçando por precisão...
Numa cancha de rodeio,
Não bota laço no chão!
Sou da lida e me garanto,
Montado sei o que eu faço,
Trago o Rio Grande "acabresto",
Na outra ponta do laço;

O laço, o braço e o pingo,
São três armas que conheço,
Pra fazer zebua alçada...
Buscar, de volta, o começo,
Eu sou da Pátria gaúcha,
O campo é meu endereço,
E o laço atado nos tentos...
Pra mim, não é, adereço;

Quando alguma se desgarra,
Pegando o rumo do mato,
O Mouro corta o caminho,
E o doze braças, desato...
Eu garanto que te busco,
Num cortadão, campo afora,
Pois acho até desaforo...

Deixar uma rês ir embora;

Músicas Classificadas para a 17ª Casilha da Canção Farrapa


Foto: Juliano Barbosa/Arquivo Ascom PMI

Linha Temática Farroupilha
01) Águias Campeiras
Letra: Rogério Avila
Musica: Cleiber Rocha e Luis Carlos Siqueira

02) Na Ultima Recorrida
Letra: Arlindo Almeida Junior
Musica: Vani Vieira e João Quintana Vieira

03) Campeando Horizontes
Letra: Claudionir Araújo Bastos
Musica: Ney Menezes

04) Pra um Negro Degolador
Letra: Fábio Daniel Costa e Paulo César Limas
Musica: Jean Kirchoff e Ita Cunha

05) Aquarelas Itaquienses
Letra; João Sampaio
Musica: Lucas Grassi Mello

06) Duas Taperas
Letra: Claudionir Araújo Bastos
Musica: Claudionir Araújo Bastos e Ney Menezes

Linha Nativista Campeira
01) Tratado de Poncho Verde
Letra: Cloudinei Silveira Machado
Musica: Flávio Campo Sartori

02) Mulheres Farroupilhas
Letra: João Sampaio
Musica: Renato Fagundes

03) Guerra Farrapa
Letra: Adão Quintana Vieira
Musica: Adão Quintana Vieira

04) Nobreza sem Igual
Letra: Arlindo Almeida Junior
Musica: Vani Vieira

05) De que lado tu és Tchê
Letra: Luis Felipe Poetini Alegre e Jorge Marty
Musica: Luis Felipe Poetini Alegre

06) Meu Lenço
Letra: Adão Quintana Vieira
Musica: Adão Quintana Vieira

07) Bento Manuel: A pergunta que não cala
Letra: João Sampaio
Musica: Glademir Escobar

08) Encontro de Bravos
Letra: Valtair Behling e Cristiano Behling
Musica: João Quintana Vieira e Vani Vieira

fonte: blog Identidade Campeira

8º FESTIVAL DO COOPERATIVISMO - RESULTADO


Caine Garcia e Jean Kirchoff

A finalíssima da oitava edição do Festival O Rio Grande Canta o Cooperativismo, realizada na cidade de Ibiraiaras, encerrou no início da madrugada deste sábado, 29, e teve o seguinte resultado:

Primeiro Lugar: LUMES DA COOPERAÇÃO
Ritmo: canção
Letra: Caine Teixeira Garcia
Música: Jean Kirchoff
Interpretação: Grupo Bah Q’Tri

Segundo Lugar: SOBRE GIZ E QUADRO NEGRO
Ritmo: canção
Letra: Carlos Omar Villela Gomes
Música: Piero Ereno
Intérprete: Jean Kirchoff

Terceiro Lugar: O ANDANTE E SUA ESTRADA
Ritmo: canção
Letra: Juca Moraes
Música: João Bosco Ayala
Interpretação: Grupo Mas Bah

Quarto Lugar: SONHO, COM FACE DE PAÍS
Ritmo: canção
Letra e Música: Rômulo Chaves
Intérprete: Maria Helena Anversa

Quinto Lugar: CANTO COOPERATIVO
Ritmo: canção
Letra e Música: Flaubiano Lima
Interpretação: Lú Schiavo

Sexto Lugar: O BEM MAIOR
Ritmo: balada
Letra: Caine Teixeira Garcia
Música: Nilton Júnior da Silveira
Intérprete: Chico Saratt

Sétimo Lugar: TRÊS PESCADORES E UM SONHO
Ritmo: praieiro
Letra: Caio Martinez
Música: Adriano Sperandir/Cristian Sperandir
Intérpretes: Adriana Sperandir/ Caio Martinez

Oitavo Lugar: QUEM ME REPRESENTA
Ritmo: milonga
Letra: Binho Pires
Música: Érlon Péricles
Intérprete: Ita Cunha

Nono Lugar: NOS RUMOS DA EDUCAÇÃO
Ritmo: milonga
Letra: Carlos Roberto Hahn
Música: Volmir Coelho
Interpretação: Leonardo Charrua

Décimo Lugar: POR UM MUNDO MELHOR
Ritmo: chamamé
Letra: Flaubiano Lima/Pierro Ereno
Música: Piero Ereno
Intérprete: Jorge Freitas

Décimo Primeiro Lugar: SOLUÇÃO INTELIGENTE
Ritmo: vanera
Letra: João Antunes/Lauro Mattos/João Ribeiro
Música: Mário Seffrin
Interpretação: Eduardo Maycá

Décimo Segundo Lugar: O LEGADO DOS AVÓS
Ritmo: chamara
Letra: Mauro Nardes/Mário Amaral
Música: Vlademir “Xuxu” Nunes
Intérpretes: Cristiano Fantinel e Nenito Sarturi

Mais Popular: SOLUÇÃO INTELIGENTE
Ritmo: vanera
Letra: João Antunes/Lauro Mattos/João Ribeiro
Música: Mário Seffrin
Interpretação: Eduardo Maycá

Fonte: http://rondadosfestivais.blogspot.com.br/

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

DEGOLA DO RIO NEGRO - 23 de Novembro de 1893


A REVOLUÇÃO FEDERALISTA (1893-1895)

A Revolução Federalista ocorreu no sul do Brasil logo após a Proclamação da República, e teve como causa a instabilidade política gerada pelos federalistas, que pretendiam “libertar o Rio Grande do Sul da tirania de Júlio Prates de Castilhos”, então presidente do Estado.
Empenharam-se em disputas sangrentas que acabaram por desencadear uma guerra civil, que durou de fevereiro de 1893 a agosto de 1895, e que foi vencida pelos pica-paus, seguidores de Júlio de Castilhos.
O Partido Federalista do Rio Grande do Sul foi fundado em 1892 por Gaspar Silveira Martins. Em tese, defendia o sistema parlamentar de governo e a revisão da Constituição, pretendendo o fortalecimento do Brasil como União Federativa. Desta forma, esta filosofia chocava-se frontalmente contra a constituição do Rio Grande do Sul de 1891. Esta era inspirada no positivismo e no presidencialismo, resguardando a autonomia estadual, filosofia adotada por Júlio de Castilhos, chefe do Partido Republicano Rio-grandense, e que seguia o princípio comtiano-positivista das “pequenas pátrias”.
Os seguidores de Gaspar da Silveira Martins, Gasparistas ou maragatos, eram frontalmente opostos aos seguidores de Júlio de Castilhos, castilhistas ou Pica-paus.
As desavenças iniciaram-se com a concentração de tropas sob o comando do maragato João Nunes da Silva Tavares, o Joca Tavares, barão de Itaqui em campos da Carpintaria, no Uruguai, localidade próxima a Bagé.
Logo após o potreiro de Ana Correia, vindo do Uruguai em direção ao Rio Grande do Sul, encontrava-se o coronel caudilho federalista Gumercindo Saraiva.


DEGOLA DO RIO NEGRO - Textos de Paulo Monteiro

Um dos episódios mais vergonhosos da História do Rio Grande do Sul ocorreu no dia 28 de novembro de 1893, no atual município de Hulha Negra, estação ferroviária de Rio Negro, às margens da Lagoa da Música.

No dia 24 de novembro o general João Nunes da Silva Tavares (Joca Tavares), comandante em chefe de todas as forças federalistas, acampou no Passo do Valente, ordenando que uma força sob o comando do tenente-coronel Valdomiro Rolim destruísse a linha férrea entre Rio Negro e Bagé. Ali permaneceu até as 2 horas da madrugada do dia 26, quando marchou para a estância de Hipólito Soares, reunindo-se com o general David Martins, ao clarear do dia. Marchou imediatamente para a estação de Rio Negro, ali chegando às 11 horas, após por em disparada uma força que tentou obstar-lhe a passagem.

Francisco da Silva Tavares (Chico Tavares), irmão do general maragato, conta, em seu diário, com base em informações da imprensa uruguaia, publicadas em 5 de dezembro seguinte, que a uns 250 metros da estação, os republicanos, estenderam linha de resistência. Tiveram de entrincheirar-se e sempre que ali se erguia uma cabeça era estraçalhada pelos atiradores maragatos.

Um grupo de republicanos entrincheirou-se numa casa de cerca de pedras, que foi desocupada, antes de clarear o dia 27, pelo Batalhão Antônio Vargas, da Divisão de Santana, comandado pelo major Bento Xavier, com a proteção de um piquete de lanceiros sob as ordens do coronel Boaventura Pereira Leite e do major Pedro Machado Leal. Mais do que proteger seus infantes, os lanceiros rebeldes, aos gritos de vida a revolução, enfrentando uma chuva de balas dos republicanos, passou pelo batalhão que protegia, levando os defensores da casa de encontro ao aterro da estrada de ferro.

Esta ação deixou os defensores confinados em uma casa e na estação e resultou na tomada de um vagão carregado de munições para Comblain, estacionado em frente à estação. Com essa vitória Joca Tavares ordenou que fosse entregue proposta para que os cercados se rendessem. O coronel Manoel Pedroso de Oliveira (Maneco Pedroso), com um piquete, saiu para comunicar a resposta do general Isidoro Fernandes de Oliveira de que ninguém se renderia enquanto existisse um soldado do 28º de Infantaria. A dar meia volta, o enviado de Joca Tavares "foi tocado à bala pelo piquete de Pedroso".O combate durou até a noite, durante a qual foram efetuadas diversas tentativas de fugirem ao cerco, sempre repelidas pelos revolucionários.

O combate continuou até as 11 horas. Os sitiados levantaram bandeira branca, "pedindo general Isidoro garantias de vida para si e os oficiais do 28º de Infantaria, sendo os prisioneiros todos entregues na coluna do general David Martins". Durante o resto desse dia e no dia seguinte os revolucionários se dedicaram encaminhar os feridos de ambos os lados a um hospital de sangue montado em casa próxima e a recolher material bélico encontrado na estação.

No dia 29 Joca Tavares mandou um próprio a Cerro Largo passando um telegrama ao ministro da Guerra em que era proposta a troca do general Isidoro e de todos os oficiais do Exército feitos prisioneiros pelo seu irmão, coronel Facundo da Silva Tavares, preso em Porto Alegre. O ministro respondeu que aceitava a proposta desde que toda a força de linha fosse incluída. No dia seguinte Joca mudou o hospital de sangue para a Charqueada da Industrial Bageense, em Quebrachinho, mandando seu irmão, genro e afilhado coronel José Bonifácio da Silva Tavares (Zeca Tavares), com uma divisão, apertar o cerco sobre Bagé.

Em parte constante do Diário de Joca Tavares, assinando como "general", David Martins, conta que ele é quem recebeu o pedido de garantias de vida e que este foi feito pelo tenente-coronel Donaciano de Araújo Pantoja. Entretanto, não lhe foi possível comunicar que essa garantia só poderia ser dada por Joca Tavares, que não se encontraria nas proximidades. Não lhe foi possível comunicar isso porque ao chegar ao local tomado a confusão era muito grande.

David Martins afirma que o número de prisioneiros foi superior a 900 homens e que estes entregaram "304 Comblain, 154 reffles, 39 clavinas Minié, 10 Chassepot, 4 Remingtons de infantaria, 19 lanças e mais 25.000 cartuchos embalados de Nagant, e Winchesters, 19.850 idem de Comblain e 110 ditos de Remingtons" (...). Lista, a seguir, oficiais superiores feitos prisioneiros, acrescentando que o número de mortos, entre oficiais e praças, foi de aproximadamente 400 e entre 90 e 100 feridos. Lista, dentre seus subordinados oito mortos e 32 feridos.

DOCUMENTO Nº

"Quartel do Comando do 4º Corpo do Exército Libertador em Operações na Fronteira de Bagé. - Parte. - Exmo. Sr. Em virtude dos deveres militares a que nos impusemos, a fim de libertar a pátria do jugo da ignóbil tirania implantada em nossa terra, pela ignóbil ditadura do Marechal Floriano Peixoto, cumpre-me levar ao conhecimento de V. Exa. o ocorrido nas forças do meu comando, no combate ferido nos dias 26, 27 e 28 do p. pdo. No dia 26, a 3ª Brigada, ao mando do Corel Manoel Machado Soares, sob as ordens de sua exa. o General Pina, fazendo a vanguarda das forças do dito General, encontrando o inimigo nas proximidades da Estação do Rio Negro, com ordem do mesmo general, carregou sobre a força inimiga, obrigando-a a retirar-se às suas trincheiras. No mesmo dia, a 2ª Brigada ao mando do Cel. David Manoel da Silva, marchando na vanguarda das forças sob o meu comando, isto pela margem esquerda do Rio Negro, comunicou-me o dito Coronel ter encontrado o inimigo, em vista do que mandei que fizesse alto, ficando aí em observação, onde também ordenei a aproximação da 1ª Brigada ao mando do Cel. Ulisses Reverbel, formando por este modo um semicírculo às forças inimigas. À tarde do mesmo dia, sustentou a 1ª Brigada diversos tiroteios com as forças do inimigo. No dia 27, de acordo com as ordens de V. Exa., às 6 horas da manhã, ao começar o tiroteio das forças do General Pina e Coronel Zeca Tavares com as do inimigo, mandei carregar a 1ª e 2ª Brigadas, o que, com seu nunca desmentido valor, fizeram, conseguindo desalojar o inimigo de suas vantajosas posições (casas em que se ocultavam, terraplano da estação e outras) obrigando-o imediatamte a recolher-se de novo às suas trincheiras. E aí, por ordem de V. Exa., conservou-se o inimigo em sítio, desde às 8 horas da manhã até às 11 do dia 28, hora em que de seu reduto, baixando a bandeira de guerra, içaram a de parlamento, e, como ao encontro de seus enviados fosse imediatamte o Tente-Cel Francisco Wenceslau Pereira, que trazendo-me este a comunicação de que o Tente-Cel Pantoja, no comando daquela guarnição, entregaria o reduto mediante garantia de vida para si e seus comandados; para cuja resposta ordenei ao cidadão Paulino Vares, que antecedentemente prestara durante o combate valiosos serviços, que se dirigisse de novo ao reduto e comunicasse aos suplicantes, que, de meu arbítrio, aceitava a rendição com a garantia pedida para os criminosos políticos. Dependendo, no entanto, esta resolução, da aprovação de V. Excia. o General em Chefe cidadão João N. da Silva Tavares, que dentro de duas horas se acharia no lugar do sítio. Porém, não me foi possível, pela aglomeração de forças que se dirigiam à trincheira, tendo em vista garantir a ordem rendendo-se então o inimigo em número superior a 900 homens, entregando 304 Comblain, 154 reffles, 39 clavinas Minié, 10 Chassepot, 4 Remingtons de infantaria, 19 lanças e mais 25.000 cartuchos embalados de Nagant, e Winchesters, 19.850 idem de Comblaine 110 ditos de Remingtons, cujo armamento e munições acham-se distribuídos por diversos Corpos. Entre os prisioneiros contam-se os seguintes oficiais: Marechal Isidoro Fernandes de Oliveira, Tente-Cel. Donaciano de Araújo Pantoja, Major Eduardo Augusto Ferreira de Almeida, Major (patriota) Francisco Antônio Meirelles (por alcunha Matão); Capitães Luís Manoel da Silva Dauto, Joaquim Maria Soares, Camilo Brandão, Tenentes Leôncio Xavier da Silva, Armando Sires, Vicente Ferreira Alves, Horário Castro Canto, Leopoldo Dantas do Amaral, e os Alferes Miguel Rodrigues Barcellos, Inácio Fontoura Parrot, Laurindo Vieira, Idalício Basarem Ferreira, Napoleão Cavalcante, Antônio da Cunha Mesquita, Artur Gomes, Custódio Lopes Pereira, Virginio Antônio de Campos, José da Costa Vasconcellos, José Figueira Neves, Luís Xavier e Francisco de Paula Costa, ficando mortos no Campo de Combate os seguintes Chefes governistas: Coronel Manoel Pedroso de Oliveira, Tente-Coronel João Alves, Tente-Coronel Candido Garcia, Tente-Coronel Ismael Proença, Tente-Coronel Utalis Lup, Tente-Coronel Rufino Nunes, outros oficiais superiores e subalternos atingindo o número de mortos entre oficiais e praças, aproximadamente a 400 homens e feridos de 90 a 100, mais ou menos. Temos a lamentar as baixas de nossos companheiros da 12ª Brigada, mortos: o Major assistente Modesto Alves, Capitão Caetano Emílio Palmeiro, Tente Antônio Altino Arosteguy e três praças de pret; feridos: Tente-Cornel Comandante do Batalhão Antônio Vargas Dr. Francisco Cabeda e os Alfres Leandro Vicênio, Serafim Pinto, Alexandre Napoleão Gomes, ex-aluno da Escola Militar, Aristóteles de Sena Braga e 16 praças de pret da 2ª Brigada, mortos: Alfres Avelino Bagestero e 1OSargento Rufino Cherife; feridos: o Major Fiscal João Antônio Rita, Tente Paulino Lanha e 9 praças depret. Fazendo justiça aos meus comandados, é de meu dever declarar a V. Exa. que, tanto os comandantes de Brigadas como de Corpos, demais oficiais e praças, portaram-se, como de costume, com o maior denodo, intrepidez e coragem possível; é que a sua bravura, apesar da justiça da nossa causa, torna-se invencível, o que afirmam os constantes triunfos de nossas armas; outrossim, o meu Estado Maior, não menos valor ostentou durante o Combate, prestando-se para todo o serviço, sem distinção de lugares ou ocupações. Aproveito a oportunidade para congratular-me com V. Exa. pela esplêndida vitória alcançada pelas nossas forças, onde mais uma vez a razão esmagou o erro. Saúde e Fraternidade Ao Exmo. Sr. General João N. da Silva Tavares, Digmo General em Chefe do Exército Libertador (Assim.) David Martins Gral"

Um detalhe que os historiadores da Revolução Federalista ignoram, sistematicamente, é a denúncia feira pelo coronel Marcelino Pina d'Albuquerque, a general Joca Tavares, em 15 de setembro de 1893, sobre um plano preparado pelos republicanos para envenenar os chefes federalistas. Para conseguí-lo, infiltrariam um agente entre os revolucionários. Em novembro de 1893 era grande o número de praças que desistiam de Bagé e de outros pontos, apresentando-se aos revolucionários. Dentre os desertores estava Raul Maurell. Falava mal dos governos de Floriano Peixoto e Júlio de Castilhos, o que deve ter levantado suspeitas entre os maragatos. Joca Tavares recomendou ao coronel Noronha que assim que Maurell se apresentasse fosse encaminhado ao comandante militar supremo da revolução. Levado à presença do tenente-coronel, o desertor foi retirar do bolso um lenço e, do meio deste caiu um vidro, "em cujo rótulo lia-se - "Estriquinine - Christalissée - estava a rolha lacrada e com a sineta da Farmácia Paris. Ao fim e ao cabo confessou que o veneno lhe fora entregue pelo marechal Isidoro Fernandes de Oliveira, com a promessa de que se conseguisse envenenar os chefes federalistas seria promovido a alferes e receberia uma grande gratificação. Submetido a conselho de guerra, foi condenado à morte, mas acabou sendo perdoado por Joca Tavares que, que o conservou em seu piquete e, mais tarde, a seu pedido, deixou que partisse para o Uruguai.

Raul Maurell, no Rio Negro, ao ver o marechal Isidoro Fernandes de Oliveira prisioneiro, insistiu, acompanhado por diversos oficiais federalistas para que fosse feita uma acareação entre ambos sobre a questão do envenenamento. Joca negou-se a permiti-lo, pois Isidoro era marechal do Exército Brasileiro. Na verdade, como se viu acima o general maragato queria mesmo era usar o prisioneiro como moeda de resgate para a liberdade de Facundo Tavares.

Como vimos antes, no dia 30 Joca Tavares deixou o local do combate do Rio Negro, passando a comandar pessoalmente o cerco a Bagé. Ali, no dia 4 de dezembro, recebeu, através do médico Pedro Osório, do farmacêutico Armando Loureiro e do dr. Verísismo Dias de Castro, um ofício do coronel Carlos Telles noticiando que recebera informações levadas por mulheres procedentes de Rio Negro e outros lugares de que todos os oficiais e praças, rendidos em Rio Negro, inclusive os feridos do 28º de Infantaria e até mesmo seu comandante, tenente coronel Donaciano de Araújo Pantoja, haviam sido degolados.

Carlos Telles, com a energia que o imortalizaria mais tarde Euclides da Cunha em páginas famosas de Os Sertões, intima Pedro Osório, Armando Loureiro e Veríssimo Dias de Castro a irem à Charqueada da Industrial Bageense e que de lá conduzam para o hospital militar de Bagé todos os feridos do 28º Batalhão e ao acampamento onde estejam os prisioneiros, trazendo declaração assinada pelo tenente-coronel Pantoja de que está prisioneiro, para que a verdade seja restabelecida.

DOCUMENTO Nº

Comando da Guarnição e Fronteira de Bagé. Constatando por declarações feitas por mulheres vindas do Rio Negro e dos acampamentos revolucionários, que estes cometeram a infâmia de degolares todas as praças e oficiais prisioneiros rendidos no combate do Rio Negro, não escapando à degolação os míseros feridos, soldados do 28º de Infantaria e o seu distinto Comandante, Tente-Coronel Donaciano de Araújo Pantoja. E sendo certo que o chefe dos revolucionários, em grande parte estrangeiros mercenários, tem por intermédio do Dr. Pedro Osório e farmacêutico Amado Loureiro e outras pessoas, mandado declarar nesta cidade e ã guarnição do meu comando, que os prisioneiros rendidos do Exército Brasileiro estão com vidas garantidas e bem tratados. Intimo aos cidadãos Dr. Pedro Osório, Dr. Veríssimo Dias de Castro e Amado Loureiro, a irem imediatamente à charqueada buscar os feridos do 28º Batalhão para serem recolhidos ao hospital militar, e ao acampamto dos revolucionários donde devem trazer declaração escrita e assinada do Tente-Crnel Pantoja de que está prisioneiro, a fim de que fique conhecida a verdade. Bagé 4 de dezembro de 1893 (Assim) Carlos Maria da Silva Telles - Crnel."

Em face do ofício de Carlos Telles, Joca Tavares mandou que seu estado maior acompanhasse a comissão ao hospital de sangue e que até ali fossem trazidos o tenente-coronel Pantoja e todos os seus oficiais do 28º que estivessem prisioneiros. Diante dos seus superiores e dos comissionados os feridos foram questionados se estavam bem tratados, o que confirmaram, e que queriam ser transferidos para Bagé, ao que se recusaram. Pantoja reuniu seus oficiais e redigiu uma declaração assinada por todos, dizendo que não tinham sido degolados, que estavam sendo bem tratados e que ali desejavam permanecer.

No mesmo dia Carlos Telles enviou nova correspondência a Joca Tavares em que o provocava por manter a cidade em longo cerco e, tocando nos brios do velho general, de certo modo desafiava-o a atacar Bagé. Em carta anexa protestava contra a proibição proibindo a entrada dos leiteiros, fazendo com que crianças pobres estivessem quase morrendo de fome. Protesta contra a destruição da linha férrea e o incêndio de pontes. Joca responde que oportunamente satisfará todos os desejos belicosos do adversário. E mais, se ele tem tantos alimentos como alardeia que os reparta com a população civil.

Voltando à degola de Rio Negro. Todos os historiadores atribuem responsabilidade direta pelo massacre ao coronel Zeca Tavares, irmão, genro e afilhado de João Nunes da Silva Tavares. Alguns como o norte-americano Joseph L. Love, citado por Carlos Reverbel, dizem que um único homem, o tenente-coronel mulato Adão Latorre, degolou todos os prisioneiros. Reverbel afirma ser impossível uma única pessoa, sem o concurso de outras facas tenha cortado, ato contínuo, mais de 300 gargantas.

Os historiadores também divergem quanto ao número de prisioneiros executados, como podemos ver nesta passagem de José Patrocínio Motta: "Os governistas deixaram-se surpreender em campo raso e foram sitiados por todos os lados. Os revolucionários eram muito mais numerosos e dispunham da cavalhada recebida em São Sepé. Renderam-se os governistas e foram mortos 300 prisioneiros, inclusive o Cel. Manuel Pedroso, de Canguçu, segundo o historiador Ferreira Filho. Segundo Rocha Pombo, foram 400 ou mais os prisioneiros mortos".

Cláudio Moreira Bento, apoiando-se nos Apontamentos Históricos para a Revolução de 1893, de Wenceslau Escobar, que a degola foi efetuada pelo uruguaio Adão Latorre, auxiliado por uma companhia de mercenários argentinos de Corrientes. O conhecido historiador militar afirma que, à exceção de uma alferes do Exército de nome Napoleão e de um outro oficial do 28º BI, que protestaram contra a degola dos prisioneiros, e foram fuzilados, todos os outros executados eram civis. Um oficial civil, de Pinheiro Machado, suicidou-se para evitar a degola.

O "alferes Napoleão" de que fala Cláudio Moreira Bento, deve ser o alferes Napoleão Mesquita, listado entre os prisioneiros que constam na Ordem do Dia assinado pelo coronel maragato David Martins.

Os prisioneiros foram recolhidos, como se gado fossem, a uma mangueira de pedra, usada para conter animais, e dali eram retirados para serem degolados. Muitos foram lançados dentro de uma lagoa, o que gerou a lenda de que, à noite e ouvido o toque de um clarinista ali executado. Daí o nome que se popularizou de Lagoa da Música.

Verdade ou lenda, é repetido o diálogo que teria havido entre o coronel Manuel Pedroso de Oliveira e Adão Latorre.
- Adão, quanto vale a vida de um homem valente e de bem?
- Valente, sim. De bem... não sei. A vida de um homem valente
muito, a tua não vale nada. Está no fio da minha faca, não há dinheiro que pague.
- Pois então degola, negro filho da puta.
E acrescenta que segundo a história oral, após esse ligeiro diálogo, Maneco Pedroso firmou-se num arbusto e ergueu a cabeça para favorecer o trabalho do algoz.

Parte dos executados foi lançada dentro da lagoa e parte amontoados sobre uma grande fogueira, onde foram queimados. Diversos tiveram as cabeças decepadas e erguidas sobre estacas. As chamas e a fumaça, como pano de fundo para as cabeças erguidas, tornavam o cenário ainda mais macabro.

Em nota ao seu diário Joca Tavares reconhece a degola, mas tenta justificá-la nos seguintes termos:
"As baixas do inimigo nesse combate nos dias 26, 27 e 28, (segundo as partes) atingiram de 280 a 300 homens, havendo em um banhado próximo ao reduto da força do governo, um piquete de 15 homens federalistas, todos degolados, que saíram em reconhecimento e foram pegos pelo famigerado assassino Cândido Garcia, das forças governistas.

Muito se falou na matança do Rio Negro, não foi como exploraram, contaram como assassinados todos os corpos que encontraram no campo e reduto, (esquecendo-se da hecatombe do Boi Preto, onde sem haver guerra, degolaram impunemente duzentos e muitos federalistas em um só dia). No Rio Negro, foram passados pelas armas somente os ladrões e assassinos de maior nomeada, já denunciados em documento público e oficial, João B. da Silva Telles, e em número de 23, cujos indivíduos, em virtude das ordens que tinham do governador do Estado, e sabendo com isso serem agradáveis ao seu chefe Castilhos, matavam a todos os adversários que encontravam, e quando a vítima era de posição social, ou influência política, trucidavam o cadáver, mandando as orelhas de presente ao seu chefe".

O documento a que Joca Tavares faz referência é um telegrama expedido de Bagé pelo general João Telles ao presidente Floriano Peixoto, ä 2 de novembro de 1892, onde consta a seguinte passagem:
"Os coronéis Mota e Pedroso chefes republicanos em Canguçu e Piratini e mais o Tem. Cel. Cândido Garcia aqui de Bagé, são os maiores ladrões e bandidos do Rio Grande e a eles se deve este estado de Coisas".

Em outra parte do telegrama há este trecho explícito:
"V. Excia. Não faz idéia dos horrores que aqui se tem praticado. Os assassinatos são em número muito elevado, pois por toda a parte, se degola homens, mulheres e crianças como se fossem cordeiros".

Tavares, João Nunes da Silva. Diários da Revolução de 1893, Tomo II. Porto Alegre: Memorial do Ministério Público, 2004. Páginas 70 e 71.
Tavares, Francisco da Silva. Diários da Revolução de 1893, Tomo I. Porto Alegre: Memorial do Ministério Público. 2004. Página 146.
Tavares, João Nunes da Silva. Op. cit., p. 72.
Tavares, João Nunes da Silva, Id. P. 72.
Tavares, João Nunes da Silva, Ib. Págs. 73 a 75.
 Tavares, João Nunes da Silva. Diários. Págs. 55 e 56.
Toda essa história, em seus mínimos detalhes, está narrada por Joca Tavares, entre as páginas 63 e 66, da edição em epígrafe.
 Reverbel, Carlos. Margatos e Pica-paus. Porto Alegre: L&PM Editores, 1985. P página 55.
Motta, José do Patrocínio. Causas e Efeitos da Revolução de 1893, in Fontes Para a História da Revolução de 1893. Bagé: FAT/URCAMP. Página 88.
 Bento, Cláudio Moreira. História da 3ª Região Militar. 1889-1953, Volume II. Porto Alegre, s/ ed. 1995. Página 98
Reverbel, Carlos. Op. cit. Páginas 53 e 54.
Tavares, João Nunes da Silva. Id. Pág. 72.

Detalhes sobre esse telegrama podem ser conferidos na História da 3ª Região Militar, 1889-1953, Volume II, de Cláudio Moreira Bento. Páginas 87 e seguintes. O historiador faz uma defesa apaixonada dos acusados, negando-lhes a pecha de "ladrões e assassinos".
Extraído do http://www.projetopassofundo.com.br/


  O COMBATE DE RIO NEGRO
Antonio Augusto Ferreira

Rio Negro foi assim, mais que um combate,
foi todo um dia devotado à fera,
e a gente viu as presas da pantera
cravarem-se mortais na carne humana
no lugar preferido: a jugular.

Rio Negro, como palco que era verde,
ficou tomado de vermelho e preto,
e a gente viu a força com que o ódio
irrompe dessa audácia que há no homem
pra dar lugar à fúria do animal.

O combate era entre tropas da fronteira,
homens forjados no calor da guerra
que nesse dia fez tremer a terra
com sentenças de morte sem defesa.
Foi condena de tantos, que eram bravos,
e vendo-se perdidos, soltam armas,
mas tombam degolados no holocausto
pra que o ódio se espoje no banquete
e a fera possa devorar a presa.

Essa revolução vinha de longe,
tava estampada n’alma e nos pescoços.
A cor de lenço era o brasão dos moços
que os unia ao caudilho do lugar.
93 já tinha feito estragos
nas heróicas cargas a cavalo;
e as mortes a fuzil e a ferro branco
semeavam carniças pelo pago.

O combate em Rio Negro foi terrível.
Joca Tavares, do quartel de João Francisco,
com 3.000 homens, em manobras ágeis,
cerca e envolve a força governista.
Já não dá mais pra resistir na guarda,
a desvantagem em número e terreno
obriga os homens a depor as armas.

Ao todo são 300 prisioneiros
que estão agora maneados na mangueira.
O comandante vencedor se afasta,
mas e quem é que fica em seu lugar?

Pois é aí que surge no cenário
a figura mortal de Adão Latorre,
de faca em punho pra tratar dos presos.
É que ele tinha contas a ajustar.

Manda trazer pra fora os prisioneiros,
um por um, despojados e maneados,
vêm sendo apresentados pra sentença.
A razão é indiferente na degola
e a decisão dispensa os argumentos.

A execução começa sem rodeios:
amunta no cangote do vivente,
a mão esquerda puxa-lhe os cabelos,
enquanto a faca abre dois buracos
na carótida que esguicha o sangue quente.

É degola brasileira a que pratica
nesse começo mais que criterioso
de matar prisioneiro a sangue frio.

Vem outro condenado - um salto, o talho;
a mão, as roupas se empapando em sangue
aumentam o furor do coronel.
Esse bodum de sangue, suor e fezes
e o terrível odor que tem a morte
atrai a cachorrada do galpão
que vem lamber as poças no local.

Uma carroça embarca o degolado
depois que ele exercita os movimentos
subseqüentes ao golpe da degola:
primeiro vem o talho e a golfada.
depois, pára de pé, ensaia uns passos,
solta uns gritos e uns roncos de terror,
estremece, cai e se contorce até a morte.

Latorre afia novamente a faca,
parece conhecer o seu ofício,
mas à medida que lhe espuma o ódio
muda de tática, mostra outra maneira
de passar um cristão no fio da faca..

É a “criolla”, a que exige menos,
não requer cuidados nem perícia,
o talho a trafegar de orelha a orelha,
um golpe só, cortando artérias, goela,
igual a quem, não sabendo, sangra ovelha.

O prisioneiro Pedroso é altaneiro
mas tenta negociar com a facínora:
“- Quanto vale a vida, Adão,
de um homem bueno e valente?”
“- Valente sim, vossimecê,
mas bueno não, pelo que andou fazendo.
A tua nada vale, tá no fio da minha faca”.
Pedroso sente o calor da antiga luta,
levanta o queixo, entesa o corpo, afronta a faca:
“- Então degola, negro fiadaputa!”. (*)

O local tá virado em sangue e barro
numa pasta que já vai se grudando
nas botas dos soldados.
Os caranchos estão sentados
nos galhos dos umbus
à volta do massacre..

O carroceiro leva os corpos quentes
pr’uma lagoa,
jogando-os n’água para que se afundem.
Essa lagoa passou a chamar-se “Música”
pois dizem que os gemidos dos coitados
ainda hoje assombram essas plagas.

Vem notícia pior da beira d’água:
uma vara de porcos esfomeada
pressentiu o fartum da carne fresca
e está devorando alguns cadáveres
pois não deu tempo de os jogar no fundo
ficando alguns largados pela margem.

Ao todo são trezentos os da faca?
Ainda hoje se discute o número
dos sangrados neste dia, no Rio Negro.

E o que ficou desse macabro fato,
que teve represália no Boi Preto,
onde outro coronel, um outro bárbaro,
deu o troco de moeda de igual peso?
Ficou-nos esse quadro de tragédia
que não se apaga nunca, nem num século,
e mancha tão profunda nossa alma
quanto denigre a história conterrânea.

Rio Negro foi assim, mais que um combate,
foi todo um dia devotado à fera!

Nova música de Nilton Ferreira chega às rádios

Uma nova música estará chegando às rádios que ainda não receberam o CD Milongas de Pampa y Cielo, do Cantor Nilton Ferreira com versos de João Sampaio, e lançamento da Gravadora ACIT, O Assovio de ele deixou.
A qualidade musical desse CD tanto de poemas, quando a parte instrumental, de vozes, bem como de arte final vem chamando a atenção de todos e em pouco mais de 60 dias, ja está se tornando um dos CDs mais comercializado da gravadora.
A participação do Cantor Nilton Ferreira e Grupo Pampa y Cielo nos Programas Galpão Crioulo da RBS TV e TV UCS e programas de rádios, alavancou a venda desse CD.
Quem ainda não tem esse CD, compre, porque é uma peça rara na estante de todo gaúcho que gosta da boa música, principalmente de milongas na sua essência. E as empresas e promotores de eventos esse é um show que agrada a todos, com uma qualidade musical e instrumental é de encher os olhos de todos. Confira e contrate pois vale a pena.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Começa hoje Aldeia da Canção e rodeio em Gravataí

Festival nativista e rodeio ocorrem no Parque Ireno Michels, a partir dessa quinta-feira É pertinho, tem ótimas atrações e vale a pena conferir: a partir dessa quinta-feira (27/11) ocorre a 2º Aldeia da canção Gaúcha e 19º Rodeio Internacional do Mercosul, no Parque de Eventos Ireno Michel (RS-118, KM 7), em Gravataí. Além das provas artísticas e campeiras do rodeio, que seguem até domingo, ocorre o festival nativista, nesta quinta e sexta-feira, reunindo grandes compositores e intérpretes. 
O festival começa sempre às 20 horas, tem entrada franca, e nessa quinta-feira contará com os shows
de encerramento de Walter Morais e João Luiz Corrêa. Sexta-feira, retornam ao palco as 12 finalistas,
após tem show de Joca Martins, e depois a entrega da premiação do festival. 

MÚSICAS CLASSIFICADAS 2º Aldeia da Canção (com compositores e intérpretes)
Três ramal e alecrim (Letra e música: Volmir Coelho | Intérprete: Robson Garcia)
Conhecimento (Letra: Everton Michels e Romulo Chaves | Música: Piero Ereno | Intérprete: Arthur
Mattos)
Na outra ponta do laço (Letra: Paulo Ricardo Costa | Música: José Claro | Intérprete: Zézinho e Grupo Floreio)
Décima do Pilcha Véia (Letra: Leonardo Borges, Diego Muller e Filipi Corso | Música: Zumlar Benitez |
Intérprete: Joca Martins)
Quando a saudade faz querência (Letra e música: Felipe Barreto | Intérprete: Raineri Spohr)
Milonga Faceira (Letra: Rômulo Chaves | Música: Felipe Barreto | Intérprete: Cristiano Quevedo)
Na volta do fogo (Letra: João Stimamílio Santos | Música: João Stimamílio e André Gonçalves |
Intérprete: Flávio Hansen)
Chega de Solidão (Letra: Genésio Simão Perânio | Música: Alberto Costa Caetano | Intérprete: não
divulgado)
As Coplas da Alma (Letra: Giovani Gonzales | Música: Régis França dos Reis | Intérprete: Robson
Garcia)
Batimento (Letra: Cauê Machado | Música: Zé Renato Daudt e Andrigo Xavier | Intérpretes: Rainéri
Sphor, Aninha Pires, Vitor Amorim e Kiko Goulart) 
Meio Canto (Letra: Rafael Ferreira e Fábio Maciel | Música: Kiko Goulart)
Por um acaso da trança (Letra: Rafael Ferreira | Música: Cristian Camargo)

Fonte: Jornal ABC do Gaúcho

22ª Tertúlia Musical Nativista quase tudo pronto.


Foto: Caludio Vaz / Agencia RBS

Os apreciadores da boa música gaúcha já estão contando as horas para o início daTertúlia Musical Nativista. O evento tradicionalista chega em sua 22ª edição com uma novidade: a primeira Tertulinha Musical Nativista. Os festivais começam amanhã, às 20h30min, no Largo da Gare, em Santa Maria. 

Na Tertúlia, concorrem 20 composições inéditas. A competição é dividida por eliminatórias que serão realizadas amanhã e sábado, quando serão divulgadas as 14 melhores canções. Elas voltam a ser apresentadas no domingo, dia da grande final. Todas as composições finalistas farão parte do CD e do DVD do festival, mas somente a primeira colocada levará o Troféu Minuano e o prêmio de R$ 6 mil. Também haverá premiação para 2º e 3º lugares, para a melhor música sobre Santa Maria, música mais popular, para o melhor interprete, melhor letra, melhor instrumentista e melhor arranjo. 

Mesmo que nem todos possam levar troféu para casa, os 20 selecionados já podem se considerar vencedores. Afinal, segundo a cantora Oristela Alves, uma das organizadoras do festival, os concorrentes tiveram suas composições escolhidas entre 681 inscritos. Para chegar a final, as canções precisarão conquistar o júri formado por nomes que são referência quando o assunto é nativismo: Carlos Omar Villela Gomes, Volmir Coelho, Sergio Rosa, Analise Severo, Tadeu Martins, Sabani Felipe de Souza e Silvio Genro. 

Nesta edição, a gurizada também vai soltar a voz na 1ª Tertulinha. Em duas noites, as 12 crianças selecionadas por uma triagem entre 76 inscritos se apresentam no palco do evento. Elas serão julgadas por sua interpretação vocal. E, três serão classificadas para a final, também no domingo. O grande vencedor da Tertulinha ganhará troféu e um prêmio de R$ 1,5 mil. 

Além da apresentação das canções concorrentes, cada noite do festival contará com um show musical. Amanhã, quem sobe ao palco é o cantor e compositor Elton Saldanha. No sábado é a vez da cantora Loma Pereira e Grupo Chão de Areia embalarem o público. A missão de encerrar a 22º edição do Tertúlia ficou com Cristiano Quevedo. 

Conforme Oristela, a Secretaria Municipal de Cultura _ organizadora do evento, com apoio do CPF Piá do Sul, da Associação Estância do Minuano e da 13ª Região Tradicionalista _ está organizando uma homenagem ao músico e compositor Cesar Lindemeyer, morto no último dia 9. 

_ Faremos uma pequena homenagem ao Cezinha, que cantou na edição passada no festival e foi agraciado com a canção mais popular _ comenta Oristela. 

Para receber o público e os artistas, foi montado um lonão no Largo da Gare. A estrutura conta praça de alimentação, banheiros, 1,2 mil cadeiras e espaço para o público assistir as apresentações em pé, totalizando 1,5 mil lugares.

PROGRAMAÇÃO

- Sexta-feira, 20h30min
Apresentação das concorrentes
1) Canção de Acordar Manhãs (Moisés Silveira e João Chagas Leite)
2) Pesqueiro (Juliano Javoski)
3) O Campo e o Moço (Rômulo Chaves e Nilton Silveira)
4) O Povo Que Canta (Máximo Fortes, Penna Flores e Pedro Flores)
5) Quando Me Ponho a Lutar (João Ary Ferreira e Tuny Brum)
6) O Futuro (Paulo Righi e Duca Duarte) 
7) Aos Olhos Dos Outros (Tulio Souza e Emerson Martins)
8) Troféus Sem Paz (Lauro Simões e Cleiber Rocha)
9) Uma Vaneira Diferente (Leonardo Sarturi)
10) Santa Maria Meu Lugar (Luiz Carlos Ranoff e Jair de Medeiros)

Show com Elton Saldanha e Banda

- Sábado, 20h30min

Apresentação das concorrentes
1) Pra Cantar Santa Maria (Leandro Torres Ribeiro)
2) Eu Sou a Voz (Nilton Jr. da Silveira e Juca Morães)
3) Rodeio dos Ventos (Marcelo D'avila e Aline Ribas)
4) Loucos de Pedra (Zé Daudt, Gujo Teixeira e Samuca do Acordeon)
5) Pra Nunca Esqueceres de Lembrar de Mim (Diego Müller, Martins Cesar, Piero Ereno e Diogo Mattos)
6) O Que Nos Concede A Terra (Jaime Vaz Brasil, João Bosco Ayala Rodrigues e Adriano Sperandir)
7) Santa Maria Estou Voltando Pra Ti (Jorge Rodrigues e Maninho Pinheiro)
8) Tributo Aos Negros (João Antunes e Zulmar Benitez)
9) Pampa Riograndense (Hermes Régis Lopes e Érlon Péricles)
10) A Minha Gente (Nenito Sarturi e Beto Caetano)

Divulgação das finalistas
Show com Loma Pereira e Grupo Chão de Areia

- Domingo, 20h30min
Reapresentação dos três finalistas da 1ª Tertulinha
Reapresentação das 14 concorrentes da 22ª Tertúlia
Show com Cristiano Quevedo e Banda
Premiação e encerramento

SERVIÇO

22ª Tertúlia Musical Nativista
- Onde _ No Largo da Gare, no final da Avenida Rio Branco, em Santa Maria
- Quando _ De amanhã a domingo, às 20h30min
- Quanto _ O ingresso deve ser retirado na Gare, das 9h às 17h. A organização pede a contribuição de um quilo de alimento não-perecível

Fonte: Jornal Diário de Santa Maria

Assembleia homologa agraciados do Prêmio Vitor Mateus Teixeira


Foto: Marcelo Bertani

No dia 9 de dezembro serão entregues pela Assembleia Legislativa troféus e diplomas aos agraciados com o Prêmio Vitor Mateus Teixeira. O evento ocorre no Teatro Dante Barone, (Praça Marechal Deodoro, 101, Centro) a partir das 19 horas.

Criado em 1997, o evento é promovido anualmente pela Assembleia Legislativa para premiar artistas e veículos de comunicação que ajudam no fortalecimento e divulgação da música gaúcha. Foram 101 indicações feitas por 19 deputados estaduais, o que registra um aumento de quase 20% em relação à edição anterior, em que 86 nomes foram apresentados para concorrer.

A comissão julgadora é formada por representantes do Sindicato dos Compositores Musicais do RS - SICOM/RS; Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio Grande do Sul; Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - IGTF; Movimento Tradicionalista Gaúcho - MTG; Fundação Vitor Mateus Teixeira; e do Departamento de Relações Públicas e Atividades Culturais da ALRS. O evento conta com a participação do Grupo Missões, composto por Halber Lopes, Jarbas Nadal e Xuxu Nunes.

Lista completa dos premiados:
Cantor: Antônio Dellagerisi (Antônio Gringo)
Cantora: Adriana Sperandir
Declamador: Pedro Júnior Lemos da Fontoura
Declamadora: Liliana Cardoso Duarte
Trovador: Valter Nunes Portalete
Trovadora: Carmem Freitas (Carminha Freitas)
Compositor(a): Jorge Guedes
Instrumentista: Adriana de Los Santos
Arranjador(a): Nilton Júnior da Silveira
Pajador(a): Pedro Júnior Lemos da Fontoura
Produtor(a) Musical: Fabrício Harden
Capa de Disco: Rafael de Boni e Valdir Verona
Veículo de Divulgação de Artista Gaúcho(a): Rádio Nativa FM de Santa Maria
Grupo de Show: Grupo Mas Bah!
Grupo de Baile: Mateadores de Santiago
Grupo de Dança Gaúcha: Grupo de Danças Adulto do CTG Ronda Charrua
Bandinha Típica Alemã: Super Banda Real de Nova Petrópolis
Conjunto ou Intérprete de Música Teuto-rio-grandense: Orquestra Municipal de Teutônia
Conjunto ou Intérprete de Música Ítalo-rio-grandense: Canarinhos de Garibaldi.

Texto: Luiz Carlos Barbosa* - MTE 5667 | Solar dos Câmara
*Com colaboração de Ana Paula Abreu

4ª Espora Solidária Gineteadas em Santa Maria

Tchê! tu estás sabendo que o Narrador do Espora Solidária Gineteadas é o mesmo que narra o Rodeio Internacional da Vacaria, que é o maior Rodeio Crioulo do País, meu amigo Raul Bittencourt, além desse, também narra os maiores Rodeios do Paraná e de Santa Catarina, te exibi nas pilchas e vêem para o Ctg Sentinela da Querência em Santa Maria, nos Dias 6 e 7 prestigiar essa fera do microfone!

Texto de Jõner Mendonça

A história está se perdendo. Será?


Após ter tentado por vários anos junto às Secretarias da Cultura do Estado e da Capital, sem contudo obter o apoio necessário para a preservação do prédio que já foi sede do Grêmio Gaúcho (Gauchinho como é conhecido), localizado no quarteirão formado pelas Ruas Dr. Carlos Barbosa, Bispo Laranjeira, Sepé Tiaraju e Av. Niterói, busquei em 25 de fevereiro de 2013, garantir sua preservação por Projeto de Lei nº 051/13, visando o seu tombamento.

Decorridos os prazos normais, com debates nas Comissões Temáticas da Casa, chegou o momento da sua votação. Todavia, surpreendentemente recebi informações de que o Governo Municipal recomendará aos Vereadores da base governista para votarem contra o projeto de tombamento. As justificativas são as mais evasivas possíveis não esclarecendo nem convencendo das razões de tal orientação.

Quero lembrá-los que o Grêmio Gaúcho, é um projeto e bandeira histórica de João Cezimbra Jacques, conhecido como patrono do tradicionalismo gaúcho. Essa bandeira teve início em 22 de maio de 1898, que meio século depois, deu origem ao MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho), liderado por um grupo de alunos do Colégio Júlio de Castilhos, de Porto Alegre, em 1947. Conforme site do MTG, esses ilustres alunos eram: Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilço Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Côrtes, e logo a seguir contou com a participação de Luiz Carlos Barbosa Lessa

Torno público esses fatos e o faço antes da votação, como um alerta, para lutarmos na defesa da preservação do prédio histórico, porque devido a sua importância tenho a justa expectativa de conseguir preservá-lo e dar a ele uma destinação condizente com sua importância histórica.

Por solicitação do Instituto Histórico Geográfico do Rio Grande do Sul, subscrito pela diretoria, Dr. Miguel Frederico do Espirito Santo, Dr. Fausto José Leitão Domingues, o Dr. Arquiteto Günter Weimer, fez longa pesquisa que justifica de forma inequívoca a pretensão do tombamento do prédio, também, pelas questões arquitetônicas, culturais e históricas.

Na exposição de motivos do nosso Projeto para o tombamento do prédio, acostamos artigos do jornal Correio do Povo, publicados há mais de 116 anos, descrevendo o período de inauguração e os motivos que levaram os sócios da época, a fundar a Entidade.

Nas pesquisas que fizemos foi possível encontrar dois Estatutos, ambos muito antigos, onde dispõe das proposições e fins, assim como, do destino quando da sua extinção, qual seja, o de servir a um possível Museu do Gaúcho. É a preservação da nossa história que nos move em busca da aprovação do Projeto que tomba o Grêmio Gaúcho.

Bernardino Vendruscolo
Ver. de Porto Alegre

XXII Tertúlia Musical Nativista e a I Tertulinha Musical Nativista

Santa Maria se prepara para receber a XXII Tertúlia Musical Nativista e a I Tertulinha Musical Nativista. Serão três dias (28, 29 e 30/11) de música gaúcha de qualidade, na Gare da Viação Férrea. O festival é realizado pela Prefeitura de Santa Maria, por meio da Secretaria de Município da Cultura, com promoção da Associação Tradicionalista Estância do Minuano, e apoio da 13ª Região Tradicionalista e CPF Piá do Sul. As apresentações iniciam às 20h30.
Para quem deseja assistir às apresentações musicais e os shows da Tertúlia, a Comissão organizadora informa que inicia na próxima segunda-feira (24), a distribuição antecipada dos ingressos, que podem ser retirados gratuitamente, mediante a troca por um quilo de alimento não perecível, na Gare da Viação Férrea, localizada no final da Avenida Rio Branco. O horário de atendimento é das 9h às 17h.
Já o credenciamento para a imprensa também inicia na segunda-feira. A solicitação pode ser enviada para o email tertuliasm@gmail.com ou encaminhada diretamente na Gare. Para mais informações estão disponíveis os telefones: 96081244/99993799/99717416. A organização do evento acrescenta que este ano serão disponibilizadas 1.500 cadeiras destinadas ao público, e a montagem da estrutura (lonão, palco, som, luz, cadeiras e praça de alimentação, entre outros) deve iniciar na próxima terça-feira (25).
Artistas concorrentes, ordem de apresentações e shows
Já está definida a programação completa das três noites dos festivais, com a relação dos artistas concorrentes, ordem das apresentações e agenda de shows (confira nos anexos). No total, 12 crianças se apresentam na Tertulinha, em duas noites, e serão julgadas pela interpretação vocal das músicas do cancioneiro gaúcho. Destas, três serão classificadas para a final que acontece na última noite, no domingo (30).

Já a Tertúlia Musical Nativista tem 20 concorrentes classificados, que subirão ao palco com composições inéditas, tanto na letra como na melodia. Serão apresentadas 10 músicas em cada noite. No sábado (29) serão escolhidas as 14 finalistas, que voltam ao palco no domingo (30) para a disputa final e cerimônia de premiação.
Durante os três dias do evento, além da disputa pelo Troféu Minuano e demais premiações, o público também poderá conferir a agenda de shows. Na primeira noite, dia 28, sobem ao palco o cantor e compositor Elton Saldanha e Banda. Na segunda noite, dia 29, o espetáculo fica por conta da cantora Loma Pereira e Grupo Chão de Areia. Na noite de encerramento, dia 30, a atração musical é o show de Cristiano Quevedo e Banda.
Comissão Julgadora
Carlos Omar Villela Gomes- Poeta e compositor, vencedor da XX Tertúlia Musical Nativista
Volmir Coelho- Compositor, vencedor da XXI Tertúlia Musical Nativista
Sergio Rosa- Músico, acordeonista, arranjador e compositor
Analise Severo-Intérprete, vencedora de várias festivais nativistas
Tadeu Martins- poeta, escritor e compositor
Sabani Felipe de Souza- Músico, arranjador e compositor
Silvio Genro – músico, poeta, compositor e intérprete

Texto: Jornalista Vera Jacques

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

19ª SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA DE CARAZINHO


A 19ª Seara da Canção Gaúcha, festival da cidade de Carazinho, acontece de 14 a 17 de janeiro de 2015. O prazo para inscrições vai ate 05 de dezembro.

JURADOS:
auro Moraes (Músico e Compositor / Porto Alegre)
Matheus Alves (Músico / São Gabriel)
Miguel Marques (Músico / Santiago)
Vaine Darde (Compositor / Capão da Canoa)
Érlon Péricles (Músico e Compositor / Porto Alegre)


CONTATOS:
Vavá Oliveira: (55) 9996-2325
Vitor Xavier: (54) 8407-8646
Confiram abaixo o regulamento do festival:

PARTE DO REGULAMENTO 19 ° SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA

Art. 2° - O festival SEARA DA CANÇÃO DE CARAZINHO será realizado nos dias 14 a 17 de Janeiro de 2015, no Parque Vali Albrecht.

Art. 14° - Cada composição deverá ser enviada em envelope lacrado, contendo o CD com a música e 6 (seis) cópias digitadas da letra (sem identificação de autores e intérpretes, tanto nas cópias como no CD) e a ficha de inscrição devidamente preenchida e em envelope lacrado dentro do envelope principal. No mesmo CD e envelope poderão ser colocadas no máximo três músicas, desde que devidamente identificados os títulos das músicas e a fase que concorrem, geral ou municipal.
Parágrafo 1°. A inscrição que porventura não esteja identificada no envelope a fase na qual concorre será automaticamente destinada para a fase geral.

Art. 15° - As INSCRIÇÕES estarão abertas até o dia 05/12/2014, impreterivelmente, devendo ser encaminhadas, para a Agência Inove website de Carazinho, endereço: Rua Silva Jardim, 970 sala 110, Centro – CEP 99.500-000, em Carazinho.

Art. 20 – Serão selecionadas 20 composições da fase geral, e 06 composições da fase municipal, sendo que classificarão para a final da fase geral 10 composições e da fase municipal 02 composições que concorrerão com igualdade de condições no festival 19° SEARA DA CANÇÃO GAÚCHA DE CARAZINHO. Cada música selecionada receberá uma ajuda de custo na fase geral, no valor de R$ 2.500,00 (dois mil, e quinhentos reais) e a ajuda de custo da fase municipal no valor de 1.000,00 (mil reais) e R$ 500,00 (quinhentos reais) referente aos direitos de arena das músicas classificadas para o CD e DVD.
Parágrafo Primeiro: Cada música deverá apresentar-se com o mínimo de 03 (três) integrantes, sob pena de perda de 50% da ajuda de custo.
Parágrafo Segundo: Cada artista intérprete ou instrumentista poderá participar, em no máximo, duas composições.

FONTE: Blog Ronda dos Festivais

33ª Gauderiada tem inscrições até dia 08/12



A 33ª Gauderiada acontecerá os dias 09, 10 e 11 de Janeiro de 2015 no Parque de Exposição de Rosário do Sul. As inscrições terminam no dia 08 de dezembro e serão aceitas somente pela internet no site 

A comissão avaliadora estará composta por: 
Antônio Gringo, Miguel Bicca, Carlos Cardinal, Gujo Teixeira e Nilton Ferreira 
Os Shows serão de: 
Dia 09 - Luiz Marenco
Dia 10 - Mano Lima
Dia 11 - Miguem Marques

ASSOCIAÇÃO GAUDERIADA DA CANÇÃO GAÚCHA

PARTE DO REGULAMENTO

a) A 33ª Gauderiada da Canção Gaúcha e a 26ª Gauderiada Mirim serão realizadas nos dias 09, 10,11 de janeiro de 2015, no Parque de Exposições Ananias Vasconcellos.

b) Linha Musical a ser adotada:
EXCLUSIVAMENTE DE LETRAS E MÚSICAS CAMPEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL.


Art. 4º - Cada autor poderá inscrever, individualmente ou em parceria, cinco composições, e, destas, poderão ser classificadas no máximo 02 (duas), de diferentes ritmos;

a) As composições inscritas deverão ser inéditas, podendo ter participado de eventos do gênero desde que, não gravadas, impressas, editadas ou publicadas em qualquer veículo de comunicação de massa, e desde que não tenham sido premiadas ou finalistas, com exceção daquelas mencionadas no artigo 5º, letra “b “ deste Regulamento.

d) As composições de um mesmo autor ou parceria poderão ser encaminhadas através de inscrição no site: www.gauderiadadacancaogaucha.com.br, por meio do preenchimento do cadastro e anexando documento de texto com a letra e documento de áudio com a música graficamente, na parte externa ou invólucro.

a) O encerramento das inscrições será no dia 08 de dezembro de 2014. A Comissão de Seleção escolherá, dentre todas as inscritas, 14 (quatorze) composições para apresentação pública no dia 10 de dezembro de 2014. Sendo que as quatro composições da fase local já foram escolhidas mediante apresentação pública em 11 de outubro de 2014 durante eliminatória.

b) As 18 (dezoito) composições serão apresentadas no palco da Gauderiada, em duas noites de apresentação, sendo a metade na noite de sexta-feira, dia 09 de janeiro de 2015, e a outra metade na noite de sábado, dia 10 de janeiro de 2015. Destas, somente 14 (catorze) composições serão classificadas para a finalíssima, que será realizada no domingo, dia 11 de janeiro de 2015, quando serão gravadas ao “vivo”, no momento da apresentação no palco do festival, fazendo parte do CD e do DVD da 33ª Gauderiada da Canção Gaúcha. Na finalíssima, as 14 (catorze) classificadas obedecerão à mesma ordem de apresentação nas eliminatórias.

c) O compositor que não concordar que sua composição faça parte do CD da Gauderiada com gravação ao “vivo”, deverá remeter a música classificada, em MD ou CD gravado em estúdio, até o dia 29 de janeiro de 2015, para a Comissão Organizadora do Evento. No caso desse material não chegar na data prevista neste regulamento, permanecerá a gravação ao “vivo” realizada no dia em que foi feita a apresentação da composição no palco da Gauderiada.

Art. 5º - O mesmo grupo ou conjunto, instrumentista, intérprete e vocal, não poderá, individualmente ou em grupo, defender mais de 02 (duas) composições. Na final, não será permitida a substituição de qualquer um de seus componentes, sob pena de desclassificação. O número de participantes na defesa de uma composição no palco, será, no mínimo, de 03 (três) e não poderá exceder a 07 (sete). Todos os concorrentes devem subir ao palco trajando indumentária típica do Rio Grande do Sul (bombacha, lenço tradicional, camisa de manga longa, bota, chapéu e cinto) não sendo permitida qualquer descaracterização, como uso de tênis, camisetas, bonés, etc.

c) Não serão permitidos o uso de guitarras elétricas, pianos, órgãos e instrumentos programáveis;

VII - DA PREMIAÇÃO

Art. 7º - Os prêmios instituídos às vencedoras da 33ª Gauderiada serão os seguintes: 1º Lugar - Troféu Gaudério e R$ 2.000, 00 (dois mil reais) 2º lugar, Troféu Dr. João Alves Osório (in memorian) e R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais); 3º Lugar - Troféu Luis Pinto de Oliveira Neto (in memorian) e R$1.000,00 (um mil reais). Melhor Intérprete: Troféu Melhor Instrumentista: Troféu Melhor Tema Campeiro:
Troféu Música Mais Popular: Troféu Melhor Compositor –Troféu Melhor Conjunto Vocal: Troféu Melhor Conjunto Instrumental: Troféu Revelação: Troféu

VIII- DA SUBVENÇÃO

Art. 8º- A cada composição classificada pela Comissão Julgadora, caberá PREMIO DE PARTICIPAÇÃO PARA SELECIONADOS NA TRIAGEM, paga após a apresentação no palco, no valor de R$2.500,00 (DOIS mil e quinhentos reais) ao(s) seu(s) autor(es), desde que seja apresentado o Nº do PIS, ( Indispensável a apresentação deste), terreno para colocação de barraca(s) com infra-estrutura organizada, alimentação gratuita em local pré-determinado pela Comissão Organizadora, para no máximo, 07 (sete) pessoas, devidamente credenciadas, as quais deverão observar criteriosamente o seguinte horário: Refeições –

ALIMENTAÇÃO: das 11h às 13h 30min e das 19h às 21h.

Parágrafo Único - Todos os pagamentos referentes à prestação de serviços e/ou provenientes da execução do Projeto da 33ª Gauderiada da Canção Gaúcha e 26ª Gauderiada Mirim, estão sujeitos ao recolhimento dos impostos, conforme legislação vigente.


REGULAMENTO

26ª GAUDERIADA MIRIM

Art.11º-A 26ª Gauderiada Mirim será realizada nas mesmas datas e local de realização da 33ª Gauderiada, e se regerá pelo mesmo regulamento, no que couber, ou conforme condições de inscrição e participação a seguir relacionadas:
a) As categorias serão: PRÉ-PRÈ MIRIM - de 06 a 08 anos;
MIRIM – de 09 a 11 anos;
JUVENIL- de 12 (doze) a 15 (quinze anos) anos de idade;
b) As idades mínimas e máximas referidas no item anterior, serão até o dia do término da inscrição (  08 de dezembro  de 2014);
c) Os trabalhos, deverão ser enviados pelo site:www.gauderiadadacancaogaucha.com.br, por meio do preenchimento do cadastro e anexando documento de texto com a letra e documento de áudio com a música. Os concorrentes classificados e ou seus responsáveis, deverão no dia da apresentação no momento da passagem de som, apresentar documento de identidade comprovando a idade que se enquadra em sua categoria. Portanto é imperioso que a idade do concorrente seja relatada com a máxima fidelidade.
d) Cada concorrente receberá: um prêmio de participação para selecionados na triagem, paga após a apresentação de palco, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais); terreno para colocação de barraca, com infra-estrutura organizada; alimentação gratuita, em local pré-determinado pela Comissão Organizadora, para, no máximo, 07(sete) pessoas devidamente credenciadas;
e) Os concorrentes, por serem menores de 18 anos, deverão estar acompanhados dos pais ou responsável legal, eximindo-se os organizadores de qualquer responsabilidade referente aos mesmos;
f) Serão selecionadas 04 (quatro) músicas na Categoria Pré - Mirim, 04(quatro)  músicas da categoria Mirim, e 08 (oito) músicas na Categoria Juvenil, apresentadas de acordo com a ordem estabelecida pela Comissão Organizadora: Sexta-feira, dia 09 de janeiro de 2015 - 02(duas) da Categoria Pré-Mirim, 02(duas) da Categoria Mirim e 04 (quatro) da Categoria Juvenil; Sábado, dia 10 de janeiro de 2015- 02 (duas) da categoria Pré-Mirim, 02(duas) Mirim e 04 (quatro) da Categoria Juvenil; Domingo, dia 11 de janeiro de 2015 - 03 (três) Classificadas da Categoria Pré-Mirim; 03(três) na categoria Mirim e 03 (três) da Categoria Juvenil, das quais serão escolhidos os dois primeiros lugares de cada Categoria;
g) A premiação será de troféus aos dois primeiros lugares de cada categoria e o prêmio de R$ 1.000,00 e de R$ 750,00 para 1º. E 2º. Lugares, respectivamente.
Art 12- Os intérpretes da Gauderiada Mirim serão avaliados nos seguintes itens:
a) O julgamento das composições será de exclusiva responsabilidade da Comissão Julgadora. Esta avaliará cada uma delas de acordo com a observância do horário de apresentação pública, fidelidade à letra, gênero, ritmo, interpretação, arranjo, tempo de duração da apresentação e indumentária dos intérpretes, bem como a compostura social de cada representante no palco;

b) Os intérpretes que cantarem lendo a letra da música, perderão pontos na avaliação.

c)A escolha das músicas classificadas será preferencialmente consensual. Os jurados, no entanto, poderão optar pelo voto. Para melhor desempenho, além da observação em público, os jurados, sem interferência de pessoas alheias ao júri, poderão fazer reunião secreta para debates e avaliações, se assim julgarem necessário. ;

d) O interprete destas categorias, só poderá subir ao palco para defender uma música.

Art. 13 - A classificação das músicas inscritas será feita pela Comissão Julgadora da Gauderiada Mirim.

INSCRIÇÕES PELO SITE ATÉ 08 DE DEZEMBRO DE 2014

TRIAGEM EM 10 DE DEZEMEBRO DE 2014

FESTIVAL DIAS 09, 10 E 11 DE JANEIRO DE 2015.