segunda-feira, 3 de junho de 2013

NATIVISMO OU TRADICIONALISMO - EIS A QUESTÃO!

Tu sabes a diferença entre Nativismo e Tradicionalismo?

Pois é, esse é um tema interessante, vejo muitos batendo no peito e se dizendo tradicionalista, como se, isso fosse algo muito especial e de certa forma desfazendo de quem é nativista. Pois bem, vamos ver a diferença:

Tradição segundo Zeno e Rui Cardoso Nunes no dicionário campeiro, significa o rico acervo cultural e moral do Rio Grande do Sul no campo literário, folclórico, musical, usanças, adagiário, artesanato, esportes e atividades rurais isso na linguagem literária. Na linguagem popular é o que vem de Pai para filho Nativismo, não tem no dicionário gauchesco, na linguagem literária, mas sempre aprendemos que Nativo é o que é daqui, natural, Pátrio, que vem do chão.

Mas veremos na realidade, fora do contexto literário, o que é Tradicionalismo e Nativismo:
Tradicionalismo é quem vive de uma tradição herdada de Pai para filho e tenta trazer para as cidades as vivências do campo, mas COM suas REGRAS e NORMAS. 
Seu ponto principal é o fandango, realizados em CTGs com estruturas de cimento e luz elétrica, onde homens são chamados de Patrões ou Peões e mulheres são chamadas de Prendas ou Patroas. Vestem-se com pilchas rigorosamente compostas nos MANUAIS, como: bota, bombacha larga, camisa de manga comprida, casaco, guaiaca, lenço com dois palmos depois do nó e as mulheres com vestidos longos, onde se divertem com músicas bailáveis, ao som de Guitarras elétricas, contrabaixo, bateria, iluminados com luzes de Leds, neon, mouvies, uma parafernália de equipamentos impostados, que fazem ritmos trazidos de outros continentes.

Nativismo é quem vive de uma tradição herdada de Pai para filho e tenta trazer para as cidades as vivências do campo, mas SEM REGRAS ou NORMAS. 
Seu ponto principal são os festivais que são feitos em qualquer lugar, desde uma lona, um CTG, um Galpão, uma barranca de rio. Os homens são chamados de qualquer forma, sem nomenclatura estancieira. Vestem-se com pilchas que acham bem, sem REGRAS, mas basicamente boina, alpargata, bombacha, rastrea, lenço pequeno sobre a gola da camisa, e camisa de qualquer cor e jeito, um poncho pátria, ou um pala nos ombros, os que tem é claro. A mulher, se veste da mesma forma, se quiseres ou com qualquer roupa que lhe caia bem. Fazem músicas ao som da guitarra acústica, também chamado de violão, leguero, cajon, gaita a ponto ou pianada. Lidam no campo e valorizam o cavalo crioulo.

Na pratica ser Nativsita ou Tradicionalista?
Para os que nada conhecem ou para aqueles que acham que conhecem tudo, terão argumentos para desfazer a minha tese, mas para mim, é exatamente isso. Penso que ser NATIVISTA ainda está mais próximo do que deveria ser o TRADICIONALISTA, isso mostra que não são as regras e nem as normas que fazem uma sociedade, mas sim a qualidade de vida que isso pode proporcionar a todos, para que não morra a verdadeira tradição, independente da roupa e da moda de viver de cada um.
Sem falar que tem muitos tradicionalistas que os são, só dentro das entidades, mas escondendo sob pilchas comportadas e regradas, suas tatuagens, seus pircings, seus cabelos mechados e pintados, seus batons coloridos e pinturas extravagantes, vivendo e mentindo ser exatamente o que não é.

No nativismo nada disso acontece, pois se não tem regras, que cada um viva da forma que achar que deve, mas como tudo acontece por equilíbrio e vivência, no meio, sobrevivem aqueles que gostam realmente da arte de ser nativo.

1 comentário:

Gaudério Romani Filho disse...

Falou tudo concordo em genero e numero.

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