segunda-feira, 17 de junho de 2013

Os Festivais

Os Festivais são sempre uma incógnita, pois, acredito eu que, todos que fazem música fazem com qualidade e competência. Só não entendo como, uma música que passou por mais de 30 triagens, pelos festivais do Rio Grande do Sul, possa vencer um festival com 1509 músicas, que foi o caso de EU E O JOÃO DE BARRO, música vencedora da 8ª Viola de Todos os Cantos e que hoje, é uma da músicas sertanejas mais tocadas no interior de  São Paulo e de Minas Gerais. Música essa que alavancou a carreira de Arison & Emerson, esses competentes meninos de outro de São Vicente do Sul.

Pois bem, agora parece que o o raio está se repetindo, com NAS ASAS DE UM SABIÁ, uma música feita a mais de 6 anos e que já perdi as contas para quantos festivais foi enviada, e que nunca passou, agora está entre as músicas escolhidas na triagem da  11ª Viola de todos os Cantos em São Paulo.
Ai eu fico pensando, será que os nosso festivais tem problemas?
Será que as triagens de nossos festivais escutam todas as músicas?
Será que os que fazem as triagem, escutam as músicas como deveriam, ou já trazem na manga os seus escolhidos?
Será que vale a pena fazer festival assim, com cartas marcadas?
Será que não é por isso que os festivais estão terminando?
Quais as músicas vencedoras de festivais do ano passado que escuta ou que tu lembras?

Acho que todos querem mudar o Brasil, falam da vergonheira que são os governantes e a roubalheira que está nesse Pais, mas como posso querer mudar o Brasil, se aqui ao meu lado, tem gente se vendendo em troco de uns "Caraminguados" que vem dos festivais e o pior brincando com a arte e com os sentimento colocado nas músicas?

Pois é, o "diabo" fecha uma fresta e Deus abre um Portão... Pensamento que trago e que tento passar para os meus.
Deixo aqui a letra da música que passou na 11ª Viola de Todos os Cantos, com música de Arison Martins e Arranjos de Arison & Emerson. Vamos votar nele?

Nas Asas de um Sabiá
Há um sabiá voando livre,
Lá no arvoredo do fundo,
Buscando a paz que não tive,
Por me apegar a este mundo;
Fiquei preso à dura lida...
Entre as cercas e aramados,
Sem saber que minha vida,
Ia além dos descampados;

Me “apeguei” a “tarecama”,
Fiz fortuna pra o patrão,
Até esqueci que quem ama,
Um dia sofre de solidão;
Não tive mulher e filhos, 
Porque o tempo não deixou,
E a vida de andarilho...
Somente o que me restou;

Busco na dor da saudade!
O tempo que ficou lá... 
Sonhando co’a liberdade,
Nas asas de um sabiá.

Vivendo à luz do passado,
Na arrebata dos senhores,
Numa leva de acampados,
No beiral dos corredores,
Sonhando com a liberdade,
Que a velhice me condena,
Preso na longa idade...
Na solidão de minhas penas;

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