A Guerra, da terra!
Paulo Ricardo Costa
Na frente, mulheres com filhos nos braços,
Buscando um espaço, clamando por terra...
De outro lado trincheiras de homens fardados,
São simples soldados, armados pra guerra;
Colunas se erguem com bandeira nas mãos,
Tem foice e facão e palavras hostis...
Homens que gritam, crianças que choram,
Mulheres que imploram contra armas, fuzis;
Um grito de pare!...Entre gritos de guerra,
E o sangue na terra vai calando a Nação...
Com olhos vidrados há corpos estirados,
Colonos e soldados são apenas irmãos;
Palanques se erguem entre corpos tombados,
Discursos inflamados e bandeiras na mão...
De um lado soldados, com salários minguados,
Obedecem, calados, sem direito a um não!
E a terra deserta com os ranchos taperas...
Num silêncio de espera sem luz e nem brilho,
Enquanto há tantos que só buscam interesses...
Que mundo é esse que deixarei à meu filho?
UM DIA VI ESTA FOTO QUE, COMO SER HUMANO ME CHOCOU. VER UMA MÃE, CERTAMENTE TRABALHADORA RURAL, COM UM FILHO NOS BRAÇOS LUTANDO CONTRA A BRUTALIDADE DOS HOMENS. E NO OUTRO DIA, AO ABRIR OS JORNAIS, ESTAMPAVA NA CAPA A FOTO DE UMA CASA, DA ILMA. SRA. EX-GOVERNADORA, COM SUSPEITAS DE ESTAR ENVOLVIDA NA FRAUDE DO DETRAN.
ESSE É O NOSSO PAÍS E SÓ NOS RESTA ESSA FORMA DE PROTESTAR, ESCREVER NOSSA INDIGNAÇÃO EM FORMA DE POEMA.
HOJE É DIA DO ÍNDIO, MAS QUE ÍNDIO? - O QUE VIVE NAS RUAS,OU VIVE MASSACRADO POR GRANDES LATIFUNDIÁRIOS, VIVENDO À BEIRA DOS CORREDORES?...
ATÉ QUANDO MEU PAÍS?
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