Não tem como ficar calado diante de tal matéria. Encontrei essa matéria no blog do Léo Ribeiro, conceituado poeta serrano e que com muita maestria coloca as palavras. É muito triste de saber o que estão fazendo com nosso dinheiro. Para fazer um festival, pena-se, implora-se e muitas vezes nem se consegue R$ 80.000,00 - R$ 90.000,00. Festival que além de dar emprego para muita gente é nossa cultura, é nossa arte que está sendo preservada para as novas gerações.
Não tenho nada contra o artista que ganha um valor desse tamanho, tenho sim, contra quem paga. Pois é vergonhosos saber que com esse valor pagaríamos 20 Shows de gaúchos, que tem na sua música a expressão e a cultura de um povo. São cenas como essa que me envergonham, talvez por eu seu bairrista e ter a certeza que tudo o que temos aqui é melhor, melhor porque tem fundamento, tem expressão e tem sentimento.
Quanto aos organizadores de tal evento... Há! é melhor nem falar. Que sigam fazendo farra com o dinheiro público, não sai do bolso deles.
DESPROPÓSITO CULTURAL
Muitos consideram o gaúcho como egocêntrico, como se "achando", como um ser que imagina o mundo girando em torno de seu umbigo. A bem da verdade, por vezes, damos razão para tanto. Contudo, na maioria das vezes isto não é fato. Na seara musical, por exemplo: Se pensássemos que tudo o que é nosso é melhor, não pagaríamos verdadeiras fortunas para qualquer duplinha sertaneja descer aqui na província. Um show com Luiz Marenco (nosso galo cinza) não deve passar muito de R$ 10.000,00 mas alguns festivais "nativistas" cansam de buscar atrações nacionais (repito duplinha sertaneja) desembolsando não menos que R$ 60.000,00.
Agora, o "coitadismo" de achar que somos inferiores e tudo que vem de fora é melhor bandeou-se para a seara literária.
ACREDITEM. A 27ª Feira do Livro de Bento Gonçalves está pagando o valor de R$ 170.000,00 para ter como seu patrono GABRIEL, O PENSADOR! Não é bairrismo, mas com tanta gente de valor que temos por aqui, e nem falo na área tradicionalista como Paixão Côrtes, Alcy Cheuiche, Nico Fagundes, mas na literatura sulina como um todo. Para estes, não se gastaria mais do que a hospedagem e a gasolina da prefeitura para buscá-los e levá-los. É um absurdo!
Já tinha me comprometido com meu amigo poeta e pajador Pedro Junior da Fontoura de, junto com o Presidente da Estância da Poesia Crioula, Cândido Brasil, subir a serra para ministrarmos oficinas de poesia e falarmos um pouco sobre nossa entidade (Estância) mas, com todo o respeito e admiração que tenho por ti, meu mano Pedro Junior da Fontoura (que nada tem a ver com este disparate), vou ficar pelo meu rancho.
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