Coplas, romances e canções de autores desconhecidos andavam profusamente pelos campos, serranias e selvas do antigo Vice-reinado do Rio da Prata. Para sua criação contribuíram, em primeira instância, os espanhóis, e, depois, os indígenas e ainda os negros. A influência espanhola, por sua vez, teve origem na Arábia, na Pérsia, no Império Bizantino, na Índia. Também os ciganos têm sua participação nos primórdios. De qualquer forma, os indígenas do Prata -calchaquís e guaranís, particularmente - aportaram muito de sua cultura.
O naturalista Félix de Azara já fala de cantores populares que, acompanhados de guitarra - ou charangos - cantavam coplas. Concolorcorvo, no seu já citado Lazarillo de Ciegos Caminantes, afirma haver ouvido cantar durante suas andanças algum changador, ou gauderio, ou guapo, ou camilucho - todos nomes coloniais do GAUCHO, trabalhador das antigas vaquerías.
Também se pode citar José Espinosa y Tello, que veio com sua expedição à América do Sul em 1794: descrevendo os guapos, diz: "...cantam umas raras seguidilhas que chamam Cadena ou El Perico, ou ainda o Mal-Ambo, acompanhados de uma desafinada guitarra. O talento do cantor é fundamental para ser bem recebido em qualquer parte e obter comida e hospedagem..."
Fonte: Poesia Gauchesca e Nativista Rioplatense, Álvaro Yunque, Buenos Aires, 1952
Material completo aqui no blog: http://entremateseguitarra.blogspot.com.br/2012/03/poesia-gauchesca.html
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