Os Festivais já foram o sonho de muita gente... Já teve o encantamento de esperar abrir, de escrever um poema, musicá-lo e ficar na expectativa de seu exito... Já foi esperança de muita cidade e de muita gente, de ter um palco para mostrar sua arte. Tenho saudade desses festivais, quando, com um radinho pilha, por entre o chiado das ondas AM tentávamos encontrar a voz de um César Passarinho, de um Leopoldo Rassier, de um José Claudio Machado.
Mas o tempo muda, as coisas mudam e vem o modernismo esculachado e esculhambando com o encantamento que a gente tem. E os festivais que tanto nos trouxeram alegria, vira um conchavo de amigos, um encontro de interesses, uma "prostituição" musical. Não sei se os Homens do passado que tinham vergonha ou se os Homens de hoje esqueceram-na no passado.
Estamos às portas de mais uma Tertúlia, mas ninguém fala nela... ninguém lembra dela. Há! com ingressos de graças, talvez mil pessoas estarão lá, olhando os mesmos, ouvindo os mesmos que se revezam, como a sala de sua casa onde entra os que "eles" querem.
Alguém lembra quem venceu a última Tertúlia? O que diz a música que venceu? Quem foi o melhor instrumentista? Pois é, nem vou perguntar das outras Tertúlias, dos outros festivais... Porque a música é isso, colocar um dinheiro no bolso e esquecê-la no CD ou DVD de um festival, pois, até aqueles que fazem, são sabedores que aquela música só foi feita para estar naquele dia, naquela hora, naquele palco... e morrerá por ali, assim como morreu o sonho de tanta gente, que ficaram pelo meio do caminho sonhando com festivais de verdades.
Boa tertúlia a todos, estarei lá sim, pois sou um amante dos festivais que tenho guardado numa "chúria" chamado de coração.
1 comentário:
Paulinho parabéns pelas postagens tão bem colocadas.Devemos sim, apoiar nossa cultura divulgando, participando, promovendo-a mas também oportunizando que esta família cresça..Abraços. Caio Portela
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