quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Há tempos!

Há tempos que eu ando revirando os mates...
Provocando uma saudade aquerenciada no galpão,
Que ando buscando pelo fio da tarde quieta...
E fingindo-me de poeta para tê-la em canção;

Os teus olhos, que são lua e sol de outono...
Já me roubaram o sono sem ao menos me pedir,
Enquanto o orvalho perfumado, me acena...
Por saber que tu morena deixou sonhos por seguir;

Há tempos que te espero e tu não chegas...
Embalando a noite negra sem encanto e nem luar,
Há tempos que te espero, minha linda...
Pois o amor nunca finda num peito que sabe amar;

Há tempos que te guardo, flor morena...
Recitando nas cantilenas os versos que fiz pra ti,
Há tempos que este peito anda vazio...
Sem o amor que partiu, talvez, por cansar daqui! 


Há tempos que me enforquilho no basto...
E saio campeando o rastro do teu rancho coração,
E por saber que a lua anda com ela...
Debruçada na cancela pelo fundo d'algum rincão;

Se os caminhos são estreitos pra quem ama...
A lembrança é a chama que aquece o meu ser,
Pois o tempo não dá tempo para os medos...
E o amor não é segredo pra quem gosta de viver;

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