quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Anderson Fonseca Campeão da Declamação no ENART 2012

Conheça um pouco da vida poética desse parceiro, amigo, irmão de arte e luta por uma Rio Grande melhor, mais culto, com amor à arte e ao verso,  Anderson Fonseca formado pela Faculdade de Educação Física de Santa Cruz do Sul e residindo na bela Encruzilhada do Sul, casado com a dona Marama Rodrigues Viegas, poeta de músicas e poesias, premiado em aproximadamente 50 rodeios nacionais e internacionais de poesia, avaliador de poesia de diversos rodeios, 2ª Lugar na Querência Amada da Poesia de Rolante, ganhou nesse final de semana um dos seus maiores prêmios, consagrando-se vencedor da Arte Declamatória do Enart 2012.
- "Eu na verdade aprecio a muito tempo, mas estou nos palcos a recentes anos atrás em vista de muitos amigos que começaram com mirins ou juvenis a declamar. Eu tenho essa carência e sinto falta dessa “estrada”. E pela primeira vez na minha humilde história eu pisei no palco do domingo em Santa Cruz." Disse-me ele.

Como começou a tua trajetória na poesia?
- Eu comecei a declamar em 2003 e me lembro que naquele ano na minha regional tinham 8 participantes e passavam 7 pra inter regional... adivinha em que posição eu fiquei... hehehe... é, em último. Acabei não passando. Mas depois a coisa foi fluindo. Amigos muito queridos que me ajudaram muito a sair de uma treva de ignorância em relação ao verso crioulo para um estágio onde eu passei a não me envergonhar mais ao apresentar um verso em algum lugar. Tenho aquele primeiro vídeo até hoje... Che... pense num troço horríviii!!!

O que tu sente quando declama um poema?
- A poesia pra mim representa muitas coisas. É paz quando meus dias são muitos turbulentos, é descanso quando o cansaço da semana e do trabalho parecem tomar conta de todo o corpo, é alento quando to triste... mas principalmente é um elo de ligação entre almas que não se pode explicar. Fiz tantos amigos (verdadeiros) por conta do verso que mesmo que eu nunca mais pise num palco, eu deixarei o verso de lado. Paulo, nossa amizade (virtual ainda mas verdadeira) é um exemplo disso. Tenho certeza que quando te vir vou dar um abraço engarrafado num amigo que parece ser de anos. Essa é a sinceridade que consigo ver nas pessoas POR CAUSA DO VERSO. 

Como tu escolhe os teus poemas?
Eu analiso muito uma ligação que eu possa ter com o verso, pegando minha bagagem histórica, minhas vivencias de campo (porque venho dele), um momento que esteja vivendo ou que já tenha vivido. Isso tudo eu vejo que facilita a o transporte da mensagem do verso para quem está escutando. Facilita a tua interpretação. E todos os versos que eu já peguei tem uma história. Por isso custo muito a achar versos que me agradam.

Quais os teus Poetas preferidos ou que declamas?
Dentre poetas nós temos um estoque muito vasto de almas buenas que sempre leio. Destaco APARÍCIO SILVA RILLO, AURELIANO DE FIGUEIREDO PINTO, ERON VAZ MATOS, CARLOS OMAR, ARI PINHEIRO, ANTONIO AUGUSTO FERREIRA, MOISÉS MENESES E GUILHERME COLLARES. Poetas da Nova geração como o CHICO ROLOFF e o HENRIQUE FERNANDES entre outros trazem em seus versos a mesma qualidade que os que citei inicialmente e com certeza escreverão seus nomes nos anais da história poética gaúcha.

Como é Vencer o Enart? É tudo isso que falam?
Che... ano passado eu acabei não concorrendo porque estava meio aborrecido com o movimento (mtg) por conta de coisas que eu não me agradava e não aceitava. Mas refleti muito... estudei muito mesmo... busquei um pouco de informação para tentar sanar os inúmeros defeitos que eu apresentava no palco.
No inicio do ano eu me propus realmente a fazer a diferença neste ano. Nunca sonhava com o título... mas gostaria muito de passar para o domingo e de não fazer feio. E pra provar que declamação é MOMENTO... o final de semana conspirou aVer blogue meu favor... acontecimentos fora do palco me deram a calma e a serenidade necessária para chegar ao domingo... e no domingo fiquei apreensivo (como creio que aconteça com todos) antes de subir no palco... mas quando cheguei lá em cima... bah... quando cheguei lá em cima em senti muito a vontade. Desci do palco consciente que tinha dado tudo de mim. Que minha boca refletiu o que minha alma tava sentindo. 
E na hora da premiação foi maravilhoso ouvir o nome como o primeiro colocado. 
Mas também há outro sentido na vitória pra mim Paulo... o da RESPONSABILIDADE. Eu sei que agora não sou mais anônimo... embora eu tenha asco das pessoas que se aproximam de mim por causa deste titulo. Mas sei que minha responsabilidade com o verso crioulo terá que ser revista e terei que me portar como tal em todo canto que eu vá. Penso que amadureci muito... que hoje tenho um entendimento mais aguçado do verso... hoje sei estudá-lo, sei decifrá-lo e consigo, com minhas limitações, transmitir um pouco melhor. 

Então, já que tudo isso é especial, a quem tu dedicas esse título?
Eu dedico este título a todos que de uma forma ou de outra contribuíram para o MEU CRESCIMENTO PESSOAL... crescimento como ser humano... que foi o que me fez ver o mundo, hoje, de uma forma mais bonita. 
Forte abraço meu amigo... te agradeço muito pelo teu carinho... te admiro muito mesmo meu irmão... pela pessoa que é, pela tua arte, e pela contribuição que dá fora dos palcos pra cultura gaúcha. Foi um enorme prazer

Deixo aqui o Poema: 
"Aos olhos de quem mateia solito"
Letra: Matias Moura
Intérprete: Anderson Fonseca
Violão: Jônatas Cardoso
Violino: Douglas Mendes
2° Lugar: Melhor Poesia
2° Lugar: Melhores amadrinhadores
1° QUERÊNCIA AMADA DA POESIA - ROLANTE

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