Evento tradicionalista reúne 4 mil pessoas em Santa Cruz do Sul, RS
Enart é considerado o maior festival de arte amadora da América Latina.
Competição de prendas está entre as principais atrações do encontro.
Enart é considerado o maior festival de arte amadora da América Latina.
Competição de prendas está entre as principais atrações do encontro.
Começa nesta sexta-feira (16) em Santa Cruz do Sul, na Região do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, o Encontro de Arte e Tradição (Enart). O evento tradicionalista é considerado o maior festival de arte amadora da América Latina. Durante todo o fim de semana, quatro mil peões e prendas de todo o estado devem se reunir para disputar provas que envolvem a música, a poesia e danças típicas. A abertura oficial será às 18h, no ginásio poliesportivo da cidade.
Praticamente todos os CTG´s participantes já estão acampados no parque da cidade. A grande maioria vem de outras cidades do Rio Grande do Sul, mas alguns vieram até de países vizinhos.
Serão 22 provas artísticas, como declamação, trova, conjunto instrumental, intérprete vocal, chula e a mais disputada: danças tradicionais. Nesta modalidade, os grupos de dança se preocupam não só com as coreografias, mas, também, com as roupas usadas durante a apresentação. Os vestidos de prenda são pesados. Em época de altas temperaturas, também exigem algum esforço das mulheres tradicionalistas.
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Além da beleza da vestimenta, cada vestido de prenda retrata um período da história do Rio Grande do Sul. De acordo com o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), os trajes femininos obedecem quatro classificações. A primeira, o chiripá primitivo, de 1750, tem influência indígena, é um conjunto composto por saia e blusa. A segunda retrata a riqueza das fazendas. É o traje estancieiro: vestido de seda ou veludo, armado. O chiripá farroupilha veio mais tarde, na época da revolução, com a blusa sendo substituída pelo casaquinho.
“Foi quando o Rio Grande do Sul caiu muito na situação financeira. Os trajes passaram a ser mais simples, com tecidos menos nobres”, explica Eveline Rangel, 1ª prenda do CTG Rincão da Alegria.
O vestido de prenda mais conhecido atualmente foi criado em 1948, com a fundação do 35 CTG de Porto Alegre. "A prenda deixa de usar saia e casaquinho para usar vestido de prenda, que continuou com as mesmas regras antigas, vestido longo com tudo aquilo que as prendas de antigamente usavam", explicou Antônio Pereira dos Santos, professor de Estudos Sociais.
Pequenos detalhes na roupa da prenda podem resultar em desconto de pontos nas apresentações do Enart. “O vestido de prenda adulto não pode ter predarias, bordados em miçangas ou strass. As sapatilhas devem ser pretas ou marrons, jamais brancas, descrevec Eveline.
"Às vezes, se desconta pontos numa dança por esse detalhe na pilcha. Se o sapato é fechado ou aberto. Se ela está usando traje de época e relógio de ouro, não combinam", relatou o professor de Estudos Sociais.
Fonte: Site G1
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