Paulo Ricardo Costa - Salvador Lamberty e Nilton Ferreira
Quando sento para matear, todas as manhãs,
Neste silencio que rumina a solidão...
Sorvo no mate o gosto amargo da saudade,
Se, a tua ausência fez casa em meu coraçã!
Quanto contemplo, teus bastos, num cavalete
E um par de esporas,
bem novinho, que te dei,
Renasce o sonho de ver-te um dia, meu filho,
Domando a vida, neste trono em que fui rei;
Por onde andas,
meu filho, por estas horas?
(Talvez Perdido em
teu sonho de vencer?)
Aqui mateando,
posso ver-te, galopando...
Na vida simples,
do chão que te viu nascer!
O teu petiço, no potreiro, anda inquieto...
Sentindo a falta de um abraço e de um carinho,
Até o guaxo, brincalhão, que deste o nome,
Berra de fome, não sabe viver sozinho!
A tua Mãe, perdeu o brilho, dos seus olhos,
Afaga as roupas e os brinquedos que deixastes,
Restam dois velhos e nosso rancho, sem alma,
Porque nós dois, fomos também, por onde andastes!
Olho pro campo, pensativo e me pergunto:
- Qual o sentido, desses anos de labuta?
A nossa terra e os aperos que não usa,
O sabia canta, mas minh'alma não escuta;
É meu parceiro, meu amigo e meu futuro,
Dói a incerteza de onde andarás, meu filho?
A noite chega e a esperança da Oh! de casa,
Para anunciar que voltarás em teu tordilho;
1 comentário:
ótima musica, mas na vida muitos filhos se esquece de quem deu lhe a vida, mas esquecem de um fato que um dia ficaram velho
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