Foto: (Salvador Lamberty, João Sampaio, Pedro Carvalho e Renato Schorr)
O evento, realizado anualmente pela Associação Cultural Nheçuanos, reuniu respeitáveis historiadores, folcloristas, músicos, poetas, compositores e indigenistas identificados com a causa Guarani. Legítimos donos deste chão, nossos ancestrais – principalmente o seu líder Nheçu – foram estigmatizados como assassinos por lutarem contra o confinamento imposto, que resultou na morte dos padres Roque Gonzales, João de Castilhos e Afonso Rodrigues, no ano de 1628. O movimento Nheçuano defende a revisão de fatos negligenciados ou deturpados pela historiografia oficial e a postura do líder Guarani em defesa de seu povo, sua cultura e sua terra.
Subiram ao palco do evento – produzido de forma independente – diversos artistas, dentre os quais os músicos Jorge Guedes, Karaí Guedes, San Pedro del Acordeon, Andresito Guedes e Anahy Guedes de São Luiz Gonzaga, incansáveis defensores da causa de Nheçu; Nilton Ferreira, renomado cantor e músico de Jaguari-RS; os exímios gaiteiros Negro Lelé de Foz do Iguaçu-PR e Jorge Bomfim de São Luiz Gonzaga-RS; os poetas e declamadores Pedro Carvalho de São Miguel das Missões-RS; Cristiano Bremm de São Miguel do Iguaçu-PR e Djair Antonio Guedes de São José do Rio Preto-SP. Os roque-gonzalenses Adriano Reisdorfer, Anderson Nedel, Leo Reisdorfer e Giani Schmidt da Silva também abrilhantaram a programação poético-musical.
Participaram dos debates importantes nomes da cultura gaúcha como o poeta, compositor e historiador João Sampaio de Itaqui, RS; Salvador Lamberty, poeta, compositor e pesquisador de Santa Maria, RS; Ruy Nedel, escritor e historiador de Cerro Largo, RS; Renato Schorr, escritor e advogado de Santo Ângelo, RS; Odécio Ten Caten, professor e historiador de Capão da Canoa, RS; Nelmo Beck, advogado e compositor de Santa Rosa, RS e Antonio Cabrera “Tupã”, professor de Língua Guarani e História, representante da etnia Guarani de São Miguel do Iguaçu, PR. Por motivo de saúde, o escritor Nelson
Hoffmann, um dos pilares do Movimento Nheçuano, não pôde comparecer, porém manteve contato com historiadores em sua biblioteca.
O Manifesto começou quinta-feira, dia 14, com palestra ministrada pelo professor Julio Ribas e o escritor Ruy Nedel a alunos e professores da Escola Estadual Erico Veríssimo. Na sexta, 15, em frente à sede da ACN, teve início a 5ª Cavalgada Nheçuana Guarani, com 35 cavaleiros representando o CTN Querência de Nheçu e o Piquete Quinta-Feira. O ápice da Cavalgada foi a chegada dos cavaleiros ao Manifesto no entardecer de sábado, 16, quando foram recepcionados por Jorge Guedes, Nilton Ferreira e Negro Lelé interpretando “Entrando no Bororé”, de João Sampaio e Elton Saldanha. Djair Guedes, em emocionante declamação de improviso, homenageou os cavaleiros, o Movimento e as nossas origens.
Mais informações no site: www.nhecuanos.com.br
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