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Esta foto tem sido divulgado como sendo Adão Latorre, no entanto essa foto nem foi tirada em território gaúcho embora pertença a Revolução Federalista de 1893.
O DEGOLADOR DA FOTO se chama Cabo Sebastião Juvêncio.
Este retrato de grupo foi feito pelo fotógrafo paraense Affonso de Oliveira Mello e mostra a degola de um prisioneiro. A posição dos homens armados, olhando estáticos para a câmera, segue os padrões de retratos oficiais da época. Ao centro, o “cabo-carrasco” Sebastião Juvêncio segura com firmeza a cabeça da vítima para expor seu pescoço. E encara a câmera com seriedade, numa atitude de enfrentamento. Uma anotação no verso da fotografia original conta que a imagem não foi apenas uma encenação. Registra uma execução real, que ocorreu em abril de 1894, na estação ferroviária de Ponta Grossa.
Não é possível saber com certeza se o prisioneiro condenado é um pica-pau ou um maragato. Durante os dois anos e meio da Revolução Federalista, a degola foi utilizada como arma de guerra pelos dois lados do conflito. Neste período, cerca de 10 mil pessoas morreram, sendo pelo menos mil degoladas. Era mais prático executar o inimigo do que mantê-lo prisioneiro, e a degola economizava munição.
Apresentamos aqui uma reprodução ampliada da imagem original, pertencente à Fundação Biblioteca Nacional, que, por razões de preservação, não pode ser exposta ao público.
MEMBROS DA FOTO:
Execução de um rebelde. Da esquerda para a direita: cap. Porto, major dr. Fritz, major Gardino de Castro, cap. Estraubel, Sebastião Juvencio (cabo e carrasco), ten. Alfredo, não identificado e cap. Dionizio. A vítima não foi identificada. Ponta Grossa, PR, abr. 1894.
Fonte: https: // ims. com. br/ 2018/05/24/ conflitos-audioguia-01- revolucao- federalista /
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