Jorge Guedes & Família – Sem Tinta
Com quinze faixas inéditas, o novo disco de Jorge Guedes & Família,SEM TINTA,que acaba de ser lançado (ACIT),é um dos trabalhos fonográficos mais esperados, já que fazia quase duas décadas que Jorge Guedes não gravava.
Nessas quase duas décadas que ficou sem gravar, Jorge Guedes andou com sua família pelo Rio Grande do Sul, pelo Brasil e pela América Latina participando de eventos de grande visibilidade midiática, como o Encontro Internacional de Chamameceros, a Mostra da Arte Missioneira(Posadas – Argentina), Programa do Jô Soares, as comemorações dos 40 anos da morte de Che Guevara na Bolívia(ocasião em que representou o Brasil e arrebatou o público presente com a milonga Por Quê Será Che Guevara? de sua autoria em parceria com João Sampaio) e inúmeros shows em festivais e em teatros para plateias seletas. Artista comprometido com o chão onde pisa, o tempo em que vive é com uma escola musical surgida com o pioneirismo de Noel Guarany (com quem iniciou fonográficamente e por quem foi apontado como herdeiro e sucessor artístico).
Jorge Guedes, juntamente com sua Família,vem trilhando uma senda de manutenção e revitalização de uma memória e uma identidade guarani e missioneira.
Todas as quinze faixas do CD são parcerias de Jorge Guedes com letristas e poetas como Rodrigo Bauer, João Sampaio, Nélio Lopes, Juarez Machado de Farias, Gilmar Martinelli, Lourenço Notargiácomo, Odenir dos Santos(in memoriam), Calico Ribeiro, Luiz Alberto Simões Pires e Diego Müller.Produzido por Oscar Soares e Família Guedes,o instrumental impecável,foi realizado por Karaí Guedes(uma das maiores e mais promissoras vocações de genialidade da guitarra crioula de 7 cordas), San Pedro de La Cordeona(acordeón cromático) Andresito Guarani(vocais),Oscar Soares(baixo), Revair dos Santos(cavaquinho,bateria e percussão) tendo contado ainda com as participações especiais de Oscar Soares e Gilmar Martinelli.
Como bem frisou e sintetizou Antonio Augusto Fagundes em texto recente “Jorge Guedes não é apenas mais um missioneiro a cantar sua terra e sua gente. Noel Guarany foi a voz privilegiada, como um sabiá campeiro cantando nas ruínas de São Miguel. Cenair Maicá foi a aguda consciência social e Jayme Caetano Braun foi e sempre será um dos sumos-sacerdotes deste culto. Ele, Jorge Guedes é um pouco de cada um dos seus predecessores. Ele é, ao mesmo tempo, o índio e o gaúcho – até na estampa. Ele tem a poesia do Jayme,a voz de sino jesuítico do Noel e a consciência social do Cenair. Não tenho dúvida de que ele é,hoje um dos mais importantes artistas do Rio Grande do Sul. Ele é o passado,mas é também o presente. E será ,sobretudo,com a sua talentosa Família, o futuro.”
João Sampaio (Estância Querência)
Fonte: Blog Gu@pos
1 comentário:
baita disco,o melhor do ano da gosto de ouvir ,sendo este indio missioneiro o melhor cantor gaucho...LA VEM O NEGO BETÃO QUE CHINA E BALA NÃO POPA .,,GAUCHO BARBARIDADE
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