" Quem cruza os pagos de Pelotas, logo na entrada da cidade vê em meio a um matagal, bem escondido uma casa, ou melhor dizendo uma tapera, á tapera da Tia Benta, que por volta de 1890 la pelo fim da escravidão morava um preta benzedeira, ou como ela gostava mais de ser chamada Tia Benta, ali ela vivia sozinha, pois mataram seu marido em meio a uma rixa que teve num bolicho ali perto, seus filhos tinham morrido durante a guerra do Paraguai, mas ali vivia ela curando tudo e a todos, era a melhor entre todas as benzedeiras, entendia de tudo da medicina campeira,porem assim do nada, simplesmente se fez ausente, tipo bicho que quando prevê a morte se afasta do lugar onde habita, desde então ali ninguém mais chega, nem pra da uma olhada.
E assim se celebrizou a tapera da Tia Benta. Nem nas noites de tormenta um bicho ali se abrigava , mas em um dia um pai aflito por um filho adoentado, levou o pai ate a Tapera, que ja mau falada pelos assombros que causava, não deteve o pai, já que a crença na Tia Benta, tornou-se sua ultima esperança, e assim pedindo quase implorando, chamou a velha benzedeira e para a surpresa daquele pai o Pia, quase que num repente levanta-se e sai, com um sorriso de fora a fora aparentando estar vendo oque aos outros olhos era impossível de se notar."
Fonte: Armazém Campeiro Tramandaí
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