terça-feira, 2 de outubro de 2012

POR CULPA DA MINHA MEMÓRIA

 "Quero aqui, nesta oportunidade, pedir desculpas por uma dificuldade que tenho e que, com a idade galopando, tem se acentuado. É a de memorizar rostos e nomes. 
Seguidamente me envolvo em situações constrangedoras por não reconhecer pessoas que, de alguma forma, já passaram pelo meu convívio. Por culpa desta dificuldade que me acompanha, por vezes, levo a pecha de cheio, arrogante, nariz empinado, e coisa que o valha. Quem me conhece sabe que não sou assim e sofro com isto. 
Para vocês terem uma idéia, só quando meu filho completou dois anos de idade fui decorar seu nome. Verdade que é um nome difícil de memorizar (Lucas). 
Brincadeiras a parte, a coisa é séria. 
Com certeza muitos dos leitores já passaram por esta situação uma vez na vida, só que, comigo, isto é constante. 
Na Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula, cumprimentei, de forma normal e educada, uma pessoa que há tempos eu proseava via redes sociais. Meu conterrâneo Guilherme Hexel. Na verdade, se eu soubesse que era ele (Guilherme), com certeza minha atitude seria outra, efusiva, alegre, por falar cara-a-cara com alguém com quem eu só proseava via e-mail. 
Na Sesmaria da Poesia Crioula, de Osório, a cena se repetiu. Sempre quis conhecer pessoalmente um grande poeta, compositor e blogueiro de atitudes fortes e firmes, Paulo Ricardo Costa, filho ilustre de São Francisco de Assis e por demais conhecido por este Rio Grande a fora. O Paulo Ricardo Costa e eu, em face de nossos pensamentos parecidos, proseamos seguidamente via blog. Vocês não imaginam que, na Sesmaria, conversei com o Paulo, tratei-o normalmente, como uma pessoa que estivesse conhecendo naquele momento. O Paulo não se apresentou, eu não perguntei, ele foi-se embora e, somente ontem, através do facebook, fiquei sabendo que ele esteve lá e que conversou comigo. Realmente, eu tenho que me tratar... 
Já me ensinaram até um método de assimilar mais facilmente nomes e rostos. É o seguinte: relacionar a pessoa com algum artista, jogador, enfim, gente famosa. Ex: se fico conhecendo alguém com o nome de Tarcisio, relaciono, mentalmente, esta pessoa com o Tarcisio Meira (ator). Sempre que eu ver este Tarcisio, vou lembrar seu nome por causa do artista. Realmente ajuda, mas comigo nem sempre isto dá certo, pois estes dias chamei o EDSON, um alemão ali de Igrejinha, de PELÉ. 
Toda esta prosa, minha gente, é para pedir desculpas públicas (extensivas a todos) a um amigo de infância que vi ontem a noite, no shopping Praia de Belas, aqui em Porto Alegre, que me viu, me procurou com entusiasmo e não o reconheci. Mil perdões meu caro João Antônio. 
Em minha defesa e a bem da verdade, o tempo lhe fez bastante estragos... (brincadeira, meu parceiro velho de fuzarcas nos tempos de criança). 
Mas daqui para frente, depois de tantos tropeços, eu decidi. Vou perguntar por qualquer pessoa que eu tenha dúvidas. Melhor reconhecer que tenho memória fraca, do que passar vergonha depois, por não dar a devida atenção a um amigo. Mil perdões".
(EXTRAÍDO DO BLOG DO LÉO RIBEIRO)
 
Caro amigo Léo Ribeiro, sabes que sou um leitor assíduo de teu blog e vi esse teu post... quero dizer-lhe aqui, o que já disse via face, que o que passou contigo é normal entre pessoas que conhecem muita gente, comigo não é diferente, também passo por esse "perrengues" porque são tanta gente que conhecemos pela vida que um dia fatos assim podem acontecer.
Mas volto a frisar que fostes muito educado comigo e que poderia ter-me apresentado, mas a simplicidade de minha pessoa fez com que isso não acontecesse. De outra forma, estavas sem pilcha, nunca nos havíamos falado antes, portanto não te condenes, e fica em pé aquele convite de uma visita ou ao teu rancho ou no meu quando a oportunidade vier.
Grande abraço e minha admiração por tua pessoa e pelo que fazes pela cultura é há cada dia, maior.

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