sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Marcha de Uruguaiana a São Paulo testará cavalo crioulo

Foto: Divulgação
Dois dos membros da comitiva viajarão montados, mas terão uma equipe de apoio em todo o trajeto 

Quinta-feira, 04 de Outubro de 2012 -
Eles são paulistas, mas vão calçar bota e vestir bombacha para provar o potencial do cavalo do gaúcho. Trata-se de uma equipe de 15 pessoas que, a partir desta sexta-feira, encara o desafio de uma cavalgada que começa no Rio Grande do Sul e termina após 50 dias, em Itú, no interior de São Paulo. São mais de 1,8 mil quilômetros. Dois integrantes da comitiva viajam montados. Os outros formam uma equipe de apoio.
A cavalgada começa por Uruguaiana, na Fronteira Oeste. Sem um roteiro definido, o grupo tentará desviar de rodovias e seguir por estradas de chão. Para isso, o motociclista viaja três dias à frente da comitiva — é dele a missão de descobrir os melhores caminhos e avisar a tropa.
Coordenador do projeto, o zootecnista Raul de Almeida Prado, 59 anos, diz que a cada dia será feita uma avaliação de batimentos cardíacos, peso e condições físicas dos animais. Os resultados serão relacionados com o clima e o relevo pelos lugares por onde a comitiva passar. Os dados devem se transformar em um artigo científico sobre o desempenho (resistência, força e disciplina) dos animais e em um livro.
— Os cavalos serão os comandantes dessa viagem, por isso não podemos precisar o ritmo — diz o zootecnista Raul de Almeida Prado.
Um dos ginetes que irá no lombo do cavalo, o gestor em Equinocultura Lucas Paiva Garcia, 23 anos, chegou a Uruguaiana uma semana antes do início da cavalgada. Dedicou-se à convivência com o animal e ao costume das vestes gaúchas, que ele diz que irá incorporar ao guarda-roupa após a jornada.

O dia a dia da cavalgada
- O grupo de 15 pessoas parte do Parque Agrícola e Pastoril, em Uruguaiana, às 10h desta sexta-feira.
- Duas pessoas viajam a cavalo. As outras fazem parte da equipe de apoio. Serão usados uma moto com GPS, um caminhão adaptado com banheiro e cozinha e uma caminhonete que será ocupada pelos técnicos.
- A previsão é de que a equipe evite cavalgar em horário de muito sol — a viagem deve ocorrer das 4h às 9h e depois das 16h às 19h. De acordo com a coordenação da cavalgada, são estimados cerca de 40 quilômetros por dia.
- Uma cerca elétrica recarregável a bateria será usada como potreiro para os animais, evitando que escapem no período em que a comitiva estiver parada.
- A viagem vai custar R$ 70 mil — cerca de 10 vezes mais do que se os animais fossem transportados da maneira tradicional, em um caminhão.
- No caminhão serão carregados cerca de 600 quilos de ração e uma caixa d'água, que será reabastecida a cada parada ao longo do trajeto até o interior paulista.

Fonte: Revista Crioulos

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