Coluna do Sr. Zé Luiz, no Informativo Oficial do MTG de Março/2013
Neste mês de Março, na página 16 do Informativo do MTG "Eco da Tradição", na coluna Tropeando Versos, assinada por José Luiz Rodrigues dos Santos, autor do livro "A Arte de Declamar no Gauchismo", que revela-se como um manual à todos os que buscam trilhar esse caminho da arte da declamação, tive a grata surpresa de ver meu nome citado entre o de grandes declamadoras do nosso Estado...
Agradeço ao seu Zé Luiz que sempre mostrou-se acessível e disposto a contribuir com todos os "amantes da poesia", com sua sempre humilde e simpática presença nos eventos onde nos encontramos. Homem de grande conhecimento, pois acompanha sua filha, grande declamadora Liliana Cardoso, desde que iniciou sua trajetória, ainda em criança, e hoje é referência para todos nós, pois assim como seu pai, dispensa parte de seu tempo à orientar aqueles que buscam aprimorar-se na arte da declamação.
Quanto a mim, não considero-me declamadora, pois a pouquíssimo tempo ousei emprestar minha voz aos sentimentos que os "versos" de grandes poetas, sensíveis almas, exercem sobre mim, de forma tão especial...
Sou uma amante da poesia e, a poesia mistura-se ao meu sangue, assim como à minha alma, de forma que hoje, não consigo mais separar o que é corpo e o que é alma/poesia...
Busco o que é verdadeiro em cada palavra, em cada verso, em cada rima e em cada sentimento vivo nas páginas dos livros que cruzam meu caminho e vão instala-se nas prateleiras da minha estante... Visito-os sempre que minha alma pede colo e pede asas ao mesmo tempo...
Escrevo sempre que um sopro vem convidar-me a passear em jardins coloridos pela inspiração de tantos cheiros e tantas formas que minhas narinas e meus olhos da carne, ainda não puderam experimentar...
Escrevo sempre que um impulso me convida a entregar-me ao chamado que inspira a traduzir em palavras o que não cabe mais dentro do corpo imaginário...
Escrevo sempre que chove... Sempre que o sol nasce sorrindo e derramando o brilho dourado dos que ousam amar, mesmo que sem resposta...
Escrevo sempre que meus dedos pensam ter vida própria e deslizam no teclado, pintando a tela branca a minha frente, com gotas que são vivas e que unem-se e imprimem uma mágica forma que traduz-se em "poesia"...
Escrevo e escrevo... Mesmo que o resultado disso, nem sempre se enquadre num modelo específico...
Escrevo porque meu amor é imenso e é maior do que tudo que até hoje eu ousei experimentar...
Escrevo e entrego aos ventos... E que alcancem às distâncias que precisam alcançar...
Fonte: Joseti Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário