Não conheço o Jeandro Garcia, mas compartilho esse post porque concordo em tudo que ele escreveu e há anos que vejo isso nos CTGs, e foi uma das razões pelo qual me afastei e hoje não sou filiado a nenhum. Acho que desde o dia em que os CTGs só investiram em Rodeios e Invernada de danças o Tradicionalismo caiu por terra. Santa Maria, cidade em que moro, tem quase 300 mil habitantes, se tiver 3000 sócios em CTG aqui, é muito, portanto 1% da população existente, acho que isso é estar por terra, antes que alguém me conteste.
Por: Jeandro Garcia
Por: Jeandro Garcia
Do Blog do Leo Ribeiro
Buenas! Hoje estamos com este tema que pego emprestado do amigo Rogério Bastos, mas linkando a nossa experiência pessoal (minha prenda e eu) entre tantos CTGs que temos contato, visitamos, observamos ou temos amigos, sendo que agora com o início dos nossos cursos freqüentamos em apenas 2 meses 8 CTGs, mas não se sinta citado, temos relação com no mínimo 15.
Algumas vezes somos questionados sobre qual CTG estamos como sócios, ou “fazemos parte” a resposta é óbvia, “nenhum”! e não por falta de convite, temos convite até para o CTG 35 ao qual nunca nosso grupo deu aula ou vamos freqüentemente. A única vez que fiquei motivado foi quando fui convidado a me associar e ter um lugar no conselho de Vaqueanos, mas até agora isso não progrediu muito. Mas porque eu aceitaria me associar tendo este motivo? Porque foi a única coisa que me ofereceram em todos os convites, foi a única vez que pensei “bom, eu vou pagar e me associar, mas poderei fazer parte e ajudar a entidade”, mas confesso que eu preferia outras promessas, como:
- Associe-se e faça parte da nossa parte cultural, temos cursos em diversas áreas como declamação, poesia, gaita...
- Associe-se e tenha bons descontos em nossos bailes e eventos.
- Associe-se e faça parte da nossa Campeira, fazemos sempre belas cavalgadas.
Então repito a pergunta lá do meu amigo, “O que o seu CTG oferece para que eu me associe?”, e me desculpe os campeões, mas o argumento “nós somos campeões do ENART em 20xx” é até uma ofensa a inteligência de qualquer um que sabe que nunca vai dançar em invernada adulta, além do mais pergunto “e dai?”, as danças tradicionais são lindas, ok, mas e o resto? Vocês me dão descontos? Me propiciam um ambiente não-competitivo onde eu possa vir com meus amigos e família, pelo simples prazer de cultivar a nossa tradição? Eu gosto da campeira, quando é a próxima cavalgada? Curto um bom baile, quando é o próximo? Terei amigos de verdade aí?
Se o seu CTG tem pelo menos duas atividades dessas a pleno, olha, já está em destaque, mas com certeza o ideal para atrair sócios é ter mais que isso. Como eu já comentei em outro post, deve haver mais empenho, até mesmo em ser gentil com quem freqünta o CTG, por exemplo, com os alunos do Curso de Fandango, os participantes de um baile, de um almoço e depois sim mostrar tudo (ou o possível) que a entidade pode oferecer, criar aquele ambiente de “cultive os valores da tradição gaúcha conosco” e não “somos os melhores, então venha pra cá”.
Muitas vezes observamos grandes invernadas e ao mesmo tempo o CTG vazio em outras áreas, 95% do investimento e atividades dedicados a ela, dançarinos boa parte não-tradicionalistas, casos de atores contratados, integrantes trazidos de muito longe, sem dar chance a quem é da comunidade ou cidade, não é regra geral, mas acontece. Quase R$ 50.000,00 foi investido em uma invernada para apenas um evento este ano, nem era a principal e nem ficou perto de ganhar, nada contra, mas R$ 50 mil meu amigo, eu faço baile o ano todo, coloco 10 mil pessoas dentro do CTG e ainda multiplico esse valor para os cofres da entidade, basta ter força de vontade e estar apoiado por gente competente, mas principalmente, gente que acredite na causa e acredite no CTG em várias instâcias, não apenas uma.
Fonte: blog Rogério Bastos
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