domingo, 23 de dezembro de 2012

Entenda o Projeto que quer terminar com os Rodeios


Recebi esse e-mail do Dr. Carlos Homrich, brilhante advogado e tradicionalista e posto na sua íntegra, com muita simpatia, porque comungo das mesmas ideias e conteúdos expostos pelo amigo. Volto a frisar que os RODEIOS não vão acabar no Rio Grande do Sul, mas que precisa ser feito alguma coisa para, torná-lo mais interessante e menos rendoso, isso precisa ser feito.

VAMOS ENTENDER O PROJETO DO DEPUTADO RICARDO TRIPOLI

Amigos Tradicionalistas.  
                                    Estou agora falando não só como tradicionalista, mas também como Advogado que sou.
                                   Não acredito que o Projeto de Lei do Senhor Deputado Ricardo Tripoli acabe com os nossos Rodeios, mesmo sendo aprovado, até porque ainda haverá várias emendas a serem feitas, que o tornarão em uma Lei viável ao ser aplicada.
            Primeiro temos a seguir o que trata o Projeto de Lei: Dispõe sobre a proibição de perseguições seguidas de laçadas e derrubadas de animal, em rodeios ou eventos similares.” (Grifo meu) A própria Justificativa do Senhor Deputado nos diz que: “O fato, entretanto, não é incomum, uma vez que as provas de perseguição, seguidas de laçadas e derrubadas, não só submetem os animais a sofrimento físico e psíquico, mas a risco de lesões orgânicas, rupturas musculares e paralisia gerada por danos irreversíveis à coluna vertebral. Cita, inclusive prova “bulldogging”. Cita também provas de laço, na forma “Calf Roping”, ou seja: "laço do bezerro, o laço que atinge o pescoço do bezerro o faz estancar de forma abrupta, tracionando-o para trás, em sentido contrário ao que corria e o laçador desce do cavalo e, segurando o bezerro pelas patas, ou até mesmo pela prega cutânea, ergue-o do solo até a altura da cintura do laçador, para em seguida atirá-lo violentamente ao chão, sendo três de suas patas amarradas juntas.” (Grifo meu) Amigos, estamos falando de provas que conforme a Prof.ª Dr.ª Irvênia Prada, Professora Titular Emérita da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, orientadora da pós-graduação em Anatomia dos Animais, citada na Justificativa diz que:”tudo é feito de maneira rápida, grosseira e atabalhoada, aumentando a possibilidade de traumatismos que resultam em sequelas, tais como rompimento de órgãos internos, lesões nos membros, nas costelas e na coluna vertebral, além de deslocamento de vértebra e de disco intervertebral.” Entre outras formas de laço e derrubada que também citada na Justificativa. Amigos, em nossos Rodeios não são os animais laçados no pescoço, não são os animais derrubados ou maltratados. Alias, os animais são treinados para esta finalidade e por isso chamamos de "gados atletas".
            Segundo que temos que contrapor o Projeto, ou seja, examinarmos o Projeto de Lei no sentido sócio econômico, conforme abaixo:
            a)                    Meus amigos. Todos nós sabemos da importância de nossos Rodeios em relação aos empregos que são gerados, a mídia, aos patrocínios, as pessoas e famílias que sobrevivem na prestação de serviços relacionadas ao “gado atleta”, vamos dizer assim.
            b)                    Toda e qualquer Lei que venha a ser aprovada em nosso País, visa em primeiro lugar que seja interpretada de maneira que gerações futuras possam entender que tais valores devem ser de referência em relação aos comportamentos em sociedade. Montesquieu já disse que “que ninguém será constrangido a fazer coisas que a lei não obriga e a não fazer as que a lei permite.
            c)                    Vejamos: Vamos fazer uma comparação bastante importante. O “gado atleta” que é preparado desde bezerro e que não chega nem perto do que sofre os lutadores de MMA (esporte como é chamado e legal) com as fricções proporcionadas através dos contados das orelhas com o tatame que termina por determinar inchaços e até lesões cerebrais. Tais lesões são geradas, como já disse, por um esporte legalmente permitido. Ao animal não ocorre sempre assim. Claro que se o animal, como diz a lei: “perseguições seguidas de laçadas e derrubadas” o mesmo terá o sofrimento igual ou mais que um lutador profissional. Isto sim é um mau exemplo para as gerações que se encontram consolidando os seus valores de referência. Atentem bem que não sou e nunca fui contra o esporte. Apenas contra a violência.
            d)                    Amigos tradicionalistas, o que queremos demonstrar e que com certeza será demonstrado ao Deputado Ricardo Tripoli, através de nossos representantes – M.T.G., o que o mesmo não deve saber, que em nossos Rodeios temos todos estes itens analisados, quais sejam: itens sócios econômicos, relação social, verdadeiro sentido da lei e até convênios assinados entre o nosso Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG e o Ministério Público, Convênio este que é respeitado todos os itens em relação à proteção animal.
Carlos Homrich
Advogado
Tradicionalista

Sem comentários:

Enviar um comentário