quinta-feira, 31 de março de 2022

Arte, música, poemas e histórias: crianças precisam disso?

 Há muito tempo que venho batendo nessa tecla, sou quase um badalo soando no deserto, mas sempre que me deparo com matérias, me encho de esperança, que um dia nossos governantes dar-se-ão por conta e farão o que já  deveriam terem  feito há muito tempo. 

A revista prosas e versos, uma das mais conceituadas, em se falando de informações literárias, traz uma linda matéria sobre o Escritor PHILIP PULLMAN. É um dos escritores mais aclamados da atualidade. Sua obra mais conhecida é a trilogia Fronteiras do Universo (composta por A bússola de ouro, A faca sutil e A luneta âmbar), que foi selecionada como uma das 100 melhores obras de todos os tempos pela revista Newsweek. Ele também ganhou vários prêmios importantes, incluindo o Carnegie Medal por A bússola de ouro; o Whitbread Prize por A luneta âmbar; e o Memorial Astrid Lindgren Prize, pelo conjunto da obra. Em 2004, Pullman foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico.

Escritor britânico Philip Pullman

Arte, música, poemas e histórias: crianças precisam disso? 

As crianças precisam de arte, histórias, poemas e música tanto quanto precisam de amor, comida, ar fresco e brinquedos. Prive uma criança de alimento e os danos rapidamente se tornarão visíveis. Prive uma criança de ar fresco e brinquedos e os danos se tornarão também visíveis, mas não tão rapidamente. Prive uma criança de amor e os danos, embora possam permanecer ocultos por alguns anos, serão permanentes.

Mas prive uma criança de arte, histórias, poemas e música e os danos não serão vistos facilmente. Entretanto, eles estarão lá. Essas crianças, com seus corpos saudáveis, podem correr, pular, nadar e comer vorazmente e fazer muito barulho, como as crianças sempre fizeram – mas algo lhes falta.

É verdade que algumas pessoas crescem sem nenhum contato com arte de qualquer tipo e são perfeitamente felizes, vivem vidas boas e preciosas; pessoas em cujas casas não há livros, e que não ligam muito para pinturas, e não entendem para que serve música. Tudo bem. Conheço pessoas assim. São bons vizinhos e bons cidadãos.

Mas outras pessoas, em algum ponto de sua infância, ou na juventude, ou talvez em seus anos de maturidade, deparam-se com algo com que jamais sonharam – algo que lhes é tão estranho quanto o lado oculto da lua. Um dia, elas são surpreendidas por uma voz no rádio declamando um poema; ou passam por uma casa de janelas abertas e escutam alguém tocando piano; ou vêem a reprodução de uma certa pintura pendurada na parede de alguém e aquilo lhes atinge como uma pancada tão forte e tão gentil, que elas sentem como que uma vertigem. Nada as havia preparado para aquilo. Elas de repente se dão conta de uma fome enorme que existia por dentro, embora não tivessem ideia disso um minuto atrás; fome de alguma coisa tão doce e saborosa que chega a doer-lhes o coração.


Quase choram. Sentem-se tristes e felizes, sozinhas e acolhidas por conta desta experiência sumamente estranha e nova – e anseiam avidamente por ouvir aquela voz do rádio mais de perto, demoram-se ali ao pé da janela, não conseguem desgrudar os olhos da pintura. É isso que queriam, é disso que precisavam – como um homem faminto precisa de alimento –, e não o sabiam. Nem imaginavam.

É isso que acontece a uma criança que precisa de música, pinturas ou poesia, ao se deparar com essas coisas por acaso. Não fosse esse acaso, talvez o encontro jamais ocorresse, e ela passaria a vida inteira num estado de inanição cultural da qual nem teria ideia.

Os efeitos da inanição cultural não fazem alarde, nem são passageiros. Não são facilmente visíveis.

E, como eu sempre digo, algumas pessoas, pessoas boas, bons amigos e bons cidadãos, jamais chegam a viver essa experiência. Estão perfeitamente bem sem isso. Se todos os livros e toda a música e todas as pinturas do mundo desaparecessem da noite para o dia, elas não sentiriam falta; elas nem notariam.


Mas essa fome existe em muitas crianças e, muitas vezes, jamais chega a ser satisfeita, porque jamais foi despertada. Muitas crianças em todos os cantos do mundo estão passando fome pela falta de algo que alimenta e nutre suas almas de uma maneira que nada mais no mundo poderia.

Dizemos, e com razão, que toda criança tem direito a alimentação, a abrigo, a educação, a assistência médica e assim por diante. Mas temos de entender que toda criança tem direito a vivenciar a cultura. Temos de entender verdadeiramente que sem histórias, poemas, pinturas e música, as crianças também passarão fome.

*Artigo de Philip Pullman** por ocasião do 10º aniversário do Prêmio Memorial Astrid Lindgren, em 2012. Traduzido e publicado com permissão. Original AQUI!

Philip Pullman – foto: Clara Molden | The Telegraph


quarta-feira, 30 de março de 2022

O POETA É UM FINGIDOR - FERNANDO PESSOA!

Dia 21 de março foi o dia Internacional da Poesia e  hoje , eu recebi esse texto do meu amigo Jorge Luiz Laranjeira e em se falando de Fernando Pessoa não tem como não postar. 
Vale a pena ler esse texto de Fernando Pessoa dedicado aos amigos.

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.
Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

*Fernando Pessoa.

Quem é Fernando Pessoa?

Fernando Pessoa é um dos mais importantes escritores portugueses do modernismo e poetas de língua portuguesa.

Destacou-se na poesia, com a criação de seus heterônimos sendo considerado uma figura multifacetada. Trabalhou como crítico literário, crítico político, editor, jornalista, publicitário, empresário e astrólogo.

Nessa última tarefa, vale destacar que Fernando Pessoa explorou o campo da astrologia, sendo um exímio astrólogo e apreciador do ocultismo.
Biografia

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, dia 13 de Junho de 1888. Era filho de Joaquim de Seabra Pessoa, natural de Lisboa, e D. Maria Magdalena Pinheiro Nogueira Pessoa, natural dos Açores.

Com apenas 5 anos, Fernando Pessoa ficou órfão de pai, que acometido pela tuberculose, deixou a família em estado de pobreza. Nessa fase, a família decide leiloar as mobílias e passam a viver numa casa mais simples.

No mesmo ano, nasce seu irmão Jorge, que veio a falecer com menos de um ano. Em 1894, com apenas 6 anos, Fernando Pessoa cria seu primeiro heterônimo denominado “Chevalier de Pas”.

Nesse período também escreve seu primeiro poema intitulado “À Minha Querida Mamã”:

Ó terras de Portugal
Ó terras onde eu nasci
Por muito que goste delas
Ainda gosto mais de ti.

Dessa forma, fica claro que desde pequeno Fernando possuía uma inclinação para as letras, línguas e literatura.

Em 1895, sua mãe casa-se novamente com o comandante João Miguel Rosa que fora nomeado cônsul de Portugal em Durban, na África do Sul. Assim, a família passa a viver na África.

Esse fato refletiu substancialmente na sua formação. Isso porque na África recebeu uma educação inglesa, primeiramente num colégio de freiras da West Street e depois na Durban High School.

Outras perdas familiares vieram refletir no estilo de Pessoa. Destacam-se a morte de suas irmãs Madalena Henriqueta, que faleceu em 1901, com apenas 3 anos, e Maria Clara, com apenas 2 anos, em 1904.

Em 1902, já com 14 anos, a família retorna à Lisboa. Três anos mais tarde, matricula-se na Faculdade de Letras no curso de Filosofia, porém não chega a concluir o curso.

Começa a dedicar-se à literatura e a partir de 1915 junta-se a um grupo de intelectuais. Destacam-se os escritores portugueses modernistas: Mario de Sá-Carneiro (1890-1916) e Almada Negreiros (1893-1970).

Fundou a "Revista Orfeu" e, em 1916, seu amigo Mário de Sá-Carneiro suicida-se. Em 1921, Pessoa funda a Editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.

Em 1924 funda a Revista “Atena”, ao lado de Ruy Vaz e em 1926, trabalha como codiretor da “Revista de Comércio e Contabilidade”. No ano seguinte, passa a colaborar com a "Revista Presença".


Fernando Pessoa faleceu em sua cidade natal, dia 30 de Novembro de 1935, vítima de cirrose hepática, com 47 anos.

No leito de morte sua última frase foi escrita, em inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935:


“I know not what tomorrow will bring” (Não sei o que o amanhã trará).
Obras e Características

Fernando Pessoa é dono de uma vasta obra, ainda que tenha publicado somente 4 obras em vida. Escreveu poesia e prosa em português, inglês e francês, além de ter trabalhado com traduções e críticas.

Sua poesia é repleta de lirismo e subjetividade, voltada para a metalinguagem. Os temas explorados pelo poeta são dos mais variados, embora tenha escrito muito sobre sua terra natal, Portugal.
Obras publicadas em Vida
35 Sonnets (1918)
Antinous (1918)
English Poems, I, II e III (1921)
Mensagem (1934)
Algumas Obras Póstumas
Poesias de Fernando Pessoa (1942)
A Nova Poesia Portuguesa (1944)
Poemas Dramáticos (1952)
Novas Poesias Inéditas (1973)
Poemas Ingleses Publicados por Fernando Pessoa (1974)
Cartas de Amor de Fernando Pessoa (1978)
Sobre Portugal (1979)
Textos de Crítica e de Intervenção (1980)
Obra Poética de Fernando Pessoa (1986)
Primeiro Fausto (1986)

Segue abaixo um de seus poemas mais emblemáticos do poeta:

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.

AINDA O BUGIO!



Registro do Ritmo Musical- Bugio como Patrimônio Imaterial do Estado
No dia 28 de março de 2022, ocorreu a primeira reunião de sensibilização para o processo de registro do ritmo musical - Bugio, como Patrimônio Imaterial do Estado para a comunidade assisense, destacando a presença dos músicos, escritores, poetas, tradicionalistas, entidades, clubes de serviços, Prefeito, Vice Prefeito, Secretários Municipais, demais autoridades e apoiadores.

A Diretora de Cultura do município - Prescilla Saquett, explanou sobre as ações que já foram realizadas até o momento. Colocou também que a caminhada é longa e vamos precisar de todos. Destacou que não estão discutindo a origem do ritmo e sim estão buscando o reconhecimento do Estado.

Valdevi de Lima Maciel - Historiador e Tradicionalista colocou da importância de estarmos todos juntos nessa causa tão nobre para a história do município. E convocou os presentes para abraçarem essa causa.
Ao final foi realizado pelo amigo Aureleano Pires uma prece a saúde do Salvador Ferrando Lamberty.

O próximo passo é começar a inventariação da documentação. Se o município de São Francisco de Assis está nesse processo, deve-se muito a ele que iniciou toda a pesquisa, Salvador Ferrando Lamberty.

O encontro foi proveitoso, apesar de me parecer mais politico do que cultural, assistindo o deslumbramento da parte política por ter tido 3 minutos na RBSTV, muitas coisas ainda faltam serem ditas. 
O bugio é um Patrimônio nosso, de São Chico de Assis, e ponto. 
O interesse de São Chico de Paula, do Jornalista e dos Políticos que encabeçam esse movimento é porque eles não tem nada, nem história. Nunca houve briga de que o Bugio é daqui ou dali, culturalmente falando, isso pouco importa para quem faz cultura, mas para a cidade, para o turismo e para algumas pessoas que vivem disso,  é importante saber que o bugio não tem  história.

 Muitas coisas ainda tem que serem feitas, principalmente um debate, uma discussão sobre o assunto, com as pessoas, principalmente com quem faz cultura no município. Entregar um patrimônio, simplesmente por conta de um sonhado espaço maior na mídia, é muito pouco, e podemos sim, ter esse espaço, exatamente fazendo o que nunca foi feito, um trabalho cultural sobre o bugio, um espaço de cultura para o bugio, a volta imediata do festival QUERÊNCIA DO BUGIO, a inserção da cultura nas escolas municipais, a abertura de espaços de cultura nos bairros, a criação de eventos para a divulgação do bugio, a colocação de placas e um pórtico dizendo que o bugio é daqui e tantos outros fatos que façam o bugio ser reconhecido no estado, e assim, com o tempo, ele por conta própria, se tornará um Patrimônio do Rio Grande do Sul e do Brasil.

QUAL A MINHA PREOCUPAÇÃO?
Há mais de 30 anos que lutamos para manter vivo o bugio, num tempo em que nem os grupos musicais  querem gravar bugios, não tocam em bailes e nada fazem pelo ritmo, nós continuamos fazendo com que esse conhecimento não caia no esquecimento, agora, simplesmente, em nome de algo que ainda não se sabe, abrir mão de tudo isso, acho um tanto temerário, porque, se é pensando em colher frutos financeiros, tirem seus burros d'água, porque para nós sempre sobrará muito pouco. 

RESUMO:
Temos um pote de ouro nas mãos e alguém que queria ter esse ouro, quer nos abraçar e dividir, simplesmente porque ele acha que esse ouro é de todos, mas quando estávamos cavando, buscando, procurando, eles estavam na sombra, de braços cruzados, agora querem dividir. 
Dividir oque? 
Vão nos ressarcir dos prejuízos que tivemos ou só querem os lucros?

ENTÃO TU ÉS CONTRA QUE TORNE O BUGIO PATRIMÔNIO CULTURAL DO ESTADO?
Claro que não. Nunca serei contra, só penso que não é dessa forma, sensacionalista e apressado que as coisas devam acontecer, visto que, quem realmente lutou pelo bugio esses anos todos, nem foram ouvidos, quissá, lembrados. 
E, talvez, para que isso acontece, lá se irão 10 anos, e nesse período, ficaremos de braços cruzados esperando por verbas do estado ou do Pais?

O que precisamos urgentemente é fazer o festival Querência do Bugio, fazer um grupo de estudo da viabilidade dos prós e contras, abrir mão de algo tão valioso, que algumas cidades já tentaram se apoderarem e não conseguiram, agora algumas pessoas querem abrir mão?

Pense...reflita...e não coloquem tudo à perder.



TEM GAÚCHOS NO FESTIVAL TOCANTINENSE


Estamos concorrendo com o Tema RIO ARAGUAIA com letra minha e música de Arison Martins, nas vozes de Arison & e Emerson, representando São Francisco de Assis e São Vicente do Sul e obviamente o Rio Grande do Sul, nesse que é um dos Maiores festivais de músicas do Brasil, com mais de 1700 músicas inscritas, nós estamos com um tema e uma melodia sobre o rio Araguaia, uma guarânia Pantaneira. 

Leia a baixo a mateira completa da divulgação desse festival, e a partir do dia 1º de Abril, precisaremos de todos vocês, numa escolha com votos pela internet.

Contamos com todos!

Matéria de divulgação do festival

Com representantes de vários estados, festival tocantinense anuncia músicas classificadas
A próxima etapa é a votação popular no site do festival a partir do dia 1º de abril e a finalíssima, diante de comissão julgadora, no dia 26

Por: Redação

“Fomos surpreendidos pela quantidade de trabalhos que chegaram de todo o País”, afirma Beto Naves, um dos organizadores do evento. “Este será um dos maiores festivais de todos os tempos no Estado”, completa Paulo Albuquerque, que também está à frente do festival. O MeToca acontece graças a uma emenda do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, com recursos da Secretaria de Cultura do Governo do Estado do Tocantins.


Os compositores trabalharam em tempo recorde para pesquisar e compor obras com temáticas pré-determinadas pela organização. “Quisemos estimular o que é relevante tanto para o meio ambiente quanto para o aspecto do turismo do Estado”, afirma Rogério Schalch, dirigente da Veros Ambiental, entidade que gere os recursos do MeToca.

Os concorrentes, dentro de suas linguagens musicais próprias, trabalharam textos de acordo com as seguintes temáticas: (i) Arquipélago do Tropeço; (ii) Bico do Papagaio; (iii) Cerrado; (iv) Ilha do Bananal; (v) Jalapão; (vi) Lago de Palmas; (vii) Rio Araguaia; (viii) Rio Tocantins; (ix) Serras Gerais; e (x) Taquaruçu.


30 músicas


Segundo o regulamento, a pré-seleção contemplaria 30 músicas, ou seja, até três obras dentro de cada tema. O tema Serras Gerais, no entanto, teve apenas uma música classificada segundo os critérios do Festival. Os organizadores decidiram então classificar mais duas músicas em temas que tiveram grande demanda de concorrentes: Bico do Papagaio e Rio Araguaia.


A música selecionada dentro do tema Serras Gerais já está automaticamente na final. As demais irão concorrer no voto popular, que vai escolher o primeiro lugar dentro de cada um dos nove temas restantes. A votação acontece exclusivamente no site do festival www.festivalmetoca.com.br, entre os dias 1º e 15 de abril. As músicas estarão disponíveis para audiência, e cada pessoa poderá votar em apenas uma música dentro de cada um dos temas.


Após encerrar a votação, a comissão organizadora dará um prazo para que os concorrentes apresentem clipes das 10 músicas vencedoras, e estas irão à votação de um juri composto especialmente para escolher os ganhadores do MeToca, no dia 26 de abril.


Serão distribuídos os seguintes prêmios: cada um dos 10 classificados receberá: R$ 1.500,00; o primeiro lugar ganha: R$ 10.000,00; o segundo: R$ 7.000,00; o terceiro: R$ 5.000,00; o quarto: R$ 3.000,00; e o quinto: R$ 2.000,00.



A final do festival será ao vivo no dia 26 de abril, com show de encerramento de Oswaldo Montenegro.

Classificados por ordem alfabética

Classificados por ordem alfabética

TEMA: TROPEÇO

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Soneto do nosso Tropeço

Zebeto Correa (autoria: Zebeto Correa e Tavinho Limma)

Belo Horizonte - MG

Tropeço

Dorivã Borges (autoria: Dorivã)

Luzimangues - TO

Tropeço e sua beleza

Walter Pereira (autoria: Walter Pereira)

Peixe - TO

 

TEMA: ILHA DO BANANAL

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

A fera da Ilha

Chico Chokolate (autoria: Antônio Roveroni e Chico Chokolate)

Gurupi - TO

Bananais no sertão

Ulisses Cândido (autoria: Ulisses Cândido)

Brasília - DF

Iny - Povos da Ilha

Branco, Diva e Renato Barros (autoria: Branco Barros e Diva Barros)

Cuiabá - MT

 

TEMA: TAQUARUÇU

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Banho de sol

Madian Braga (autoria: Madian Braga)

Araguaína - TO

Sagrado céu Taquaruçu

Clara Garcia (autoria: Selma Terra e Clara Garcia)

Gurupi - TO

Taquaruçu

Querenhapuque (autoria: Claudineia Carvalho e Querenhapuque)

Palmas - TO

 

TEMA: SERRAS GERAIS

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Serras Gerais

Matheus Mancine (autoria: Matheus Mancine)

Luzimangues - TO

 

TEMA: RIO TOCANTINS

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Canção do meu lugar

Diomar Naves (autoria: Darlene Magalhães e Francisco)

Palmas – TO

Nas águas do Tocantins

Lucas Madi (autoria: Lucas Madi e Bruno Kohl)

Porto Belo - SC

Rio Tocantins

Genésio Tocantins – Juraíldes (autoria: Genésio, Juraíldes e J. Santos)

Palmas - TO; Goiânia - GO

 

TEMA: RIO ARAGUAIA

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Araguaia após Calipso

Braguinha Barroso (autoria: Braguinha Barroso)

Palmas - TO

De volta em tuas águas

Arison & Emerson (autoria: Arison Martins e Paulo Ricardo Costa)

São Vicente do Sul - RS

Mais uma de pescador

Nice Albano e Zé Moraes (autoria: Nice Albano e Zé Moraes)

Araguaína - TO

Palmas para os rios

Nando Soares (autoria: Juca Moraes, Volmar Camargo, Edsom Macuglia e Nando Soares)

Cruz Alta - RS

 

TEMA: LAGO DE PALMAS

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Lago encantado

Nando Soares (autoria: Juca Moraes, Volmar Camargo, Beto Barcellos e Nando Soares)

Cruz Alta - RS

No lago de Palmas

Wolf Borges (autoria: Wolf Borges)

Poços de Caldas - MG

Beleza sem igual

Frederico e Fabrício Alves (autoria: Frederico Alves e Fabrício Alves

Gurupi – TO

 

TEMA: JALAPÃO

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Jalapão encantado

Renato Borges (autoria: Renato Borges)

Manaus – AM

Jalapão

Leandra Leon (autoria: Lidiane Martins da Silva)

Uberlândia – MG; Frutal - MG

Menino Jalapão

Junior 7 Cordas (autoria: Thimeraçuí da Silva Morais)

Palmas – TO

 

TEMA: CERRADO

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Cadê meu cerradinho

Genésio Tocantins (autoria: Genésio Tocantins)

Palmas – TO

Coco cerrado

Bilora (autoria: Valmir R. de Carvalho – Bilora)

Contagem – MG

O cerrado entende

Anderson Camacho (autoria: Anderson Camacho)

Araguaína – TO

 

TEMA: BICO DO PAPAGAIO

INTÉPRETE E AUTORES

CIDADE/ESTADO

Bico do Papagaio

Lucimar (autoria: Lucimar)

Palmas – TO

Macete e Machado

Josifran (autoria: Josifran)

Paço do Lumiar – MA

Mamãe Maysa

Laysa Viana (autoria: Sidneis Viana)

Palmas – TO

Saudades Babaçu

Clarisse Martins (autoria: Thimeraçuí da Silva Morais)

Palmas – TO

 Mais informações: 63 99914-9587 (WhatsApp), com Paulo Albuquerque

terça-feira, 29 de março de 2022

ANO QUE VEM - 100 ANOS DA REVOLUÇÃO DE 23

 Ano que vem acontecerá os 100 anos da Revolução de 1923 - e desde já, estamos preparando materiais para que as pessoas não esqueçam esse movimento armado que repartiu a população do Rio Grande dos Sul, entre Chimangos e Maragatos, e que, até hoje, ainda deixa uma lacuna, de quem foram os Assisenses que tombaram na Praça Coronel Manoel Viana, naquele fatídico amanhecer de Outubro de 23.

Alguns assisenses que fizeram parta das Culuna do Honório Lemes na Revolução de 23 e aqui consigo resgatar as fotos de dois deles: Cel. Paulino Cipriano Haigert (Cel. Pimba) e Dr. Antero Marques, ambos revolucionários que combateram na mais sangrenta revolução do século passado.


Foto tirada momentos antes do combate de Santa Maria Chico em Dom Pedrito em 1923. O primeiro a esquerda é o Dr. José Narciso Antunes e o velho ao centro de bombachas brancas é o célebre degolador de 93 coronel Adão La Torre, momentos antes de morrer. ( cortesia da professora Ana Regina Fernandes Antunes de Rosário do Sul ,nora de José Antunes)
Flagrante histórico da revolução de 1923 em Dom Pedrito, no passo do rio Santa Maria Chico momentos antes do combate quando foram atacados de surpresa por Flores da Cunha e Nepomuceno Saraiva. (cortesia da professora Ana Regina Fernandes Antunes)
Foto tirada dentro da prefeitura de Alegrete após a cidade ser ocupada por Honório Lemes. Em primeiro plano os 9 irmãos Alves e a esquerda de H. Lemes o Dr. Alexandre e o Dr. Antero Marques. ( cortesia do Dr. Carlos Roberto Dias Roque- Mano Roque). 
Honório Lemes e o filho Nolo em frente Igreja Matriz de Dom Pedrito cercados por fanáticas moças daquela cidade.
Estancia da Serra na Serra do Caverá em Rosário do Sul. Na foto em os três pé são os coronéis Quinote Bueno, Paulino Cipriano Heygert (o Pimba) e Iracildes Conceição.
Sentados jornalista Julio Ruas, coronel Áfrico Serpa, General Honório Lemes, coronel Virgilio Viana e Rafael Giordani.
Outro bravo das forças de Honório Lemes, coronel Hortêncio Rodrigues e a esposa, depois da revolução em São Francisco de Assis.
Honório Lemes desfila nos braços de admiradoras pelo centro da cidade de São Gabriel após a ocupação daquela cidade. Foto tirada por Isaias Evangelho. (cortesia da familia do saudoso Amigo Neri Xavier).
A esquerda, o genro Antonio (Tunica) Silveira, Adalgisa (filha), Gaspar (filho), Ambrozina (filha), Adalgisa Silveira Lemes (esposa) e Nolo Lemes (filho). (Cortezia familia do saudoso amigo Neri Xavier)

Honório Lemes cercado por fanáticas moças maragatas de Rosário do Sul na praça central daquela cidade em 1924. 
Revolucionários da coluna Honório Lemes. Gauchada do capitão Delibio Marques, pai do seu Enedino Marques.







quarta-feira, 23 de março de 2022

São Chico de Paula e São Chico de Assis

(Foto do G1 - RBSTV)

             Duas cidades, uma serrana e outra na fronteira oeste do estado, uma São Chico de Paula a outra São Chico de Assis, uma que tem o Ronco do Bugio e a outra a Querência do Bugio, se irmanam no intuito de unir num só pensamento a valorização do ritmo bugio, esse balanço sincopado que nasceu numa cordeona gaúcha e que há muito tempo vem embalando as noites desse estado, tão rico em musicalidade e cultura.

            Ver os dois município ligados num só pensamento e irmanados num só sentimento é muito bom, mas nunca devemos esquecer que essa valorização tem que ser da cultura e não da politica, apesar de que, nada se faz nesse País sem politica, mas quando se pões interesses maiores que os da cultura, temos que termos muito cuidado, porque árvore sem raiz não para em pé.

            O encontro, do retrato acima, acontecido na São Chico serrana, mostra o passo que está sendo dado para levar adiante esse projeto de tornar o Bugio um Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul e do Brasil, que seja feito, mas que a pressa não venha colocar a tropa estourada. 

terça-feira, 22 de março de 2022

35ª EDIÇÃO DO FESTIVAL CARIJO DA CANÇÃO

CARIJEIRO DE PRIMEIRA RONDA? 
FIQUE POR DENTRO DO REGULAMENTO DESTA 35ª EDIÇÃO DO FESTIVAL DA PALMEIRA

        No objetivo de favorecer a revelação de novos talentos, incentivar a criatividade poética e musical, além de fortalecer a nossa cultura, Carijo da Canção Gaúcha já está com inscrições abertas e premiações desta edição chegam a 10 mil reais
        Neste ano de 2022 o Carijo da Canção Gaúcha vai para a sua 35ª edição e já se consolida como um dos maiores Festivais nativista do país. Centenas de artistas já defenderam suas canções sempre inéditas no palco do Pavilhão de Eventos do Parque de Exposições Tealmo José Schardong, em Palmeira das Missões; e agora esse evento, que sempre esteve no coração de cada palmeirense e gaúcho de todas as querências, está de volta: depois de dois anos de pandemia, o Carijo volta a ser realizado de maneira presencial e com participação de público.
        Mas para quem ainda está com poucos outonos em suas costas, talvez o Carijo ainda seja novidade. Vale então lembrar: muito mais do que o belo e característico acampamento da cidade de lona, esse evento tem na sua constituição uma fraterna e idílica competição musical, que antes de qualquer intérprete, tem como maior ganhadora disso tudo a cultura gaúcha. Para entender melhor como tudo isso funciona, preparamos esse material especial sobre o nosso Festival, explicando resumidamente um pouco do seu regulamento, tanto para quem vai competir, quanto para quem vai prestigiar o evento.

AS INSCRIÇÕES: Já foram iniciadas, no último dia 15, as inscrições para apresentações no Carijo. São feitas exclusivamente pelo site do Festival e se estendem até as 23h59m do dia 15 de abril. No ato das inscrições o artista já deve escolher a modalidade desejada - local ou regional; preencher a ficha de inscrição informando os autores da letra e da melodia da canção e demais informações; e por fim anexar o áudio em formato MP3 com cópia da letra, com título e ritmo da composição. Depois de efetuada a inscrição suas informações não podem ser alteradas.
 
A COMPETIÇÃO LOCAL: Podem participar na modalidade local apenas artistas residentes em Palmeira das Missões a pelo menos seis meses antes do início do Festival. De todos os inscritos pelo site, a triagem às cegas - com base nos materiais fornecidos no ato de inscrição - vai selecionar dez músicas a serem defendidas pelos seus músicos na primeira noite do Carijo, no caso, no dia 26 de maio de 2022, este momento é o que os carijeiros chamam de Primeira Ronda. Desta noite saem quatro canções finalistas, elas já ganham quatro troféus de participação no evento.

A COMPETIÇÃO GERAL: Participam dessa modalidade artistas de todo o Mercosul, com letras em português. Desta vez 18 canções são selecionadas na triagem, para se apresentarem na Segunda Ronda do Festival, do dia 27; e na Terceira Ronda, do dia 28. Das 18 apresentações apenas 12 irão para a final. Por sua vez, a final acontece na noite de encerramento do Carijo, no domingo dia 29. Nesta noite 16 canções são defendidas pela segunda vez e além da colocação geral, elas concorrem também nas premiações paralelas.

AS CANÇÕES DO FESTIVAL: Elas precisam ser inéditas. Isso significa que podem até ter sido defendidas em outros festivais, mas não podem ter sido premiadas, nem gravadas, nem utilizadas em qualquer outra ocasião comercial. Eles devem ter no máximo quatro minutos e trinta segundos, podem ser fruto do trabalho de no máximo oito pessoas, e ao menos três artistas precisam subir ao palco para defendê-la, em canto e melodia. Qualquer instrumento pode ser utilizado, e inclusive uma bateria fica sempre a disposição dos artistas já no palco. O que não pode é descaracterizar a linha musical do Carijo. Todas as músicas deixam de ser gravadas em CD e DVD para serem disponibilizadas online em plataformas de streaming.

AS APRESENTAÇÕES: O mais importante, todos os participantes devem estar devidamente pilchados para subir ao palco do Carijo. Antes disso, cada compositor pode inscrever, de maneira individual ou colaborativa, o número de até cinco canções. Sendo que, no máximo, apenas duas destas poderão ser classificadas para a fase local e geral de apresentações. Se cumprir os requisitos, o mesmo artista pode se inscrever para ambas as fases - local ou geral. O intérprete ainda pode defender até duas músicas no Festival, podendo participar de uma terceira como instrumentalista. Instrumentalistas podem defender três canções ao total.
Todos os artistas participantes do Festival podem também participar de Tertúlias, sem direito à cachê, no Palco Paralelo do Carijo, exceto de suas músicas selecionadas para a competição. Todas as músicas selecionadas na etapa de triagem devem ser autorizadas pelos seus autores para gravação e veiculação pela organização do Evento. Essa autorização deve ser feita até o dia 02 de maio, via correio ou pessoalmente para o endereço da Secretaria Municipal de Cultura.

OS RECURSOS AOS PARTICIPANTES: Cada participante classificado para a fase local receberá o valor de R$2000,00. Já os participantes da Segunda Ronda, pertencentes a primeira noite da fase geral, receberão R$4000,00 por música; por fim, os participantes da Terceira Ronda, pertencentes a segunda noite da fase geral, receberão R$3500,00 por música. O Festival não fornecerá alimentação e hospedagem para os participantes.

A COMISSÃO ORGANIZADORA E JULGADORA: A Comissão Organizadora do Carijo, presidida pelo Prefeito Municipal Evandro Luís Massing, é composta por várias coordenações e tem como responsabilidade integral a organização do 35º Carijo da Canção Gaúcha. É a Comissão Organizadora quem escolhe a Comissão Julgadora do Festival: que deve ser composta por cinco pessoas com notório conhecimento poético e musical, sendo obrigatória a presença de no mínimo uma mulher e um palmeirense integrando esse júri.

A PREVENÇÃO CONTRA O COVID: Em função da pandemia, a Comissão Organizadora do Carijo tem como recomendação oficial a todos os inscritos no Festival que cumpram o esquema vacinal contra a covid-19 por completo, tomando todas as doses de vacina indicadas. Além disso, todos os artistas serão testados antes das apresentações, e deverão estar negativados para poder subir ao palco.

AS VEDAÇÕES: É proibida a participação de autores e intérpretes com vínculo de parentesco consanguíneo ou por afinidade em até terceiro grau em relação aos jurados. Igualmente não poderão participar da competição membros da Comissão Organizadora.
 
PRÊMIOS:
PREMIAÇÃO PARALELA: Melhor Intérprete; Melhor Instrumentalista; Melhor Arranjo Instrumental; Melhor Arranjo Vocal; Melhor Trabalho Poético; Melhor Trabalho sobre a história de Palmeira das Missões; Melhor Tema Ecológico; Música Mais Popular; Melhor Composição sobre a temática Erva-Mate; Destaque Feminino do Festival: MIL REAIS PARA CADA CATEGORIA.
PRIMEIRO LUGAR DO CARIJO: 10 MIL REAIS
SEGUNDO LUGAR DO CARIJO: 7 MIL REAIS
TERCEIRO LUGAR DO CARIJO: 5 MIL REAIS

E aí, deu pra entender como vai acontecer esse 35º Carijo da Canção Gaúcha? Tá com dúvida? Então acesse aqui [ https://www.carijo.rs/index.php?mn=conteudo&id=8 ] o Regulamento completo da competição, ou entre em contato com a Secretaria de Cultura e Turismo através do Facebook @SecretariaCulturaPalmeira ou Instagram @SecretariadeCulturaPM. Fica ligado que na semana que vem falamos do Carijinho e também da mais nova competição do Carijo: nosso Festival de Dança Nativista!