terça-feira, 26 de abril de 2022

ARISON & EMERSON NO FESTIVAL ME TOCA DE TOCANTINS

 

Já estão em Tocantins Arison & Emerson e ontem a noite ensaiaram com mais um músico que estará, com eles ao palco. tocando viola. Conversei ontem e hoje, com ambos e estão sendo muito bem tratados e acolhidos pelo povo Tocantinense e alguns Gaúchos que lá residem, como é o caso de nosso irmão Assisense Moser Côrtes, que por muitos anos viveu em São Chico de Assis, de uma família de grandes músicos, visto que é sobrinho do Cantor Eri Côrtes,  e tocou muito tempo noite assisense. Moser esteve no Hotel e a amizade de longo tempo fez com pudessem reviver a boa terra de São Chico de Assis e São Vicente do Sul. Ontem também, teve a presença da imprensa local, no hotel onde estão hospedados os músicos que irão ao palco nesse festival que foi Idealizado pelo ativista Beto Naves com produção de Paulo Albuquerque e Rogério Scheich (Veros Ambiental), chega ao final nesta terça-feira (26) o primeiro Festival Me Toca de músicas inéditas. Com concorrência aberta para todo o Brasil, dez canções (abaixo) foram selecionadas, uma em cada tema (Arquipélago do Tropeço, Bico do Papagaio, Cerrado, Ilha do Bananal, Jalapão, Lago de Palmas, Rio Araguaia, Rio Tocantins, Serras Gerais e Taquaruçu). Agora, as dez músicas buscam os prêmios concorrendo entre si, independentemente do tema. 

O festival além da premiação em dinheiro: R$ 10 mil para o primeiro lugar; R$ 7 mil para o segundo; R$ 5 mil para o terceiro; R$ 3 mil para o quarto; e R$ 2 mil para o quinto. O evento, começa às 20h e será transmitido ao vivo pelo portal www.g1tocantins.com.br direto do auditório Cuíca, no campus da Universidade Federal do Tocantins, em Palmas.

Comissão julgadora

A comissão que irá escolher as vencedoras do Festival é composta por Alexandre Freitas, de São Paulo - violonista e guitarrista, arranjador e produtor musical; licenciado em Educação Musical, habilitação em Guitarra, graduado em 2014. Fábio Geriz, de Tocantins – músico, compositor e multi-instrumentista. Estudou no Conservatório Vivace de Música; trabalha como professor de piano e produtor musical. Joílson Lima, da Paraíba - trabalha com música desde 1980, percussionista, bateirista e vocalista; ativista cultural, griô de culturas populares; educador musical. Léo Pinheiro, do Tocantins - músico, compositor e cantor; lançou seis discos e cantou com artistas como Lenine e Zélia Duncan; recentemente foi destaque no The Voice, da Rede Globo. Tião Pinheirode Goiás/Tocantins - poeta com cinco livros publicados; compositor com três discos lançados e músicas gravadas por artistas como Oswaldo Montenegro, Trio Yucatan e Paulinho Pedra Azul.

Oswaldo Montenegro

Entre a apresentação dos finalistas e o anúncio dos vencedores sobe ao palco a maior atração do festival, Oswaldo Montenegro. O artista, que está apresentando seu mais recente trabalho ‘Lembrei de nós’, dá pequena pausa em sua turnê pelo Brasil para essa apresentação especial na final do Festival Me Toca. Oswaldo é um dos mais premiados artistas brasileiros, e ganhou destaque nacional e internacional exatamente por suas participações nos festivais da MPB na década de 1980.

Finalistas (por ordem de apresentação)

Música: A FERA DA ILHA (de Antônio Roveroni e Chico Chokolate) com interpretação de Chico Chokolate.

Música: NAS ÁGUAS DO TOCANTINS (autoria: Lucas Madi e Bruno Kohl) com interpretação de Lucas Madi.

Música: JALAPÃO ENCANTADO (de Renato Borges) com interpretação de Renato Borges.

Música: TROPEÇO E SUA BELEZA - (autoria: Walter Pereira) com interpretação de Walter Pereira.

Música: NO LAGO DE PALMAS (de Wolf Borges) com interpretação de Wolf Borges.

Música: BICO DO PAPAGAIO (de Lucimar) com interpretação de Lucimar.

Música: CADÊ MEU CERRADINHO (de Genésio Tocantins) com interpretação de Genésio Tocantins.

Música: SERRAS GERAIS (autoria: Matheus Macine) com interpretação de Matheus Mancine.

Música: DE VOLTA EM TUAS ÁGUAS (Arison Martins e Paulo Ricardo Costa) com interpretação de Arison & Emerson.

Música: SAGRADO CÉU TAQUARUÇU - (autoria: Selma Terra e Clara Garcia) com interpretação de Clara Garcia.

segunda-feira, 25 de abril de 2022

MÚSICAS CLASSIFICADAS PARA A 28ª SAPECADA


Comissão de Triagem da 28ª Sapecada

Foi finalizada neste domingo, 24 de abril, a triagem das canções inscritas para a 28ª Sapecada da Canção Nativa, festival que acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de junho, na cidade catarinense de Lages.

A comissão avaliadora foi reuniada no Mercado público de Lages para selecionar 32 composições inéditas, sendo 16 para a Sapecada da Canção e 16 para a Sapecada da Serra Catarinense, considerada como ema fase regional do certame. Participaram os jurados: Bruno Fortkamp, Cristian Camargo, Francisco Brasil, James Michaltchuck, Pedro Kaltbach e Pirisca Grecco.

Ao todo, foram analisadas 706 músicas, das quais, 538 inscritas na Sapecada da Canção e 178 na Sapecada da Serra.
As canções selecionadas para a 28ª Sapecada da Canção Nativa são as seguintes:
1. N’ALGUM FIADOR DE RODEIO
Milonga
Letra: Rogério Villagran
Melodia: Kiko Goulart

2. O FRIO QUE NOS ABRIGA
Milonga
Letra: Sérgio Carvalho Pereira
Melodia: Joca Martins/Luciano Fagundes
 
3. DE PERTO
Milonga
Letra: Eduardo Muñoz/José Carlos Batista de Deus
Melodia: Ricardo Rosa
 
4. COXILHA DO SARANDI
Milonga
Letra: Lisandro Amaral
Melodia: Lisandro Amaral

5. ESPELHO DE MIM
Milonga
Letra: Márcio Nunes Correa
Melodia: Raineri Spohr
 
6. CAMPEANDO TABACO
Candombe
Letra: Fábio Maciel
Melodia: Vitor Amorim
 
7. VOLTEI!
Milonga
Letra: Evair Gomez
Melodia: Juliano Gomes
 
8. JUAN MARIA
Milonga
Letra: Evair Gomez
Melodia: Juliano Gomes

9. SAUDADE
Milonga
Letra: Guilherme Collares
Melodia: Roberto Luzardo

10. O BREVE DO AMOR INTENSO
Milonga
Letra: Gujo Teixeira
Melodia: Cícero Camargo
 
11. TAVA CULERA
Chamarra
Letra: Rogério Ávila
Melodia: Carlos Madruga
 
12. PRA SEMPRE, CHINOQUINHA!
Chamamé
Letra: Hélvio Casalinho/Jari Terres
Melodia: Jari Terres
 
13. REVISITANDO
Mazurca
Letra: Márcio Nunes Corrêa/Eduardo Muñoz
Melodia: Cícero Camargo
 
14. DIA DE CHUVA
Milonga
Letra: Edilberto Teixeira
Melodia: André Teixeira
 
15. TARDE DE INVERNO
Rasguido
Letra: Edilberto Teixeira
Melodia: André Teixeira
 
16. MIGUELITO
Xote
Letra: Paulo Ozório Lemes
Melodia: Alex Har

Colaboração: Leandro Godinho/Pirisca Grecco

Fonte: Blog Ronda dos Festivais

PEDRO JÚNIOR DA FONTOURA E PAULO DE FREITAS MENDONÇA

Bela matéria, desse final de semana, do Jornal Diário do Iguaçu de Chapecó, assinada pelo amigo Radialista e grande conhecedor da cultura Riograndense  César da Luz, falando de dois grandes Pajadores gaúchos que estiveram recentemente nas Criollas del Prado, em Montevideo, no Uruguai, me refiro a Pedro Júnior da Fontoura e Paulo de Freitas Mendonça, que ja perderam as constas quantas vezes andaram pela Latino América, Asia e Europa, levando o verso terrunho em linguajar bem Gaúcho.

Deixo aqui a Matéria na Integra para que possam conhecer, reconhecer e valorizar a cultura desse vasto Pampa continentino, tão rico, mas ao mesmo tempo tão esquecido, onde somente os teimosos, quais à nos, que continuam de pé fincado para não deixar essa cultura cair nas mazelas do modernismo.


Deixo aqui uma Pajada do Pedro Junior da Fontoura nesse Palco Memorável das Criollas del Prado nesse ano de 22. 

sexta-feira, 22 de abril de 2022

PARTEIRAS – um trabalho em extinção. Uma missão!

 
A página da Web da Vacaria Nativista que tem à frente à minha amiga Laurita Baldi, traz uma matéria que anda esquecida, as parteiras, essas mulheres que trouxeram à vida muitos de nossos Pais, irmãos e avós. Deixo aqui na integra essa bela Matéria, assinada pela Maria Hilda Pinto Dengo e Ildo Nery. Quem quiser conhecer outras matérias interessantes, entre na Página da Vacaria Nativista no Facebook.

PARTEIRAS – um trabalho em extinção. Uma missão!

Nos tempos de outrora, era muito comum o trabalho das parteiras, afinal somente no início do século XX é que os hospitais começaram a receber mulheres para dar à luz. Embora elas ainda existam, vamos usar o verbo no passado, visto que tal ofício está em extinção, tratando-se de um resgate e, de certa forma, de uma homenagem àquelas mulheres fortes, experientes e entendedoras do assunto de trazer ao mundo um novo ser!
Se pararmos para pensar, as parteiras substituíam um médico! Com habilidade quase que intuitiva, elas mediam a dedos as dilatações uterinas, cortavam o cordão umbilical com precisão e, o mais difícil, retiravam a placenta com a desenvoltura de um profissional da área da saúde.
Durante boa parte da história da humanidade, os partos eram feitos em casa, e as parteiras realizavam um trabalho árduo (tanto física, quanto psicologicamente). Trabalho fundamental, principalmente, no interior, cujos hospitais eram longe, as estradas precárias e o meio de transporte era principalmente o lombo do cavalo. Ainda há que se considerar o tempo. E se porventura desse um temporal? E se fosse de madrugada a lida?
Pois é, daí a importância dessas mulheres (que ainda existem, afinal ainda há localidades precárias espalhadas pelo Brasil que dependem de seus serviços). Obviamente as parteiras também eram comuns nas cidades. Muitos que estão lendo este texto nasceram “em casa”. A frase: “Fulana vai parir, chamem a parteira!”, era de praxe na época. E lá ia ela – no lombo do cavalo, de carroça ou a pé, destemida e sublime ao mesmo tempo.
Se o parto fosse realizado no campo, a lida podia ser bem pior, pois muitas vezes tinha que cruzar matos, rios, se expor aos perigos, como ser picada por uma cobra, ou ainda enfrentar um longo e cansativo trecho.
As parteiras eram fundamentais numa comunidade, seja pela confiança que passavam à gestante, seja pelo ato de trazer ao mundo o recém-nascido, seja pelos saberes transmitidos há gerações. Tal serviço exigia, além da prática adquirida pelos anos de atuação, coragem, conhecimento em protocolos de higiene e estar preparada para falhar, afinal complicações sempre existiram, como o mau posicionamento fetal, falta de dilatação do útero da mãe, pré-eclâmpsia, entre outros.
O pagamento dado ao trabalho podia ser em dinheiro, em alimentos, como queijo, salame, temperos, pães caseiros, uma galinha, um leitão, ou até mesmo ser de graça. Muitas vezes, a parteira abdicava de receber devido às condições financeiras pouco favoráveis da família. Quem sabe, até uma ou outra ainda não colaborava com um cobertorzinho, uma fralda de pano, uma roupinha ou... somente uma palavra de carinho. Que valia muito mais naquele momento mágico – o encontro entre mãe e filho pela primeira vez.
Por tudo isso, VIVA AS PARTEIRAS!
*Se você conhece alguma parteira na região, entre em contato para que possamos entrevistá-la (54 991059878).
Fonte: Internet e familiares

SEPÉ TIARAJÚ NA GUERRA GUARANÍTICA


Sepé Tiaraju é um dos muitos heróis indígenas que não são reconhecidos nos livros de História do Brasil. Sepé Tiaraju foi um guerreiro indígena, considerado santo popular e declarado “herói guarani missioneiro rio-grandense” por lei. Chefe indígena dos Sete Povos das Missões, liderou uma rebelião contra o Tratado de Madri.

Um dos principais episódios da vida de Sepé Tiaraju é a chamada Guerra Guaranítica, na qual Sepé liderou indígenas guaranis na resistência contra a desocupação dos Sete Povos das Missões que os espanhóis pretendiam. A Guerra Guaranítica durou de 1753 a 1756, ano da morte de Sepé Tiaraju.

Em 1750, foi estabelecido o Tratado de Madri entre portugueses e espanhóis. O tratado determinou que Portugal iria ceder a região da Colônia do Sacramento, hoje Uruguai, à Espanha, em troca da cessão do território dos Sete Povos das Missões. A tentativa de desocupação implicava que cerca de 50 mil indígenas fossem expulsos de suas propriedades e deslocados para outro território espanhol. Os indígenas não aceitaram a proposta e tiveram o apoio de padres jesuítas da Companhia de Jesus. A região era rica em gado e foi disputada com armas. Espanhóis e portugueses se juntaram na luta contra os indígenas guaranis.

Em 07 de fevereiro de 1756, o episódio da Batalha de Caiboaté ficou conhecido como uma das piores derrotas dos índios, com 1500 mortos. Entre os mortos estava Sepé Tiaraju. Nesta batalha, Sepé disse uma frase que é hoje reconhecida historicamente e atribuída a sua figura: “Esta terra tem dono.”
A
 história de Sepé Tiaraju tornou-se tema literário. Entre as obras do tipo é considerada a mais importante ‘Romance dos Sete Povos das Missões’, de 1975, de Alcy Cheuiche, que retrata a vida do guerreiro indígena brasileiro.

terça-feira, 19 de abril de 2022

BRIGA DE BUGIO, NÃO! BRIGA DE QUEM CONHECE CULTURA.

         O Poeta Franciscano e um dos grandes conhecedores não só da cultura serrana, como da cultura regional da Pampa Gaucha Léo Ribeiro de Souza, traz, hoje, em sua página da web um texto que relata muito bem a preocupação de tentos pensadores que estão vendo o Bugio, esse ritmo, que por muito tempo ficou esquecido dos holofotes, estar, hoje, no meio de um projeto, que teimo em dizer, que é politiqueiro e sensacionalista, encabeçado por pessoas que pouco ou nada conhecem da cultura desta Pátria tão grande. 

        Há muitos dias que venho pleiteando, quase que sozinho, escrevendo sobre essa pressa de tornar o bugio um Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul e muitas pessoas de cidades que nunca fizeram nada pelo bugio, se dizendo donos da criação e da criatura. 

        Quando me deparei com esse texto tão bem escrito, e com comentário de muitos que conheço, vejo que não estou sozinho, mas também não tenho o poder de mudar o rumo dessa prosa. O engrandecimento de pessoas que nada fazem pela cultura ou que pouco conhecem ou diferenciam cultura de entretenimento é o que me assusta, pois nada, em termos culturais deve nascer sem raiz, sem uma boa aguada e sem os cuidados necessários para frutificar e o que estamos vivenciando é exatamente o contrário, algo feito às pressas, com pessoas desqualificadas para tamanho passo e com a mídia, à mesma que vira às costas paras cidades pequenas e a cultura do interior, à não ser, é claro, que isso traga likes para os que andam atrás de seguidores.

Deixo aqui a preocupação do Léo com o tema.


TENTA ME ESQUECER, TCHÊ !

Através de uma gravação tomei conhecimento que um repórter anda magoado comigo. Acho tudo isso uma situação chata. Só que o vivente em vez preocupar-se com gente graúda, está me dando uma importância que eu não tenho.
Ele é bom no jornalismo mas, vez em quando, mete os pés pelas mãos quando adentra na seara da cultura gaúcha. Compreensível, começou há pouco tempo. E como tem o canhão empresarial da mídia no costado muita gente come pela sua mão.
A revolta deste parceiro se deve por que ele teve a iniciativa de propor o projeto de tornar o ritmo bugio Patrimônio Imaterial do Rio Grande do Sul. Muito bem. Nota dez. Tirando as segundas intenções de ano eleitoral é uma bela proposição. Entretanto, devido a sua vaidade, ninguém mais pode tratar deste assunto. Somente ele. Um simples desenho que fiz "sem avisá-lo" foi o motivo de tudo.
Esse rapaz não entende que, enquanto ele ainda andava nos cueros, Honeyde Bertussi, Edson Dutra, Joao Cincinato, Salvador Lamberty e tantos outros já labutavam pela preservação do ritmo bugio.
Eu tenho que rir, pois sou azarado com esse tipo de pessoa. Escrevi, a pedido de um parceiro, lá no início de março, uma letra sobre este momento de paz entre os São Chicos (de Assis e de Paula). Como o egocentrismo da pessoa a qual me refiro é enorme e a ideia da música não partiu dele, há poucos dias ele também solicitou a dois compositores que fizessem uma letra sobre o mesmo assunto. Fiquei muito abatido, tive gastrite, estourou uma úlcera rsrsr... e acabei pedindo ao gaiteiro que me solicitou a letra que não a gravasse. Não entro nesta briga de bugios. Não preciso de "curtidas" para ganhar meu pão.
Esses dois compositores, que são ótimos em outros estilos musicais mas nunca escreveram um bugio, acabaram fazendo algo "parecido" com o que eu já tinha escrito (claro que foi coincidência). O título da minha música é: O Bugio é Gaúcho. A dos convocados é: É Gaúcho Este Bugio.
Deixa assim. Se eles estão felizes, tudo bem.
Mas o ponto mais triste de toda essa história foi quando o repórter saiu com aquele texto de que o ritmo bugio nasceu de um "ritual sexual" entre os tropeiros e as índias de cima da serra, pondo ao chão tudo aquilo que os Irmãos Bertussi pregavam e defendiam. Misericórdia... Pobre da minha terra. Mas sobre isto vamos tratar em outra oportunidade.
Gaúcho velho. Por admirar parte do teu esforço vou te brindar com uma dica: Continue reproduzindo os vídeos que te mandam (o que já é uma grande coisa) e use dos meios que estão ao teu dispor para trabalhar pelo bem das tradições gaúchas. O mel da lixiguana um dia acaba e os lagartos que hoje te rodeiam amanhã nem se lembrarão de ti.
Ah... e tenta me esquecer por uns tempos.
Legenda: este desenho que "não avisei" que iria fazer é o motivo de toda a mágoa.

A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

O Fim da Escravidão em Petrópolis
            O Evento mais importante realizado no Palácio de Cristal de Petrópolis foi no Domingo de Páscoa de 1888, na qual a Princesa Isabel e seu marido o Conde D’Eu, organizaram uma “festa da liberdade“ e junto a seus filhos, os príncipes Pedro de Alcântara e Dom Luis Maria, entregaram 103 cartas de alforria aos últimos escravos da cidade Imperial, marcando a extinção da escravidão em Petrópolis.
            Estavam na cerimônia o gabinete ministerial de João Alfredo, os abolicionistas André Rebouças e José do Patrocínio e diplomatas dos Estados Unidos e da Alemanha. A maioria das cartas vinham com uma indenização aos seus senhores com notável campanha desenvolvida na cidade.
O fato foi noticiado no periódico abolicionista “Correio Imperial” sob a responsabilidade de um dos filhos de Dona Isabel, o Príncipe Dom Luís de Orleans e Bragança (na época com 10 anos de idade) o conteúdo principal do jornal era a causa abolicionista e notícias de eventos patrocinados pela Família Imperial para arrecadar fundos para a alforria de escravos.
            De acordo com o testemunho do líder abolicionista André Rebouças, a Princesa Isabel e seu marido Conde d’Eu participavam ativamente na proteção de escravos fugitivos em Petrópolis, “no dia 4 de maio de 1888, almoçaram no Palácio Imperial 14 escravos fugidos das Fazendas circunvizinhas de Petrópolis” anotou Rebouças em seu diário.
            Todo o esquema de promoção de fugas e alojamento de escravos foi coordenado pela própria Princesa Isabel e por duas amigas a Condessa da Estrela e a Baronesa de Muritiba.
Na Fala do Trono de 3 de Maio de 1888 a Princesa Regente declarou ao Parlamento: "confio que não hesitareis em apagar do direito pátrio a única exceção que nele figura em antagonismo com o espirito cristão e liberal das nossas instituições"

Fonte: Anuário do Museu Imperial. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro “As camélias do Leblon e a abolição da escravatura.” de Eduardo Silva


segunda-feira, 18 de abril de 2022

Me Toca divulga as 10 canções que irão disputar os prêmios do Festival

IMG-20220409-WA0411 Festival Me Toca anuncia comissão que irá escolher canções finalistas Comissão organizadora confirma que final será presencial, em Palmas, no dia 26 de abril
Comissão julgadora foi composta pelos professores de música: Fábio Geriz (TO), Joílson Lima (PB) e Alexandre Freitas (SP)



Saiu a lista das 10 canções classificadas para a final do 1º Festival Me Toca de músicas inéditas. Conforme previa o regulamento, foi selecionada uma obra por tema. Cada uma das músicas finalistas já tem direito a R$ 1.500,00 de ajuda de custo.

A comissão organizadora resolveu premiar com troféus as músicas mais votadas pelo público em geral dentro de cada tema. A votação ocorreu de 1ª até as 23h59 de 15 de abril no site www.festivalmetoca.com.br

A final do Festival será realizada no dia 26 de abril a partir das 20h no auditório do Cuíca, na Universidade Federal do Tocantins, campus de Palmas. Os concorrentes que por algum motivo não puderem participar ao vivo irão encaminhar clipe para ser exibido.

Será formada uma comissão julgadora para escolher as vencedoras do Me Toca, composta pelos três artistas que fizeram a pré-seleção, acrescida de mais dois nomes de reconhecida capacidade lítero-musical.

Músicas finalistas

Tema Bico do Papagaio – Música: BICO DO PAPAGAIO (de Lucimar) com interpretação de Lucimar.

Tema Cerrado – Música: CADÊ MEU CERRADINHO (de Genésio Tocantins) com interpretação de Genésio Tocantins.

Tema Jalapão – Música: JALAPÃO ENCANTADO (de Renato Borges) com interpretação de Renato Borges.

Tema Ilha do Bananal – Música: A FERA DA ILHA (de Antônio Roveroni e Chico Chokolate) com interpretação de Chico Chokolate.

Tema Lago de Palmas – Música: NO LAGO DE PALMAS (de Wolf Borges) com interpretação de Wolf Borges.

Tema Rio Araguaia – Música: DE VOLTA EM TUAS ÁGUAS (Arison Martins e Paulo Ricardo Costa) com interpretação de Arison & Emerson.

Tema Rio Tocantins – Música: NAS ÁGUAS DO TOCANTINS (autoria: Lucas Madi e Bruno Kohl) com interpretação de Lucas Madi.

Tema Serras Gerais – Música: SERRAS GERAIS (autoria: Matheus Macine) com interpretação de Matheus Mancine.

Tema Taquaruçu – Música: SAGRADO CÉU TAQUARUÇU - (autoria: Selma Terra e Clara Garcia) com interpretação de Clara Garcia.

Tema Arquipélago do Tropeço – Música: TROPEÇO E SUA BELEZA - (autoria: Walter Pereira) com interpretação de Walter Pereira.

Nesta última etapa todos irão lutar em pé de igualdade, independente do Tema, pelos seguintes prêmios: 1º lugar: R$ 10.000,00; 2º lugar: R$ 7.000,00; 3º lugar: R$ 5.000,00; 4º lugar: R$ 3.000,00; 5º lugar: R$ 2.000,00, mais troféus.

quinta-feira, 14 de abril de 2022

GAÚCHOS CLASSIFICADOS ENTRES AS 10 MÚSICAS DO FESTIVAL METOCA DE TOCANTINS!

Com uma ótima aceitação pela Comissão Julgadora do Festival Metoca de Palmas, Tocantins, a nossa música DE VOLTA EM TUAS ÁGUAS, composta por mim e Arison Martins, nas vozes de Arison & Emerson e que fala do RIO ARAGUAIA está entre as 10 que irão ao Palco dia 26 de Abril, às 20:30 horas e que será transmitido pela web, com show de Oswaldo Motenegro.

A Comissão Organizadora, segundo o regulamento, permite duas ocasiões: apresentar um vídeo clipe da música ou apresentar em palco, ao vivo, no dia do evento, em Palmas, Tocantins.  Os organizadores estão forçando a presença de todas as músicas, mas devido a distância e o alto custo das viagens, visto que em passagens sai em torno de 8 mil reais, nós estamos optando em mandar o vídeo. Sabemos que a concorrência por vídeo não é igual a de estar presente no evento, mas também sabemos que, esse valor está fora de nosso orçamento, a não ser que tenha o apoio de alguma empresa ou empresário, que queria nos ajudar.

Mas já estamos muito felizes por saber que, entre as 1763 músicas inscritas, estamos entre as 10 classificadas,  escolhidas pela qualidade musical, visto que, por votação na web não teríamos essa oportunidade.

Essa dobradinha nossa com os meninos Arison & Emerson já deu certo outras vezes, uma delas, no 10º Festival Viola de Todos os Cantos em São Carlo, São Paulo, que vencemos com a música EU E O JOÃO DE BARRO, uma guarânia, que tornou essa dupla conhecida nacionalmente, levando-os para diversos shows no grande estado de São Paulo.

Deixo aqui a música DE VOLTA EM TUAS ÁGUAS


EU E O JOÃO DE BARRO - Arison & Emerson - no Palco do Viola de Todos os Cantos em São Paulo.


7º Esteio da Poesia Gaúcha com mais de 400 poemas inscritos!

O 7º Esteio da Poesia Gaúcha, um festival consolidado pela sua grandeza, esteve nesse ano com mais de 400 poemas inscritos nessa edição, com 129 Poetas, 77 Cidades, 9 estados, mostrando que deixou de ser um festival regional para tornar-se um festival nacional e até internacional, visto que em outras edições, também teve versos do Uruguai e Argentina. Com uma Comissão Organizadora que tem à frente meus amigos Djalma Pacheco e o Paulo Roberto, ambos com uma vasta experiência nos versos, tanto na escrita quanto na declamação, só poderia tornar esse festival do tamanho que merecem.

A Comissão Julgadora Composta por 3 grandes nomes da Poesias, tais quais, LÉO RIBEIRO DE SOUZA, Poeta, historiador, desenhista e de vez em quando metido à dançador; PEDRO JÚNIOR DA FONTOURA, declamador, poeta, escritor, professor de literatura, pajador e de vez em quando namorador; e a única pessoa séria a Adri Braun (Adriana Sirangelo Braun), que dispensa apresentação, pelo sobrenome que carrega.

Parabéns a todos os envolvidos com esse grande evento e estamos só na espera da Comissão Julgadora para saber que serão os privilegiados que estarão nesse palco do Grande Esteio da Poesia e Esteio do amanhã, oportunizando os jovens e crianças a gostarem de poesia.


PEGA DE ARRANQUE - FEZ SUCESSO EM SÃO CHICO!


O Grupo Pega de Arranque, foi um grupo amador de São Francisco de Assis, composto por gente descomprometida com a música profissional, que divertiam o púbico com suas letras jocosas, mas muito bem constituídas. Tinha na figura do Dr. Vasco Aguiar o ponto jocoso, somado com "as colheres" do Preto(Albanês Medeiros), os violões do seu Ciro Vieira de Almeida e Pateco Camargo, a gaita do Valteron Moreira, a voz do Preto Gomes e o leguero do Cláudio Lamberty.

No final dos anos 80 foi o apogeu do grupo, com a participação do 8º Festival da Música Crioula de Santiago em 1988, com a música "Bugio Virado", uma letra de Vasco Aguiar com música de Valteron Moreira, onde levantou o público no Theatro Glória, pela reverencia e bom humor.
Os instrumentos estranhos, sempre fizeram parte do equipamento do grupo. Colheres, porongo, violões com cordas escassas ou arrebentadas, iam para os palcos e eram tirado sons que encantavam a todos da mesma forma, sem muito esforço e delicadeza.

As letras jocosas e criticas eram o ponto forte do grupo, sempre com bom humor e falando dos assuntos cotidianos, participaram de muitos shows e festivais amadores naqueles anos. Sem o compromisso do profissionalismo, deixaram uma marca muito bonita na musicalidade de São Francisco de Assis. Lembro dos ensaios com a presença do seu Nenê Careta, figura legendária e muito carismática, até um tanto engraçado, que os obrigavam a cantar a ROSA, onde sua participação era muito importante, naquelas noites frias na Rua Borges de Medeiros.
Devido ao sucesso do Grupo Pega de Arranque, criaram algumas imitações como o grupo "Só que empurre" e o "Deixa no lançante", mas que não tiveram o mesmo sucesso e durou pouco tempo. Nos eventos mais pomposos, o grupos buscava a participação de músicos profissionais, como é o caso do Luizinho Dornelles e Neiderlã Padilha, que estão nas fotos.

Saudades, desses velhos tempos. Deixo aqui duas fotos, postadas pelo Pateco desse tempo de ouro do Grupo Pega de Arranque. Um tempo que, infelizmente passou e ficou esquecido na memória de muita gente e que vemos se perder com o tempo e que fica só na lembrança de quem ama a cultura desse Rio Grande.




quarta-feira, 13 de abril de 2022

TELMO DE LIMA FREITAS



Filho do oficial do exército Leonardo Francisco Freitas e da campeira Mariana de Lima Freitas, Telmo desde cedo demonstrou que seguiria a carreira musical. Aos dois anos de idade, estampou a capa da Revista Cacimba tendo na mão um cavaquinho, presente de sua madrinha. Mais tarde, recebeu um violão de presente de um amigo.

Aos 14 anos, participou do grupo Quarteto Gaúcho. Nos anos 50, apresentou o programa gauchesco Porongo de Pedra, na Rádio ZYFZ-Fronteira do Sul, de São Borja. Em 1969, participou do primeiro Festival de Música Regionalista organizado pela Rádio Gaúcha.

Em 1973, lançou seu primeiro disco, intitulado O Canto de Telmo de Lima Freitas. Morou durante anos em Uruguaiana e outras cidades do interior como por exemplo Itaqui, durante 4 anos aonde se aposentou como agente da policia Federal. 

Com seus amigos Edson Otto e José Antônio Hahn, criou o grupo Os Cantores dos Sete Povos, com o qual conquistou o troféu Calhandra de Ouro da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1979, com a canção Esquilador. Com o grupo, Telmo participou das 11 primeiras edições do festival.

Em 1980, lançou Alma de Galpão, produzido de maneira independente e financiado pelo grupo Olvebra.

Com o álbum A Mesma Fuça, recebeu o Troféu Açoriano em duas categorias: Melhor Compositor e Melhor CD Regional. É autor do livro de poesias crioulas "De Volta ao Pago", lançado pela Gráfica e Editora Treze de Maio.

Em 2006, Telmo gravou em Porto Alegre uma compilação de sua discografia, denominada Aparte, onde toca com antigos parceiros, como Joãozinho Índio, Luiz Carlos Borges e Paulinho Pires. Aparte é uma produção independente dirigida por sua filha, Ana Elisa de Castro Freitas, com desenho de som de Cristiano Scherer, arranjo vocal da própria Ana Elisa e participação dos netos, João Francisco Freitas Scherer e Carolina Freitas Scherer e trás a percussão assinada pelo filho, Kiko Freitas, que inclui tesouras de tosquia entre os objetos percussivos na clássica faixa Esquilador.

No começo de sua carreira conciliou-a com diversas outras profissões. Foi enfermeiro, peão de estância e trabalhou em lavouras de arroz, além de ter sido agente da Polícia Federal de Porto Alegre.



Antônio Augusto Fagundes - o Nico Fagundes, resume a vida de Telmo de Lima Freitas

Parabéns Dom Telmo de Lima Freitas

O Telmo nasceu na Para-boi, bairro tradicional de São Borja, ali no que sai do cemitério, filho de seu Leonardo Francisco de Freitas, militar do exército, e de dona Mariana de Lima Freitas, dona de casa. Com os seus sete irmãos e irmãs, o menino Telmo se criou nessa chácara que era na realidade uma estanciola com todas as possibilidades de brinquedo para um guri campeiro. 

Ele é sobrinho de um famoso gaiteiro, Cantalício Pires de Lima, conhecido como Três Bugios, por ser o inventor desse ritmo autenticamente gaúcho. A mãe do Telmo, dona Mariana, também beliscava um violão. 

Telmo guri foi aprendiz de sapateiro e meia colher de pedreiro, além de ser exímia foice na lavoura de arroz. Serviu no famoso regimento João Manoel de São Borja, de onde deu baixa como cabo apto à promoção de terceiro sargento. 

Em Nhu-Porã, no interior de São Borja, fez amizade com Cláudio Oraindi Rodrigues, o lendário tio Manduca, e graças a ele conheceu um moço contador que viera de Porto Alegre para trabalhar no bolicho dos Pozueco - seu nome era Aparício da Silva Rillo, que logo se revelaria um grande poeta e pesquisador das coisas do pago. Telmo entra para o serviço federal, mas a sua vocação era mesmo o combate às drogas. 

Criada a Polícia Federal, o gaúcho entra nela como agente e  faz especialização em Brasília e nos Estados Unidos. Exímio atirador, torna-se monitor de tiro. 
Aposenta-se na Polícia Federal com notável folha de serviços e é até hoje um verdadeiro ídolo entre essa elite da nossa polícia: seu nome foi escolhido para dar título ao Galpão Crioulo da Polícia Federal em Porto Alegre. 

Telmo toca violão e cordeona. Exímio compositor, é prêmio certo em muitos festivais como a Califórnia da Canção. Excelente poeta e cantor, interpreta muito bem os seus poemas e canções, declamando e cantando. É o orgulhoso pai do Kiko Freitas, hoje o maior baterista do Brasil. 
Telmo de Lima Freitas, a quem eu chamo carinhosamente de Jundiá, meu companheiro de grandes pescarias, é também mestre de panelas e espetos, absoluto na beira do fogo. O seu galpão aqui em Cachoeirinha é uma Salamanca do Jarau, onde tem seus cavalos e seus cachorros, onde divide amor e hospitalidade com sua esposa, a dra. Iara Peres Cardoso Freitas, advogada. 

Telmo gravou cinco LPs e quatros CDs, publicou um livro de poemas e está escrevendo um livro de contos gauchescos. 
Mestre de truco, com sua melena grisalha e sua barba patriarcal, sério e solene, é o próprio pajé missioneiro, referência obrigatória do gauchismo. 
Grande e querido Jundiá, que Deus te abençoe sempre e te conserve muitos anos entre nós, com tua gaita, com teu violão e com teu autêntico gauchismo! 


Fonte: Nico Fagundes em 28/05/2007

UMA ESTÁTUA PARA O VELHO TELMO - TELMO DE LIMA FREITAS

O Chasqueiro e meu amigo Léo Ribeiro de Souza traz uma matéria no seu blog, hoje, que precisamos compartilhar, porque o Velho Telmo, tão cantado e grande cantante, merece todo o reconhecimento do mundo musical e tradicionalista, pelo que contribuiu e ainda contribui com a cultura desse estado. Suas cinzas estão sendo levadas à cavalo, pelos seus filhos, de Porto Alegre à São Borja e serão jogadas no Rio Uruguai, um pedido feito pelo Telmo Lima Freitas em tempos de vida, por diversas vezes.

Eis a matéria da íntegra.

TELMO QUASE PRONTO

Equipe de artistas nas lapidações finais para perpetuar a imagem de Telmo de Lima Freitas.
Assim como o grupo que, através de um projeto na Lei de Incentivo a Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, viu aprovado seus intentos de buscar verbas para construção de uma estátua do cantor José Cláudio Machado na cidade de Guaíba, outros dois grandes artistas regionalistas estão em vias de terem suas imagens perpetuadas em forma de monumentos em seus locais de nascimento.
Trata-se de Telmo de Lima Freitas e Elio da Rosa Xavier (Porca Véia).
Nesta quinta e sexta-feira (14 e 15 de abril), São Borja presta homenagens à memória do poeta, cantor e compositor Telmo de Lima Freitas.
Reconhecido como uma das expressões mais autênticas e representativas da cultura do Rio Grande do Sul, Telmo era são-borjense e faleceu em 2021, aos 88 anos de idade.
Ele terá sua estátua na Praça Tricentenário.
Além disso, em programação organizada por familiares do artista, as cinzas dos seus restos mortais serão lançadas nas águas do rio Uruguai.
Ainda na segunda-feira (11/04), familiares e tradicionalistas partiram da cidade de Santiago, em cavalgada pela BR 287, conduzindo as cinzas.
A chegada ao trevo de entrada de São Borja é prevista para as 14h30min desta quinta-feira (14/04).
Da mesma forma, o saudoso gaiteiro Porca Véia vai ser eternamente lembrado na forma de memorial na terra onde nasceu na comunidade de Pontão, em Lagoa Vermelha. Com 3,3 metros de altura e 2 metros de largura, a obra deverá ser instalada no trevo de acesso às cidades de São José do Ouro e Barração.
O projeto será lançado no dia 21 de abril, com a 1ª Cavalgada dos Memoriais, que também vai marcar a formação do Grupo de Cavaleiros do Porca Véia.
No dia 22, haverá missa crioula.
Com 21 CDs (dos quais 3 de ouro) e 3 DVDs gravados, Porca Véia morreu no dia 12 de junho de 2020, aos 68 anos.
Agora nos resta perguntar como anda o projeto da estátua de Gildo de Freitas, o Rei dos Trovadores.
Foi esquecido?

"um chasqueiro virtual da cultura regional gaúcha"



segunda-feira, 11 de abril de 2022

Festival Me Toca anuncia comissão que irá escolher canções finalistas




A organização do Festival Me Toca anunciou neste sábado (09) a comissão julgadora que irá escolher as canções que irão à final do festival, marcada para o dia 26 de abril, em Palmas. Para essa tarefa foram convidados três expoentes do meio musical, escolhidos criteriosamente para a função: um de Palmas, outro de João Pessoa-PB e outro de Lorena-SP.

“Os julgadores têm uma missão bastante difícil, pois são canções maravilhosas distribuídas em todos os temas”, afima o idealizador do evento, Beto Naves. Os 10 finalistas terão como prêmio a produção de um clipe no local do tema; R$ 1.500,00 de ajuda de custo, além de disputarem os prêmios em dinheiro que serão distribuídos até o 5º lugar.

Segundo os organizadores, para a final, serão incorporados mais dois jurados, além dos três escolhidos. A final, que estava prevista para acontecer de forma remota, será presencial e aberta ao público em local ainda a ser informado. Está confirmado o show de encerramento com o compositor e cantor Oswaldo Montenegro.

Comissão de seleção para final

Alexandre Freitas. Violonista e guitarrista, arranjador e produtor musical. Em 1998 iniciou aulas de guitarra no Conservatório Souza Lima, em São Paulo, com o guitarrista Joe Moghrabi e em seguida com Ciro Visconti. É fundador da escola de música “Feeling Ritmos & Cordas” em parceria com o baterista Cláudio Abreu. Em 2012 lançou seu primeiro CD de músicas instrumentais de guitarra, intitulado “Daylights”, com composições próprias. Em 2012 entrou para a Universidade Vale do Rio Verde, em Três Corações/MG, onde cursou Licenciatura em Educação Musical – Habilitação em Guitarra, se graduando em 2014. Mora em Lorena – SP.

Fábio Geriz. músico, compositor e multi-instrumentista, nascido em João Pessoa, estudou no Conservatório Vivace de Música, em Campina Grande. Tocou com diversos artistas brasileiros, dos mais variados estilos, a exemplo de Amelinha, Chico César e Pe. Fábio de Melo. Foi pianista em navios de cruzeiro por sete anos integrando a CIA Musical Sobre as Ondas. Foi pianista de Quarteto Sabor Brasil de Jazz e Bossa Nova. Trabalha como professor de piano e produtor musical. Mora em Palmas-TO desde 2001.

Joílson Lima. Trabalha com música desde 1980, percussionista, bateirista e vocalista. Participou de bandas no Estado da Paraíba, tal como Anjos e Demônios. Participou de grandes festivais como por exemplo Forró fest, Festival de Música Paraibana, Sapé Fest. É ativista cultural, griô de culturas populares, educador musical, pedagogo e especialista na Educação Especial e Psicopedagogia. Mora em João Pessoa – PB.

Fonte: https://www.jornalcocktail.com.br/

sábado, 9 de abril de 2022

PRESIDENTE DA REPÚBLICA VETA PROJETO PAULO GUSTAVO

 

Paulo Gustavo — Foto: TV Globo

Lei Paulo Gustavo: o que prevê o projeto vetado por Jair Bolsonaro

PL liberaria verba para apoiar o setor cultural prejudicado pela pandemia. Texto passou pela Câmara e pelo Senado e foi rejeitado pelo presidente.

Projeto de lei, conhecido como Lei Paulo Gustavo, que propunha o repasse de R$ 3,8 bilhões para o enfrentamento dos efeitos da pandemia da Covid-1 sobre o setor cultural, foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (6).
O projeto foi aprovado pelo Senado no fim do ano passado, modificado pela Câmara em fevereiro e aprovado novamente pelo Senado em março.
Se virasse lei, seria batizada de Lei Paulo Gustavo, em homenagem ao ator que morreu de Covid-19 em maio do ano passado. O humorista ficou conhecido por papéis de sucesso como a Dona Hermínia, no monólogo "Minha mãe é uma peça", adaptado para o cinema.

De acordo com o projeto, os beneficiários dos recursos deverão se comprometer a fortalecer os sistemas de cultura existentes ou implantá-los nas localidades em que eles não existam, instituindo conselhos, planos e fundos.
Conforme o texto, dos R$ 3,8 bilhões, R$ 2,79 bilhões seriam repassados para ações no setor audiovisual, e R$ 1,06 bilhão para ações emergenciais no setor cultural por meio de editais, chamadas públicas, prêmios, aquisições de bens e serviços vinculados ao setor ou outras formas de seleção pública simplificadas.
O dinheiro das transferências sairiam do superávit financeiro de receitas vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura e operado diretamente pelos estados e municípios. A proposta também autoriza o uso de dotações orçamentárias da União e outras fontes não especificadas no projeto.

Ainda, segundo a proposta, o repasse dos recursos pela União deverá ocorrer em, no máximo, 90 dias após a publicação da lei.
Na Câmara, os deputados chegaram a aprovar uma sugestão de mudança apresentada pela base do governo Jair Bolsonaro que alterava esse ponto, deixando a definição de diretrizes do programa a cargo da Secretaria Especial da Cultura, em até 90 dias, considerando "um planejamento estratégico que observe os segmentos culturais prioritários".
Na prática, a modificação ampliava o poder do governo federal sobre os repasses. No Senado, essa mudança foi rejeitada.

O texto autoriza o uso dos recursos por estados e municípios até o fim de 2022, prazo que poderia ser prorrogado no caso de impedimentos previstos na legislação eleitoral.
A proposta também obriga os estados e municípios a regulamentar a criação de uma plataforma para publicar a lista de beneficiários dos recursos.
Estes beneficiários deverão cumprir algumas contrapartidas, entre elas: a realização de exibições gratuitas; e de atividades destinadas à rede pública de ensino, ou privada que tenha estudantes do Prouni. O projeto exige também a prestação de contas sobre a utilização das verbas.
Ainda, segundo o projeto, na implementação das ações no setor cultural deverão ser assegurados mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, pessoas LGBTQIA+, com deficiência, entre outros grupos.

Na Câmara, foi aprovada a exclusão, sugerida pela base do governo Jair Bolsonaro, do trecho que se referia a pessoas LGBTQIA+. Entretanto, os senadores resgataram o texto aprovado pelo Senado.
O texto lista as atividades que podem ser contempladas pelos editais, como artes visuais, música, teatro, dança, circo, livro, leitura e literatura, artesanato, escolas de samba, blocos e bandas carnavalescos e toda e qualquer outra manifestação cultural.
Para outros tipos de ações culturais, as contrapartidas gratuitas deveriam ser na forma de atividades destinadas, prioritariamente, aos alunos e professores de escolas ou universidades públicas, assim como universidades privadas com estudantes do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Os profissionais da saúde, em especial aqueles envolvidos no combate à pandemia, e integrantes de grupos e coletivos culturais e de associações comunitárias também estão entre os públicos prioritários.
Todas as contrapartidas previstas no projeto deverão ocorrer em prazo determinado pelos respectivos estados e municípios, observadas a situação epidemiológica e as medidas de controle da Covid-19.


Fonte: G1
Fonte: Gabinete do relator, Alexandre Silveira (PSD-MG)

sexta-feira, 8 de abril de 2022

DOMINGUEIRA DO CTG PEDRO TELLES TOUREM

Por muito tempo os finais de domingo foram de encontro das famílias e da juventude assisense nas Domingueira, muito bem organizadas, do CTG Pedro Telles Tourem que devido a pandemia esteve para da e agora volta com toda a força. E a primeira domingueira desse novo ciclo começará dia 1º de Maio, um domingo, dia do trabalhador, com a animação do Zé Leandro e Grupo Pago Sul de Cruz Alta, esse grupo que a nova revelação da música bailera e fandangueira do Rio Grande do Sul, com baita infra estrutura de som e lua e com uma qualidade musical que certamente agradará a todos os gostos.

Ingressos antecipados já encontram-se à venda na Companhia do Lanche na Praça Independência e com os membros da Patronagem ou pelos whats (55) 999124230 - com o Neiderlan e/ou (55) 996652163 - com a Flávia. O Primeiro lote antecipado no valor de R$ 20,00.

No dia será mais caro, por isso antecipe o seu ingresso e divirta-se a vontade. Vamos fazer voltar os domingos de encontro junto a família bailera e tradicionalista.

Deixo aqui um vídeo do Zé Leandro e Grupo Pago Sul.



Jurema Chaves - 60 anos de Poesia



Jurema Chaves, natural de Encantado RS. Poetisa, escritora, declamadora, radialista, ativista cultural,
membro de comissões avaliadoras de festivais, ativista cultural,  lança o 15º livro, para marcar sua trajetória na literatura. “Jurema 60 anos de poesia” é sua mais nova obra e reúne poemas inéditos, premiados e poemas infantis. 

Jurema Chaves escreve sobre diferentes temáticas, principalmente questões sociais, tradicionalista, natureza, fraternidade e crianças, mas, segundo a escritora, “o romântico não pode faltar”. Jurema conta que é conhecida como “a poetisa romântica do pago”.

A sua primeira experiência com a poesia começou antes de completar três anos de idade, sua primeira aparição em público foi para declamar uma poesia. Natural de Encantado, Jurema firmou residência em São Leopoldo há 40 anos. Seu primeiro livro “Buscando Horizontes” foi lançado no município em 1982 na editora Rotermund. “Até então não publicava, mas fui incentivada pelos amigos, por jornalistas”, relata. Sua produção também é composta pelo CD de poesias e músicas “Jurema Chaves entre amigos”.

Além de ter suas obras premiadas em festivais nacionais e nos Estados Unidos, Jurema Chaves participou como jurada em eventos literários.

Deixo aqui um vídeo da Jurema Chaves falando um pouco da sua vida e da sua história poética, para que possam conhecer mais dessa grande Poetisa do Rio Grande do Sul. 





quinta-feira, 7 de abril de 2022

PORQUE QUEREM QUE SÃO CHICO ABRA MÃO DE SER O CRIADOR DO BUGIO!


            Olha ao ponto que chega a mente humana, na fantasia, na crendice, na lenda. Já há uma pesquisa muito bem fundamentada da Origem do Ritmo bugio, convido-os a ler O ABC DO TRADICIONALISMO GAÚCHO e O BUGIO - ambos livros de Salvador Ferrando Lamberty, portá, historiador, pesquisador, com um vasto conhecimento na cultura regional gaúcha e que tem nesses dois livros, um vasto material de pesquisa e entrevistas com grandes nomes da música regionalista na época - agora me vem um politico, que há poucos dias, estava pedindo para São Chico de Assis abrir mão da história do bugio, em nome de um processo longo e demorado para tentar tornar o ritmo patrimônio cultural do Rio Grande do Sul - e dias depois se lança como escritor com um livro, que não li, mas pelo prefácio do nobre jornalista, que deixo na integra abaixo,  é uma ficção, uma lenda. 
Índias sendo negociadas por sexo? 
            Um verdadeiro desrespeito com o povo indígena, que sim, acredito que muito somou e soma com a cultura regionalista, mas daí imitar o ato sexual do bichos?
Já foi um invencionismo dizer que a dança é uma imitação do ato sexual dos animais. Dança é alma, é sentimento, não tem forma, cada um dança do modo que lhe convém, ninguém vai dizer a uma pessoa antiga que tenha que dançar igual a um jovem e nenhum jovem que tenha que dançar igual a um antigo. Me criei pelos bailes de interior -  João Fernandes ou Farranchos - como queiram, cada senhor dançava à sua maneira. 
        Infelizmente, os aproveitadores estão ai. 
        Pobre Rio Grande! Tenho pena dos jovens que se iludem com promessas fantasiosas e que podem por a nossa cultura a perder.

Ais a matéria do Jornalista Giovani Grizotti da RBS TV em sua página do facebook.

Bugio teria origem em ritual sexual entre índias e tropeiros, diz pesquisador
Um livro de 200 páginas que o escritor e pecuarista de São Francisco de Paula Israel da Sois deve lançar em breve vai trazer novos detalhes sobre a origem do bugio, ritmo musical genuinamente gaúcho inspirado em macacos que habitam as matas do Rio Grande do Sul. Claro, tudo levando em conta a versão serrana, e não a de São Francisco de Assis, que é outra. Presidente do Conselho Municipal de Cultura da cidade e integrante do grupo de trabalho que busca o tombamento dessa tradição, ele afirma que a história começou na localidade de São Jorge da Mulada, hoje pertencente a Caxias do Sul, com as chamadas “farras de bugio”.
Eram rituais que ocorriam, segundo Isael, às margens do Rio das Anatas, onde viviam de forma semi-primitiva os bugres, mescla de portugueses com índios. A farra nada mais era do que uma espécie de “dança do acasamento”, na qual tropeiros birivas se prepararam para se relacionar com as mulheres do bugres, cedidas aos nativos em retribuição a presentes que os locais recebiam dos viajantes. “No começo achei meio absurdo, mas depois percebi que eram costumes indígenas”, afirma o pesquisador.
Conforme ele, a batida no solo produzida por uma espécie de chocalho cilíndrico feito de taquara, os chamados takuapús, foi o primeiro compasso do bugio. Mais tarde, o ritual recebeu as influências de instrumentos trazidos pelos próprios birivas, como violão e rabeca. Com a chegada dos imigrantes italianos no século 19, foi agregada a gaita.
Mas faltava algo para se ter o bugio, mais ou menos como se conhece hoje. “Foram tentando adaptar as melodias conhecidas na época com a batida dos takuapús para transformá-las na dança da farra do bugio. E como naquele tempo a comunicação entre os bugres e tropeiros era feita na forma de mímica, eles então, imitavam os macacos bugios. Quando querem se aparecer para a fêmeas, os macacos dão dois passos pra um lado, depois dois para outro”, explica Da Sois. Ou seja, ávidos pelas companheiras dos bugres, os tropeiros se “assanhavam” diante delas imitando o bugio. Era uma forma de “quebrar o gelo”.
No livro, o pesquisador afirma que todo esse caldo cultural foi absorvido e aperfeiçoado pelos Irmãos Bertussi que gravaram na década de 50, em estúdio no Rio de Janeiro, o primeiro bugio, o “Casamento da Doralice”. Conta Israel que Honeyde Bertussi dizia, na época, que não se podia comentar sobre a origem sensual do ritmo, lá no centro do país, porque poderia não pegar bem.

Compreensível.