terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Rodeios: sim ou não?

Está nojento de abrir o face com essa história de quererem terminar com os rodeios... Temos que deixar de sermos "hipócritas", dizer que rodeio é tradição, isso é mais uma mentira. Nunca, no passado alguém laçou com essa "piolas", na boca de um brete, correndo muitas vezes vaca mansas,  em pleno sol de 40 graus, a procura de prêmio.
Tenho certeza que a proposta desse tal de deputado não vai acabar com nada, como sempre acontece no Brasil, mas que os Rodeios precisam serem revistos, isso sim, porque o verdadeiro Peão, não tem dinheiro para andar de baixo para cima, gastando pelos rodeios, pois não é pequena a despesa com esse esporte (que de esporte não tem nada). O Verdadeiro peão continua lá num fundo de campo, sendo assalariado ou pelas favelas das grandes cidades, arrastando carrinho de papelão, quando não, por ser velho demais, vivendo de favores pelos ranchos alheios.
Acho que os Rodeios do jeito que estão, viraram uma "Caçação" de dinheiro fácil... 
Tradição era o tempo da prova de rédeas, estafeta, chasque, tômbolas musicais, prova do couro e tantas outras que esquecerem para colocar provas de laço só com o intuito de ganhar dinheiro fácil, a custa dos animais. 
Quem não lembra do Rodeio da Vacaria, há alguns anos, quando seu Presidente ou organizador, disse que não haviam músicos no Rio Grande do Sul preparados para os shows do rodeio, com uma verba imensurável da LIC (Lei de Incentivo à Cultura) trazendo duplas sertanejas para o rodeio, isso é tradição?
Aqui em Santa Maria tem um Rodeio que colocam 500 equipes, com uma inscrição de 600,00 reais. Calculem o valor e vejam quando dá e quanto de gado precisa para 2500 homens laçando, só nessa prova... passando 5 vezes na pista, só na parte classificatória, além de laço disso, laço daquilo... E ainda cobrarem ingresso para tudo. 
Tenho rodeios gravados que atravessam a noite laçando... Laço da Meia noite, laço da Madrugada... Onde nada disso é a natureza do animal.
Então acho que está na hora de repensar os Rodeios, mas acabar não, mas quem sabe limitar o número de animais, horário para laçadas e que o gaúcho tenha criatividade de criar coisas novas. Se não tem, copiem os nosso "hermanos" Uruguaios ou Argentinos, que estão 50 anos na nossa frente, em se falando de Tradição e Gauchismo, coisas que o bairrismo não deixa ver.

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