terça-feira, 27 de março de 2012

Opinião minha!

Mais um festival adiado. O que era para ser exceção está se transformando em regra. 
Acho que está na hora dos músicos, compositores, organizadores de festivais darem-se por conta que a coisa tem que mudar. Não é possível uma empresa investir num evento para 80 pessoas, como é coso de alguns festivais que aconteceram recentemente, com músicas que não chamam a atenção do povo, o verdadeiro adquiridor do produto final, o CD.
Estou acompanhando de perto as dificuldades que o Eri está tendo para fazer a Querência do Bugio em São Francisco de Assis e o Marco Antônio com o Festival da Música Crioula de Santiago, ambos que já foram adiados por duas vezes, onde a LIC (Lei de Incentivo a Cultura) ao invés de facilitar, pede coisas quase que impossíveis para que os Produtores desistam, mas depois de uma "década" para aprovar o projeto, a dificuldade maior de buscar investidores.
Quando tudo isso dá certo, o Presidente do festival chama a comissão avaliadora, confiando na realização de um bom evento e essa mesma comissão, muitas vezes sem caráter, faz uma junção de amigos, colocando ao palco sempre os mesmos, numa troca de favores. Sei que o que estou falando aqui não é novidade para ninguém.
Portanto, amigos, vamos tomar vergonha na cara e olhar o que é melhor para cada cidade, para cada região e deixar essa "panelagem" de lado. 
Sei que serei condenado por pensar assim, mas quero deixar bem claro  que  não vivo de música e não preciso dos "caraminguados" dos festivais, mas sei que tem muita gente que precisa e se sustenta com esses eventos que estão ficando banais.
Mas o mais importante é que, repeitem o povo, verdadeiros consumidores desse produto, que quer receber um CD de qualidade, mas acima de tudo, com músicas que estejam na linguagem que eles entendam e que sejam de fácil consumo.
Espero que o recado esteja dado, para que não morram esses eventos tão importantes para os municípios pequenos e para os novos valores da música nativista, pois se há essa geração de ótimos músicos pelos palcos dos festivais, é porque alguém, no passado fez com que isso acontecesse e temos a obrigação de deixar isso para as gerações futuras.

Paulo Ricardo Costa


2 comentários:

marcosarapico disse...

Mas de fundamento.

marcosarapico disse...

Velho, e o que fazer????? A cosa descambou de vez???? Sabemos o que existe, todos são contra, mas quando tem oportunidade lá estão, favorecendo as parcerias. Acho que os principais culpados são as comissões organizadoras dos festivais , que não colocam freio, não escolhem comissões julgadoras adequadas e não se impõem quando percebem os problemas (e é evidente que percebem) muito pelo contrário, deixam a coisa correr frouxa. O toma lá dá cá em nossos festivais virou moda. Sabemos que a forma de avaliação para triagem está ultrapassado. Impossível uma triagem imparcial de 600 músicas em 16 horas de trabalho. Está vergonhoso, mas não vejo solução, infelizmente. Abraços. Marco

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