Botamos a tropa na água no Passo do Farinheiro...
Pedro Bicho de ponteiro num zaino negro tapado,
Com o horizonte emoldurado no quadro das retinas,
Um céu caindo por cima ao tranco do meu gateado;
Que zebuada lindaça, gados de campo e de lei...
Da marca do velho Ney, se “bamo” ali na culatra,
Se a vida, hoje, maltrata porque dependo da sorte,
Quem sabe na Vila Forte, encontre uma flor de mulata;
Toca...Toca... A tropa, bamo,
Que a noite vem por aí...
Num culatreio cantado,
Ouvindo berros de gado,
Do Itu ao Ibicuí;
A tropa tranqueia lenta que a madrugada se foi...
Trazendo berros de boi nas manhãzitas de maio,
Enfrenei um bagual baio, desses que vale a pena,
Só para te ver, morena, no bolicho do Tocaio;
Quando a sorte não ajuda, até se perde o entono,
Nos galhos do cinamomo deixei um olhar para ela,
Talvez a china mais bela que possa andar por aí...
Co’as água do Taquari perfumando o corpo dela;
Num culatreio sestroso, a tropa seguindo calma,
Reponto as dores da alma num talagaço de canha,
Se andar co’a vida ganha pra muitos não é consolo,
Nas paredes do Monjolo dou um trago pro Badanha;
Dom Sabino abre o peito num grito de toda a goela,
E a bugiada de sentinela nos galhos dos sarandís...
Enquanto andamos por ai na velha sina campeira,
Entregamos a tropa inteira, nas barrancas do Ibicuí;Mais uma obrinha nesse domingo, para relembrar a velha São Chico, que tanto me traz saudade.
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