Cirino Adair Ferreira, natural de Esmeralda/RS, é o homenageado da 63ª Edição do Campeonato Municipal de Laço do CTG Porteira do Rio Grande. Nasceu no dia 11 de julho de 1948. Casado com Alda Oliboni Ferreira (in memoriam), com quem teve dois filhos, Jorge e Audrie e uma neta, Ana Clara.
Cirino Adair adquiriu cedo o gosto pela tradição e o tiro de laço, afinal com oito anos de idade participou pela primeira vez em rodeio, sendo o primeiro guri a laçar aqui na região. Ele teve como principal incentivador seu irmão João Ferreira dos Santos (um dos criadores do tiro de laço) e desde esse rodeio segue laçando até os dias atuais. Nessa linda trajetória conquistou vários prêmios e amigos.
Participou da fundação do CTG Pioneiros do Laço, de Esmeralda, representando o mesmo no Rodeio Internacional de Vacaria no ano de 1974, onde classificou em segundo lugar individual e o terceiro lugar em dupla.
A partir do ano de 1976 ingressou no quadro de laçadores Brinquedo de Amigos, filiado ao CTG Porteira do Rio Grande, onde permanece até hoje, sendo por mais de vinte anos patrão e desde essa data participa do Campeonato do CTG Porteira do Rio Grande interruptamente, onde já conquistou o primeiro, segundo e terceiros lugares desse Campeonato. Como patrão e integrante do quadro Brinquedo de Amigos, promoveu mais de trinta rodeios municipais e intermunicipais.
Representou o CTG Porteira do Rio Grande nas dez primeiras edições do troféu Biriva, sendo premiado como o melhor laçador. Foi campeão representando o CTG Porteira do Rio Grande em Campo Grande, Mato Grosso do Sul (na modalidade quinteto) e em São Paulo (na modalidade individual), entre outros lugares.
Em 1987 recebeu o troféu Mérito Esportivo, prêmio esse organizado pelo Jornal Pioneiro de Caxias do Sul, que premiou os melhores do esporte do Estado do Rio Grande do Sul, sendo premiado no esporte do laço.
Participou diversas vezes da festa Campeira do Estado, representando a 8ª RT, premiado também várias vezes dentro e fora do Estado nas modalidades de veterano, vaqueano, patrão, dupla, dupla pai e filho e seleção.
A Dom Cirino Ferreira!
Abre a Porteira Rio Grande,
Pra mais um tiro de laço...
A quem sustenta no braço,
A História desses Birivas...
Ainda permanece viva...
Na alma desses Serranos,
Empurrados pelos anos,
Na velha Estampa Nativa.
A Dom Cirino Ferreira...
A quem eu tiro o chapéu,
E Peço ao Patrão do Céu,
Que guarde sua existência,
Daquela velha querência,
Esmeralda do tempo antigo,
Nesse Brinquedo de Amigos,
Forjou a sua vivência!
De muito cedo descobriu,
Esse amor pelos rodeios,
Fazendo cama do arreio...
Quebrando a geada fria...
Enquanto a tropa seguia,
Rumando de sul a norte...
Traçou o caminho mais forte,
Nos campos da Vacaria.
Numa cantiga de esporas,
O dose braças se arma...
E o Rio Grande bate palma,
Abrindo outras fronteiras,
Quando cerra a bandeira,
De um maragato abanando,
O próprio Rio Grande laçando,
É Dom Cirino Ferreira.
Pois hoje deixa aos netos...
Mesmo exemplo aos filhos,
No lombo daquele tordilho,
Parceiro dessa empreitada...
Ponteando noutra laçada...
Passando a raia dos anos...
Mostrando o sangue serrano,
Que não s’entrega por nada.
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