quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

OS FESTIVAIS


Os Festivais ainda são o grande meio de propagação a cultura de um povo. A proximidade com grandes músicos, a interação que um evento desse porte pode trazer, bem como onde pode chegar o resultado do CD de um festival, faz com que as divisas dos municípios se prolonguem. 
A grande magia da arte da música sempre foi e será de encantamento, desde os tempo mais remotos. Existem alguns meios de propagação de um município, mas nenhum que pode chegar tão longe quanto ao festival. Quando falamos de Tertúlia, por exemplo, logo vem Tertúlia de Santa Maria... Grito de Jaguari... Festival da Música Crioula de Santiago... Gauderiada de Rosário... Califórnia de Uruguaiana... Poucos são os que conhecem o nome completo de um festival, mas todos sabem de onde é, pois o festival e o município são elos de uma mesma corrente, força de um mesmo braço, palavra de uma mesma escrita.
Quando morre um festival, morre também um município. Alguém lembra por exemplo de Quarai, depois que terminou a Salamanca? Mas tu lembra de Livramento, com o Martin Fierro? Assim são os festivais.
Pois é minha gente, meu grande medo é que meu São Chico de Assis fique esquecido sem a QUERÊNCIA DO BUGIO, pela falta de interesse dos governos de levarem a cultura aos que mais precisam... Me orgulho, quando ando pelos festivais e digo que sou de São Chico de Assis e logo vem "DA TERRA DO BUGIO"? 
Infelizmente quem teve a brilhante ideia de fazer um festival em São Francisco de Assis, não foi nem um político, por isso que não tem nenhuma placa em praça pública e o festival morre à míngua por falta de interesse público, dos que só olham para o seu umbigo e não se dão conta que a arte abre ideias, que o conhecimento te leva ao longe e que a cultura, quando aplicada, resulta em cobrança e faz com que um povo não ande de "cabresto" correndo atrás de político inúteis, que hoje são autoridades, amanhã podem estarem presos, coisa que está virando regra nesse Pais.
Mas de tudo isso eu sei, pena que os que deveriam saber, são "acéfalos" e só entendem de politicagem.
Mas esse é o meu modo de pensar.
Bom dia a todos.

1 comentário:

Unknown disse...

ESTÃO MATANDO O BUGIO DO RIO GRANDE!


O Bugio da Tradição Gaúcha Brasileira não é o urbano,
criado pelo Mercado Musical, mas o autêntico Ritmo e a antiga
Dança Regional dos Campeiros do Rio Grande do Sul!
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Será que esse vivente, o Bugio, está em extinção? Ou trata-se de mais um grave crime cultural praticado contra a rica cultura do gaúchos sul-riograndenses? É uma barbaridade o que se vê no Bailes de Formatura de certos Grupos de Danças, na região de Santa Catarina. Nenhum aluno formado sabe dançar o mais autêntico dos ritmos gauchescos do Rio Grande do Sul! Não se vê um único Bugio pulando pelo salão. Parece que os patrões resolveram mudar o "Passo do Bugio", que agora os recém-formados dançam disfarçados de vaneira! Estive em vários Bailes de Formatura e não vi o primata musical pulando no salão! Será que esses malacaras estão cientes do crime cultural que estão cometendo? Estão matando o Bugio! E desta vez eu garanto que os culpados não são os Grupos Musicais, os quais vêm caprichado nas marcas e chamando muitos bugios no fole da gaita. Mas ninguém pula! Para estes pseudospatrões vaneira ou bugio, que diferença faz? O que interessa são os pilas na guaiaca, vindo das mensalidades pagas pelos alunos; e do baile, que já vem com a bilheteria garantida. Com a rara exceção do Grupo Tosquia, onde a bugiuzada sempre encontra companhia, nos demais Cursos de Danças já mataram o Bugio. Se fosse o que vive no alto das árvores, pregaríamos um grito para o IBAMA! Mas e no caso de um crime cultural? Temos que protestar, dançando um Bugio Velho bem largado pelo meio do salão. E depois explicar para os aprendizes que essa é a maneira certa de dançar o Bugio; que se não lhes ensinaram dessa forma no seu Curso de Danças é porque ele não é um Curso sério; e que assim agindo eles não estão respeitando a Tradição Gaúcha nem os seus alunos. Só para lembrar, o Bugio é o único ritmo nascido no Rio Grande do Sul; os outros vieram de fora e se aquerenciaram naqueles pagos sulinos. O Bugio nasceu nos braços do grande gaiteiro Neneca Gomes, que em 1928, após muitas tentativas de imitar nos baixos da gaita o ronco dos bugios, encontrou a maneira certa! Em homenagem a três bugios domésticos que possuía, compôs a irreverente marca "Os Três Bugios". E quando Neneca abria o fole da gaita, a indiada já gritava: toca aquele bugio! O Bugio se consagrou com o famoso Tio Bilia, em 1936. Os Irmãos Bertussi gravaram em 1955 "O Casamento da Doralícia", o mais conhecido dos Bugios, que até hoje é sucesso em qualquer fandango! Mas da maneira como estão tratando esse patrimônio cultural gauchesco nos Cursos de Danças Gaúchas de Salão em Santa Catarina, o famoso ritmo da Música Tradicional do Rio Grande do Sul não viverá mais meio século. Acho que falta um pouco mais de amor à Tradição dos Gaúchos Campeiros do Sul do Brasil e mais respeito à cultura de um povo. Esses professores dos Cursos de Danças Gaúchas de Salão de Santa Catarina sabem o valor de uma Cultura Regional? (do colaborador do BL e Mangrulho do ONTGB no Sul do Brasil: Ademir Canabarro – um missioneiro!)

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