segunda-feira, 28 de maio de 2012

No Silêncio de um Adeus

            Paulo Ricardo Costa/Lucas Mendes

A tarde quieta teimou em fazer silêncio...
Mesmo sabendo que meus olhos iam chorar,
Vendo o teu vulto sumir na estrada longa,
Que leva ao mundo, distante do meu olhar;

É desatino um simples choro virar pranto,
A dor do peito, a dor da alma e a solidão,
O vazio da casa , as lembranças nas paredes,
É o que aconchega o que sobrou dum coração;

         Quando um filho vai embora, leva junto...
O que um dia levamos de nossos Pais,
Porque os filhos são criados para o mundo,
E os grandes sonhos não deixam voltar atrás;

A gente sofre, cada instante, cada momento,
Que as horas longas teimam em não passar,
Guardando o cheiro pelas roupas enxovalhadas,
Entre os brinquedos que fazía-nos sonhar;

A noite grande anda vazia, sem estrelas...
Pois até a lua, velha parceira, desapareceu,
Há uma neblina ofuscando essas imagens,
Que as retinas ainda guardam daquele adeus;
  

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