Paulo Ricardo Costa/Lucas Mendes
A
tarde quieta teimou em fazer silêncio...
Mesmo
sabendo que meus olhos iam chorar,
Vendo
o teu vulto sumir na estrada longa,
Que
leva ao mundo, distante do meu olhar;
É
desatino um simples choro virar pranto,
A
dor do peito, a dor da alma e a solidão,
O
vazio da casa , as lembranças nas paredes,
É
o que aconchega o que sobrou dum coração;
Quando
um filho vai embora, leva junto...
O que
um dia levamos de nossos Pais,
Porque
os filhos são criados para o mundo,
E
os grandes sonhos não deixam voltar atrás;
A
gente sofre, cada instante, cada momento,
Que
as horas longas teimam em não passar,
Guardando
o cheiro pelas roupas enxovalhadas,
Entre
os brinquedos que fazía-nos sonhar;
A
noite grande anda vazia, sem estrelas...
Pois
até a lua, velha parceira, desapareceu,
Há
uma neblina ofuscando essas imagens,
Que
as retinas ainda guardam daquele adeus;
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