terça-feira, 22 de maio de 2012

MTG e Tchê Music -

 Tchê Music

O Movimento Tradicionalista Gaúcho reúne, anualmente, as entidades filiadas no Congresso Tradicionalista Gaúcho onde são definidas as diretrizes, estabelecidos os caminhos, escolhidos o tema e o objetivo anual a serem seguidos para que o Movimento se mantenha integro, homogêneo e fiel à Carta de Princípios.
Em janeiro último, no 44º. Congresso, por proposição do Conselheiro Flávio Marcolin, da cidade de Guaporé, foi definido o seguinte objetivo: "Cante nossos temas e toque no autêntico compasso gaúcho".
Pois, exatamente no ano em que a música gaúcha (autêntica e tradicional) é tema e objetivo prioritário do MTG surge o "tchê music", como inovação, espécie de modismo, patrocinado por interesses exclusivamente e com a participação de conjuntos musicais que foram criados, cresceram e adquiriram notoriedade graças aos Centros de Tradições Gaúchas que constituem, reunidos em associação, o MTG.
Os conjuntos musicais que enveredam por este caminho novo, se submetem a um bem planejado esquema de marketing, não se importando em misturar ritmos autênticos gaúchos com outros que nada tem de tradicionais, assim como não vêem problemas em se apresentar usando uma vestimenta, onde a bombacha vira calça larga, a bota envergonhada esconde o cano na tal calça larga, o típico lenço do gaúcho é aposentado, a guaiaca, se usada, fica escondida sob camisa desleixadamente largada por cima da calça larga.
O comportamento no palco nada tem de discreto, muito menos de tradicional. A rigor não há diferença entre os "tchê . . . . . . ." e os grupos de "lambada", do "frevo" ou do "rock", todas manifestações respeitáveis e típicas de outras paragens.
É claro que esses conjuntos têm toda a liberdade na escolha dos ritmos, da indumentária e do modo de se portar nos palcos, só não têm o direito de dizer que estão tocando música típica ou tradicional gaúcha.
Estes conjuntos farão sucesso, provavelmente, pois estão apresentando uma coisa que agrada a uma boa parcela de pessoas, no entanto devem ter presente que o caminho novo não leva aos mesmos lugares de antes. O MTG tem o dever de alertar aos seus filiados de que a nossa Carta de Princípios não permite que os GTGs sejam utilizados para difusão de ritmos que agridam a autêntica música gaúcha.
A utilização de instrumentos típicos gaúchos, o uso de termos próprios do tradicionalismo e o uso de algumas peças da pilcha gaúcha, não são suficientes para credenciar, quem quer que seja, como "tradicionalista gaúcho".
O CTG que promova um evento qualquer, deverá pesar alguns fatores para a contratação do conjunto musical. O fator econômico não poderá ser o mais importante e nem o determinante.
O CTG que necessitar fazer a contratação de conjunto musical que distorça a música, que despreze a pilcha ou que use de recursos próprios de culturas alienígenas para obter lucro, deve pensar se não está na hora de trocar de nome e de finalidade.

Manoelito Carlos Savaris
Vice-presidente de Administração do MTG
Rua Augusto Adamatti, 236 - Bairro Floresta
95010-350 - Caxias do Sul - RS
Fones: 54 2251727 (Res) ; 51 9658891 (cel)
e-mail: msavaris@zaz.com.br

                                                                           (Matéria retirada do site do MTG)

Estamos indo para o 57º Congresso Tradicionalista, será que alguma coisa mudou desde as vésperas do 44º Congresso, ou será que o Movimento está se movimentando e abrindo mais seu modo de pensar? Não sei e não me interessa saber, que cada um tire as suas conclusões. E as viúvas do movimento que ficaram "revoltadinhas" pensem bem antes de tirarem suas conclusões. Há! não conhecem a matéria? pois deveriam, vocês vivem no movimento, eu não.
Talvez os contratantes desses grupos são grandes conhecedores da cultura, da música e dos rítmos para saberem diferenciar uma vaneira de um maxixe.
Aqui fica um exemplo, de como tocar um fandango em CTG. Vaneira véia botada e baita pilcha num galpão... Contratem!

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