terça-feira, 28 de junho de 2011

Martin Fierro - O poema e o filme


Nesta postagem, irei falar sobre MARTIN FIERRO um poema criado por
José Hernandez.
Dizem que o poeta e escritor José Hernandez escreveu “Martin Fierro” 
em uma casa de esquina, em Santana do Livramento. Hoje, naquele
local existe uma loja. Durante gerações “Martin Fierro” tem
sido considerado o poema épico nacional argentino. Jorge Luis 
Borges, o gênio do texto platino, era admirador daqueles versos
que vinham de um tempo “lejano”, de tempos em que o gaúcho 
era respeitado em seu rancho de barro, coberto de palha, ao lado
de sua china e de seus piás.
O personagem Martin Fierro encarnava o homem rude da época
do Caudilho Rosas, o “primeiro tirano”, dominador e preconceituoso.
Não tolerava índios nem negros. Hernandez conta como Martin foi
recrutado como soldado para “defender la pátria”. Mais tarde, 
sentindo-se lesado, deserta da tropa e se torna um salteador.
Cercado pelos homens do Sargento Cruz revela sua coragem e
bravura, sendo então admirado pelo adversário que irá tornar-se 
seu aliado. Juntos, Martin e Cruz vão enfrentar e tudo e a todos.
O governo era o inimigo.
 O Pampa descampado, dos ventos e dos frios, era seu refugio.
O cavalo e o "cuchillo" seus melhores amigos.
Leopoldo Torre-Nilsson, o mais famoso diretor argentino da época, 
transformou esta epopéia bárbara no filme MARTIN FIERRO,
produzido em 1968 e vencedor do prêmio maior do extinto
II Festival Internacional 
do Rio de Janeiro. O feito o consagrou e o levou, a partir de
então a realizar 
outros temas épicos, quase todos interpretados pelo mesmo
Alfredo Alcon, o protagonista de MARTIN FIERRO, ao lado
de Lautaro Murua.
Dez anos depois, Torre-Nilson morreu. Restaram seus filmes
e um caminho aberto ao novo cinema argentino.

Texto postado no blog Campeiro de Itapuã


EM TEMPO: Na verdade eu tenho dois filmes, esse editado em
1968 e uma nova versão de 1982 ambas em excelente estado
de película e imagens da Pampa Argentina

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