quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A noite rouba-me o sono



















A noite rouba-me o sono,
E sai em disparada...
Deixa-me no abandono,
Pela longa madrugada...
Busco retalhos de luz,
Coados pele janela,
E me solto estrada a fora,
Para me encontrar com ela;

Há, noite! me foi traiçoeira,
Talvez , sejas de ciúme...
Pois guardo no meu pala,
Um tanto do teu perfume;
E quando me  traz o sereno,
Cristalizado nos galhos...
Eu sinto que é cheiro dela,
Vindo em gotas de orvalho;


A noite rouba-me do sono,
A ninguém pode prendê-la,
Pois tem um imenso céu...
E a proteção das estrelas;
Mas que culpa, tenho eu...
De amar a mulher mais linda,
E passar o tempo sonhando,
- Até em que a noite finda?!

A noite, então, entristece...
Por não lhe dar atenção,
E às vezes, até emudece,
Sufocando um coração;
Traz essa tal de saudade,
Majestade no seu trono...
Enquanto ela me sufoca,
A noite rouba-me o sono!

Sem comentários:

Enviar um comentário