quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Indignação

Recebi esse texto que é verdadeiro e indignado de alguém que tem um enorme conhecimento do que é e o que está acontecendo com o nosso Tradicionalismo...E vou postá-lo para verem que, não sou só eu, que me indigno com essa "palhaçada" que está virando o Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Meu Amigo e Tradicionalista Paulo Ricardo Costa.

Apesar de não o conhecer, temos um amigo em comum. Meu querido Irmão Léo Ribeiro. Também faço parte como “Parceiro Cultural” em seu Blog. Foi la que encontrei o seu Blog e tomei a liberdade de escrever um pouco sobre a sua indignação sobre normas do MTG. Talvez o Amigo ainda não tenha visto nada.

Sobre as tais “Regras do MTG”, durante muito tempo discuti com muitos Patrões de nossos CTGs sobre elas, que são aprovadas dentro dos nossos Congressos. Normas que muitos Patrões apenas aprovam por que é “fulano” que está apresentando a moção. Normas que são aprovadas porque “todos estão a favor”. Normas que são aprovadas porque “se a maioria aprova, também vou aprovar”. Normas que são aprovadas porque, muitos, mas muitos Patrões, sequer sabem o que estão aprovando quando levantam seus cartões nos Congressos.

Por estes motivos que muitos dizem que já não sou mais uma pessoa bem quista no meio tradicionalista.

Mas graças a Deus e ao Patrão Maior, que pessoas como o amigo; como meu querido Irmão e Grande Tradicionalista Leo Ribeiro; entre tantos outros que ai estão, que ficam indignados com tais regras e serve para mostrar a todos que o Movimento Tradicionalista Gaúcho foi criado para não ter normas.

Sei que é necessário termos Congressos, Convenções para orientarmos os nossos direcionamentos. Mas não criando normas, as quais passam por cima de nossas Tradições, principalmente as tradições regionais (a bombacha é um grande exemplo) que vamos conseguir manter vivas as nossas Tradições. Estamos sim, com isto, afastando cada vez mais os nossos jovens de nossos CTGs.

Clauso Saraiva já nos ensinou com a Carta de Princípios (aprovada em um Congresso - 8º Congresso Tradicionalista, realizado na cidade de Taquara, de 20 a 23 de julho de 1961), quando em seus aspectos éticos: Art. 3º - Promover no seio do povo, uma retomada de consciência dos valores morais do gaúcho. -Art. 12 - Evitar todas formas de vaidade e personalismo; em seus aspectos cívicos: Art. 2º - Cultuar e difundir a nossa história, nossa formação social, nosso Folclore, enfim, nossa tradição, como substância basilar de nacionalidade; quando em seus aspectos culturais: Art. 4º - Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação que daí resultado. - Art. 6º - Preservar nosso patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta, arte culinária, forma de lides e artes populares. - Art. 20 - Zelar pela pureza e fidelidade de nossos costumes autênticos, combatendo todas as manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais. O que estamos fazendo com as aprovações que ditam as normas do Movimento Tradicionalista Gaúcho, quando mudamos as nossas tradições é única e exclusivamente alterarmos nossos Princípios aprovados em 1961.

Desculpem minha franqueza, mas não foi assim que aprendi de meus familiares que tanto cultuam a nossa tradição gaúcha. Não foi isso que seu Pai, que se encontra tropeando lá na Estância Grande do Céu, fundou o CTG Tropeiro das Missões em São Francisco de Assis. Que o Grupo dos Oito, entre eles Paixão Cortes, queria do movimento.

CARLOS HOMRICH
Advogado-OAB/RS 39.479
Tradicionalista
Sócio Fundador da AATF
(Associação dos Amigos do IGTF)
Vice-Coordenador da 1º RT - 2007/2008
Conselheiro de Ética da ª RT - 2009/2010
Sócio Fundador e Ex-Patrão do DTG MALA de Garupa - 2009

PS: Parabéns pelo belo Poema "A Lágrima".

Texto enviado para meu e-mail e publicado na integra... Pelo Dr. Carlos Homrich, que desde já está convidado a postar quantos textos achares necessário nesse espaço cultural que chamamos de blog.

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