Três centros de tradições gaúchas foram punidos pelo MTG por envolvimento em atividades da Federação Gaúcha de
Conselho Diretor do MTG durante reunião em março. Foto: MTG
Laço. Os CTGs João Dornelles, de Fazenda Vila Nova e Baio Ruano, deCambará do Sul, sediaram provas do circuito da federação. Já a Associação Tradicionalista Estância do Minuano, de Santa Maria, permitiu a realização de uma campanha para atrair associados, durante o Rodeio do Conesul, em março. As três entidades levaram 3 meses de suspensão no sábado, durante reunião do Conselho Diretor do MTG. Elas podem recorrer e ainda não foram notificadas formalmente. O presidente do MTG, Manoelito Savaris, disse a decisão não é final e que ainda há um rito a ser cumprido dentro do MTG, com “possibilidades de recursos e reconsiderações”.
O motivo das punições é que o MTG não reconhece a federação de laço. Alega que, pelos regulamentos, uma entidade filiada não pode sediar eventos de entidade não filiada, caso da federação. O movimento também entende o laço como atividade cultural e não esportiva, como defende a federação.
O patrão do CTG João Dornelles, Gilnei Neyer, disse que se aliou à Federação Gaúcha de Laço, de quem recebeu recursos liberados pela Lei de Incentivo ao Esporte, porque “sem dinheiro não se faz cultura”. Ele defende o laço como atividade cultural esportiva. “No momento em que tu pagas uma inscrição e que tu tens que ter cartão tradicionalista, isso vira competição. E se vira competição, é esporte”, argumenta. Neyer pretende reunir a patronagem para discutir o assunto e decidir se a entidade vai recorrer.
Já o patrão do CTG Baio Ruano, Rubens Trindade, disse que não há motivo para punição e que vai recorrer. Ele realizou o rodeio com regras da federação de laço porque recebeu recursos da entidade. “Me cobraram porque eu não coloquei o slogan do MTG e da 27a região no programa do rodeio. Mas se eles não me ajudaram em nada, porque iria colocar?”, questiona o patrão.
Por sua vez, o presidente da Associação Tradicionalista Estância do Minuano, Luiz Bortoluzzi, disse que a entidade pode recorrer ou tentar alguma ação judicial. E, ainda, estudará a possibilidade de se desfiliar do MTG.
Fonte: Giovani Grizotti http://g1.globo.com/
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