segunda-feira, 23 de junho de 2014

MTG pune CTGs com 90 dias de suspensão

Três centros de tradições gaúchas foram punidos pelo MTG por envolvimento em atividades da Federação Gaúcha de
Conselho Diretor do MTG durante reunião em março. Foto: MTG

Laço. Os CTGs João Dornelles, de Fazenda Vila Nova e Baio Ruano, deCambará do Sul, sediaram provas do circuito da federação. Já a Associação Tradicionalista Estância do Minuano, de Santa Maria, permitiu a realização de uma campanha para atrair associados, durante o Rodeio do Conesul, em março. As três entidades levaram 3 meses de suspensão no sábado, durante reunião do Conselho Diretor do MTG. Elas podem recorrer e ainda não foram notificadas formalmente. O presidente do MTG, Manoelito Savaris, disse a decisão não é final e que ainda há um rito a ser cumprido dentro do MTG, com “possibilidades de recursos e reconsiderações”.

O motivo das punições é que o MTG não reconhece a federação de laço. Alega que, pelos regulamentos, uma entidade filiada não pode sediar eventos de entidade não filiada, caso da federação. O movimento também entende o laço como atividade cultural e não esportiva, como defende a federação.

O patrão do CTG João Dornelles, Gilnei Neyer, disse que se aliou à Federação Gaúcha de Laço, de quem recebeu recursos liberados pela Lei de Incentivo ao Esporte, porque “sem dinheiro não se faz cultura”. Ele defende o laço como atividade cultural esportiva. “No momento em que tu pagas uma inscrição e que tu tens que ter cartão tradicionalista, isso vira competição. E se vira competição, é esporte”, argumenta. Neyer pretende reunir a patronagem para discutir o assunto e decidir se a entidade vai recorrer.

Já o patrão do CTG Baio Ruano, Rubens Trindade, disse que não há motivo para punição e que vai recorrer. Ele realizou o rodeio com regras da federação de laço porque recebeu recursos da entidade. “Me cobraram porque eu não coloquei o slogan do MTG e da 27a região no programa do rodeio. Mas se eles não me ajudaram em nada, porque iria colocar?”, questiona o patrão.

Por sua vez, o presidente da Associação Tradicionalista Estância do Minuano, Luiz Bortoluzzi, disse que a entidade pode recorrer ou tentar alguma ação judicial. E, ainda, estudará a possibilidade de se desfiliar do MTG.

Fonte: Giovani Grizotti  http://g1.globo.com/

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