Saiba um pouco mais sobre esses animais ameaçados de extinção que vivem totalmente em liberdade e que, alguns deles, nascem e morrem sem terem tido nenhum contato com o homem.
O animal símbolo de liberdade, que habita as planícies de Roraima, sofre hoje com a ameaça de extinção. O cavalo selvagem de Roraima, que chegou ao Brasil por volta de 1718, com os colonizadores portugueses, está ameaçado devido às queimadas e ao desmatamento, que destroem seu habitat natural, e ao cruzamento com outras raças, que tem contribuído para a sua descaracterização. Estima-se que haja poucos animais da espécie atualmente, talvez menos de 200.
Para tentar preservar a raça foi criada há mais de 20 anos a Reserva Ecológica dos Cavalos de Roraima. Hoje os poucos animais localizam-se principalmente na região de lavrado, nos municípios de Uiramutã, Normandia e Pacaraima. Atualmente, a Embrapa está estudando esses animais com o objetivo de preservá-los e de regulamenta-los junto ao Ministério da Agricultura, para que eles se tornem a mais nova raça de cavalos brasileiros.
Por viverem em regiões de difícil acesso, muitos desses animais nascem, crescem e morrem sem ter o contato com o ser humano, formando assim várias gerações livres do adestramento. Entre as suas características destacam-se a sua velocidade, resistência e habilidade. Considerado um animal esperto, de porte elegante, o cavalo selvagem de Roraima tem olhos grandes, pernas fortes e flexíveis. É ótimo tanto para trotar quanto para galopar.
Dizem os especialistas fascinados pelo estudo deste animal que os cavalos de Roraima não têm a elegância de raças nobres, como os mangas-largas marchadores ou os puros-sangues ingleses, mas ganham a galopes em resistência. Durante a seca, andam grandes distâncias para encontrar água e, na época das chuvas, ficam até quatro meses com as patas imersas dentro d`água. A raça ficou até conhecida como pé duro, pela resistência de seus cascos.
O conteúdo da matéria é parte integrante da revista Meio Ambiente no. 1
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