Para quem não conhece esse sorriso lindo ai é Gabriela Oliveira Silva, 12 anos, uma menina apenas, mas com competência de gente grande. Gabriela ou apena Gabi, hoje, residente em Guarapuava no belo estado do Paraná é a grande Campeã da Declamação Mirim do Fepart 2012, que equivale ao ENART para nós, mas no estado do Paraná.
Como diz o ditado: - Filho de peixe, peixinho é... Gabi não poderia negar esse orgulho pela Pátria Grande do Sul, bem como o amor pela poesia, pois desde do ventre que já conhece as vitórias pelos palcos, pois sua Mãe Danielle Oliveira é uma das maiores declamadores que os palcos já receberam, vencedora de incontáveis festivais e Rodeios de Poesia. E é a Dani que fala de sua filha:
- Minha campeã !!!!!!!!!!!
O que falar sobre a Gabi... meu presente, meu exemplo, minha VIDA !!!!
Mesmo sendo criança enfrenta muita torcida contra pelo talento que tens, as vezes duvidam por ter nascido filha de declamadora, mas graças a Deus tem provado com sua competência que nasceu com dom e muitttttttooooooooooooo sentimento !!!!!
Amo vc minha Campeã !!!!!!!
Apesar de não conhecê-las pessoalmente, as duas já fazem parte do meu seleto Roll de amigos, pois a humildade é a água que mata a sede da alma e elas não se cansam de buscar novos poemas e foi com essa humildade que chegaram até o meu irmão Fabrício Vargas, que as enviou um modesto poema: - A Flor e a Pedra - foi com esse poema que, magistralmente, a Gabi encantou a todos e tornou-se Campeã mais uma vez.
Parabéns as duas novas amigas. Deixo aqui esse Poema, para que possam conhecer esse modesto trabalho.
A Flor e a Pedra
Paulo Ricardo Costa
Um ramalhete de flores,
Já secas pelo relento...
Paulo Ricardo Costa
Um ramalhete de flores,
Já secas pelo relento...
Só um gemido de vento,
Latejando na pedra fria,
Rolam duas lágrimas vazias,
Entre orações e perguntas...
Há duas Mãos que se juntam,
Clamando a fé dos seus dias;
Na lápide, a simples inscrição,
Carregada de peso e dor:
- "Aqui jaz, Maria Flor",
Flor mais nova de outra Maria,
Que viu a sua vida vazia...
Perdida pelas distâncias,
Afogada na dor da lembrança,
Que vai matando os seus dias;
No rancho de chão batido,
De pau a pique e santa fé,
Dona Maria e seu José...
Tropeavam sonhos na cara,
Quando o pensamento dispara,
Vendo aquela menina sapeca...
Brincando com sua boneca,
E as pedrinhas que juntara;
No seu mundo imaginário,
Criado a sombra do arvoredo,
Maria Flor contava segredos,
Nos seus brinquedos de criança,
Sem se importar com a distância,
Que um dia, ao tempo descobre...
Nos sonhos da menina pobre...
Só o que recebera de herança;
E as pedras foram as parceiras,
Para os brinquedos imaginários,
De pedras fazia rosários...
Para as orações à tardinha,
E quando se sentia sozinha...
Polindo sonhos, inocentes,
As pedras estavam presentes,
Pelas fortunas que tinha!
Quando a Mãe ia pra sanga,
Lavando roupa pra fora...
Maria Flor não via a hora,
De chegar junto a barranca,
Juntando pedrinhas brancas,
De tons e formas diferentes,
Umas com imagens de gente,
Outras com imagens de Santa;
Jogava seus sonhos na água,
No mergulhar das marrequinhas,
E em cada pedra que tinha...
Guardando mais que desejo,
Que ela trocava por beijos,
Na sua inocência de criança,
Guardadas, como lembrança,
De algum mascate, andejo;
Maria flor se fez moça...
E os sonhos cresceram mais,
Vendo o mundo do Pais...
Tão pequeno e tão sofrido,
Talvez não tenha entendido,
Num coração sem maldade,
Que há um mundo de falsidade,
Num outro mundo esquecido;
Buscou o rumo do povo...
Dos arranha-céus, da cidade,
Lá onde os olhos da maldade,
Rondam pessoas carentes...
Trazendo sonhos, inocentes,
Enfeitados em cenas de novelas,
O tempo foi mostrando a ela...
Um mundo que não é pra gente;
Conheceu o mundo dos livros!
Conheceu amigos no colégio,
Conheceu alguns privilégios...
Deste mundo abarbarado,
Que, às vezes, cobra dobrado,
O que a vida nos dá de esmola,
Buscando na porta da escola,
O Inocente à ser condenado!
Pois a curiosidade é mais forte,
Na vida maula que medra...
Diante da primeira pedra,
Do primeiro fio de fumaça,
E a droga exposta de graça,
Dizimando corpos inteiros,
Terminando sonhos derradeiros,
Pelos cemitérios das praças;
Maria flor conheceu a pedra,
Mas não aquelas que queria,
Viu que sonho e rebeldia...
Não são filhos da mesma sorte,
A droga sempre é mais forte...
Corroendo mentes vazias...
E deixando almas sombrias,
Inertes ao lâmina da morte;
E a Mãe que, hoje, chora...
Sobre uma lápide de pedra,
Há meses que não arreda...
Junto ao túmulo da filha...
Olhar triste, nem brilha,
No peito um talho, de dor...
Mirando a Pedra e a flor,
O que restou de uma família!
FIM
Latejando na pedra fria,
Rolam duas lágrimas vazias,
Entre orações e perguntas...
Há duas Mãos que se juntam,
Clamando a fé dos seus dias;
Na lápide, a simples inscrição,
Carregada de peso e dor:
- "Aqui jaz, Maria Flor",
Flor mais nova de outra Maria,
Que viu a sua vida vazia...
Perdida pelas distâncias,
Afogada na dor da lembrança,
Que vai matando os seus dias;
No rancho de chão batido,
De pau a pique e santa fé,
Dona Maria e seu José...
Tropeavam sonhos na cara,
Quando o pensamento dispara,
Vendo aquela menina sapeca...
Brincando com sua boneca,
E as pedrinhas que juntara;
No seu mundo imaginário,
Criado a sombra do arvoredo,
Maria Flor contava segredos,
Nos seus brinquedos de criança,
Sem se importar com a distância,
Que um dia, ao tempo descobre...
Nos sonhos da menina pobre...
Só o que recebera de herança;
E as pedras foram as parceiras,
Para os brinquedos imaginários,
De pedras fazia rosários...
Para as orações à tardinha,
E quando se sentia sozinha...
Polindo sonhos, inocentes,
As pedras estavam presentes,
Pelas fortunas que tinha!
Quando a Mãe ia pra sanga,
Lavando roupa pra fora...
Maria Flor não via a hora,
De chegar junto a barranca,
Juntando pedrinhas brancas,
De tons e formas diferentes,
Umas com imagens de gente,
Outras com imagens de Santa;
Jogava seus sonhos na água,
No mergulhar das marrequinhas,
E em cada pedra que tinha...
Guardando mais que desejo,
Que ela trocava por beijos,
Na sua inocência de criança,
Guardadas, como lembrança,
De algum mascate, andejo;
Maria flor se fez moça...
E os sonhos cresceram mais,
Vendo o mundo do Pais...
Tão pequeno e tão sofrido,
Talvez não tenha entendido,
Num coração sem maldade,
Que há um mundo de falsidade,
Num outro mundo esquecido;
Buscou o rumo do povo...
Dos arranha-céus, da cidade,
Lá onde os olhos da maldade,
Rondam pessoas carentes...
Trazendo sonhos, inocentes,
Enfeitados em cenas de novelas,
O tempo foi mostrando a ela...
Um mundo que não é pra gente;
Conheceu o mundo dos livros!
Conheceu amigos no colégio,
Conheceu alguns privilégios...
Deste mundo abarbarado,
Que, às vezes, cobra dobrado,
O que a vida nos dá de esmola,
Buscando na porta da escola,
O Inocente à ser condenado!
Pois a curiosidade é mais forte,
Na vida maula que medra...
Diante da primeira pedra,
Do primeiro fio de fumaça,
E a droga exposta de graça,
Dizimando corpos inteiros,
Terminando sonhos derradeiros,
Pelos cemitérios das praças;
Maria flor conheceu a pedra,
Mas não aquelas que queria,
Viu que sonho e rebeldia...
Não são filhos da mesma sorte,
A droga sempre é mais forte...
Corroendo mentes vazias...
E deixando almas sombrias,
Inertes ao lâmina da morte;
E a Mãe que, hoje, chora...
Sobre uma lápide de pedra,
Há meses que não arreda...
Junto ao túmulo da filha...
Olhar triste, nem brilha,
No peito um talho, de dor...
Mirando a Pedra e a flor,
O que restou de uma família!
FIM
Sem comentários:
Enviar um comentário