Fui cobrado por não ter deixado poema esse fim de semana, portanto, peço desculpas e vou começar a segunda feira com essa que especial.
Moça!
Moça, não tenho nada pra te dar agora,
Só tenho o braço dessa viola...
E uma mochila co’a poeira da estrada,
Entenda Moça, que sou verdadeiro,
Pois, no coração de um violeiro...
Só há espaço para a mulher amada;
E onde moro talvez tu nem me ouça...
O rancho é pobre e sei que a Moça,
Não conhece a vida aqui do Sertão,
A noite é grande e a lua prateada,
Traz o silêncio pelo fio da estrada,
Moldando sonhos para um coração;
Há! Moça...
É dura a vida de um cantador...
Talvez tu queiras muito mais que amor,
Coisas que não posso te dar agora...
Há! Moça...
Vê se entenda o meu sentimento,
Só tenho a estrada ao sabor do vento,
E ganho a vida no braço da viola!
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