Sei que vou arrumar dor de cabeça pelo que vou falar aqui, mas está se tornando nojento ver sempre os mesmos à frente dos festivais. Não consigo acreditar que o Rio Grande tão grande, como o próprio nome diz, e com uma expressão cultural e musical tão vasta e a mesmice ainda permeie os palcos dos festivais.
Outro dia, me juntei ao movimento de Cachoeira do Sul para a volta da Vigília do Canto Gaúcho. Mas às vezes fico pensando, se é para voltar e fazer festivais somente para os amigos colocarem os amigos, ou os tios colocarem os sobrinhos, ou para as mulheres ou ex-mulheres vencerem festivais, então que pare tudo.
Estou acompanhando a luta que muitos organizadores de festivais sofrem, a própria comunidade sofre, como é o caso da Querência do Bugio, A convenção Nativista, O Manancial Missioneiro, e tantos outros festivais de comunidades pequenas, que sofrem para idealizá-los, organizá-los e fazer, sem muitas vezes a ajuda de órgão públicos. E depois dessa luta toda entregam a 5 jurados que vem e ditam as regras, fazem o que bem entendem e premiam os seus próprios interesses.
Não consigo ver ninguém novo nas comissões avaliadores. Também, pouco são os novos talentos nos palcos, pois não tem oportunidade, enquanto velhos "raposões" continuam "mamando" nas tetas dos festivais e caçando as minguadas e sofridas platas de comunidades sofridas.
Como posso imaginar que ainda pagam um show de gente que se diz músico nacional ou até internacional, valores de 6, 8, 10 mil, se na semana seguinte, esses mesmos estão nos palcos de outros festivais por uma ajuda de custo de 1.500 conto.
A música é o prazer da alma e os festivais são oportunidades desse prazer... Aqueles que querem sugar os festivais ou que são mal intencionados, que deem licença pois tem muita gente querendo essa oportunidade.
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