Tenho um rancho bem ao sul do coração...
Onde a razão abre as portas à luz do sol,
E a vida rude que por vezes se faz amarga,
Adoça os sonhos pra bem antes do arrebol;
Cevo um mate “ajujado” com o teu carinho...
E sinto na bomba a doçura de algum beijo,
E a saudade que foi matreira por esses dias,
Dá-me a alegria, cada vez que ainda te vejo;
Talvez não seja essa distância, nem o tempo,
Que ainda guarda o que ficou para um depois,
Juntei as pedras pelas curvas dos caminhos...
E ergui um rancho com espaço pra nós dois;
Tenho um rincão, aflorados de primaveras...
Com sombra grande a água boa pra teu pingo,
Um parapeito bem de frente pra coxilha...
Onde a tropilha enfeita as tardes de domingo;
Na noite grande um catre “bueno’ de pelego,
Um poncho novo para o frio desses invernos...
Um amor que é para durar a vida inteira,
E uma cachoeira de sonhos que são eternos;
Talvez não seja essa distância, nem o tempo,
Que ainda guarda o que ficou para um depois,
Juntei as pedras pelas curvas dos caminhos...
E ergui um rancho com espaço pra nós dois;
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