A Tradição que nos foi passada pelos livros dos "lacradores" do passado, nada mais é que uma fantasiosa cópia de quase tudo o que existiu pelo mundo, mas querendo mostrar outra realidade, que aos olhos dos "cabresteadores" parece a única verdade, mas não é.
Boa parte do que o Gaúcho Rio-grandense vive, hoje, é uma cópia mal feita do Americanismo, que eles mesmo condenam, mas o Homem do Campo, garboso em seu cavalo, pilchado dos pés à cabeça, nada mais é o que americano dos filmes de cowboy. A prenda é idêntica em tudo, desde a china, com seu vestido floreado igual a camponesa americana dos filmes de John Wayne, quanto as madames dos filmes, idem às senhoras patroas das estância sulina.
O lenço, o chapéu, a bota, o cinto, o revolver, a espora, o cavalo, os arreios, o laço, tudo semelhante, dentro da peculiaridade e do que existia em cada região, salvo a bombacha, porque a calça mais estreita, não se adequava à montaria onde se usavam pelegos com lã alta, dificultando a montaria, portanto a calça tinha que ser larga e para não ficar uma boca enorme, quando tirava as botas, colocaram um punho. Nada mais do que isso.
Os bailes, a música, o churrasco, as danças, misturavam um pouco de tudo e contavam uma "estória" de açores, de Portugal, para não dizer que muitas vieram da senzala, dos negros, escravizados e que teriam que continuarem escravizados, jamais os criadores de muitas coisas que os brancos da casa grande faziam e usavam.
Se, hoje, que vivemos à beira da informação e só não a tem que não quer ou quem tem preguiça para buscar, ainda ouvimos uma história fantasiosa e cheia de inverdades, falando de guerras e mortes de corpos que nunca encontraram, imagina escrever uma história para um povo que acreditava em tudo, basta ver nossas lendas, nosso folclore, os causos de galpão, as estórias fictícias que levavam 60, 90 dias dias para chegar da Capital ao Interior. Falar, contar, inventar estórias naquele tempo era quase que uma regra. Contar de pesquisas, de escritas, redesenhar uma cultura, copiada ou buscada em outras partes do mundo era quase que um fato, muito fácil de escondida e muito fácil de ser ludibriada.
Isso me faz mais ou menos Gaúcho?
Não... isso não muda nada na minha vida, mas muda no meu modo de pensar e ver o mundo. Respeito os que acreditam, mas não tentem me convencer de algo que não convence. 10 anos lutando numa Revolução naquele tempo? Só para quem não pensa ou para dar tiras aos "heróis". Conheci alguns locais onde houveram os tais combates, 400, 500 mortos, alguém encontrou os restos mortais dessa gente que morreu? Há algum cemitério? Onde estão enterrados? Quem foram eles? Não... ninguém sabe de nada, a não ser o mausoléu dos Coronéis.
Falar de rico é fácil. Vamos falar da História do Brasil, hoje, o que tu contaria? quem é o vilão e quem é o herói?
Talvez um povo que não pensa, segue sempre cabresteando nos fados mal contados dos que queriam "lacrar", pagando caro para livros falarem bem deles. E viva os Bentos Gonçalves, Os Zeca Neto, Os Davis Canabarros, Os Bentos Manuel, Os Gomes Jardins, Os Garibaldis que deixaram grandes fortunas para os seus, mentindo que faziam guerras, enquanto pobres morreram de fome por conta das tropas empurradas na calada das noites. Garibaldi foi embora para o Uruguai com mais de 1000 cabeças de gado por diante e uma moça pobre de Santa Catarina que todos chamam de heroína, que ganhou fama ajudando a matar os irmãos, história bem parecida com algo que aconteceu há pouco tempo nesse Pais, em que alguém fugiu, cheio de joias e que hoje desfilam na alta sociedade, enquanto "acéfalos" estão dando vida à uma véia Papuda.
Viva nossa história, viva o heroísmo dos fajutos e viva ao luto da história não contada, mas que ainda vive na penumbra dos pensadores.
Sem comentários:
Enviar um comentário