sexta-feira, 6 de maio de 2022

Deputado Rodrigo Maroni quer o fim dos rodeios no Rio Grande do Sul!



O deputado estadual Rodrigo Maroni (PSDB) protocola nesta quarta-feira (4/05), um projeto de lei na Assembleia Legislativa, que propõe o fim dos rodeios no Estado do Rio Grande do Sul. Maroni ressalta que o objetivo é acabar com maus-tratos em um evento onde os animais são humilhados e machucados de todas maneiras possíveis.
- Os rodeios são uma prática cruel. As provas colocam touros, cavalos e outros bichos em situações de estresse físico e psicológico. Eles recebem até mesmo choques elétricos antes de entrar na arena para ficar com medo e entrar gritando - afirma o deputado.

Conforme Maroni, a pior prova é a de laço: ao serem derrubados, os bezerros podem sofrer fraturas e ficar tetraplégicos ou morrer devido a hemorragias.
- É engano imaginar que o rodeio representa a cultura do campo. Ele não faz parte da nossa tradição. Foi importado dos EUA e não traz nenhum enriquecimento ou aprendizado cultural. Além disso, os eventos poderiam continuar, mas com shows e outras atrações - sugere o parlamentar.
Maroni ressalta que em 2011, no rodeio de Barretos, um bezerro foi morto.
- Isso prova que os maus-tratos acontecem. Não se trata de acidente, mas sim de algo que poderia ser evitado. Há tantas opções de entretenimento, então para que continuar com algo que é tão cruel - afirma o deputado.

CÉSAR OLIVEIRA CRITICA PROPOSTA

Para o adido cultural do Rio Grande do Sul, o músico César Oliveira, é lamentável um deputado gaúcho se posicionado desta forma sobre um patrimônio do Estado.
“Escrevi na ZH, em 14.02.2021, sobre a gineteada, que também faz parte dos esportes equestres protegidos por lei nacional. O texto pode ser aplicado ao laço, a todo setor das atividades campeiras e à cadeia produtiva que ela movimenta nas mais de 3.700 festas campeiras (rodeios) promovidas no Rio Grande do Sul, número que é muito maior se contarmos a realização nos demais Estados brasileiros”, publicou Oliveira em suas redes sociais.
“Gineteada é patrimônio do povo gaúcho. É o desafio de maior significância que nos representa, assim como tantos outros povos, tribos que possuem suas competições identitárias. É oriundo do primórdio dos tempos nesta terra por ser parte do processo da existência do gaúcho e cavalo personificando um centauro da pampa. Assim também é o laço. Um patrimônio, uma das formas de manter viva a identidade gaúcha e um dos responsáveis por movimentar a nossa economia. Sensacionalismo não, meu estimado Deputado. Aqui verificamos os fatos! Amo os animais e acima de tudo sugiro: não se aproveite deles de forma inadequada. Respeite eles e aqueles que verdadeiramente os respeitam”, finalizou Oliveira.

Fonte:Portal de Notícias 



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