O Grupo Pega de Arranque, foi um grupo amador de São Francisco de Assis, composto por gente descomprometida com a música profissional, que divertiam o púbico com suas letras jocosas, mas muito bem constituídas. Tinha na figura do Dr. Vasco Aguiar o ponto jocoso, somado com "as colheres" do Preto(Albanês Medeiros), os violões do seu Ciro Vieira de Almeida e Pateco Camargo, a gaita do Valteron Moreira, a voz do Preto Gomes e o leguero do Cláudio Lamberty.
No final dos anos 80 foi o apogeu do grupo, com a participação do 8º Festival da Música Crioula de Santiago em 1988, com a música "Bugio Virado", uma letra de Vasco Aguiar com música de Valteron Moreira, onde levantou o público no Theatro Glória, pela reverencia e bom humor.
Os instrumentos estranhos, sempre fizeram parte do equipamento do grupo. Colheres, porongo, violões com cordas escassas ou arrebentadas, iam para os palcos e eram tirado sons que encantavam a todos da mesma forma, sem muito esforço e delicadeza.
As letras jocosas e criticas eram o ponto forte do grupo, sempre com bom humor e falando dos assuntos cotidianos, participaram de muitos shows e festivais amadores naqueles anos. Sem o compromisso do profissionalismo, deixaram uma marca muito bonita na musicalidade de São Francisco de Assis. Lembro dos ensaios com a presença do seu Nenê Careta, figura legendária e muito carismática, até um tanto engraçado, que os obrigavam a cantar a ROSA, onde sua participação era muito importante, naquelas noites frias na Rua Borges de Medeiros.
Devido ao sucesso do Grupo Pega de Arranque, criaram algumas imitações como o grupo "Só que empurre" e o "Deixa no lançante", mas que não tiveram o mesmo sucesso e durou pouco tempo. Nos eventos mais pomposos, o grupos buscava a participação de músicos profissionais, como é o caso do Luizinho Dornelles e Neiderlã Padilha, que estão nas fotos.
Saudades, desses velhos tempos. Deixo aqui duas fotos, postadas pelo Pateco desse tempo de ouro do Grupo Pega de Arranque. Um tempo que, infelizmente passou e ficou esquecido na memória de muita gente e que vemos se perder com o tempo e que fica só na lembrança de quem ama a cultura desse Rio Grande.
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