terça-feira, 19 de abril de 2022

A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

O Fim da Escravidão em Petrópolis
            O Evento mais importante realizado no Palácio de Cristal de Petrópolis foi no Domingo de Páscoa de 1888, na qual a Princesa Isabel e seu marido o Conde D’Eu, organizaram uma “festa da liberdade“ e junto a seus filhos, os príncipes Pedro de Alcântara e Dom Luis Maria, entregaram 103 cartas de alforria aos últimos escravos da cidade Imperial, marcando a extinção da escravidão em Petrópolis.
            Estavam na cerimônia o gabinete ministerial de João Alfredo, os abolicionistas André Rebouças e José do Patrocínio e diplomatas dos Estados Unidos e da Alemanha. A maioria das cartas vinham com uma indenização aos seus senhores com notável campanha desenvolvida na cidade.
O fato foi noticiado no periódico abolicionista “Correio Imperial” sob a responsabilidade de um dos filhos de Dona Isabel, o Príncipe Dom Luís de Orleans e Bragança (na época com 10 anos de idade) o conteúdo principal do jornal era a causa abolicionista e notícias de eventos patrocinados pela Família Imperial para arrecadar fundos para a alforria de escravos.
            De acordo com o testemunho do líder abolicionista André Rebouças, a Princesa Isabel e seu marido Conde d’Eu participavam ativamente na proteção de escravos fugitivos em Petrópolis, “no dia 4 de maio de 1888, almoçaram no Palácio Imperial 14 escravos fugidos das Fazendas circunvizinhas de Petrópolis” anotou Rebouças em seu diário.
            Todo o esquema de promoção de fugas e alojamento de escravos foi coordenado pela própria Princesa Isabel e por duas amigas a Condessa da Estrela e a Baronesa de Muritiba.
Na Fala do Trono de 3 de Maio de 1888 a Princesa Regente declarou ao Parlamento: "confio que não hesitareis em apagar do direito pátrio a única exceção que nele figura em antagonismo com o espirito cristão e liberal das nossas instituições"

Fonte: Anuário do Museu Imperial. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro “As camélias do Leblon e a abolição da escravatura.” de Eduardo Silva


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