Amar a terra da gente é como um filho que ama a Mãe. Não é a distância e nem o tempo que faz com que a vida e os sentimento tornem-se menores.
São Francisco de Assis nome santo. Terra que foi, faz e é história, local de uma das mais terríveis batalhas na Revolução de 23, tão bem ensinadas pelo mestre Professor Sebastião Oliveira nas classes frias do Colégio Senador Salgado Filho, o qual me orgulho de ter sido aluno.
Local que abrigou duas das mais importantes Reduções Jesuíticas a "Candelária do Ibicui" e a de " Santo Tomé", que posteriormente veio dar nome a Cidade de São Tomé na Argentina. Ali também foi um fazenda, onde em 1883, antes da abolição da escravatura a Princesa Isabel lá esteve, segundo o relato de alguns historiadores.
Capital Mundial do Bugio, esse ritmo tão nosso, tão atual e tão antigo. Que dos acordes de Neneca Gomes, mostrou para o mundo que somos capazes de fazer e escrever uma nova história um novo legado.
Terra de chão de areia também tão bem difundido em poesias. Serra do Mato Grande, o Toroquá, o Beluno, a Pitangueira, a Timbaúva, o Goulart, o Santa Rosa, a minha Vista Alegre, a Vila Kraemer, o Cerro do Marco, o Taquari, o Cinamomo , a Picada do Padre e o Passo do Catarina, esse ponto turístico de riquezas infinitas que banhado pelo rio Ibicui faz com que nós amamos mais essa terra.
São Chico de Assis do Negrinho do Pastoreio, do Pedro Telles, do Fazenda Branca, do Tropeiro das Missões, do Clube Assisense, do Serabi, da arte e da cultura dos 20 de Setembro, do aniversário da Rádio difusão Assisense com shows na praça, dos desfiles de 7 de setembro quando marchávamos pela 13 de Jeneiro, rua João Moreira e Pinheiro Rocha.
Essa é a São Chico que tenho no coração e me orgulho de dizer que sou filho.
É a Mãe que vive longe e que até esquece seus filhos desgarrados, mas o amor e o carinho que temos um pelo outro, não nos deixar esquecer um minuto se quer.
Essa é a terra que Deus me deu para ser filho e se um dia pudesse escolher onde nascer, pediria para nascer de novo, naquela casinha simples lá na minha Vista Alegre - 5º Distrito, pois lá um dia eu aprendi a amar, a respeitar e acima de tudo, de ser feliz.
PARABÉNS PELOS 128 ANOS DE MUITA HISTÓRIA, MUITO ORGULHO E RESPEITO POR TEUS FILHOS.
Do Itú ao Ibicuí
Botamos a tropa na água no Passo do Farinheiro...
Pedro Bicho de ponteiro num zaino negro tapado,
Com o horizonte emoldurado no quadro das retinas,
Um céu caindo por cima ao tranco do meu gateado;
Que zebuada lindaça, gados de campo e de lei...
Da marca do velho Ney, se “bamo” ali na culatra,
Se a vida, hoje, maltrata porque dependo da sorte,
Quem sabe na Vila Forte, encontre uma flor de mulata;
Toca...Toca... A tropa, bamo,
Que a noite vem por aí...
Num culatreio cantado,
Ouvindo berros de gado,
Do Itu ao Ibicuí;
A tropa tranqueia lenta que a madrugada se foi...
Trazendo berros de boi nas manhãzitas de maio,
Enfrenei um bagual baio, desses que vale a pena,
Só para te ver, morena, no bolicho do Tocaio;
Quando a sorte não ajuda, até se perde o entono,
Nos galhos do cinamomo deixei um olhar para ela,
Talvez a china mais bela que possa andar por aí...
Co’as água do Taquari perfumando o corpo dela;
Num culatreio sestroso, a tropa seguindo calma,
Reponto as dores da alma num talagaço de canha,
Se andar co’a vida ganha pra muitos não é consolo,
Nas paredes do Monjolo dou um trago pro Badanha;
Dom Sabino abre o peito num grito de toda a goela,
E a bugiada de sentinela nos galhos dos sarandís...
Enquanto andamos por ai na velha sina campeira,
Entregamos a tropa inteira, nas barrancas do Ibicuí;
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